quarta-feira, janeiro 08, 2025

O que significa viver numa ditadura

Fernanda Torres manda indireta a Bolsonaro na Globo, passa vergonha e vira meme!

Por Luiz Galeazzo, Oi Luiz, 10/12/2024.

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Algumas coisas não mudam nunca, por exemplo, pegue 10 filmes nacionais, três serão sobre a polícia matando os heróis traficantes, outros três sobre a ditadura militar, dois sobre a perseguição a minorias, um será uma comédia de um ex Global, um será um infantil com alguma apresentadora de TV, os 10 filmes terão muita gente pelada e beijos LGBT e terão reunido um total de 318 espectadores no Brasil inteiro, 250 pagando meia entrada ocupando o lugar de filmes verdadeiramente rentáveis. 

A Fernanda Torres está se destacando agora num filme da Globo filmes sobre ditadura militar bem na época em que a Globo acusa Bolsonaro de tentar dar um golpe e instalar uma ditadura militar. Ou seja, é óbvio que a Fernanda seria chamada para falar na Globo. O resultado é a entrevista mais sem noção da história de aquela do jogador Marcinho, “você sentiu alguma coisa Marcinho”... eu tô debilitado, comecei o jogo, a tarde toda tive caganeira, cagando pura água, eu muito debilitado. Falei professor, falei que não dá, porque eu tô tremendo”. Beleza valeu Marcinho, debilitado, acredita, é pior que isso.

A artista petista e dependente química da Lei Rouanet, Fernanda Torres, deu um novo passo entre as grandes premiações do cinema nessa segunda-feira ao conquistar uma indicação de melhor atriz em filme dramático do Globo de Ouro, por sua atuação em “Ainda estou aqui”, também nomeado na categoria de filme estrangeiro. O filme é só mais um numa pilha interminável de mais ou menos uns 850.000 filmes brasileiros falando sobre a ditadura militar, ele é baseado no livro autobiográfico do escritor petista Marcelo Rubens Paiva sobre a luta de sua mãe Eunice Paiva, após os problemas que o marido teve com os milico. Como já era de se esperar o filme foi abraçado, mimado, e lambido pelos inteligentinhos de todos os cantos do mundo, ganhou prêmio de roteiro no festival de Veneza, foi o filme escolhido no Brasil para tentar a sorte no Oscar, e muita gente já fala numa indicação pelo menos de melhor atriz para a Fernanda Torres. Nada impossível dada a infestação de esquerdistas em Hollywood e o lobby forte do diretor Walter Salles Júnior e sua família por lá, também basta lembrar que em 2019 Democracia em Vertigem, um documentário pró Dilma, tão mentiroso e mal feito, que parecia ter sido dirigido por uma criança de 7 anos que caiu 72 vezes de cabeça do berço, concorreu ao prêmio, mas só prêmio não enche barriga nem bolso, e por isso a Fernanda Torres provavelmente a pedido de seus patronos Lula e Janja começou a fazer o circuito de entrevistas repetindo feito um papagaio que “democracia é bom, viva democracia, ditador é ruim”, esquecendo que o Brasil é uma ditadura do Judiciário, que censurou, mandou para o exílio, prendeu e até matou gente que discorda desses líderes. Dessa vez, ela mostrou como está com a narrativa decorada e ensaiadinha para jornalista e assistente de palco do Lula, Andreia Sagui, digo Sadi… Fernanda: “E aí Sadi, tô aqui em Londres, hoje tem uma sessão do filme, e aí meio-dia, ali veio a indicação com meu nomezinho no meio de tantas mulheres incríveis, realmente devo muito a Eunice Paiva, e essa indicação significa um trabalho imenso e eu acho que é um resultado também do que o filme é no Brasil, sabe, eh o impacto do filme no Brasil também cria uma ideia da importância desse filme, eh não só no nosso país mas no mundo, que impulsiona as indicações, não só minha como do filme, então eu e Walter ali, 25 anos depois da mamãe com ele, isso é, ainda estamos aqui. O DNA pelo menos continua, do Walter, o meu, o meu eu peguei aquele DNA e tô levando um pouquinho mais para a frente, eh mas é resultado, acho, de um livro, é resultado eh dessa família incrível que são os Paiva, que sofreram uma brutalidade do Estado, um assassinato, assassinaram o Rubens, da mulher que é Eunice, é da forma como ela ela dizia uma coisa incrível, eu não sou vítima, vítima é o país, e a maneira como ela lutou pelo reconhecimento do que fizeram com Rubens Paiva, da maneira como essa mulher lutou pelo reconhecimento de reservas e indígenas no Brasil, depois da maneira como ela participou da Constituição de 88, a Eunice e o Brasil são quase sinônimos, e aí esse filme ganhar essa repercussão por causa dessa mulher, por causa dessa mulher que criou o Marcelo e toda a família, todos os Paivas são incríveis, mas o Marcelo que escreve esse livro e a literatura inspira o Walter a finalmente fazer um filme sobre uma casa que ele conheceu, que ele viveu, uma casa que transformou ele, então é tudo tão bonito, assim, é tudo tão bonito, e num ano muito difícil com filmes incríveis é uma safra de performances de atrizes e de filmes, muito difícil, então a gente tá ali no meio de tanta gente incrível e a gente tá por causa da honestidade dos Paiva, desse filme, dessa mulher extraordinária chamada Eunice Paiva, tô muito feliz, muito feliz que muita gente muita gente nova esteja pensando o que significa viver numa ditadura através desse filme, muita gente nova pensando ah era assim, porque não entendia, cresceu na democracia e acha que aquilo é de graça, ditadura é um negócio pesado, é um negócio muito ruim, então tô muito feliz, muito orgulhosa, e assim, muito orgulhosa de ter da cultura do Brasil e da arte no Brasil, das pessoas estarem tão orgulhosas da nossa cultura, da nossa música, da nossa literatura, do nosso cinema, e dos atores, entendeu, nós, o Brasil vale muito a pena, beijo grande, tchau”. 

Muita gente nova está pensando no que significa viver numa ditadura através desse filme… Não Fernanda, os jovens não precisam desse filme para saber o que significa viver numa ditadura, é só botar a cara para fora de casa ou tentar postar algo contra o STF, você acha que as filhas do Clesão, morto na prisão por ter participado de uma manifestação não sabem o que viver numa ditadura, você acha que o seu filmeco tem algo a ensinar sobre a ditadura para os filhos de seis e 9 anos da cabeleireira Débora dos Santos, que pode ficar 30 anos na cadeia por ter escrito “perdeu mané” com batom numa estátua, eu conto ou vocês contam, a inteligentinha pagando diante da ditadura, enquanto o regime que ela tanto lambe prende manifestantes por 17 anos, encarcera donas de casa, persegue padres e mata um pai de família, o Clesão, do mesmo jeito que mataram o pai do Marcelo Rubens Paiva no filme. 

Depois que a esquerda passou a defender prisões ilegais, mortes em cadeias, prisão de ambulantes e de mendigos, qualquer choro sobre a ditadura de 64 não pode ser levado a sério. Perderam toda a moral e provaram que na época só não fizeram o mesmo que os militares porque não podiam. Agora que podem estão fazendo. A falta de vergonha na cara de Marcelo Rubens Paiva e da Fernanda Torres é mais evidente do que a falta de testosterona do Felipe Neto, eles falam bonito sobre justiça e memória, quando o assunto é a ditadura que levou o pai de Marcelo, mas quando toca em feridas abertas hoje, como a repressão aos presos do 8 de janeiro, que aliás já levou a vida de Clériston, a voz some, ficam quietinhos, eles se beneficiam das leis de incentivo à cultura, mas quando é hora de criticar o abuso de poder da esquerda que financia suas performances, o silêncio é ensurdecedor. Olha só com quem a Fernanda tava outro dia em Nova York; Lula ao celular: “olha o prazer ter te ouvido hoje lá Fernanda, você diz que é a favor da democracia e que a ditadura é uma coisa ruim”. Então, como é que você é amiguinha desse casal que quer censurar as pessoas, desse casal que tem amizade com ditadores como Maduro, Ortega, Putin, Xi Jinping, como é que você anda com esse sujeito, que tem parceria com a ditadura de Cuba, que já dura mais de 60 anos, e com o Irã que prende e mata mulheres que não usam hijab. A moral que defendem é só um teatrinho, uma peça mal ensaiada com um roteiro sem coerência e cheio de furos. É fácil posar de heroína em filme, mas quando se trata de lutar pelas causas que não lhes abrem as portas dos cofres públicos, eles tiram a máscara de herói e vestem a carapuça do conveniente. Claro, Lula já deu um jeito de pegar carona na indicação da Fernanda na torcida Golden Globes, é a refilmagem da Noiva Cadáver. Nossa que trio, perfeito para um filme de terror, mas até isso foi zoado, atores, atrizes e similares são uma classe de pessoas que não tem uma personalidade definida. Talvez isso aconteça devido à profissão, já que passam a vida toda fingindo serem outras pessoas, muitas vezes nem eles mesmos sabem direito quem são, não é à toa que essa classe de profissionais é sempre muito requisitada por governos totalitários quando precisam dos cidadãos, no caos e o fracasso do seu governo. Enquanto a patota dos viva cultura brasileira usa técnicas de repetição e manipulação psicológica para criar no imaginário público uma ameaçadora ditadura cenográfica, o estado totalitário que está sendo construído no Brasil com o apoio total desses mesmos artistas ricos, segue jogando senhoras de idade, mães e pais de família nos calabouços da polícia política a favor do regime. A Fernanda e seus coleguinhas são colaboracionistas do Estado de exceção, narcisistas patológicos beirando a sociopatia, criando as condições totalitárias que no mundo fictício fingem combater. Fernanda Torres desfilando no tapete vermelho e fazendo discurso político pela democracia, enquanto trabalhadores apodrecem na cadeia por terem se manifestado contra um governo é um deboche perverso contra todas as vítimas reais da tirania em andamento no Brasil. Faça um filme sobre as ditaduras venezuelana e Cubana, Fernanda, você bem que podia colher uma entrevista com o Lula para enriquecer o roteiro do Foro de São Paulo, o nove dedos entende como poucos, Fernanda. Quando você interpretar a viúva do Clesão num filme sobre a ditadura de hoje, você me avisa tá, até lá, eu vou continuar preferindo ver o filme do do Pelé: “Eu comia calango quando era menino, a gente saía correndo atrás dos calanguinho, calanguinho, calanguinho, pegava o calanguinho e comia com ovo. Eu sou analfabeto, minha mãe era analfabeta, meus irmãos tudo analfabeto, meus primo analfabeto, meus cunhados era analfabeto, meu cachorro analfabeto, meu gato analfabeto, e eu me orgulho disso” (Lula).

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