O ativismo judicial se confirma com a resposta do militante togado Barroso ao lhe cair a carapuça que o PR ofereceu em entrevista a Rádio Guaíba de POA. A essa fala do PR a militância de redação logo se posicionou em apoio ao supremo ativista. O texto a seguir foi compartilhado do Leandro Ruschel ( getrevue.co), que descreve sobre como se deu a querela política em que o supremo Boca de Veludo abre seu dircurso para rebater e fazer oposição declarada ao Executivo.
O PR acusa "o ministro de ter cometido crime ao intervir numa discussão sobre o voto impresso no Legislativo, já que é VEDADO a ministros do Supremo se envolver em atividade político-partidária.”
Texto do Leandro Ruschel: "Poucos casos são mais exemplares de como funciona a manipulação das notícias pela militância de redação em alinhamento ao establishment do que a forma como a Daniela Lima apresentou ao público a denúncia do presidente contra o ministro Barroso.
'Para quem não viu, o presidente Bolsonaro, em entrevista à Rádio Guaíba de POA acusou o ministro de ter cometido crime ao intervir numa discussão sobre o voto impresso no Legislativo, já que é VEDADO a ministros do Supremo se envolver em atividade político-partidária.'
O ministro Barroso se defendeu afirmando que foi até o Parlamento por convite dos deputados e quem mente é o presidente, além de acusá-lo de ser um “mau perdedor”.
A âncora da CNN, Daniela Lima, assim como praticamente toda militância de redação, passou a “noticiar” a versão do ministro.
A imprensa não opera mais para apresentar a realidade de forma minimamente isenta. O objetivo é atacar o presidente e defender qualquer oposição.
O deputado Paulo Eduardo Martins, que foi PRESIDENTE da Comissão do Voto Impresso, a melhor fonte possível sobre o tema, corrigiu Daniela, informando que Barroso foi convidado para discutir a medida na Comissão mas se negou a fazê-lo, indo depois falar numa Comissão Geral no Plenário.
A militante insistiu no “erro”, e ainda acusou o deputado de estar desinformando o público. Novamente, Paulo explicou que após reunião com líderes partidários a Comissão foi modificada, e que esse era o ponto importante da discussão levantada pelo presidente da República.
Sem se dar por vencida, a militante novamente negou que postou uma inverdade: que Barroso teria ido a Comissão do Voto. Não foi. Três convites foram aglutinados para discussão no Plenário, na Comissão Geral, onde ele não seria “apertado” por opositores.
Ao invés de apresentar os fatos e deixar o público decidir o que aconteceu, a militância de redação simplesmente opera em modo de propaganda política de oposição.
Vejamos a sequência de fatos:
Ministros do Supremo deixaram muito claro a sua posição contra o voto impresso DESDE SEMPRE, derrubando medida aprovada pelo Congresso em 2015, com amplo apoio parlamentar. A justificativa utilizada foi que o voto impresso não respeitaria o sigilo do voto, o que não é o caso.
Com isso , houve NOVA iniciativa do governo, agora através de uma PEC, o que deixaria a medida mais difícil de ser derrubada novamente pelo Supremo. Havia na Comissão do Voto Impresso maioria para aprovar a medida. Barroso foi convidado e não foi na Comissão.
Por pressão das lideranças, o convite à Comissão do Voto se transformou em Convite para Comissão Geral, no Plenário da Câmara, um ambiente com menos espaço para questionamentos e para o contraditório. A informação pode ser conferida no próprio site do TSE.
Durante esse período, há amplas fontes na própria imprensa noticiando a pressão dos ministros da Corte Eleitoral contra a implementação do voto impresso, culminando numa reunião com todos os caciques partidários no final de junho/2021.
Após a reunião, os caciques efetivamente TROCARAM os membros da comissão que eram favoráveis ao voto impresso, por deputados contrários à medida. Com isso, a medida não passou na Comissão. Esses são fatos que a militante da redação da CNN não apresentaram ao público.
Posteriormente, Arthur Lira levou a matéria à votação no Plenário. Mesmo com toda a pressão contrária, e o abandono da pauta pelos líderes, a medida ainda contou com a maioria dos votos (229x218), apesar de não os necessários para aprovar uma PEC (308).
Alguém consegue honestamente afirmar que NÃO HOUVE pressão política de ministros sobre parlamentares para enterrar o voto impresso? Conforme a própria imprensa noticiou, a articulação para derrubar a medida foi muito mais extensa do que uma fala do ministro no Plenário da Câmara."