terça-feira, novembro 29, 2022

Esse momento histórico é inesquecível

 Esse momento é inesquecível. Quem não está ou não esteve solidário a esse movimento não tem consciência da realidade objetiva, nem do perigoso caminho que os tomadores do poder estão empurrando a história, editando os fatos e criminalizando opinião.



sexta-feira, novembro 25, 2022

Síntese da fraude eleitoral na ditadura do judiciário

Síntese da fraude na ditadura do judiciário 

Cada vetor do golpe, um dos aspectos do mal inerente ao totalitarismo, resultante da fraude eleitoral, foi provocado pelo mesmo disruptor: a ideologia da esquerda. Contaram com o ativismo judicial e o silêncio, cúmplice, da pior parte do Congresso. Esse processo pôde ser manifestado como consequência de um plano vil pela tomada do poder, venalidade ou pura estupidez, mas, no fundo, tinha a ver com a mesma característica: uma resistência persistente de vingança, uma ação destrutiva a agir por egoísmo em prol do bem dos seus militantes, do partido, do objetivo já explícito por uma ditadura do judiciário a preparar o banquete de um governo autoritário. Nenhum empenho ou campanha, por parte da esquerda nessas eleições, se deu por liberdade, liberdade de expressão ou sinceramente por nossa democracia.

Na fraude eleitoral, com a invasão e violação dos dados inseridos nas urnas, registrou-se a existência desse mecanismo. O indesejado era a descoberta e revelação desse plano, o que aconteceu. Logo o medo bateu nos autores da manipulação. Medo da revolta e repúdio da população ao vir toda a trapaça ao conhecimento público. Junto a isso, o pior aconteceu para essa gangue, o estudo técnico científico das informações gravadas, o que pode ocorrer para o uso benigno, uma possibilidade inerente a essa tecnologia. Os dados foram obtidos direto da instituição responsável pelo processo de organização das eleições e conhecimento dos logs registrados pelo sistema utilizado nas urnas.

domingo, novembro 20, 2022

É a ideologia, imbecil.

 É a ideologia, imbecil.

Assisti Andor, uma série baseada na trilogia Star Wars, está no aplicativo da Disney. Uma das histórias, que como outras contadas em outras séries tiradas do conflito entre o Império e a rede dos rebeldes leais à resistência dos jedis, são insurreições latentes, paralelas ao mal trazido pelo regime opressor do Dart Vader e seguidores dos sits.

Destaquei uma cena onde ocorre um encontro entre um agente espião dos rebeldes, infiltrado no alto comando do Império, e um aristocrata de status relevante na sociedade dominada por uma casta leal aos dominantes, ele também é um colecionador renomado de peças artísticas valiosas, relíquias históricas e artefatos de guerra de povos do passado, e um líder maior da rede dos rebeldes. 

Nessa cena, pude observar a riqueza da trama desenvolvida no episódio, a complexidade das relações através das quais acontece uma ação dramática emocionante, e as reviravoltas de forças em confronto, que os rebeldes uma dada hora se dão bem, às vezes, pela violência da perseguição dos comandantes das tropas imperiais converte-se em inevitáveis perdas com  eliminação de habitantes da comunidade aliados dos rebeldes, alguns timidamente envolvidos no desconhecido plano contra o império.

Aqui, em alguns minutos, pude entrar subitamente por uma área da minha imaginação que me levou a um instante do passado, nem tão distante, porque ainda guardo na memória como se fosse ontem, está presente em minha lupa de observador, fiel aos fatos, naquela época um participante ativo.

Os sentimentos de quem viveu de forma consciente, no mundo do final dos anos sessenta e a década de setenta, foram levados ao extremo da natureza humana, íamos em frente por mudanças internas e exteriores. Um dos aspectos disso foi o dia a dia de reflexão sobre as questões das liberdades, elaborada, escrita por pensadores e a importância do trabalho voltado para a formação de grupos de ação contra o regime militar, as coisas eram muito difíceis, conflitantes até internamente ao debatermos, era uma intensa busca por conhecimentos atualizados entregues por uma elite intelectual do movimento da esquerda, com o foco nas análises de conjuntura e nos horizontes que devíamos agir, com rara cautela pela restrita vida em um regime de exceção,  que tínhamos de driblar da repressão, nos obrigando a temer mesmo as nossas paranóias, nos protegendo na clandestinidade e agir nas várias frentes de operação que construíssemos, nas universidades, nas fábricas, bancos e empresas nas quais fosse possível cooptar e treinar voluntários, novas células, organizadores profissionais da classe, que seriam futuros líderes de uma organização internacional.

Para não me alongar nesse capítulo da formação de militantes e líderes vou contar como esse comprometimento se encaixa e se dava para aqueles que em sua dedicação à luta de classes estava entregando seu futuro e sua consciência, sem volta, para onde todos os aspectos da vida lhes eram tomados. E assim a cada tarefa o militante não deveria mais pensar, ter dúvidas, quanto ao processo iniciado e sua dimensão, a importância do seu esforço em contribuição à revolução vindoura se dava, verdade absoluta, em favor da sonhada ditadura do proletariado.

É claro que houveram mudanças com a absorção da teoria, um roteiro de educação, gramsciana por grande parte do movimento da esquerda, e mais para frente por suas ramificações e grupelhos dissidentes. Embora desconheça o que a doutrinação silenciosa e seus mentores tenham sido obrigado a tratar, se adequar e se fragilizar para obter o apoio de inúmeros segmentos da sociedade, da classe média, a que tanto desprezava, logo se veria hordas nas ruas e seitas de parcelas desse status social a apoiar palavras de ordem da esquerda radical, o que trouxe como resultado a expansão e penetração da ideologia anticapitalista nos vários setores da cultura, da mídia do jornalismo e do mundo acadêmico, também fazendo das universidades uma colônia de animais a serem preparados para tornarem-se analfabetos funcionais e só pensar conforme as linhas escritas por um restrito grupo de pensadores e referências do universo marxista.

O porém dessa armadilha distópica e sinistra, é que, quando um militante da esquerda passando por mudanças de vida, seja pessoal, de trabalho desgarrado da atividade sindical ou acadêmica independente, não ligado ao compromisso da luta de classes, passa a ser cancelado, perseguido, expulso, diante da influência das ideias, do controle delas por uma organização, e logo teria que optar por se desligar da militância para se dedicar e defender a sua vida cada vez mais complicada. E o pai atento às necessidades imediatas, as suas, mais que a do próprio caos ideal de militante, o herói, agora conservador, teria que pegar a realidade objetiva sem perder tempo e voltar-se para o cuidado com os filhos que cresciam, o leite do que acabara de nascer, ajustar a relação fragmentada há tempo com a família desestruturada.

A hora da verdade chegara, terá que decidir e optar por qual tipo de caminho seguirá, o que terá de levantar as bandeiras pelo ideal de esquerda, pelo futuro que terá de sair todos os dias com a preocupação de se ocupar do mundo, mudar o mundo, chegando até esquecer de coisas básicas para atender aos seus; ou por outro lado, noutra direção, ser leal ao trabalho, a sua profissão, contribuindo com seu papel de chefe de família, pai, educador, mantenedor do padrão de vida, companheiro da mulher que está do seu lado, trabalhadora, e mãe de seus filhos.

O diálogo do encontro entre agente e líder reúne os sentimentos e a entrega que se faz necessária, imposta, pelos que se tornam revolucionários ao se dispor ao infortúnio da atividade de agir ao comando direto, planejar ataques de propaganda ou físicos ao adversário, são como uma peça na complexa engrenagem da pretensiosa ideologia de luta em nome dos oprimidos, portadora de um ideal revolucionário que tem a falsa virtude do mais completo senso de humanidade, mas em sua busca de soluções imediatistas se vêem obrigados a serem feras caçadoras, ferramentas cruéis ignorando os meios pelos fins, e acabando por utilizar os mesmos métodos do piores humanos que fizeram do totalitarismo os capítulos mais terríveis da nossa história. 

Esse diálogo é impactante, e abre o corpo contaminado por uma ideologia com propósito e divisão de de todos em guerra permanente, apresenta com todas as letras os sentimentos humanos já marcados por grandes escritores clássicos em cada detalhe o que parece natural mas também visceral, matéria de condenação à uma prisão em liberdade, um destino de cada pessoa que assume ser um militante fiel a uma ideologia de pensamento limitante, de moral miserável quando aplicada à vida social e prática política. Na realidade, o comportamento de um simpático ou soldado da esquerda faz parte de um mundo que poucos se põe a enxergar na sua essência, refletir sobre sua origem, e que por uma razão imprecisa terá de abandonar, esquecer, calar ou exterminar seus oponentes, para continuar sua jornada inglória, e tudo por uma crença em um tempo que o mundo imaginado por eles será por força conquistado. 

Independente do custo, que isso trará no presente e no futuro, o qual sempre se mostrou e ainda nos traz duradouras consequências econômicas, sociais e desastrosa moralmente, sem exceção, para as imensas populações que passaram a obedecer e são controladas, subjugadas, por esses títeres da desonesta cegueira intelectual que insiste em se autodenominar heróis.

***

O diálogo entre o agente desistente e o líder da organização 

Agente: Eu não posso mais fazer isso. Sou pai agora. Eu não sabia como seria.

Líder: Você fez um juramento.

Agente: Estou dando a Dedra Meero. Estou dando Spellhaus. Estou honrando meu juramento. Trabalhando lá há seis anos. Subindo na hierarquia. Sozinho.

Líder: Então, qua é o seu plano? Me dar uma cesta de guloseimas como um presente de despedida? O que planeja alegar ao BSI? 

Agente: A minha saúde. A família da minha esposa tem um negócio de importação.

Líder: Mesmo quando diz as palavras, sabe que é impossível. Você não pode ir, Lonni. Não podemos dispensá-lo. Estamos preparando você há muito tempo. E sim, você esteve sozinho, mas sua carreira cresceu muito com as informações que fornecemos. Informações que me custaram caro. Você ama sua filha. Os homens de Kreegyr vão morrer (trinta homens e o líder - nota minha)  para garantir que ela tenha um pai. Você não tem saída Lonni. Não gosto de dizer isso, mas você não vai a lugar nenhum. 

Agente: Meu sacrifício… não significa nada para você, não é?

Líder: Eu disse que penso em você constantemente, e é verdade. Sua Rebelião é extraordinária. Uma vida dupla? Todo dia uma representação? O estresse disso? Precisamos de heróis, Lonni, e você é um deles.

Agente: O que você sacrifica?

Líder: Calma. Gentileza. Parentesco. Amor. Desisti de ter paz interior. Fiz da minha mente um espaço sem sol. Eu compartilho meus sonhos com fantasmas. Eu acordo todos os dias com uma equação que escrevi 15 anos atrás, da qual só há uma conclusão. Estou condenado pelo que faço. Minha raiva, meu ego, minha falta de vontade de ceder, minha ânsia de lutar, me colocaram em um caminho do qual não há escapatória. Eu ansiava por ser um salvador contra a injustiça sem contemplar o custo, e, quando olhei para baixo, não havia mais chão sob meus pés. Qual é o meu sacrifício? Estou condenado a usar as ferramentas do meu inimigo para derrotá-lo. Destruo minha decência pelo futuro de outra pessoa. Eu destruo minha vida para criar um nascer do sol que sei que nunca verei. E o ego que deu início a essa luta nunca terá um espelho, uma plateia ou a luz da gratidão. Então o que eu sacrifico? Tudo! Você vai ficar comigo, Lonni. Preciso de todos os heróis que eu conseguir.

sexta-feira, novembro 18, 2022

O resiliente teatro das tesouras (Final)

O resiliente teatro das tesouras (Final)

Lembra que na primeira parte desse meu texto disse que iria especular um tantinho? Pois é nesse momento que esse tantinho vira um tanto! 

As coisas estão indo numa dinâmica preocupante por motivos que cada vez mais graves está fazendo a exposição dos ativistas do Supremo. E chegou ao extremo, não só no sentido jurídico, mas mais além do padrão de funcionalidade esperado da instituição responsável pela justiça eleitoral. O grau de patologia chegou ao incontrolável e insuportável expresso nas decisões do togado presidente do TSE.

E não é que vê-se que fechou as lâminas da tesoura! O PT e o PSDB se dão em consoantes batidas de afetos e alianças, estão como nunca quiseram estar, num abraço de ursos, juntos e misturados. 

Talvez não seja um casamento duradouro, as mazelas são tantas e os orgulhosos tucanos, agora de asa quebrada, poderão tentar bater asas no primeiro vento fedorento das fuleiragens petistas caso sejam denunciadas e comprovadas novamente, porém selados no mesmo destino da esquerda radical não terão mais como escapar ao julgamento que a sociedade determinará após esse momento de imposição do ativismo judicial e petista contra a constituição, direitos fundamentais e a liberdade de expressão.

O capítulo a seguir desse teatro maniqueísta com personagens de características piores que os vilões de Sherlock Holmes, poderá surpreender o mais refinado analista político e especialista da mídia militante. A esquerda não vai querer largar o osso após conseguir o transporte de graça que a justiça eleitoral lhes deu para pular a legalidade e transparência do processo eleitoral justo e democrático. Macularam o sistema, e há análise séria sobre isso, entretanto não contavam com o levante da população que enxergou a trama da fraude e foi pra rua contestar o processo e a má gestão das eleições tendo a apuração dos votos como fator de desconfiança mais grave.

O vice do descondenado, a possível e útil carta na manga da esquerda, que não foi à toa selecionado, e essa pode ser a tábua de salvação para continuar uma negociação de permanência após uma eleição sob suspeita, contando com os serviços, de sempre, dos supremos togados apoiadores do candidato que escolheram empossar. 

E o insosso Alckmin poderá ser a melhor ponte de sustentação desse mal que é histórico, destilado pelo intestino mental do resiliente teatro das tesouras, em se manter no poder, apesar da maioria da população demonstrar sua recusa a entregar o país a um bandido condenado em várias instâncias, e pregar os seus nove dedos na cadeira de presidente da República sem qualquer legitimidade por parte da lei ou do senso comum.

terça-feira, novembro 15, 2022

O resiliente teatro das tesouras - Parte 2

O resiliente teatro das tesouras (Parte 2)

Os dissabores e danação consequentes da perda do véu ideológico das cabeças da elite intelectual e cultural brasileira, uma elite de espírito sombrio e capcioso, que diz acreditar ser maravilhoso o discurso e o retorno do senhor dos esquemas ao Planalto, nada racional os fará entender que o que foi prometido não tem prazo exequível, nem qualquer cumprimento real possível, porque são apenas palavras ao vento com o interesse oportunista para serem aceitos de volta ao meio social, uma arte do malandro, enquanto distantes da realidade firmam em cochichos, na penumbra de restaurantes e hotéis caros, com grupos, facções, oligarquias, de interesse e alta periculosidade, compromissos vultosos alheios à vontade, necessidade e percepção da grande população, uma cicatriz refeita na memória, dolorosa, deixada por falsos profetas. 

O que está aparecendo e mais por se mostrar para os ainda iludidos simpatizantes do lixo ideológico da esquerda, à sua convicção de geleia, será apenas a cara de jacarandá do teatro das tesouras, para esses analfabetos funcionais, perdidos, desorientados em suas opiniões emotivas sobre um impostor da democracia sem projeto de governo, de alma pública inexistente, será o desmaio hipócrita frente a um mundo montado em mentiras pelo Consórcio da mídia, enquanto as opiniões independentes nas redes sociais são controladas e perseguidas por uma tirania inimiga da liberdade de expressão. 

O propósito da propaganda da esquerda é que desapareçam as provas e a condenação do seu líder, incutir a certeza que nunca houve corrupto e ladrão, e assim almejar reescrever a história, esperando que o ex-presidiário empossado atenda a seus apadrinhados políticos, a todos os seus sonhos de socialismo, nos próximos anos de ditadura. O que esses esperançosos, da elite intelectual, cultural e burocrática, desejam da utopia socialista não perceberam ou imaginam, é que o que se passa nas cabeças iluminadas da elite política do teatro das tesouras, e do cachaceiro empossado pelo Supremo, não é o mesmo o que se pensa nem está reservado em suas intenções, nem há projeto para tanto, logo o cheque em branco será descontado e o susto do rombo espantará o mais aloprado idiota coletivo. O que virá com o desconto do cheque em branco, sem lastro, aos piratas vermelhos será na verdade muitas imposições inconsequentes, déjà vu do toma lá dá cá entre as hienas dos três poderes, com soluções imediatistas de continuidade, reparações sem sentido, negociações de gatunos. 

E os resultados não serão pouco diferentes dos que foram apresentados pelos governos petistas do passado. Nesse processo, o coro dos descontentes e o fogo amigo vai aumentar, porém, será tarde para qualquer reparação do erro dessa escolha após a posse do bandido, e a permanência com respaldo de uma organização criminosa infiltrada mais o apoio dos seus velhos aliados instalados como déspotas pelo continente.

O autoengano da elite intelectual além da sua cumplicidade e conivência com a organização da esquerda corrupta ficará estampado em breve, o que o psicólogo Jordan Peterson em seu livro As 12 regras para a vida descreve, "já vi pessoas definirem suas utopias e depois transformarem suas vidas em um lamaçal de problemas tentando torná-las realidade". Um drama que veremos mais claramente quando o estado de exceção for dominando a voz dos dissidentes e expandindo seu totalitarismo ao reprimir direitos fundamentais com o óbvio e definitivo abandono das quatro linhas dos princípios constitucionais.

segunda-feira, novembro 14, 2022

O resiliente teatro das tesouras

 O resiliente teatro das tesouras (Parte 1)

Vou especular um tantinho. E nessa intenção escrevi sobre fatos e apresento opiniões, quero também levantar algumas suposições ao longo do texto, que possam mostrar como uma solução tradicional fracassa ao que não era esperado, nem é suportado pelo sistema do estamento burocrático corrupto, e que ficou engasgado com a eleição do Jair Bolsonaro em 2018. Isso ressignificou o olhar para a política que ficava de certa maneira alheia ao interesse público, até então, e a sociedade passou a se interessar por ela através das redes sociais.
O impeachment da Dilma desmascarou falsas virtudes do PT e da esquerda, em geral, dando ao fora Temer um significado de ressentimento e expondo a fragilidade do ordenamento jurídico, por ter que, nesse jogo de evitar o pior para os donos do poder, sacrificar descaradamente pilares da constituição bem no momento em que precisaram afastar com a presidenta, sem retirar-lhe os direitos políticos, o desmoronamento do Estado democrático anunciado com o crescimento das grandes manifestações desde 2013.
A insatisfação da sociedade com o governo petista e o grau de corrupção instalado estava de mãos dadas e simultaneamente atados a uma crise econômica sem precedentes. A salvação da elite intelectual e política e dos mandatários do capital especulativo sem compromisso com o país estava por terem uma alternativa imediata planejada e de médio prazo: impeachment, transição e volta ao poder.
O que não contavam era com o surgimento de uma candidatura paralela e independente de todo o estamento burocrático que arrogantemente desde o primeiro momento desdenhou e apostou no seu cavalo, o poste do chefe da organização que estava preso. O Lula era a pedra certa do jogo, porém a Lava Jato com sua estrutura profissional e inteligência, tornou-se o único fator sério, ativo da sociedade, preponderante ao teatro das tesouras no curto espaço de tempo entre o começo do governo da Dilma e o final do governo Temer, e até conseguiu sustar o plano da tomada do poder pela esquerda e sua volta ao Planalto.
Embora tudo isso tenha acontecido, o impeachment que deu a pausa necessária, com o interregno do "fora Temer", o que mais pareceu uma reposição de forças para a intelligentsia esquerdista retomar o rumo de sua influência pós destruição do país vinda desde o segundo governo do Lula, e que não deixou espaço para manter o butim no segundo governo da Dilma, diante do crescimento da crise da economia, das revelações de corrupção, das críticas generalizadas, manifestações massivas contra a situação e o desequilíbrio advindo do caos político, que tomaram o país. E o teatro das tesouras, desde o governo Temer, de fôlego discreto mas renovado voltou a planejar o que faria desde o início da posse do presidente Bolsonaro, eleito democraticamente. Contudo, nunca aceito nem respeitado pelas bolhas ideológicas nem pelo estamento corrupto colocado para fora da estrutura do governo.
É óbvio que os militantes da esquerda não foram expurgados das instituições ou de suas funções e a resistência que adveio da perda do poder executivo afetou muito seus objetivos momentâneos embora de maneira superficial, pois o Legislativo mantinha muitos corruptos de rabo preso no Supremo e o ativismo judicial que havia reservado sua fatia de negócio político firmou sua relação de poder pressionando a banda podre do Congresso sem escrúpulos, desde o primeiro momento do governo conservador de Bolsonaro que se mostrou em suas ações dentro dos limites da Constituição e respeitoso às liberdades fundamentais.
O carteado do teatro das tesouras veio com sua mão e dentro das mangas com o às guardado para bancar as eleições que de transparentes foram só as mentiras e perseguições aos adversários da esquerda representada por um judiciário vingativo e com vigor em ações de plena ignorância das leis.
O que vivemos nestes últimos quatro anos foi uma reação do sistema bruto corrupto e institucionalizado por uma ideologia totalitária ao longo de décadas com o propósito, com método, de nunca perder o controle do poder e a mão no orçamento do Estado.
A eleições trouxeram uma faceta diferente aos olhos dos brasileiros em geral, assim, também na mente do imbecil coletivo e do analfabeto funcional (do meio cultural, acadêmico e empresarial). O jogo elaborado em sua dinâmica, por uma liderança que faz e sempre fez uma política vil, corrupta, violenta, antidemocrática, pôde esquecer qualquer senso ético quanto ao que seus apoiadores e tarefeiros colocando um conhecido inimigo político, o Picolé de Chuchu, como vice do descondenado Lula. O Alkimim agora comia no prato que cuspiu em todas as eleições e que por conta do teatro das tesouras fazia um discurso ferindo o PT e em 2022, para a aliança, era capaz de abjurar os crimes petistas contra o país tecendo não mais as palavras graves e contundentes de antes, e sim elogios abertos, velhaco hipócrita, sem qualquer sintoma evidente de vergonha interior qualquer que tivesse.
A junção política do Picolé de Chuchu ao PT do maldito ex-presidiário Lula, mais que teatro uma realidade, estava decidida, e o que de início parecia uma heresia teria que ser internalizado com certa pressa pelos militantes da esquerda, mesmo que aceito a contragosto e apresentado como uma saída para o estado de coisas por qual o partido líder da esquerda havia sofrido no passado recente, com as prisões de seus principais líderes, de políticos cúmplices e empresários parceiros do crime, ainda que surpresos, mesmo com nojo, tinham que degustar o caro chuchu como um mal necessário, carta da estratégia, na pretensa campanha exitosa como tática de guerra pela tomada do poder - diga-se, sem eleições (limpas ou transparentes).

O ativismo judicial que presenciamos em 2022, ano de eleições, visto a lista de ações monocráticas, regras arbitrárias sem consonância com a Constituição com sérias consequências e danos efetivos para a vida democrática, o que expressou o valor dado, espúrio, por parte dos guardiões quanto o emprego e respeito às leis fundamentais e suas cláusulas pétreas. Tantas as interferências nos outros poderes, a abusiva retirada, sem precedentes, de prerrogativas do poder Executivo, invasão de funções da instituição Legislativa bem como outras injunções ilegais, ressuscitando a censura contra quem tivesse opinião divergente deles, calando jornalistas, prendendo deputados (com imunidade parlamentar), desmonetizando canais de opinião independentes, censurando perfis nas redes sociais, criando o "crime de opinião" do Ministério da Verdade de Orwell revivido, dando fim a liberdade de expressão direito essencial numa democracia para todos indistintamente, e de forma discricionária interferindo em ações de instituições do âmbito da responsabilidade do governo federal, seriam consideradas de viés totalitário por juristas renomados, políticos conservadores, escritores, jornalistas e intelectuais de pensamento liberal.
O plano da esquerda, "tomar o poder'', em parceria com o ativismo de togados do Supremo estava correndo nos trilhos. Anularam as condenações por uma firula técnica de CEP incorreto, tornaram o Lula (ficha suja) apto para a eleição e asseguraram o dinheiro necessário à campanha do PT com a aprovação bilionária, pelo Congresso em parte ajoelhado, do Fundão Eleitoral. O objetivo maior seria impedir a reeleição do presidente Bolsonaro. O que já tinha sido tentado há quatro anos, com a facada "mal dada" em plena campanha eleitoral que despertou suspeitas, na época e depois confirmada, quanto aos mandantes que enviou a mão do Adélio e que pelo mal não feito em sua finalidade o candidato Jair Bolsonaro conquistou sua vitória na complicada e surpreendente eleição.
O carteado do teatro das tesouras não joga limpo e nem tem sua prática de serviço transparente, além de criar novas regras ilícitas dentro do período do pleito em andamento, algo impensável de se admitir mesmo sob uma interpretação jurídica imprecisa da lei eleitoral, pois está muito claro o tempo de qualquer alteração no texto pertinente para efetivo uso legal na realização de uma eleição.
O resultado do primeiro turno nos ofereceu o primeiro ato da peça escrita pelos autores e atores do teatro das tesouras, então com papéis consolidados a favorecer um candidato, dando a um ator chancelado pelo sistema o prêmio antecipado. O teatro das tesouras ensaia novo roteiro e em sua resiliência vai invalidando o estatuto que rege a arte legítima da representação e chega inovando com suas narrativas e interpretações o futuro da política criada ao desejo de uma democracia sem povo. Por um lado, alguns já sabiam o que daria no desfecho do último ato, por outro lado, o candidato que seria prejudicado teria mais uma chance na trama que por enquanto não se definiria em razão de algumas variáveis aleatórias e por inexistências fortes não vistas ou consideradas, nem pelos ativistas do Supremo nem pelos militantes cegos pela vitória no primeiro turno, que felizmente não foi a termo, para muitos estranhamente contrariando suas espectativas, estragando a festa vermelha na noite da Avenida Paulista.

Poderia arriscar com certo grau de certeza, pensar que o Teatro das Tesouras fechou suas cortinas nesse fim de estação da primavera de 2022. E dessa primavera deixará apenas uma lembrança, sua simbologia e sua forte influência no imaginário da intelectualidade cultural e particularmente da elite política brasileira desde a fundação do Partido dos Trabalhadores, com um ciclo de vida do qual se criou e desenvolveu inúmeras lideranças de matizes diferenciados em intenção e gestos, dos mais alegres aos mais radicais, da esquerda caviar, passando pelos sapatênis do Novo, as viúvas da Kombi até cair no colo do PSOL, puchadinho que abrigou o carrasco, literalmente, personificado pelo Adélio.
A esquerda e o seu teatro das tesouras como fórmula manipuladora venceu essa temporada, dona de uma ferramenta de dominação e manipulação praticamente infalível, e pôde governar décadas fazendo costuras as mais diversas entre segmentos sociais e grupos econômicos com grande maestria, levando à frente seus objetivos, momentâneos e os de horizonte mais largo, para continuar seu domínio ideológico e político com a posse, do dinheiro público fácil e do oriundo das empresas privadas por meio dos impostos, da lavagem de dinheiro e dos fundos de pensão, do dinheiro das estatais através do aparelhamento e gestão política, da corrupção ativa e passiva, das mamatas orquestradas no orçamento público. Não se deve esquecer que nos bastidores desse teatro, o Foro de São Paulo cumpriu por muito tempo na surdina, uma primordial direção para empregar todos os recursos possíveis no processo revolucionário da esquerda chegar ao poder, em curso no Brasil por mais de meio século, e já consolidado em outros países da América Latina.

quinta-feira, novembro 03, 2022

O que está acontecendo agora no Brasil foi planejado antes por alguns poucos animais anti-democráticos

O que está acontecendo agora no Brasil foi planejado antes por alguns poucos animais anti-democráticos: 

"tomar o poder" mesmo sob suspeitas.

Todo o processo de instalação de uma ditadura de esquerda é pensado e executado a longo prazo. O que estamos vivendo nesses últimos quatro anos é o resultado do que foi interrompido com o impeachment da Anta, porém, na retomada operacional do plano tiveram as armas e munições necessários no interregno do governo Temer com o acúmulo de forças de ataque que o próprio STF, e também o TSE, entregaram fácil com a liberação ilegal do descondenado para disputar as eleições. 

Os golpistas estão atrasados na tomada plena do poder devido a coragem e dedicação do presidente em segurar a barra das pressões sem trégua exercidas por todos os ativistas da esquerda do Supremo, do Congresso e de parte da sociedade organizada em suas bolhas ideológicas como tarefeiros da mesmice (cultural, acadêmica, empresarial), bárbaros doutrinados para tanto, ferramentas de de um sistema gerador de ações arbitrárias sem limites. Se a direita com o Bolsonaro não parar esse movimento calculado, mordaz, insano, agora, quebrando sua continuidade que pode até parecer inexorável, e deve, para isso, contando com os brasileiros dispostos (o poder emana do povo), contrários a esse sistema movido por uma engrenagem burocrática, enferrujado, carcomida pelo ressentimento, inveja, "ódio do bem" e corrupção moral, seria por uma ação conjunta só possível com o uso legal da lâmina cirúrgica da Constituição: o Art. 142. Se o jogo é no vale tudo, a verdade seria a melhor arma para uma resposta a altura. Infelizmente, se o golpe for relevado, durará décadas sem adversário, reestruturando-se noutro patamar de regime permanente, eliminando tudo e todos no caminho do Foro de São Paulo. 

O que está em jogo é muito maior que o Bolsonaro. É o mundo que conhecemos, em sua natureza funcional democrática, possível, e das liberdades indispensáveis ao pensamento livre como a abertura para o desenvolvimento de um país com futuro próspero e soberano.

DE VOLTA À CENA DO CRIME

DE VOLTA À CENA DO CRIME

J. R. Guzzo

O ex-presidente Lula está de volta à cena do crime, de acordo com a descrição feita tempos atrás pelo próprio vice da sua chapa — eis ele aí de novo, aos 77 anos de idade, eleito presidente do Brasil pela terceira vez. Foi por pouco. Mas jogo que acaba em 5 a 0, ou 1 a 0, vale o mesmo número de pontos, e o que conta é o resultado marcado no placar do TSE. Após a campanha eleitoral mais desonesta que já se viu na história política deste país, com a imposição de uma ditadura judiciária que violou todo o tipo de lei para lhe devolver a presidência, o líder supremo da esquerda nacional volta a mandar no Brasil. Com ele não vêm “os pobres”, nem um “projeto de justiça social”, e nenhuma das coisas cheias de virtude de que falam as classes intelectuais, os parasitas que lhe dão apoio e a sua própria propaganda. Voltam a mandar os donos do Brasil do atraso — esses que querem manter os seus privilégios de 500 anos, não admitem nenhum governo capaz de atender aos interesses da maioria dos brasileiros que trabalha e exigem um “Estado” com poderes de Deus, e eternamente a seu serviço. São eles os que realmente ganharam. Conseguiram convencer a maior parte do eleitorado, segundo os números da autoridade que controla as eleições, que é uma boa ideia colocar de novo na presidência da República um cidadão condenado pelos crimes de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro. Começa agora o pagamento da conta — e quem vai pagar, como sempre acontece, são os brasileiros que têm menos.

Lula foi levado à presidência pelo colapso geral da Constituição e das leis brasileiras ao longo do processo eleitoral — resultado de uma inédita intromissão do alto Poder Judiciário, abertamente ilegal, em cada um dos passos da eleição. O fato objetivo é que a dupla STF-TSE, com o ministro Alexandre Moraes dando as ordens e Lula no papel de beneficiário único, fez tudo o que seria preciso para um observador neutro definir a disputa como uma eleição roubada — pode não ter sido, na contagem aritmética dos votos, mas com certeza fizeram o possível para dar a impressão de que foi. Basicamente, os ministros do Supremo Tribunal Federal e seu braço eleitoral, o TSE, montaram peça por peça um mecanismo desenhado para favorecer em tudo o candidato do PT. O primeiro passo foi a decisão de anular a lei, aprovada pelo Congresso Nacional, que permitia a prisão dos réus condenados em duas instâncias — como efeito imediato e direto dessa virada de mesa, Lula foi solto do xadrez de Curitiba onde cumpria há 20 meses a pena pelos crimes a que foi condenado na justiça. Em seguida veio o que deverá ficar na história como a sentença mais abjeta jamais dada nos 131 anos de existência do STF, do ponto de vista da moralidade comum e pelo princípio elementar que manda a justiça separar o certo do errado. Os ministros, simplesmente, anularam as quatro ações penais que havia contra Lula, incluindo as suas condenações — e, com isso, fizeram a mágica de desmanchar a ficha suja que impedia o ex-presidente de ser candidato. Não deram motivo nenhum para isso, não fizeram um novo julgamento em que ficasse provada a sua inocência, e nem o absolveram de coisa nenhuma — disseram apenas que o endereço do processo estava errado e, portanto, ficava tudo zerado. A partir daí, e até desfecho no dia 30 de outubro, o sistema STF-TSE passou a trabalhar sem qualquer disfarce para favorecer Lula e prejudicar o único adversário real de sua candidatura — o presidente Jair Bolsonaro.

A campanha eleitoral de 2022 foi uma fraude jurídica e política como jamais se viu neste país. O STF e os advogados de Lula, pagos com os bilhões do “Fundo Eleitoral” que foi extorquido do pagador de impostos, deram a si próprios o poder de violar as leis e a Constituição Federal para “defender a democracia” — e essa defesa, desde o primeiro minuto, foi fazer tudo para impedir que Bolsonaro ganhasse a eleição. A campanha se fez debaixo da pior censura imposta à imprensa desde o AI-5 do regime militar. A liberdade de expressão individual foi liquidada nas redes sociais. O TSE desviou para Lula, com desculpas de quinta categoria, tempo do horário eleitoral que pertencia legalmente a Bolsonaro. Houve trapaça direta, também — cerca 1.300 horas de mensagens devidas ao presidente em rádios do Nordeste simplesmente não foram levadas ao ar durante a campanha. O TSE não fez nada: a única providência que tomou foi ameaçar com processo criminal quem fez a queixa e demitir o funcionário que encaminhou a denúncia aos seus superiores. Inventaram, num momento especial de demência, multas de 150.000 por hora a quem não obedecesse aos decretos do sistema. O ex-ministro Marco Aurélio, até outro dia decano do STF, não teve permissão para dizer que Lula não foi absolvido de nada pela justiça brasileira; o homem é um jurista, mas não pode falar de uma questão puramente jurídica. Em outro momento extraordinário, Moraes proibiu que fossem mostrados vídeos em que ele próprio, Moraes, dizia que o PT fez um governo de ladrões — nos tempos em que não era o protetor de Lula, nem seu servidor. Proibiram uma foto em que Lula aparece com o boné usado por uma facção criminosa no Rio de Janeiro; na hora ele achou que era uma grande ideia, mas no fim os seus advogados decidiram que a coisa estava pegando mal e mandaram o TSE tirar. Uma ministra, para coroar este desfile de aberrações, anunciou em público que estava, muito a contragosto, violando a lei, mas só fazia isso de forma “excepcional” — porque tinham de impedir a reeleição de Bolsonaro e, com isso, salvar a “democracia”. Nunca se viu nada de parecido em nenhum país sério do mundo.

Mas é aí que está, justamente: o consórcio STF-TSE transformou o Brasil, do ponto de vista legal, numa ditadura de republiqueta bananeira em que eleição só é ganha por quem manda. Volta a vigorar, agora, o Brasil da senzala, com os donos do “Estado” no papel de senhores de engenho e com a população escalada de novo para trabalhar, pagar imposto e sustentar a casa-grande. Sabe-se, desde sempre, quem é essa gente. São as múltiplas modalidades de parasitas do Tesouro Nacional — dos que estão diretamente instalados dentro da máquina estatal até os que se servem dela para ganhar a vida sem risco, sem competição e sem trabalho. São as empreiteiras de obras públicas, que governaram o país nos quase 14 anos de Lula-Dilma e agora voltam ao Palácio do Planalto — a turma do “amigo do amigo do meu pai” e você sabe muito bem quem mais. São os eternos donos das estatais, que passaram esses últimos quatro anos longe delas — um desastre que jamais tinham experimentado antes. Foi um período em que as estatais deram lucro; o que poderia haver de pior para quem ganha bilhões com os seus prejuízos, como foi regra na era PT? São, obviamente, os ladrões do erário público — esses mesmos que confessaram livremente os seus crimes na Operação Lava Jato, devolveram fortunas em dinheiro roubado e fizeram do governo Lula, com base em provas materiais, o mais corrupto da história do Brasil. São os advogados criminalistas que defendem corruptos e o crime organizado. É a mídia, que voltará a receber verbas bilionárias em publicidade oficial pagas com dinheiro dos impostos; só a Globo, nos governos do PT, levou R$ 7 bilhões em valores corrigidos.

A vitória da associação Lula-STF é a vitória do Brasil da licença-prêmio, dos aumentos automáticos para o funcionalismo público e dos “penduricalhos” que fazem as castas mais elevadas do judiciário terem salários mensais de R$ 100.000 ou mais, sempre com uma explicação legal para isso. Ganham, com Lula, os 12 milhões de funcionários públicos de todos os níveis — é uma população inteira de eleitores, e a maioria vota no PT, por questões elementares de interesse pessoal. (No governo de Bolsonaro o número de servidores federais foi o menor desde 2011; alguma surpresa que Lula tenha aí um dos seus principais reservatórios de voto?) Ganham o “imposto sindical” e os proprietários de sindicatos, que enriquecem metendo esse dinheiro no próprio bolso. Ganha o “consórcio do Nordeste”, um bloco de governadores formalmente acusado de agir como organização criminosa durante a covid. Ganham os vendedores de navios-sonda para a Petrobras, que não extraíram uma gota de petróleo — mas embolsaram bilhões de reais até, convenientemente, suas empresas irem à falência. Ganham os artistas, ou quem se apresenta como tal, que em vez de público têm verbas do Estado, por força da infame “Lei Rouanet”. Ganha, em suma, o Brasil do antitrabalho — as classes que não admitem o mérito, o esforço e o talento individuais como a base da prosperidade pessoal, do crescimento econômico e da igualdade social. Em vez disso querem “políticas públicas” que sustentem o seu conforto e, como sempre, deixem a pobrada exatamente como está, com umas esmolas e a ficção de que “o governo” morre de preocupação com eles.

Não há, a partir de agora, grandes notícias a esperar na economia. Lula, pelo que ele próprio vem dizendo aos gritos e há meses, é contra tudo o que foi posto em prática por este governo e deu certo — a começar pelo surgimento de estruturas produtivas que abriram a possibilidade de uma economia menos dependente do Estado. Quer mais estatal, mais ministério e mais funcionário público. Acha que desrespeitar o teto legal de gastos do governo é fazer “política social”. Acha que combater a inflação é coisa “de rico”; para ele, pobre precisa de aumento salarial e dinheiro no bolso, mesmo que esse dinheiro não valha nada. Acha que a Argentina é um modelo de administração econômica; só não está dando certo por culpa do capitalismo. Acha que os invasores de terra do MST devem fazer parte do governo — e por aí vai a procissão. Seu passado, em matéria de economia, é um pesadelo em formação. Ele passa o tempo todo dizendo que o Brasil vivia feliz, ninguém era pobre e todo mundo viajava de avião; na vida real, os 14 anos de governo petista deixaram o país com a maior recessão de sua história, inflação à beira do descontrole, taxas inéditas de desemprego, estatais à beira da bancarrota e a falência múltipla dos serviços prestados à população. Também não se pode contar com qualquer melhora no combate ao crime. As taxas de criminalidade ao fim dos governos petistas foram as piores da história; desde que saíram, todos os índices só tiveram melhoras. Qual a surpresa? Lula é contra a polícia; disse, para efeitos práticos, que os policiais não são seres humanos. Tirou foto com o tal boné de bandido numa favela governada pelo crime no Rio de Janeiro. Diz que é um absurdo prender “meninos” que roubam um mero celular — e mais uma porção de coisas do mesmo tipo. Pode-se contar com o pior, também, em matéria de transferência de dinheiro público brasileiro para a “América Latina”. Lula diz, o tempo todo, que os seus grandes modelos de sociedade são Cuba, Venezuela e Nicarágua. Proibiu, via TSE, que se dissesse que ele vive um caso de amor político com essas ditaduras, porque achou que isso não ficava bem na reta final da eleição, mas só provou a sua hipocrisia; é a favor, sim, e quis esconder que era até ser eleito. A partir de janeiro de 2023, esses três, mais Argentina, Chile, Colômbia e Bolívia, terão acesso de novo aos cofres do BNDES, à diretoria da Petrobras e aos US$ 400 bilhões que o Brasil mantém nas suas reservas internacionais. Por que não? Lula, o PT e o seu entorno acham que é bom juntar-se a países que são notórios perdedores; imaginam que vão ficar mais fortes, quando estão apenas somando os problemas dos outros a todos aqueles que o Brasil já tem.

Muito se falou, entre um turno e outro, no crescimento da direita e do “bolsonarismo” dentro do Congresso. As almas mais otimistas têm imaginado até que a nova composição da Câmara, e principalmente do Senado, poderia servir de freio para os desastres anunciados por Lula, pelo PT e pelo que passa por sua “equipe econômica”, sem contar o MST e outros componentes tóxicos. No Senado, em especial, os candidatos de Bolsonaro ficaram com a maioria das vagas em disputa nesta eleição — e isso poderia, quem sabe, abrir uma perspectiva de oposição à ditadura do STF, cujos ministros dependem dos senadores para continuar sentados nas suas cadeiras e nas suas canetas. Impossível não é. Mas também não parece provável, levando-se em conta o que mostra a experiência — deputado e senador brasileiro só fazem oposição de verdade a governo morto, como aconteceu com Dilma Rousseff. O Congresso não manda nada hoje; com Lula na presidência, promete mandar menos ainda. Obedece de olhos fechados, hoje, tudo o que o STF manda; no seu momento mais infame, concordou com a prisão ilegal de um deputado federal, por ordem e vontade de Alexandre Moraes, um caso sem precedentes na história da República. Por que iria enfrentar o STF com Lula, se não enfrenta nem com Bolsonaro?

Se o presidente tivesse ganhado, a história poderia ser diferente — seus senadores assumiriam com o dobro da força política, e os ministros poderiam se ver diante de um perigo real. Com Lula no governo, porém, o STF está com a vida ganha; não deve ser mais o que é hoje, quando manda em tudo, mas a lagosta fica garantida. O fato é que o grande objetivo do STF foi alcançado — tiraram Bolsonaro do Palácio do Planalto, depois de quatro anos inteiros de sabotagem e de oposição declarada a seu governo. Agora os ministros vão trocar o passo; em vez de dar ordens ao presidente, estarão a seu serviço. Foi assim durante toda a caminhada que levou Lula de novo à presidência. Por que ficariam contra, agora que ele ganhou? O Congresso, hoje, pode decidir o que quiser — é o STF quem diz se a decisão vale ou não vale. Vai continuar dizendo — só que, daqui para a frente, os ministros vão querer o que Lula quiser, e só vai valer aquilo que ele decidir que vale.

Lula tem desde já uma explicação pronta para todo e qualquer fracasso do seu governo — será culpa da “herança maldita” de Bolsonaro, assim como já foi com a “herança maldita” que recebeu de seu atual admirador Fernando Henrique Cardoso, como disse na época. É exatamente o contrário, num caso e no outro. Agora, em especial, ele vai receber uma casa em excelente situação — infinitamente melhor que as ruínas que sua sucessora Dilma deixou ao ser deposta da Presidência pelo Congresso Nacional. Mas e daí? Ele estará de volta ao que seu vice definiu como o local do crime. Pode começar tudo de novo."


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