Finalmente, Espanha
por
Paul Krugman
Eu sempre vi a Espanha, e não a Grécia, como o país
quintessencial da crise do euro. Com o governo Rajoy se recusando –
corretamente – a adotar mais austeridade, o foco está agora onde
possivelmente deveria estar o tempo todo.
E com a Espanha agora na frente e no centro, o equívoco
essencial de todo o foco da política europeia fica absolutamente transparente.
A Espanha não entrou nessa crise por ser fiscalmente irresponsável; eis uma
pequena comparação:
E embora agora digamos que o superávit antes da crise inflou a
bolha, Martin Wolf assinala que o Fundo Monetário Internacional
julgou aquele superávit estrutural.
A questão é o que fazer agora. A Espanha precisa claramente
ficar mais competitiva; talvez as reformas no mercado de trabalho que ela está
tentando implementar façam o truque, embora eu tenda a ser cético; se não, a
questão será de deflação relativa gradual – ou saída do euro e desvalorização.
O que está claro é que aumentar ainda mais a austeridade não
ajudará; apenas reforçaria a espiral descendente, e traria para mais perto a
possibilidade de uma verdadeira catástrofe.
Fonte:
Estadão | Economia & Negócios | Blogs, 08/03/2012
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