É vero. Quanto mais vezes eu leio, tanto mais outras maneiras de reparar o que vejo. É interessante como um poema surge, quando é possivel fazer uma re-leitura de outros poemas que fiz me dá vontade de fazer outro. Esse poema abaixo resultou de um sentimento novo depois das vivências (da biodança) da última quarta-feira, e após uma leitura mais recente do meu livro "A Dança da Vida"; posso dizer que..., um momento significativo de "danças transformadoras". Algumas vezes os sentimentos explodem, outras se acanham e morrem. Existem muitas maneiras fáceis de desistir da vida, viver bem é uma arte. Acho que escrever mostra as muitas maneiras de ver e "reparar" na vida. O José Saramago ao escrever o "Ensaio sobre a cegueira" nos disse: "Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara".
Escrever é uma forma de libertar o espírito.
Linhas das mãos
Aprendemos a mudar e abrir o nosso sorriso
Olhos internos nos lança ao céu caçando pipas
Nos abraços vemos segredos velados por anjos
Um convite solta da alma o néctar do nosso mel
Transformação bem-vinda numa carta escolhida
Uma hora chega o desejo de dançar essa entrega
Estimado espírito que se desenvolve enquanto caos
Indomada energia na vibração da esperança certa
Passeamos pela música encontrando outras notas
Ao som do coração que nos encanta ao nos tocarmos
Contornando a mesma pele na dimensão dos sonhos
Dando ao corpo movimentos de algo com asas
Novos sentidos soletram nossas linhas das mãos
Toda fibra que temos retoca em todos um relevo
Espaços que se prestam a chão mudando o esteio
Embaraçando os fios da vida em um único novelo
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