Nos 30 graus do outono
Minha nuca dói, pode ser que seja a pressão (16 por 9!!!!), talvez baixe logo ao normal, me deixe retomar as tarefas do dia que virou noite. Fico escutando, baixinho, a Diana Krall em “Maybe you’ll be there”, as tensões parecem que se desarmam nos meus ombros, escorregando devagar numa rota corporal descendente, por estruturas, dobraduras, pelos pontos de energia, até sumirem desatando os nós dos músculos aliviando um tanto meu temor já medido no aparelho digital.
Sigo na esperança de atualizar os estudos dessa semana passada. “Maybe...” me ajuda nesse momento no relax, regula pouco a pouco minha febre pela boa música, que está presente em quase todas as horas do dia-a-dia. Apenas procuro um dial não comercial. Pego a guitarra e complemento o calor da emoção em harmonia, “levo” o coração na mão com algumas canções minhas, são composições recentemente criadas. Logo dou uma pausa.
Volto a escutar a Lastfm, a Nina Simone cantando “Feeling Good”. Madeleine Peiroux vem chegando sensível e bate à porta da veia musical. A primeira vez que ouvi o seu CD “The Half Perfect World” foi uma sensação gostosa, resgatando coisas que imaginava ter esquecido há tempos, uma descoberta do verão passado com ela cantando “The Heart of Saturday Night” e “Little Bit”, me fez “ganhar” uma viajem até os anos ’60. Outra voz que cai bem na minha sintonia é a da Norah Jones, escute “Shoot the Moon”.
Então, vem a Billie Holiday, subitamente me arrepia “chorando” suavemente a linda “Lady Sings the Blues” e “I’ll Beeing See You”. Fico leve, me sinto melhor. Em uma seqüência incrível a Anita O’day canta “That Old Feeling” e a noite segue com “Quiet Fire” com a Melody Gardot, “Cry Me a River” pela divina voz de Dinah Washington, e é a vez de Natalie Colie (“You Gotta Be”), se ficar listando toda “constelação” vou sobrar na madrugada, vou nessa... Paro de escrever derretendo no calor de 30 graus do outono soteropolitano, e sou só ouvidos.
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