domingo, agosto 31, 2008

Uma hora

Leia-me

Aprendemos a brilhar decorando o nosso sorriso
Os olhares nos lançam como estrelas no céu
Nos abraços lemos segredos viajados por anos
Algum convite se solta da alma de nossa boca

Numa transformação de vida uma carta diz a escolha
Uma hora chega o desejo para dançar nessa entrega
Girando o espírito que se debate enquanto caos
Dobrando a energia pura da vibração da criança

Passeamos pela música encontrando outros cantos
E o som do coração nos encanta ao nos tocar
Contornando nossa pele na dimensão dos sonhos
Dando aos movimentos do corpo o que explorar

Nossos sentidos soletram as folhas das mãos
Toda parte que somos retorna ao todo que somos
Em espaços que se presta a chão mudando seu rosto
Embaraçando os fios da vida em um único novelo

sábado, agosto 30, 2008

Alimente-se

Recebi por email... o título, deixei assim...
texto de Martha Medeiros
[Martha Medeiros é jornalista e escritora brasileira. É colunista do jornal Zero Hora de Porto Alegre, e de O Globo, do Rio de Janeiro]

Arroz, feijão, bife, ovo. Isso nós temos no prato, é a fonte de energia que nos faz levantar de manhã e sair para trabalhar. Nossa meta primeira é a sobrevivência do corpo. Mas como anda a dieta da alma?

Outro dia, no meio da tarde, senti uma fome me revirando por dentro. Uma fome que me deixou melancólica. Me dei conta de que estava indo pouco ao cinema, conversando pouco com as pessoas, e senti uma abstinência de viajar que me deixou até meio tonta. Minha geladeira, afortunadamente, está cheia, e ando até um pouco acima do meu peso ideal, mas me senti desnutrida. Você já se sentiu assim também, precisando se alimentar?

Revista, jornal, internet, isso tudo nos informa, nos situa no mundo, mas não sacia. A informação entra dentro da casa da gente em doses cavalares e nos encontra passivos, a gente apenas seleciona o que nos interessa e despreza o resto, e nem levantamos da cadeira neste processo. Para alimentar a alma, é obrigatório sair de casa. Sair à caça. Perseguir.

Se não há silêncio a sua volta, cace o silêncio onde ele se esconde, pegue uma estradinha de terra batida, visite um sítio, uma cachoeira, ou vá para a beira da praia, o litoral é bonito nesta época, tem uma luz diferente, o mar parece maior, há menos gente.

Cace o afeto, procure quem você gosta de verdade, tire férias de rancores e mágoas, abrace forte, sorria, permita que lhe cacem também.

Cace a liberdade que anda tão rara, liberdade de pensamento, de atitudes, vá ao encontro de tudo que não tem regras, patrulha, horários. Cace o amanhã, o novo, o que ainda não foi contaminado por críticas, modismos, conceitos, vá atrás do que é surpreendente, o que se expande na sua frente, o que lhe provoca prazer de olhar, sentir, sorver. Entre numa galeria de arte. Vá assistir a um filme de um diretor que não conhece. Olhe para sua cidade com olhos de estrangeiro, como se você fosse um turista. Abra portas. E páginas.

Arroz, feijão, bife, ovo. Isso me mantém de pé, mas não acaba com meu cansaço diante de uma vida que, se eu me descuido, torna-se repetitiva, monótona, entediante. Mas nada de descuido. Vou me entupir de calorias na alma. Há fartas sugestões no cardápio. Quero engordar no lugar certo. O ritmo dos dias é tão intenso que às vezes a gente esquece de se alimentar direito.

sexta-feira, agosto 29, 2008

Fotografia

The Holiday Picture of the Day
Essa foto é de uma tarde que passei no Solar do Unhão, quando fui ver Sombras de Goya no MAM. Um tempo atrás meu filho Igor fez uma bem parecida, durante as férias dele aqui em Salvador, e está aqui no blog é só pesquisar. Essa foto foi escolhida pelo site http://dailyholiday.yakohl.com/ especializado em publicar fotos de lugares do mundo... gostei de ver na internet meu sunset!

terça-feira, agosto 26, 2008

Entrevista

"Ex-amor não existe"

Fabrício Carpinejar aceitou o desafio de responder à seguinte entrevista por e-mail, com respostas breves sobre temas de seu livro: o amor e as formas de cantá-lo.

Zero Hora - Ama-se melhor em prosa ou poesia?

Fabrício Carpinejar - A poesia é mais música, fácil de despir. A prosa é mais conversa, fácil de vestir. Eu arrebento os botões da camisa com a poesia e os recolho com a prosa.

ZH - O que dói mais que dor de amor?

Carpinejar - A morte de um filho. Nem sai o grito de tanta dor. Um corpo não é suficiente para dar conta do sofrimento.

ZH - Qual o contrário do amor: ódio ou indiferença?

Carpinejar - Indiferença, que é a iniciação ao desprezo e arrogância. O ódio é um amor desorganizado, reprimido, infantil. A indiferença é a própria ausência de amor. Perde-se a vontade de se apaixonar pelo outro porque se perdeu antes a vontade de se apaixonar por si.

ZH - Existe um ex-amor ou o amor nunca esquece de terminar?

Carpinejar - O amor finge que morre para fazer escândalo. Ele separa para chamar atenção. Ex-amor não existe, o amor fica contigo, existe ex-marido ou ex-mulher, que são amores despersonalizados. Quem já se separou sabe bem o que é desencarnar.

ZH - Qual a melhor das pequenas coisas da vida a dois?

Carpinejar - As tampinhas de leite na pia da cozinha. Tocar os pés no meio da noite. Tomar sorvete sem colher. Pensar no varal fora de casa. Abraçar-se no corredor como uma porta do quarto. Encontrar um brinco no tapete. Brincar de casaco no frio do cinema. Arrumar as gavetas para reencontrar os bilhetes do namoro. Dizer "eu te amo" dormindo. Ir para o trabalho com os farelos do pão grudados no cotovelo. Sair sem querer sapecado de gloss nos lábios.

ZH - Como seria a primeira frase de uma crônica sobre como os homens vêem o amor hoje?

Carpinejar - Era para ser apenas um pote de requeijão. Custou R$ 2,98. Mas na primeira lavada o rótulo descolou. Aquele novo copo pedia mais uma boca na mesa.

Lembrando



Meus Pés


Por onde andastes pés doídos?
Quantos anos sem descanso ainda têm?
Quais veredas de pedras caminharam?
Gastando as paisagens com suas passadas

Boa água já provou em riachos limpos
Saltando cercas pontudas sem tinta
Topando em urtigas apimentadas
Chutando folhas de vento nas esquinas

Com passos ligeiros sobre a linha de ferro
Ia a bodega da vila beirando o capim-cidreira
Carregando o menino triste e sozinho
Que trazia para o pai os cigarros em carteira

Se contasse as topadas e piruetas
Seria pouca a gaze no novelo
Para sarar as cicatrizes das quedas
Dos dedos dos pés ao cotovelo

Foram pés engelhados em dia de praia
Brocados por areias mexidas por bicho de pé
Saindo dormentes dos banhos de piscina
Pés que lembro nunca cheirarem a chulé

Numa boa tarde, um ardeu no ferrão da abelha
Outro sucumbiu a um prego enferrujado
Arteiros derrubavam o esteio e o varal
Lançando abaixo os lençóis úmidos alvejados
.
Pisaram em ponta de bagana meio acessa
E na dor choraminguei baixo cada lágrima
Bem na calçada na frente de casa
Diante do portão forjado de entremeio

Naquele dia em que o trem descarrilou sem jeito
Nos calcanhares quis correr até a fumaça
Donde saía um bolero do rádio do maquinista
Sentado na férrea Maria com assovios de pingueiro

domingo, agosto 17, 2008

Alma Leve

Afrânio,
Senti leveza na alma com o que li abaixo. É assim que a alma reconhece o que vem do coração e simplesmente vibra o nosso ser.
Com afeto, Iône Fraga.
***
Afrânio, Leveza eu tb senti. E senti beleza, suavidade, delicadeza... Me fiz asas e voei por entre suas palavras... Um beijo, Raquel Besnosik.
________________________________________
Raízes e Asas
.
Justo agora sei as palavras que me fogem
Ouso ser mais forte por meio delas enfim
Mas sobram pensamentos curtos em laços
Letras em tranças calam o silencio em mim
.
Escrevo sobre algo que me trinca por dentro
Dias e noites moldam suas dores em repente
Quando menos se espera é o amanhecer que entra
Pela nova janela aberta me cobrindo sonolento
.
Passo em portas que ontem ainda nem existiam
Meu caminho é margem de uma grave descoberta
Como um peixe livre que pressente a piracema
Saio das raízes e abro passagem no que me cerca
.
Além do medo comum do animal com instintos
Algo me preserva das pedras e dos espinhos
Grito no ar rodando leve um carrossel de alegria
E ganho o dom de pousar como passarinho
___________________________________________________

quinta-feira, agosto 14, 2008

Raizes e Asas

Raízes e Asas

Justo agora sei as palavras que me fogem

Ouso ser mais forte por meio delas enfim

Mas sobram pensamentos curtos em laços

Letras em tranças calam o silencio em mim


Escrevo sobre algo que me trinca por dentro

Dias e noites moldam suas dores em repente

Quando menos se espera é o amanhecer que entra

Pela nova janela aberta me cobrindo sonolento

Passo em portas que ontem ainda nem existiam

Meu caminho é margem de uma grave descoberta

Como um peixe livre que pressente a piracema

Saio das raízes e abro passagem no que me cerca


Além do medo comum do animal com instintos

Algo me preserva das pedras e dos espinhos

Grito no ar rodando leve um carrossel de alegria

E ganho o dom de pousar como passarinho

Compartilhando experiências

Nós escolhemos uma mulher acreditando que ela seja perfeita. As mulheres nos escolhem acreditando que podem nos tornar perfeitos.

domingo, agosto 10, 2008

No Limiar

A TERCEIRA GRANDE TRANSIÇÃO

Da era petrolífera para a biocivilização

Vistos com uma ampla perspectiva, o encarecimento do petróleo e a recuperação dos preços dos alimentos se mostrarão positivos se nos ajudarem a nos libertarmos da dependência do petróleo e a melhorar a vida dos pequenos agricultores em lugar de beneficiar as multinacionais da alimentação.

Ignacy Sachs (IPS)

PARIS – A prolongada evolução conjunta do gênero humano e da biosfera foi marcada no passado por duas grandes transições. A primeira, ao passar da coleta e da caça para a agricultura e criação de animais, ocorreu muitos milhares de anos atrás. A segunda, a era dos abundantes e baratos combustíveis de origem fóssil (carvão, petróleo e gás) começou há poucos séculos. Agora estamos no umbral da terceira grande transição, que deixará para trás a era do petróleo e, esperamos, de toda a energia de origem fóssil. A transição levará décadas, mas, segundo muitos indícios, já começou, empurrada pela alta espetacular dos preços do petróleo e pela recuperação dos preços dos alimentos.

Quando analisarem os acontecimentos de nosso tempo, os futuros historiadores verão a era da "energia fóssil" como um breve, mas acidentado, interlúdio que provocou um grande aumento da população mundial. Agora somos 6,7 bilhões de habitantes, e estima-se que seremos 9 bilhões em meados deste século, com a maioria da humanidade vivendo em áreas urbanas. Mas, apresentam-se dois grandes e iminentes desafios: o de uma potencialmente catastrófica mudança climática e o dilema de uma abismal desigualdade social, de mãos dadas com um crônico e severo déficit de oportunidades para a obtenção de trabalho decente.

Para evitar o aquecimento do clima, devido às excessivas emissões de gases causadores do efeito estufa, devemos modificar drasticamente nossas pautas de uso da energia. Para conseguirmos isso são necessárias três coisas: redução do consumo de energia por meio de uma mudança nos padrões de consumo e de estilos de vida; melhoria da eficiência energética; substituição dos combustíveis fósseis pelas diferentes energias renováveis (solar, eólica, hidráulica, marinha e biomassa).

Ao mesmo tempo, devemos reabrir a discussão sobre um novo ciclo de desenvolvimento rural para evitar o beco sem saída da excessiva e prematura urbanização, como aponta Mike Davis em seu livro "Planeta de bairros marginalizados". É fundamental criar oportunidades de trabalho decente para bilhões de pobres das áreas rurais.

Estes objetivos podem ser conciliados mediante a promoção de modernas biocivilizações que sejam baseadas na energia solar aproveitada através da fotossíntese e que explorem os múltiplos usos da biomassa (alimento para seres humanos, forragem para animais, fertilizantes orgânicos, bioenergias, materiais de construção, fibras, plástico e outros produtos de química orgânica elaborados por bio-refinarias, indústrias farmacêuticas e de cosméticos). Os biocombustíveis são apenas um segmento de um todo mais amplo. Todas as grandes civilizações da antiguidade foram "civilisations du vegetal" (Pierre Gourou). As civilizações que virão serão diferentes das antigas, já que a humanidade se encontra em um novo e superior ponto da espiral do conhecimento. Deste modo, as modernas biocivilizações não devem ser vistas de modo algum como uma regressão, mas como um salto para o futuro.

Para envolver os pequenos proprietários rurais na produção sustentável e no processamento de biomassa, deveremos recorrer a tecnologias que impliquem conhecimentos e trabalho intensivos e, ao mesmo tempo, economia de recursos. As soluções virão de sistemas integrados de produção de alimentos/energia agro-ecológicos adaptados aos diferentes biomas e realizados com os princípios da "revolução sempre verde", segundo as palavras de M. S. Swarninathan, também conhecidos como os da revolução duplamente verde. Trata-se de um difícil desafio, já que se pretende transformar as ameaçadoras crises dos alimentos e da energia em uma oportunidade para avançar para civilizações mais justas e sustentáveis.

Vistos com uma ampla perspectiva, o encarecimento do petróleo e a recuperação dos preços dos alimentos se mostrarão positivos se nos ajudarem a nos libertarmos da dependência do petróleo e a melhorar a vida dos pequenos agricultores em lugar de beneficiar as multinacionais da alimentação. Naturalmente, neste momento são necessárias medidas urgentes para ajudar os pobres urbanos afetados pelo atual encarecimento dos alimentos. As apostas são altas, mas o resultado está longe de ser garantido. Os capitalistas de risco são rápidos para aproveitar as ocasiões para fazer dinheiro com as novas tecnologias para produzir energia que estão surgindo graças ao petróleo caro e para explorá-las sem transformação séria do tecido social e econômico.

O começo da terceira grande transição coincide com o esgotamento dos mais importantes modelos de desenvolvimento, que dominaram o cenário desde o fim da Segunda Guerra Mundial. O comunismo se desmoronou com a queda do Muro de Berlim. O reformado capitalismo do pós-guerra deu lugar ao neoliberalismo. Mas, para alguns observadores, a recente crise financeira anuncia o início do fim do neoliberalismo. Por sua vez, a social-democracia está presa na situação de "sim à economia de mercado, não à sociedade de mercado". É por isso que, condenada a inventar novos modelos, a próxima geração se dirigirá a inexplorados e excitantes territórios.

Uma coisa é certa: a emergência de biocivilizações, quando ocorrer, mudará a geopolítica mundial, pois favorecerá os países tropicais, qualificados por Pierre Gourou como "Terras da boa esperança". Tanto mais se esses países conseguirem ampliar a vantagem que lhes dá o clima natural por meio da pesquisa, uma apropriada organização de sua produção e um efetivo desenvolvimento da cooperação Sul-Sul.

Ignacy Sachs é professor honorário na Escola de Altos Estudos em Ciência Sociais de Paris e na Universidade de São Paulo. Seu último livro é La troisième rive — à la recherche de l'ècodéveloppement (Paris, 2008).

P_ressa

Na pressa esqueci de você. Tudo ficou não natural.

sexta-feira, agosto 08, 2008

Literatura e Internet

Evento em SP discute relação entre internet e literatura
da Folha Online - 08/08/2008 - 09h46

O Sesc Consolação, em São Paulo, promove entre terça-feira (12) e sábado (16) da próxima semana o projeto Cartografia Web Literária. O objetivo é discutir as relações entre internet e literatura.

Nos cinco dias de evento, blogueiros, editores, pesquisadores e escritores vão analisar como a rede pode contribuir para o fortalecimento da literatura.

"As artes e a cultura em geral e, especificamente a literatura, já não podem virar as costas para a web e suas ferramentas de criação e interação", afirmam Francis Manzoni e Edson Cruz, curadores do evento, em nota.

Entre os convidados está a blogueira Clara Averbuck, cujos textos inspiraram o filme "Nome Próprio", que estreou recentemente. Também participam o poeta Fabrício Carpinejar e a pesquisadora Leda Tenório Motta, entre outros.

O projeto ocorre em paralelo à Bienal Internacional do Livro de São Paulo e faz parte da programação do evento, com duas mesas de discussão. O site Cronópios vai transmitir o evento ao vivo. A programação completa está no site.

Cartografia Web Literária
Quando: 12 a 16 de agosto
Onde: Sesc Consolação - Rua Dr. Vila Nova, 245
Tel: 3234-3000

terça-feira, agosto 05, 2008

Informação

Os negócios e a educação

Olho para tela de meu computador todos os dias. Leio as notícias primeiro, talvez como um hábito, aprendido, de muito anos atrás, em que os jornais impressos eram lidos por todos logo pela manhã, hábito que percebemos que está se perdendo ao longo do tempo sendo preterido pela leitura das “últimas notícias” na Internet.

Certa hora pego uma xícara de chá, maçã com canela, e volto para trabalhar e navegar. Nesse tempo administrado descubro os novos emails, de clientes e dos amigos. Ultimamente tenho atualizado meu blog semanalmente e essa prática me ajuda a refletir sobre uma pá de coisas.

Para quem vive a margem da vida que é “envolvida” pela tecnologia da informação e conseqüentemente pela Internet é, muito estranho, quando não difícil, entender os sentimentos que passam pelos “prismas” que filtram os mais variados assuntos lidos, lidos com atenção e certa descrença de quase tudo que se fala a respeito da pretensa imparcialidade da imprensa que reforça a ignorância passiva preservada pela educação pública e seu baixo padrão. Uma mídia, em geral, com um nível de informação deslocado da realidade das pessoas, com temas os mais chochos possíveis. E a responsabilidade é jogada na “mão invisível do mercado”, o consumo dita a oferta do que se publica, um referencial pouco ou nada pedagógico para um país que tem, ainda, milhões sem uma "boa" educação, analfabetos desprezados pelo mercado e a maior parte oriundos de e em escolas públicas que apresentam uma péssima estrutura (baixos salários e formação profissional) para oferecer uma boa educação. A nata dos profissionais que entram no mercado de trabalho é oriunda das escolas privadas. Essa é uma história longa e cansativa.

A época em que vivemos é completamente voltada para um consumo informativo, e a todo o momento nos aparece uma notícia “fresh”, como uma tragédia impensável, um “estouro” que parece mortal, mas, no entanto trata-se de mais um deslize da bolsa de Nova York. São os negócios norteadores do mundo, quem tem ações deve ter necessariamente um coração forte, os batimentos ficam a mercê dos altos e baixos das bolsas de negócios, valores voláteis circulam através de variadas cifras percentuais, que parecem pequenas, mas se referem a incontáveis muitos milhões e milhões de moedas que circulam o globo em segundos, investem e compram de tudo em qualquer lugar. Toda informação que nos cerca tem um sentido determinante na consciência e no comportamento humano. Quando não são as eficientes "tábuas de salvação" que a cada minuto são ofertadas na internet, nas bancas e livrarias. Best sellers, auto-ajuda, ficção, aventura, romance, sexo, popularizados através de preços e leituras fáceis, a maioria “pobre de conteúdo” e deseducadoras; em muitos casos estimulantes do vetor ser-objeto-sexual, quanto a imagem explicita, logo ao alcance da vista e aquisição de todos, indistintamente, sem respeitar a idade ou credo do pedestre passante.

Agora está “bombando” o comercio dos DVD’s "pirata". É, qualquer canto da cidade tem uma banca de DVD’s, tem até carimbos e garantia do camelô. Os filmes são lançamentos e coleções de qualquer assunto, som e imagem. Diversão para toda família a preço de banana. Quem pode com isso? É uma realidade, pegou na veia! O pessoal gostou feito uma moda, e que parece não ser passageira, é negócio rentável (para quem?) e em grande escala, só falta “legalizar” (prá que? tá funcionando!). Que acha? As gravadoras estão se abanando! Aí, nesse angú, tem caroço.

Entre essas informações encontram-se, também, os livros de bolso e revistas, em geral com uma estrela na capa, com estórias de fazer uma telenovela perder o ibope, as auto-ajudas, e as tradicionais com fofocas nacionais e internacionais, que espocam aos montes fazendo alguns editores milionários a custa da pouca instrução e carências referenciais das pessoas.

No mais, procuro uma posição confortável, mas critica, na minha cadeira com braços devido a anos de trabalho de digitação, e vou parar para escrever mais um texto e postá-lo para o meu Blog.

sábado, agosto 02, 2008

Gaia

Primavera em Gaia

Está no rosto de muita gente uma expressão de estar feliz, completo. Parece um retrato de paisagem em dia de primavera: o sol com a sua generosidade nos aquecendo na temperatura média de milhões de anos, alimentando de energia necessária a todos; o ar ainda com os eternos 21% de oxigênio no azul do céu, o nível de radiação das rochas e os campos eletromagnéticos em menor ou maior grau mostra respeito aos seres preservando o equilíbrio do sistema. O acolhimento da mãe Terra se revigora, se regenera. Todos estamos juntos, numa só “pele de energia”, numa grande teia de relações, uma cadeia cósmica, misteriosamente complexa; e necessitamos da companhia um do outro para saber continuar essa dança amorosa. Somos parte do todo e o todo da parte.

A efervescência dos sentimentos humanos evolutivos continua se mostrando a quem se propõe inclusivo, conjuntivo, holístico, em transformação, de mãos dadas com a dinâmica do universo em movimento, num caminhar de mudança entre caos e ordem, na pulsação que a vida se mantém.

Mantemos a disposição para elaborar uma aliança com a natureza, de integração e harmonia, com a consciência aberta e receptiva, capaz de ver o caráter sagrado das coisas, os acenos de valores e significados, buscamos os cursos da evolução (o originário e instintivo, e o da autoconsciência). Muitos querem entender a linguagem das coisas da natureza e decifrar o grande discurso do universo. Quem somos? De onde viemos? Para onde vamos?

na tela ou dvd

  • 12 Horas até o Amanhecer
  • 1408
  • 1922
  • 21 Gramas
  • 30 Minutos ou Menos
  • 8 Minutos
  • A Árvore da Vida
  • A Bússola de Ouro
  • A Chave Mestra
  • A Cura
  • A Endemoniada
  • A Espada e o Dragão
  • A Fita Branca
  • A Força de Um Sorriso
  • A Grande Ilusão
  • A Idade da Reflexão
  • A Ilha do Medo
  • A Intérprete
  • A Invenção de Hugo Cabret
  • A Janela Secreta
  • A Lista
  • A Lista de Schindler
  • A Livraria
  • A Loucura do Rei George
  • A Partida
  • A Pele
  • A Pele do Desejo
  • A Poeira do Tempo
  • A Praia
  • A Prostituta e a Baleia
  • A Prova
  • A Rainha
  • A Razão de Meu Afeto
  • A Ressaca
  • A Revelação
  • A Sombra e a Escuridão
  • A Suprema Felicidade
  • A Tempestade
  • A Trilha
  • A Troca
  • A Última Ceia
  • A Vantagem de Ser Invisível
  • A Vida de Gale
  • A Vida dos Outros
  • A Vida em uma Noite
  • A Vida Que Segue
  • Adaptation
  • Africa dos Meus Sonhos
  • Ágora
  • Alice Não Mora Mais Aqui
  • Amarcord
  • Amargo Pesadelo
  • Amigas com Dinheiro
  • Amor e outras drogas
  • Amores Possíveis
  • Ano Bissexto
  • Antes do Anoitecer
  • Antes que o Diabo Saiba que Voce está Morto
  • Apenas uma vez
  • Apocalipto
  • Arkansas
  • As Horas
  • As Idades de Lulu
  • As Invasões Bárbaras
  • Às Segundas ao Sol
  • Assassinato em Gosford Park
  • Ausência de Malícia
  • Australia
  • Avatar
  • Babel
  • Bastardos Inglórios
  • Battlestar Galactica
  • Bird Box
  • Biutiful
  • Bom Dia Vietnan
  • Boneco de Neve
  • Brasil Despedaçado
  • Budapeste
  • Butch Cassidy and the Sundance Kid
  • Caçada Final
  • Caçador de Recompensa
  • Cão de Briga
  • Carne Trêmula
  • Casablanca
  • Chamas da vingança
  • Chocolate
  • Circle
  • Cirkus Columbia
  • Close
  • Closer
  • Código 46
  • Coincidências do Amor
  • Coisas Belas e Sujas
  • Colateral
  • Com os Olhos Bem Fechados
  • Comer, Rezar, Amar
  • Como Enlouquecer Seu Chefe
  • Condessa de Sangue
  • Conduta de Risco
  • Contragolpe
  • Cópias De Volta À Vida
  • Coração Selvagem
  • Corre Lola Corre
  • Crash - no Limite
  • Crime de Amor
  • Dança com Lobos
  • Déjà Vu
  • Desert Flower
  • Destacamento Blood
  • Deus e o Diabo na Terra do Sol
  • Dia de Treinamento
  • Diamante 13
  • Diamante de Sangue
  • Diário de Motocicleta
  • Diário de uma Paixão
  • Disputa em Família
  • Dizem por Aí...
  • Django
  • Dois Papas
  • Dois Vendedores Numa Fria
  • Dr. Jivago
  • Duplicidade
  • Durante a Tormenta
  • Eduardo Mãos de Tesoura
  • Ele não está tão a fim de você
  • Em Nome do Jogo
  • Encontrando Forrester
  • Ensaio sobre a Cegueira
  • Entre Dois Amores
  • Entre o Céu e o Inferno
  • Escritores da Liberdade
  • Esperando um Milagre
  • Estrada para a Perdição
  • Excalibur
  • Fay Grim
  • Filhos da Liberdade
  • Flores de Aço
  • Flores do Outro Mundo
  • Fogo Contra Fogo
  • Fora de Rumo
  • Fuso Horário do Amor
  • Game of Thrones
  • Garota da Vitrine
  • Gata em Teto de Zinco Quente
  • Gigolo Americano
  • Goethe
  • Gran Torino
  • Guerra ao Terror
  • Guerrilha Sem Face
  • Hair
  • Hannah And Her Sisters
  • Henry's Crime
  • Hidden Life
  • História de Um Casamento
  • Horizonte Profundo
  • Hors de Prix (Amar não tem preço)
  • I Am Mother
  • Inferno na Torre
  • Invasores
  • Irmão Sol Irmã Lua
  • Jamón, Jamón
  • Janela Indiscreta
  • Jesus Cristo Superstar
  • Jogo Limpo
  • Jogos Patrióticos
  • Juno
  • King Kong
  • La Dolce Vitta
  • La Piel que Habito
  • Ladrões de Bicicleta
  • Land of the Blind
  • Las 13 Rosas
  • Latitude Zero
  • Lavanderia
  • Le Divorce (À Francesa)
  • Leningrado
  • Letra e Música
  • Lost Zweig
  • Lucy
  • Mar Adentro
  • Marco Zero
  • Marley e Eu
  • Maudie Sua Vida e Sua Arte
  • Meia Noite em Paris
  • Memórias de uma Gueixa
  • Menina de Ouro
  • Meninos não Choram
  • Milagre em Sta Anna
  • Mistério na Vila
  • Morangos Silvestres
  • Morto ao Chegar
  • Mudo
  • Muito Mais Que Um Crime
  • Negócio de Família
  • Nina
  • Ninguém Sabe Que Estou Aqui
  • Nossas Noites
  • Nosso Tipo de Mulher
  • Nothing Like the Holidays
  • Nove Rainhas
  • O Amante Bilingue
  • O Americano
  • O Americano Tranquilo
  • O Amor Acontece
  • O Amor Não Tira Férias
  • O Amor nos Tempos do Cólera
  • O Amor Pede Passagem
  • O Artista
  • O Caçador de Pipas
  • O Céu que nos Protege
  • O Círculo
  • O Circulo Vermelho
  • O Clã das Adagas Voadoras
  • O Concerto
  • O Contador
  • O Contador de Histórias
  • O Corte
  • O Cozinheiro, o Ladrão, Sua Mulher e o Amante
  • O Curioso Caso de Benjamin Button
  • O Destino Bate a Sua Porta
  • O Dia em que A Terra Parou
  • O Diabo de Cada Dia
  • O Dilema das Redes
  • O Dossiê de Odessa
  • O Escritor Fantasma
  • O Fabuloso Destino de Amelie Poulan
  • O Feitiço da Lua
  • O Fim da Escuridão
  • O Fugitivo
  • O Gangster
  • O Gladiador
  • O Grande Golpe
  • O Guerreiro Genghis Khan
  • O Homem de Lugar Nenhum
  • O Iluminado
  • O Ilusionista
  • O Impossível
  • O Irlandês
  • O Jardineiro Fiel
  • O Leitor
  • O Livro de Eli
  • O Menino do Pijama Listrado
  • O Mestre da Vida
  • O Mínimo Para Viver
  • O Nome da Rosa
  • O Paciente Inglês
  • O Pagamento
  • O Pagamento Final
  • O Piano
  • O Poço
  • O Poder e a Lei
  • O Porteiro
  • O Preço da Coragem
  • O Protetor
  • O Que é Isso, Companheiro?
  • O Solista
  • O Som do Coração (August Rush)
  • O Tempo e Horas
  • O Troco
  • O Último Vôo
  • O Visitante
  • Old Guard
  • Olhos de Serpente
  • Onde a Terra Acaba
  • Onde os Fracos Não Têm Vez
  • Operação Fronteira
  • Operação Valquíria
  • Os Agentes do Destino
  • Os Esquecidos
  • Os Falsários
  • Os homens que não amavam as mulheres
  • Os Outros
  • Os Românticos
  • Os Tres Dias do Condor
  • Ovos de Ouro
  • P.S. Eu te Amo
  • Pão Preto
  • Parejas
  • Partoral Americana
  • Password, uma mirada en la oscuridad
  • Peixe Grande e Suas Histórias Maravilhosas
  • Perdita Durango
  • Platoon
  • Poetas da Liberdade
  • Polar
  • Por Quem os Sinos Dobram
  • Por Um Sentido na Vida
  • Quantum of Solace
  • Queime depois de Ler
  • Quero Ficar com Polly
  • Razão e Sensibilidade
  • Rebeldia Indomável
  • Rock Star
  • Ronin
  • Salvador Puig Antich
  • Saneamento Básico
  • Sangue Negro
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