CHILE E URUGUAI: O QUE PODEMOS APRENDER COM ELES?
Marcelo de Oliveira Passos, Facebook, 28/10/2019.
O Chile é o país com IDH mais alto da América Latina. E com a segunda renda per capita. O Uruguai, esse país ótimo que está mais próximo de mim do que a cidade de Porto Alegre, passou o Chile recentemente e tornou-se o país com maior renda per capita da América Latina.
O que há em comum entre os dois?
1) Ambos são dependentes de exportações de commodities. O Chile é dependente das exportações de cobre, vinhos, frutas e salmão. O Uruguai depende das exportações de carne bovina e ovina, lã, couro, lácteos e grãos.
2) Ambos dependem bastante das receitas advindas do turismo.
3) Adotaram políticas econômicas (fiscal, cambial e monetária) que seriam consideradas pelos leigos em Economia como "ortodoxas" ou "neoliberais". E fizeram isto mesmo tendo vários governantes de esquerda e centro-esquerda nas últimas décadas (Pepe Mujica e Tabaré Vasquez, no Uruguai, e Michelle Bachelet e Ricardo Lagos, no Chile).
4) Implementaram várias reformas sociais importantes, como o programa de erradicação de favelas, no Chile; investimentos maciços no ensino básico, médio e superior (o ensino superior no Chile é o melhor da América Latina, vários indicadores apontam isto, apesar da revolta recente dos estudantes).
5) Como são países com população relativamente pequena, o que significa mercados também pequenos, adotaram políticas de abertura ao comércio internacional (o Mercosul e o Acordo UE-Mercosul, no caso do Uruguai, e, no caso chileno, o Pacto Andino, os vários acordos bilaterais, entre os quais destacam-se os acordos com os EUA e com a UE).
6) Realizaram medidas microeconômicas que melhoraram muito o ambiente de negócios. Hoje, os dois países atraem investimentos estrangeiros facilmente, mesmo tendo mercados pequenos. Simplesmente porque suas instituições são "market friendly", ou amigáveis ao capital externo e ao mercado. Possuem níveis baixos de violência, corrupção, respeito aos contratos e segurança jurídica
O que há em comum entre os dois?
1) Ambos são dependentes de exportações de commodities. O Chile é dependente das exportações de cobre, vinhos, frutas e salmão. O Uruguai depende das exportações de carne bovina e ovina, lã, couro, lácteos e grãos.
2) Ambos dependem bastante das receitas advindas do turismo.
3) Adotaram políticas econômicas (fiscal, cambial e monetária) que seriam consideradas pelos leigos em Economia como "ortodoxas" ou "neoliberais". E fizeram isto mesmo tendo vários governantes de esquerda e centro-esquerda nas últimas décadas (Pepe Mujica e Tabaré Vasquez, no Uruguai, e Michelle Bachelet e Ricardo Lagos, no Chile).
4) Implementaram várias reformas sociais importantes, como o programa de erradicação de favelas, no Chile; investimentos maciços no ensino básico, médio e superior (o ensino superior no Chile é o melhor da América Latina, vários indicadores apontam isto, apesar da revolta recente dos estudantes).
5) Como são países com população relativamente pequena, o que significa mercados também pequenos, adotaram políticas de abertura ao comércio internacional (o Mercosul e o Acordo UE-Mercosul, no caso do Uruguai, e, no caso chileno, o Pacto Andino, os vários acordos bilaterais, entre os quais destacam-se os acordos com os EUA e com a UE).
6) Realizaram medidas microeconômicas que melhoraram muito o ambiente de negócios. Hoje, os dois países atraem investimentos estrangeiros facilmente, mesmo tendo mercados pequenos. Simplesmente porque suas instituições são "market friendly", ou amigáveis ao capital externo e ao mercado. Possuem níveis baixos de violência, corrupção, respeito aos contratos e segurança jurídica
Em suma, a burrice político-ideológica (que todos os países possuem, em maior ou menor grau), não afeta a qualidade das instituições uruguaias e chilenas. Os embates político-ideológicos extremados só tem lugar no ambiente político-partidário e nas eventuais revoltas populares nesses dois países. Tais embates não contaminam a formulação e execução das eficazes políticas econômicas e públicas (inclusive as políticas sociais). E isto ocorre independentemente de o governo ser de esquerda ou de direita.
O atual presidente do Chile, eleito para seu segundo mandato, é Sebastian Piñera, de orientação de centro-direita. Sofre pesada oposição da classe estudantil e de grande parte das camadas menos favorecidas, que inclinam-se para os partidos de esquerda. O Chile também vive nos anos mais recentes uma fase de crescimento econômico modesto, em razão do preço de seus principais produtos exportáveis estar depreciado. Ainda assim, conseguiu crescer bem mais do que o Brasil desde os anos 1980 até agora.
O atual presidente do Chile, eleito para seu segundo mandato, é Sebastian Piñera, de orientação de centro-direita. Sofre pesada oposição da classe estudantil e de grande parte das camadas menos favorecidas, que inclinam-se para os partidos de esquerda. O Chile também vive nos anos mais recentes uma fase de crescimento econômico modesto, em razão do preço de seus principais produtos exportáveis estar depreciado. Ainda assim, conseguiu crescer bem mais do que o Brasil desde os anos 1980 até agora.
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