A síndrome* de liberdade.
O Supremo falou sobre a permissão? Então podemos pensar, falar, criticar e ter opinião sobre o que quisermos, mas só quando for autorizado.
Parte do Congresso, passivamente, apoia a decisão de ativistas do Supremo, criativos que interpretam a Constituição, nunca escolhidos pelo voto da população, invadem funções de outros poderes e chegam a legislar, querem governar sem terem tais atribuições legais.
Mas chegou a hora de removermos o estigma, definido pelo Sistema, de que a liberdade é um mal causado desnecessariamente por algumas opiniões, frases ditas discriminatórias no acordo de conveniência entre o Supremo e o Executivo em exercício para a manutenção do poder. Os critérios e limites para a existência da oposição foram decididos pelo Foro de São Paulo, que é a voz da lei instituída pela ditadura da esquerda e sua organização colocada no poder.
Tem uma teoria sobre o que causa essa “síndrome”. No momento a grande maioria foi acometida pelo que está praticamente sendo tipificado como “síndrome”, a “síndrome da liberdade” pelo ativismo do judiciário, pelo regime do Supremo/PT, pelo Consórcio da militância de redação e um punhado de frouxos, políticos que se vendem e fazem eco no Congresso a orquestração da ditadura. Os que lutam pela liberdade, os que querem retomar o direito de opinião, querem a liberdade de expressão, as liberdades democráticas, segundo a ditadura, passam a ser portadores da síndrome de liberdade. E o Sistema apesar de negar suas ações de censura, ações persecutórias contra adversários, porém, na hipocrisia de defesa da “democracia relativa”, a democracia Maduro, exercem a censura, tentam impedir a existência e até extirpar qualquer oposição ao regime.
Buscar a liberdade passou a ter o significado ou condição de portar uma doença, deficiência cognitiva ou virar um marginalizado por atentar contra o “estado de dinheiro”, qualquer ideia, opinião e publicação contrária ao regime feitos pela direita vira “ato antidemocrático”. O que é apenas uma reação humana natural a uma situação que não é natural tornou-se uma coisa perigosa aos olhos dos agentes do regime, do seu Ministério da Verdade. A reação à censura, à ausência de liberdades democráticas, ao cerceamento de direitos fundamentais e conquistas há muito consolidados numa democracia, passou a requerer coragem, resiliência, recursos legais que ficam cada vez mais difíceis de serem alcançados, e a organização, mobilização permanente também.
Não nascemos para viver debaixo do tacão do autoritarismo, de ordens abusivas de títeres, ninguém vive dignamente sob ditaduras.
Nenhum de nós anda ou andou em linha reta ao seguir na vida por coação, imposição de regras absurdas, por mais de dias, meses, anos, caminhou subjugados ao que seja determinado em estado de exceção. Com exceção dos que se entregam e se submetem a regimes crueis, foras da lei, ajoelhados para doutrinas que roubam a individualidade, pois requer compromisso com o mal e pensamento único, são todos os que cerceiam a reflexão e a possibilidade de ter opinião sobre os fatos, a realidade.
Antes você não sabia o que acontecia, os fatos podiam ser alterados por narrativas de conveniência ao jogo de partidos da esquerda, ao poder instalado e mantido sem questionamentos, porque não tinha como saber. Agora, após a revolução da internet, a expansão das relações e dimensão das redes sociais, a democratização da informação, todos podem, devem, se quiserem, saber sobre os fatos e sua origem. Antes a mentira era o normal. O sistema sabia das coisas, sabia manipular a informação e dados, e conseguia. Pagavam, subornavam, e as mídias que antes podiam fazer um certo jornalismo, passaram a assumir que são militantes, canais que obedecem ao poder que lhes sustentam e a quem subsidia seu trabalho de fazer propaganda oficial, sustentam e defendem ideias e projetos do governo, com claro viés ditatorial.
*A palavra síndrome vem do grego συνδρομή, que significa "concurso, afluência".
As síndromes provocam um conjunto de sinais e sintomas que ocorrem ao mesmo tempo e que podem ter causas variadas, assemelhando-se a uma ou a várias doenças. Costuma-se denominar também de síndrome uma condição que ainda não tem uma causa bem definida.
As síndromes podem ter origens diversas, e por isso, pode ser difícil fechar um diagnóstico sobre as causas desse quadro vulnerável.
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