segunda-feira, junho 30, 2008

Padrão do Modelo

Taí uma prova cabal de que as escolhas levam a consequências; e lá como cá, vê-se uma certa semelhança. Na vida real de nossa civilização os padrões se repetem, e ainda assim continuam a adotar velhos modelos ignorando novos paradigmas, que beneficiem a nós e a natureza, ou seja ao Planeta. Tudo em prol de um resultado financeiro, de um retorno marginal, de mais um lucro que valha a existência do mercado e ao bolso recheado do investidor, não importando as mazelas consequentes para os povos. Esse é um retrato do espírito de nossa época:

China já é o 2º maior mercado de luxo global
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. Dom, 29 Jun, 09h21

Mergulhados em um igualitarismo forçado há pouco mais de 30 anos, os chineses de hoje querem ficar ricos e garantir que todos conheçam essa condição. Para isso, nada melhor do que ostentar poderosos símbolos de status, como bolsas Louis Vuitton, relógios Rolex ou sapatos Ferragamo. A tendência colocou a China em segundo lugar no mercado de luxo global, atrás apenas do Japão.
A estimativa de diferentes consultorias é de que os chineses assumirão a liderança desse ranking em 2015, quando devem responder por algo entre 29% e 32% das vendas mundiais, com gastos próximos de US$ 24 bilhões. No ano passado, os habitantes do antigo Império do Meio desembolsaram US$ 8 bilhões em jóias, roupas, produtos de couro, acessórios e perfumes de grifes de luxo internacionais, o equivalente a 18% do mercado global, segundo a consultoria Li & Fung Group, com sede em Hong Kong.
Por trás dessa explosão está o rápido crescimento do poder de compra e do número de milionários no país governado pelo mais poderoso Partido Comunista do mundo. Com uma renda per capita de US$ 2,5 mil - comparada a US$ 6,9 mil no Brasil - a China está longe de ser um lugar rico. Mas a expansão econômica de quase dois dígitos ao ano das últimas três décadas levou ao surgimento de uma poderosa elite endinheirada e a um dramático aumento da desigualdade social.

domingo, junho 29, 2008

"Freud Explica" (?)

O Ego(ísmo)
E como se costuma dizer, toda comemoração é um bom motivo para a “dança da vida”. Se bem que para acontecer determinadas coisas, uma apresentação de um projeto importante, o anúncio de uma descoberta científica valiosa, a feliz vitória de uma equipe, inclusive a organização de um evento comemorativo, tem-se que se reconhecer um esforço necessário, um empenho, uma organização, um certo trabalho; como por exemplo, até para se chupar uma laranja, parece pouco, se tem de espremê-la para se sair algum caldo, por vezes bem doce, mas também podendo ser amargo, ainda mais se não contamos com certas variáveis que chegam do nada e complicam tudo, não ajudando no movimento, no saborear do néctar, na solução do essencial.
Aprendemos que existem algumas energias ou “astrais” contrários, negativos, que surgem só para bloquear um desejo de felicidade aparente, espontâneo; barrando que aconteça alguma coisa boa, seja alegria, emoção pura, celebração da vida, realização plena e sucesso; nisso, nesse instante, vê-se o "ego oculto" se mostrar, forte, muito crítico, usurpador, "botando defeitos", que tenta, “se acha”, procurando roubar a cena, desviando o fluxo natural das coisas, que assim deságüe num próximo instante de beleza e brilho; aí, tudo parece se converter em uma "morte súbita", um "não deu certo", a partir da intromissão egocentrista, no capitalizar do fato para o seu próprio "brilho", embora, certamente temporário e solitário, num perigoso reforço se obtiver resultado no seu intuito particular que ignora a expectativa do coletivo.

Muitas vezes isso é tão forte quanto mesquinho; e essa ação egoísta da objeção do desejo do outro, do maravilhar-se do próximo, que o universo em interação "se afasta", "não gosta" e permite tal movimento, pára de conspirar naquele sentido anterior, no bom sentido, “autorizando” o “sentido do não acontecer”, só para pregar uma peça nos atores da história, uma boa lição, tanto para o “ego ladrão”, como para o outro, o próximo, que contraditoriamente cede diante da força da energia negativa, e termina sendo “tragado pela onda” dessa energia, pelo impedimento catalisador e infeliz, que na verdade vem trazido na ponta do iceberg (do ego) da inveja profunda, que teme o sucesso do outro, e o que é pior: o próprio.

Deixar Ser

Ainda que pense ser incapaz de muitas coisas, minha curiosidade sobre o Universo e o desejo de superação dos meus limites me leva a descobrir e criar as coisas mais incríveis a cada momento da vida.

Notas Musicais I

Curvas de Fá

Ouço as notas musicais na sua gravidade e calibre
Uma atração parecida vem do mar e me desafoga
Como a respiração dos pássaros migrando em vôo livre

Estórias de rio e lugarejos sempre me acompanham
Gente mudando de lugar a lugar constantemente
Indo a cada virada ver-se em correntes que banham

Tanta sonoridade em seus meandros num crescente
Caudalosamente soltas me bebem no gargalo
Dança de espumas me revira os órgãos inteiramente

Conheço os perigos dessa viagem nas curvas e calor
Mas o que mais interessa é perceber-se estar sendo
Deixar-se enquanto a paisagem se modifica a favor

Íntima confissão que repassa me revelando calmo e só
Corpo em gozo raso entrando na terra como água bruta
No livro de minhas asas subo direto ébrio para o Sol

segunda-feira, junho 23, 2008

Para Todos

Peregrinos do Deserto

Se sustenta em uma gaiola erguida para os céus
Cada pingo de estrela desconhecida vem lhe visitar
Apenas olha um horizonte sem cercas num vazio
Os tijolos do sol fazem quebrar suas dores no ar

Os ventos tocam a sua alegria feito chuva na vidraça
Sente os pés andarem apressados sobre dias em brasa
Num calor que sobe alto até onde sua vida demora
Como se precipitasse a dizer que logo o sempre acaba

Ainda que ouça o som do rio que passa na avenida
As suas horas nem chegam ao brilho daquela tarde
Vai embora pressentindo o que durou da partida
E deixa na alma uma realidade como ferida que arde

Onde procura a morada entra por mais um labirinto
Quebra-cabeças de uma sinuosa compreensão
Construído sobre pedaços de toscas experiências
Sem qualquer referencia nem simples conexão

Procuras uma foz embora nem saíste da semente
Até pode encontrar a atenção da beleza de uma revoada
Se seu coração beber da real essência de sua nascente
Ainda num caminho de muitos passos para a chegada

sábado, junho 21, 2008

O Recado do Rio

(...) A AMIZADE, ENTENDIDA COMO INSERÇÃO DO HOMEM NO MUNDO, POSTURA EXISTENCIAL, PASSA POR UMA ABERTURA FUNDAMENTAL AO DINAMISMO DO REAL, DO QUAL SOMOS TAMBÉM EXPRESSÃO. ESSA ABERTURA É SOLIDÁRIA DA CAPACIDADE HUMANA DE MARAVILHAR-SE, DE ENCANTAR-SE, DE ACOLHER A PRESENÇA DO EXTRAORDINÁRIO NO ORDINÁRIO; AFIRMA UMA OUTRA ORDEM ATRAVÉS DA QUAL OS DIVERSOS NÍVEIS DE REALIDADE PODEM SER COMPREENDIDOS.
.
O SER QUE SE COLOCA EM ESTADO DE AFINIDADE E DE CONSONÂNCIA COM OS DEMAIS SERES PODE OUVIR A SUA VOZ E CONHECER OS SEUS MISTÉRIOS.

O CONHECIMENTO NÃO É O RESULTADO DE UM ACÚMULO DE INFORMAÇÕES; NÃO É FRUTO EXCLUSIVO DA VONTADE HUMANA, É UMA BENÇÃO DADA ÀQUELE QUE ESTÁ EM CONSONÂNCIA COM O SAGRADO, RECEPTIVO AOS SINAIS DA NATUREZA E SOLIDÁRIO À VIDA SEM SUAS MÚLTIPLAS MANIFESTAÇÕES.

O ENCANTO PERMEIA A DIMENSÃO DO REAL. A “DIVINA RADIÂNCIA” (QUE) “EXTINGUIU-SE NA HISTÓRIA DO MUNDO” [HEIDEGGER], É A MORADA, O ABRIGO DO EXTRAORDINÁRIO, CUJA IRRADIAÇÃO O SER HUMANO VÊ SOMENTE QUANDO HABITA A MORADA QUE CORRESPONDE À SUA NATUREZA MAIS ESSENCIAL.

A NATUREZA É TAMBÉM A AMBIÊNCIA DO ENCANTO, DO MISTÉRIO, DO EXTRAORDINÁRIO. ESTA SENSIBILIDADE PARA FAZER UMA LEITURA SIMBÓLICA DO COSMO, DOS FENÔMENOS DA NATUREZA E DOS RITMOS DA VIDA É UMA DIMENSÃO CONSTITUTIVA DO HOMEM, MESMO QUANDO É NEGADA, COMO O FOI E AINDA É NAS SOCIEDADES MODERNAS. SEU DISCURSO REALIZA UM CONSTANTE VAI-E-VEM ENTRE O SENTIMENTO DO SAGRADO, A AMIZADE COM OS SERES DA NATUREZA E A SOLIDARIEDADE AO OUTRO SER HUMANO. NESTE MODO DE SER, A SOLIDARIEDADE TEM UM SENTIDO NÃO SOMENTE ÉTICO, MAS COGNITIVO. ESSE DIÁLOGO PRESUPÕE A RELAÇÃO ENTRE UM EU E UM TU; NÃO PODE ACONTECER ENTRE UM SUJEITO E UM OBJETO.

A NATUREZA RETRAI-SE, “ELA SE ABUSA E VAI EMBORA”, QUANDO O SER HUMANO PROJETA A SOMBRA DE SUA VORACIDADE SOBRE AS COISAS.
(...)
A PLANETARIZAÇÃO QUE ABOLIU TODAS AS FRONTEIRAS (ESPACIAIS E TEMPORAIS) COLOCA UM DESAFIO, O DE APRENDER A LIDAR COM O PODER DA TÉCNICA. PARA ISSO PRECISA COMPREENDER O SEU SENTIDO. POR NÃO ESTAR PREPARADO PARA ESTA TRANSFORMAÇÃO RADICAL O SER HUMANO VIVE UM DESENRAIZAMENTO DE SUA ESSÊNCIA.
.
DESENRAIZAMENTO NÃO SÓ CAUSADO POR FATORES EXTERNO NEM COMO EFEITO DA NEGLIGÊNCIA HUMANA, MAS DO ESPÍRITO DA ÉPOCA. APRENDER A LIDAR COM ESSE PODER TECNOLÓGICO É CUIDAR SEMPRE PARA QUE ESSA REALAÇÃO SEJA DE INDEPENDÊNCIA [HEIDEGGER]. VIVER ENTRE AS COISAS DO MUNDO TECNOLÓGICO, MAS SEM SER DOMINADO POR ELAS, E ACEITAR O FATO DE QUE DESCONHECEMOS O SENTIDO PROFUNDO DESSE MOMENTO. ACEITAR ESSE PENSAMENTO TECNOLÓGICO COMO ÚNICO MODO DE PENSAMENTO ALIENARIA O HOMEM DE SUA NATUREZA ESSENCIAL.
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O MUNDO TECNOLÓGICO NÃO É O ÚNICO MODO SEGUNDO O QUAL AS COISAS PODEM SER, OBJETOS DE UM SUJEITO EGOCENTRADO E ONIPOTENTE. TAL PROCESSO PROVÉM DE UM ESQUECIMENTO DO SENTIDO DO SER, UM OFUSCAMENTO, EMPOBRECIMENTO DO PRÓPRIO SER HUMANO, QUE É SIMULTANEAMENTE O ESQUECIMENTO DE NOSSA IDENTIDADE AUTÊNTICA. A DISPOSIÇÃO DE ‘DEIXAR-SE” OS SERES E A ABERTURA EM FAVOR DO MISTÉRIO DÃO-NOS A POSSIBILIDADE DE UM NOVO ENRAIZAMENTO, O RE-ENCONTRO, MORADA ORIGINÁRIA, PRESENTIFICADA SEMPRE AO SER QUE SE DISPÕE A SER POR ELA ACOLHIDO.
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PRECISAMOS DE UM SABER QUE CONVIVA COM O MISTÉRIO, COM A ALTERIDADE, COM OUTRAS MODALIDADES DE RELACIONAMENTO COM O REAL. O MISTÉRIO NÃO É AQUILO QUE NÃO PODE SER EXPLICADO. TAMBÉM NÃO É O AINDA-NÃO-CONHECIDO, É AQUILO QUE, PODENDO SER EXPLICADO, NUNCA PODE SER EXAURIDO, PORQUE É FONTE (ARQUÉ) NO SEU REVELAR PERMANENTE. O SABER EM CONSONÂNCIA COM ESTE PRINCÍPIO SEMPRE VIGENTE É UM SABER ORGANIZADO PELA EXPERIÊNCIA, PELO RITMO, PELA ALTERNÂNCIA, PELA DIALÉTICA. ORGANIZA UM MODO DE SER, UMA ÉTICA.
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UM SABER DO MISTÉRIO RESIDE EM COMPREENDER O RITMO DO PLANETA.
[Unger, Nancy Mangabeira. Da Foz a Nascente]

quinta-feira, junho 19, 2008

Desertos

"O deserto cresce; ai de quem abriga desertos!" [Nietzsche]

Amados e amadas biodançantes, essa pequena frase título acima é emblemática da crise que vivemos no nosso planeta; tirei um trecho do livro que estou lendo e destaquei, vai abaixo, e está aqui para uma reflexão de todos:

"A gravidade da situação que hoje atravessamos não se deve unicamente ao fato de que temos de lidar com a ameaça da destruição de nossos recursos mais vitais: da água, do ar, das espécies vegetais e animais. O momento é grave, de modo mais essencial, porque o homem esqueceu a riqueza do que pode significar ser um ser humano. A tentativa de afirmar um poderio sem limites sobre as coisas - o projeto de estabelecer-se como tirano da vida - redunda em seu isolamento, em rompimento do diálogo com a natureza, em perda da referência da terra como abrigo." [Unger, Nancy Mangabeira. Da Foz a Nascente: O Recado do Rio]

Ser amigo é acolher o Mundo, o Outro.

Um abraço da Terra,
Afranio

terça-feira, junho 03, 2008

Escrevendo

O Dia do “Não Quero”

Fiquei preso a uns pensamentos ao ler um desses livros de auto-ajuda, e por um instante, me senti motivado, com a vontade louca de ir logo escrevê-los, para registrar a sua passagem por aqui, a minha cabeça parecia feita por eles e sã (ainda), criativa, mesmo que ultimamente ande carecendo um pouco de rumo, voando sem pára-quedas precisando de "parte" do elemento terra (segundo a amiga Neila), aparentemente sem uma rota bem definida, acredito que (procurando a minha bússola) o exercício de escrever, o que se passa no meu interior, intensamente, em meio a tantas mudanças e processos desordenados, me mantém vivo. Vivo em um pendulo do caos e da ordem, nesse movimento, só enxergando uma luz, uma centelha distante, ainda que duvide que exista mesmo um túnel como saída. A saída será sempre uma chegada para outra partida, outra nova caminhada.

A minha conclusão, a questão que se torna cada vez mais premente é: tenho que escrever tudo, depois vou depurando! Cada linha da mínima criação da mente ávida em expor as subjetividades, os pensamentos soltos, coisas que logo se vão fugazes, desbotando pelos meandros dos recônditos neurônios maduros, se anunciam livres de amarras, como se acompanhadas da sorte do encontro de uma única pepita verdadeira após anos de garimpagem em solo bruto de rocha áspera, e apontam quase repetidamente, intuitivamente, para a vida que sempre quis e quero continuar construindo, escrevendo.

Pensei em adotar um método uma trilha segura, achar um jeito mais prático de obter sucesso, mas alguma reflexão sobre o impasse da difícil arte faz compreender melhor o que se passa, então decidi repisar as sensações da certeza que se tem quando começamos a fazer as coisas certas que precisam ser feitas, e me senti melhor.

Pode se fácil para alguns, entretanto é importante e necessário para todos nós, decidir o que fazer para ser integro realizando o que se quer da vida e vivê-la integralmente, como ser possuidor de alma, sentimento e razão. Mesmo que uma avaliação posterior nos reoriente no caminhar mais consciente, tranqüilo, vitorioso, ainda que se limpando da poeira dos erros ou do “cheiro e lama do mangue” que se tem de atravessar uma vez ou outra.

Nesse momento de criação, encontrei um mote, um simples motivo, que para mim serviu para provocar um tanto de idéias sobre a necessidade de liberdade de expressão que a gente tem todos os dias, que é vital, e que me trouxe uma lembrança de como transformar uma espécie de brincadeira inventada numa combinação puramente lúdica, para adultos e crianças, para que nós possamos aceitar o que o outro possa querer sem ter que dar razões ou explicações profundas de comportamento. Claro, que tal combinado deve ficar estabelecido entre pessoas que tenham um mínimo de civilidade ou bom senso, que se afirmam sem querer ferir sentimentos alheios com propósitos mesquinhos ou banais.

A minha proposta depois de um tempo de reflexão é de se criar um dia do “não quero”. Sendo assim, teremos instantes de um completo conhecimento do “não quero” de quem quer que seja, dos filhos, do irmão, dos pais, da namorada, do empregado, do vizinho, das pessoas do trabalho ou da sala de jantar. Mas não seria um dia do não quero só por que não quero, teria que ir além de somente não querer, mas, sobretudo fazer o querer, ser o querer, pois tudo que se quer, quando se quer tem o outro lado da moeda, tem o não querer, e está claro na escolha do que se quer, querer beltrano é não querer sicrano, abrir uma outra porta é entrar por ela e não por outra, ver uma outra cor dá um tom diferente as coisas vistas, ter uma outra via a outro modo de vida muda tudo. Daí, o “não quero” esse político corrupto, esse emprego, essa salada roxa, esse programa de TV, essa roupa fashion do desfile de moda, essa comida pouco saudável etc então, todo o leque de escolhas estaria em alto e bom som pronunciados, recusados, com nossa opinião decisiva sendo apresentada finalmente, publicamente, seja pelos meios dos canais de informação possíveis existentes de onde se tiraria uma estatística, se adotaria uma certa “norma constitucional”, uma proposição ou mesmo uma postura, atitude, diretamente frente ao objeto do “não quero”, diante dos presentes na circunstância que fosse, suficiente e necessária para o que se propõe a consigna, podendo abalar alguns paradigmas, de forma que o dia do “não quero” passaria a se tornar o dia do grande ato, sendo manifestado com a maior amplitude social e toda representatividade de um movimento cívico, transformador e ao mesmo tempo provocador de questões sejam as quais fossem, ordinárias ou essenciais para cada um de nós.

domingo, junho 01, 2008

Código 46

Assiti o filme Código 46 pela terceira ou quarta vez, tem a direção de Michael Winterbotton e atores brilhantes (Tim Robbins e Samantha Morton). Li algo que foi publicado sobre o filme: “Picante” - The Holywood Repórter, “Provocante, discretamente erótico” – Premiere. Nessas palavras encontrei definições que me pareceram vazias diante da densidade do filme e da profundidade dos significados das relações e sentimentos que se passa ao longo da estória contada pelo filme. Retirei algumas frases que os personagens falam e que achei retratar um pouco das questões que parecem banais, mas afora o olhar simplista que possamos ter sobre o tema vou “colar” aqui alguns trechos do texto, só para ajudar a quem queira fazer uma reflexão:

“Se fôssemos mais informados...
Poderíamos prever as conseqüências de nossas ações.
Você gostaria de saber?
Se beijar aquela garota,
Se falar com aquele homem...
Se aceitar aquele emprego, casar com aquela mulher ou roubar aquele passe?
Se soubéssemos o que aconteceria no final...
Seríamos capazes de tomar a iniciativa, de dar o primeiro passo?
(...)
Todos nós temos problemas. É como lidamos com eles que mostra o nosso valor.”


Tudo isso tem haver essencialmente com a vida objetiva, prática, racionalista, das grandes metrópoles, que transforma o ser em algo estranho a ele mesmo, uma coisa sem sentimento humano, violento, frio, assombrado, cheio de “medos”, e os sentimentos humanos (empatia, amor – “no futuro... amar é um jogo perigoso”) são “codificados” como vírus que agride a ordem das coisas, ficam fora dos padrões regulamentados pelos códigos de comportamento, ou infecta o indivíduo causando males irreversíveis a sua vida dita organizada, definida, e a sua relação com os outros. São os reflexos de uma sociedade em processo de destruição ou “globalitarização” melhor dizendo nas palavras do professor Milton Santos.

Citando Brecht

Em 31 de maio de 2008

QUERIDO AFRÂNIO,
HOJE É DIA DE CELEBRAR A VIDA, A SUA VIDA! E PARA UM POETA SENSÍVEL, AS PALAVRAS SÁBIAS DE BERTOLT BRECHT:

"HAY HOMBRES QUE LUCHAN UN DIA Y SON BUENOS
HAY OTROS QUE LUCHAN UN AÑO Y SON MEJORES
HAY QUIENES LUCHAN MUCHOS AÑOS Y SON MUY BUENOS
PERO HAY LOS QUE LUCHAN TODA LA VIDA
ESOS SON LOS IMPRESCINDIBLES"


MUITA PAZ, ALEGRIAS, CONQUISTAS, VITÓRIAS E AMOR NO CORAÇÃO, SEMPRE!

Adriana Mello

Mais Carinho, mais Alegria

Afrânio, poeta querido,

Para você...
Flores poéticas
Mudanças
Descobertas
Amigos
Amores
Noites estreladas
Dias de festa
Um oceano de novos caminhos
Toda a felicidade do mundo

Um beijo,
Raquel Besnosik

Amiga Presente

Recebi essa linda poesia no dia do meu aniversário, da amiga e artista plástica Ana Tereza Kauark. Estava em estado de graça vendo a apresentação da banda Salada Mista no Jequitibar, na varanda do Teatro do SESI no Rio Vermelho. Um espetáculo nas vozes das "estrelas" Wil Carvalho e Rosa Nonato, cantoras do bom samba baiano e da rica música popular brasileira. Merecem aplausos de pé!

A criação da querida amiga Ana Tereza traduz outro lado, outra arte sua, originada da amizade real e do seu carinho. Apreciei o texto pela sua essência e suas coloridas "pétalas" de poesia. Obrigado Ana.

Vou ousar em versos meu olhar:

Criança, de sorriso aberto e puro.
Nos traz a luz da esperança,
Que brinca, percorre e dança,
Nos misteriosos salões da biodança.

Amigo, com seu jeitinho atencioso e terno,
Ouve, aconchega, acolhe,
Transformando em sol nascente,
Nossas queixas de adolescentes.

Colega que divide, soma, se integra,
Pelo que toca, abraça, se entrega,
Em corpo, verso ou contos,
Meu respeito e gratidão,
Meu olhar fraterno, meu irmão.

Artista, brilhante e talentoso,
Traduz com criatividade e emoção,
Os grandes e profundos vôos do coração.

A você poeta-esperança,
Muita luz pra sua criança
Muito amor no seu cantinho,
Overdose de carinho...
Sucesso e alegrias,
No seu longo e abençoado caminho!

na tela ou dvd

  • 12 Horas até o Amanhecer
  • 1408
  • 1922
  • 21 Gramas
  • 30 Minutos ou Menos
  • 8 Minutos
  • A Árvore da Vida
  • A Bússola de Ouro
  • A Chave Mestra
  • A Cura
  • A Endemoniada
  • A Espada e o Dragão
  • A Fita Branca
  • A Força de Um Sorriso
  • A Grande Ilusão
  • A Idade da Reflexão
  • A Ilha do Medo
  • A Intérprete
  • A Invenção de Hugo Cabret
  • A Janela Secreta
  • A Lista
  • A Lista de Schindler
  • A Livraria
  • A Loucura do Rei George
  • A Partida
  • A Pele
  • A Pele do Desejo
  • A Poeira do Tempo
  • A Praia
  • A Prostituta e a Baleia
  • A Prova
  • A Rainha
  • A Razão de Meu Afeto
  • A Ressaca
  • A Revelação
  • A Sombra e a Escuridão
  • A Suprema Felicidade
  • A Tempestade
  • A Trilha
  • A Troca
  • A Última Ceia
  • A Vantagem de Ser Invisível
  • A Vida de Gale
  • A Vida dos Outros
  • A Vida em uma Noite
  • A Vida Que Segue
  • Adaptation
  • Africa dos Meus Sonhos
  • Ágora
  • Alice Não Mora Mais Aqui
  • Amarcord
  • Amargo Pesadelo
  • Amigas com Dinheiro
  • Amor e outras drogas
  • Amores Possíveis
  • Ano Bissexto
  • Antes do Anoitecer
  • Antes que o Diabo Saiba que Voce está Morto
  • Apenas uma vez
  • Apocalipto
  • Arkansas
  • As Horas
  • As Idades de Lulu
  • As Invasões Bárbaras
  • Às Segundas ao Sol
  • Assassinato em Gosford Park
  • Ausência de Malícia
  • Australia
  • Avatar
  • Babel
  • Bastardos Inglórios
  • Battlestar Galactica
  • Bird Box
  • Biutiful
  • Bom Dia Vietnan
  • Boneco de Neve
  • Brasil Despedaçado
  • Budapeste
  • Butch Cassidy and the Sundance Kid
  • Caçada Final
  • Caçador de Recompensa
  • Cão de Briga
  • Carne Trêmula
  • Casablanca
  • Chamas da vingança
  • Chocolate
  • Circle
  • Cirkus Columbia
  • Close
  • Closer
  • Código 46
  • Coincidências do Amor
  • Coisas Belas e Sujas
  • Colateral
  • Com os Olhos Bem Fechados
  • Comer, Rezar, Amar
  • Como Enlouquecer Seu Chefe
  • Condessa de Sangue
  • Conduta de Risco
  • Contragolpe
  • Cópias De Volta À Vida
  • Coração Selvagem
  • Corre Lola Corre
  • Crash - no Limite
  • Crime de Amor
  • Dança com Lobos
  • Déjà Vu
  • Desert Flower
  • Destacamento Blood
  • Deus e o Diabo na Terra do Sol
  • Dia de Treinamento
  • Diamante 13
  • Diamante de Sangue
  • Diário de Motocicleta
  • Diário de uma Paixão
  • Disputa em Família
  • Dizem por Aí...
  • Django
  • Dois Papas
  • Dois Vendedores Numa Fria
  • Dr. Jivago
  • Duplicidade
  • Durante a Tormenta
  • Eduardo Mãos de Tesoura
  • Ele não está tão a fim de você
  • Em Nome do Jogo
  • Encontrando Forrester
  • Ensaio sobre a Cegueira
  • Entre Dois Amores
  • Entre o Céu e o Inferno
  • Escritores da Liberdade
  • Esperando um Milagre
  • Estrada para a Perdição
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  • Filhos da Liberdade
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  • Flores do Outro Mundo
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  • Gigolo Americano
  • Goethe
  • Gran Torino
  • Guerra ao Terror
  • Guerrilha Sem Face
  • Hair
  • Hannah And Her Sisters
  • Henry's Crime
  • Hidden Life
  • História de Um Casamento
  • Horizonte Profundo
  • Hors de Prix (Amar não tem preço)
  • I Am Mother
  • Inferno na Torre
  • Invasores
  • Irmão Sol Irmã Lua
  • Jamón, Jamón
  • Janela Indiscreta
  • Jesus Cristo Superstar
  • Jogo Limpo
  • Jogos Patrióticos
  • Juno
  • King Kong
  • La Dolce Vitta
  • La Piel que Habito
  • Ladrões de Bicicleta
  • Land of the Blind
  • Las 13 Rosas
  • Latitude Zero
  • Lavanderia
  • Le Divorce (À Francesa)
  • Leningrado
  • Letra e Música
  • Lost Zweig
  • Lucy
  • Mar Adentro
  • Marco Zero
  • Marley e Eu
  • Maudie Sua Vida e Sua Arte
  • Meia Noite em Paris
  • Memórias de uma Gueixa
  • Menina de Ouro
  • Meninos não Choram
  • Milagre em Sta Anna
  • Mistério na Vila
  • Morangos Silvestres
  • Morto ao Chegar
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  • Ninguém Sabe Que Estou Aqui
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  • O Amor nos Tempos do Cólera
  • O Amor Pede Passagem
  • O Artista
  • O Caçador de Pipas
  • O Céu que nos Protege
  • O Círculo
  • O Circulo Vermelho
  • O Clã das Adagas Voadoras
  • O Concerto
  • O Contador
  • O Contador de Histórias
  • O Corte
  • O Cozinheiro, o Ladrão, Sua Mulher e o Amante
  • O Curioso Caso de Benjamin Button
  • O Destino Bate a Sua Porta
  • O Dia em que A Terra Parou
  • O Diabo de Cada Dia
  • O Dilema das Redes
  • O Dossiê de Odessa
  • O Escritor Fantasma
  • O Fabuloso Destino de Amelie Poulan
  • O Feitiço da Lua
  • O Fim da Escuridão
  • O Fugitivo
  • O Gangster
  • O Gladiador
  • O Grande Golpe
  • O Guerreiro Genghis Khan
  • O Homem de Lugar Nenhum
  • O Iluminado
  • O Ilusionista
  • O Impossível
  • O Irlandês
  • O Jardineiro Fiel
  • O Leitor
  • O Livro de Eli
  • O Menino do Pijama Listrado
  • O Mestre da Vida
  • O Mínimo Para Viver
  • O Nome da Rosa
  • O Paciente Inglês
  • O Pagamento
  • O Pagamento Final
  • O Piano
  • O Poço
  • O Poder e a Lei
  • O Porteiro
  • O Preço da Coragem
  • O Protetor
  • O Que é Isso, Companheiro?
  • O Solista
  • O Som do Coração (August Rush)
  • O Tempo e Horas
  • O Troco
  • O Último Vôo
  • O Visitante
  • Old Guard
  • Olhos de Serpente
  • Onde a Terra Acaba
  • Onde os Fracos Não Têm Vez
  • Operação Fronteira
  • Operação Valquíria
  • Os Agentes do Destino
  • Os Esquecidos
  • Os Falsários
  • Os homens que não amavam as mulheres
  • Os Outros
  • Os Românticos
  • Os Tres Dias do Condor
  • Ovos de Ouro
  • P.S. Eu te Amo
  • Pão Preto
  • Parejas
  • Partoral Americana
  • Password, uma mirada en la oscuridad
  • Peixe Grande e Suas Histórias Maravilhosas
  • Perdita Durango
  • Platoon
  • Poetas da Liberdade
  • Polar
  • Por Quem os Sinos Dobram
  • Por Um Sentido na Vida
  • Quantum of Solace
  • Queime depois de Ler
  • Quero Ficar com Polly
  • Razão e Sensibilidade
  • Rebeldia Indomável
  • Rock Star
  • Ronin
  • Salvador Puig Antich
  • Saneamento Básico
  • Sangue Negro
  • Scoop O Grande Furo
  • Sem Destino
  • Sem Medo de Morrer
  • Sem Reservas
  • Sem Saída
  • Separados pelo Casamento
  • Sete Vidas
  • Sexo, Mentiras e Vídeo Tapes
  • Silence
  • Slumdog Millionaire
  • Sobre Meninos e Lobos
  • Solas
  • Sombras de Goya
  • Spread
  • Sultões do Sul
  • Super 8
  • Tacones Lejanos
  • Taxi Driver
  • Terapia do Amor
  • Terra em Transe
  • Território Restrito
  • The Bourne Supremacy
  • The Bourne Ultimatum
  • The Post
  • Tinha que Ser Você
  • Todo Poderoso
  • Toi Moi Les Autres
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