Mãos limpas, o tempo nos ensina justiça.
O tempo nos ensina a hora de limpar e cortar as unhas. Unhas e mãos limpas tornam a nossa vida mais saudável. Quando deixamos de lado esse trato, alguém nos fala com um certo sentido crítico, observador, inconsciente ou interferindo no processo quando ainda somos criança, desleixados ou incapaz. Mesmo porque, unhas e mãos limpas evitam odores, o aspecto de sujeira, inclusive os contágios e enfermidades que advém naturalmente com o contato diário com objetos, na relação social, nos procedimentos praticados e em algumas atividades que exercemos.
Mas, porque falar sobre unhas e mãos limpas? O que me fez lembrar, acordando essa hora, do tempo que nós percebemos de ter de cuidar das nossas mãos e unhas?
Percebo então que o tempo em determinados casos não pode ser como é, a única justiça. Li algo sobre esse tema ontem. Não esquecer que a sujeira do ilícito, da interferência por relações de interesse, o ódio transferido para o tecido social, a improbidade administrativa, o jeitinho dado no trato da coisa pública através da propina, o jogo decadente e nojento da velha política que, resiliente, tenta por todos os meios procrastinar o seu poder quase onipresente e corrupto. Tudo isso está em cheque, ou pelo menos encontra-se em conflito com os novos interesses da sociedade, mesmo contra os estertores de oligarquias políticas, o foro privilegiado, os desatinos das raposas de toga, as ações violentas de corporações e organizações criminosas. Mas o tempo continua sendo a justiça. E essa agora de voto em lista fechada? Descarou de vez.
Infelizmente constatamos esse histórico atraso imposto pelas incompetências laureadas, as práticas econômicas da ilusão, as custosas desonerações, as criatividades pedaladas, as absurdas taxas de juros prejudiciais a economia, assim como as leniencias indevidas, sendo o seu trato necessário ainda dependente do velho e justo tempo. Oh tempo rei, oh tempo rei.
As próximas eleições, parece, funcionarão como um cortador de unhas, a água e sabão que chegará com o nariz aguçado dos eleitores enganados no passado, na medida do possível, considerando as leis, os costumes e as regras locais, quem dera viesse com a força de uma Lava Jato.
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