Outro dia, encontrei com uma representante autêntica da geração que viveu sua adolescência na mesma época da adolescência da Internet, e numa conversa sobre amenidades me caiu na idéia puxar assunto sobre um tema muito atual: o uso do computador no dia a dia. Seja para estudos, trabalho, na busca frenética de informação, ou para atualização, troca ou o envio de email, blogs, podcasts, e as então usuais mensagens rápidas, scraps, chat etc etc; nesse papo instigado, inesperadamente ela disparou uma frase especialmente significativa, a qual me pareceu muito expressiva de sua imatura experiência com a tecnologia, claro, vindo da parte de quem quase passa naturalmente boa parte das horas de sua vida debruçando-se rotineiramente sobre o teclado de uma máquina que a criatividade do homem “soprou” e "ganhou vida" para elevar o seu potencial poder de gerar o “estado da arte”. Alguns lidam positivamente, produtivamente, outros nem tanto, duram viciosamente, com tudo o que se tornou praticamente uma maneira de intercomunicação, imprescindível, mais uma “companhia” que se consuma concreta para milhões de internautas. Uma verdadeira malha de “pontes digitais” de relacionamentos entre pessoas e entre pessoas e objetos, que se vêem cada vez mais virtuais e "impessoais".
As palavras dela que ficaram em meu bloco de notas: "usar outro computador que não o meu é igual a dormir fora de casa, é como mudar de namorado".
Sorri e as fixei no meu interesse visível pelo significado essencial da colocação emocionalmente evidente, e nas minhas divagações quanto ao que representa na realidade atual o computador pessoal, num mundo digital que se constrói a cada segundo e que se desenvolve aceleradamente. Para os milhões de usuários e a cada hora mais adeptos, novos proprietários desse "objeto pessoal": o computador. Meio para muitos, um fim para outros muitos, canal integrador, objeto inclusivo social se bem utilizado, útil, visão prática de ponto a ponto do mundo tecnológico da informação, presente na teia do nosso cotidiano como principal “transporte cibernético do conhecimento” da atual e das futuras gerações.
Nenhum comentário:
Postar um comentário