“A única revolução possível é dentro de nós.” Mahatma Gandhi
“Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma para SEMPRE!” Clarice Lispector
Colhi essas duas frases e quis assim vê-las juntas, como se conectam em seus saberes. O Gandhi, aparentemente frágil, iluminado, enfrentou as suas tempestades buscou a identidade do seu povo e do seu país, e ainda continua presente nas “revoluções” que acontecem em cada um (filhos) ainda hoje. A Clarice “claramente” forte, uma mulher que viveu as suas “tempestades”, sempre em evolução, determinada, suave e permanente feminina. Isso me levou a pensar que as revoluções e as tempestades, a chuva e o sol interiores são semelhantes, conexões que muitas vezes nem percebemos.
E entre as lágrimas, chuvas, tempestades, marés, me vi como um simples pescador, que em sua pequena jangada (uma lembrança de minha infância lá em Maceió) vai navegando com um sentimento de permanência, se achando seguro em meio as contradições do oceano, sobre ondas, ventos e correntezas que o conduz a superar os medos e a chegar a um lugar melhor mesmo em meio a tempestade, e volta a pisar na terra com seus peixes, fruto de suas próprias mãos.
Em um dado momento, ainda que o curso seja imprevisível, o sorriso, a ajuda do outro vem, e combinado á mudança necessária, traz uma certa sabedoria.
Os mergulhos, que sejam necessários, ainda que não saibamos o que acontece. A dança, a respiração, esses mergulhos que provavelmente trazem a “mornidão” gostosa do afeto, dos olhares, dos abraços, do sol que carregamos, sobre a face molhada pelas lágrimas salgadas.
Sentir que “o amor dança ao redor” é poético e emocionante. Tudo re-começando, o incrível processo de saber viver a vida, melhor, re-fazendo cotidianamente o coração que segue conhecendo a força e a direção das correntezas das dificuldades, “como se tudo fosse possível, como se o amor tudo pudesse mudar.”
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