sexta-feira, maio 30, 2008

Relação...

...com a Biodança

Esse é um diálogo que acredito exista entre muitos "biodançantes" e a Biodança... inclusive eu mesmo.

Biodança:
-Não vai se envolver comigo vai?
Vive protegido em sua armadura... não é assim?

Anjo:
-Não tenho mais armadura.
Você a arrancou de mim.
Do que sobrou de mim.
O que sobrou de mim...
O que eu sou.

quinta-feira, maio 29, 2008

Anônimo

Sobre o Tempo e as Jabuticabas [de Autor Anônimo]

Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora. Sinto-me como aquele menino que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.

Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados. Não tolero gabolices. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.

Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos. Não participarei de conferências que estabelecem prazos fixos para reverter a miséria do mundo. Não quero que me convidem para eventos de um fim de semana com a proposta de abalar o milênio.

Já não tenho tempo para reuniões intermináveis para discutir estatutos, normas, procedimentos e regimentos internos.

Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos. Não quero ver os ponteiros do relógio avançando em reuniões de 'confrontação', onde 'tiramos fatos a limpo'. Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral.

Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: 'as pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos'. Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa...

Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade, defende a dignidade dos marginalizados, e deseja tão somente andar ao lado de Deus.

Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade, desfrutar desse amor absolutamente sem fraudes, nunca será perda de tempo. O essencial faz a vida valer a pena.

segunda-feira, maio 26, 2008

Milagres Cotidianos

Hoje quero revelar uma experiência importante minha, apenas uma delas, preciosa pra mim. E vale ressaltar que nem sou religioso nem pratico nenhuma religião.

Depois conto uma estória da época que escalava montanhas e via nuvens abaixo de mim!


Outro Milagre Cotidiano

Sou pai de um garoto que hoje tem nove anos, seu rosto é normal e tem dentes fortes como os meus. Sua arcada dentária foi examinada poucos meses depois de seu nascimento devido a impressão de haver uma pequena “cicatriz” uma linha fina de um corte no lábio superior do lado esquerdo da face, com o que os médicos ficaram surpresos pela perfeição do “trabalho cirúrgico”, essa foi a palavra ou frase dita por cada um deles. Nada de sequelas, nenhum defeito localizado no resultado do procedimento corretivo, coisa que pode ser visto após uma cirurgia, essa suposta pelo médico, uma cirurgia difícil, mas que nunca aconteceu. O médico duvidou, tinha quase a certeza da existência de uma fissura anterior, uma deformação da cartilagem bucal, ou seja, que certamente havia sido corrigida por uma cirurgia plástica, o médico afirmava que meu filho tinha sido operado de um lábio leporino. No entanto a perfeição do trabalho do "cirurgião" era tamanha que o médico após ouvir a nossa estória acabou por confiar no que revelamos, e vou contar pra vocês aqui.

Discordamos (nós, os pais) da certeza dele (do médico) de ter ocorrido uma plástica corretiva, e explicamos que nosso filho nunca tinha sido operado nem passado por qualquer procedimento cirúrgico corretivo de imperfeição da boca ou dos lábios, o que causou grande surpresa ao doutor! Nada é impossível para quem acredita no poder do Universo Divino.

Na verdade o meu filho já nasceu “operado”, bem de saúde e lindo. Como se diz no popular: sua cirurgia foi Divina. Seu corpo estava saudável, sua face, sua boca, seus lábios sorriam perfeitos, graças a Deus.

Mas, o fato é que a sua mãe, Sandra, foi quem pediu esse milagre! Com o nosso filho, ainda na barriga, ela sentiu um impulso de entrar numa Igreja (para mim não importa a denominação) na rua por onde caminhava, daí resolveu sentar para orar e pedir uma benção a Deus, e assim fez. Ao chegar em casa, lembrou que em suas mãos ainda restava um pouco do óleo ungido que o pastor entregou para ela passar nas mãos e, assim, com elas ungidas “esfregar” em algo que ela quisesse pedir uma grande benção ou cura para Deus. O que veio em seguida me fez crer, e acredito, que tenha uma relação direta com a conseqüente “cirurgia” espiritual pela qual meu filho passou. Então, após sua chegada em casa ela ficou sem saber aonde passar as mãos com o tal óleo, e resolveu, portanto, lembrou de esfregar com todo o carinho de mãe na sua barriga grande, com poucos dias para dar a luz. E com o verdadeiro amor de mãe fez um pedido (uma oração) a Deus para que seu filho nascesse bem e saudável.

O que vocês acham do resultado desse pedido para o Universo Divino, não foi bem atendido? O que vocês acham?

Toda vez que lembro de tudo isso me emociono, olho para meu filho Vinícius e agradeço ao Universo Divino por tudo na minha vida e pelo que ainda nem sei que vai acontecer.

Façam seus pedidos com fé, acredite e deixem que o Universo se encarrega do “milagre”.

sábado, maio 24, 2008

Coisas da Vida

(Da) Coluna do Serginho, e eu não mudo uma vírgula disso tudo.

Você já desejou alguém tão fortemente que abalou sua vida?
Já se apaixonou tão absurdamente que não pensava em nada mais, não tirava aquilo da cabeça, não conseguia visualizar um futuro, um presente, e vivia só do passado?
É incrível como a gente se mobiliza por uma paixão.
A paixão é o motor da vida. Nos apaixonamos muitas vezes, e cada vez é para sempre. Se a gente se decepciona, partimos para outra com um sorriso.
Se a outra pessoa se decepciona, deixamos de ser o centro do universo para entrar numa escuridão que parece infinita.
Mas o bom é termos essa capacidade de regenerar partes do nosso corpo que foram decepadas. Parece que perdemos o coração para sempre, mas ele volta bombando. Parece que nossa alma sumiu, mas ela se apresenta de novo com um novo suspiro. Parece que nossa capacidade de amar se esgotou, mas o inesperado faz uma surpresa e lá estamos de novo, com a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranqüilo por causa da paixão, sabemos que somos únicos. É como uma impressão digital, única e intransferível.
Somos únicos quando amamos. E cada pessoa que amamos, amamos de modos diferentes porque também somos imprevisíveis. Não sermos redundantes no amor é nosso passaporte para a utopia da felicidade.
Que seja utopia, mas a perseguição dela é mais interessante que os amores estabelecidos como regras a serem cumpridas só porque cabem bem junto à sociedade.
No amor, vale o risco, vale seguir o vento, o cheiro, o desejo.
Se se arrepender de algo, não tenha vergonha de voltar atrás.
É melhor ser sincero e encarar o medo, do que viver sofrendo com algo que poderia fazer e não fez por vergonha.
O amor é sem vergonha.
Daqui um tempo mudo o texto.
Beijos e abraços

Sérgio Groisman, 26/04/2007

Insônia e TV

OuVindo Umbrella com Rihanna
Afranio Campos, pós-verão de 2008.

Essa noite eu não dormi. Meu emocional, meus sentimentos andam abalados. Desconheço-me por instantes. Fiquei escutando meu coração bater até o amanhecer. É sim, fui percebendo na pulsação da pele de meu pulso que logo em seguida se estendeu até o peito. Dava para marcar as batidas e seu compasso, 12/ 9. Nada aconteceu ao longo da madrugada. Uma torneira insistia em gotejar, mas parecia que era na vizinhança porque o som vinha lá de fora da janela do meu quarto. Isso não chegava a incomodar, ficava sendo parte de uma sonoridade acompanhante dos tambores do ensaio do Olodun no centro histórico do Pelourinho. O Pelourinho fica bem próximo de onde moro.

Cada canto das paredes do meu quarto tinha um jeito de se mostrar, uma cor, um novo ângulo, diferente do que recentemente acabara de observar, de onde costumava me deitar e mirar em pensamentos que sobravam para além de meus sonhos que resistiam em chegar. Procurei uma "aranhazinha" por companhia e nada de "nadica". Me virei, impaciente. Coloquei o celular bem ao lado junto dos meus óculos de lentes redondas e armação arranhados pelos anos de uso, que brilhava com a réstia de luz que penetrava do lustre do corredor em frente ao meu quarto, e que me fazia acreditar em uma noite tranqüila sem pesadelos. Era a impressão que tinha vendo esse objeto tão comum, de hastes e aros metálicos dourados e transparências cristalinas, revelador de todas as cores e texturas do mundo a minha volta, que de colorido (vocês sabem o que digo) muitas vezes não tem nada.

Senti-me muito cansado ao levantar para ir até a sala, e nesse curto caminhar, após me por de pé, cambaleante, meu corpo tinha um peso meio morto sobre o chinelo que ia sombreando o taco cobrindo o comprido corredor que me levou até a sala. A sala tomou uma dimensão muito maior ao me acolher sem mais outra companhia humana nesses meses que estou morando só e ocupando o quieto espaço de um apartamento de quatro quartos no bairro de Nazaré. Em seus lugares, os objetos, continuam um pouco empoeirados a minha espera como se inanimados possuíssem alguma animação, como sempre me aguardassem para um criativo “bate-papo” silencioso e insólito. O computador permanentemente ligado me ocupou, conectado a Internet, com seu som do cooler soando baixinho no giro lento da madrugada. Com muita informação circulando nas “veias” da via digital que se mantém ativada em quase todas as noites quente-frias-quentes mais quente que fria, desse outono-inverno. O notebook e eu ficamos alguns momentos da noite se notando ociosos e se convidando a um chat, a TV também participando zapeando na minha presença sonâmbula.

Curto a TVE noturnamente, assisto os jornais notoriamente sintonizando a Record News, Band News, as reprises do cinema nacional na Globo, o Jô (“Uma Hora” da madrugada!!!) que me chega tocando o seu ridículo bongozinho, no cansaço (eu), num a desejar (dele) nas suas escolhas de pauta e de entrevistados, o que o salva são as bandas legais que aparecem para sacudir a platéia animada, a performance da Silvia Machete (me lembro disso) com sua banana num blowjob que subitamente goza na “boca dela” (que vício, de linguagem eh eh), e mais gente precoce linda, talentosa, como a menina Malu Magalhães conhecedora do repertório, cantando e tocando com originalidade baladas, do Bob Dylan. Acesso, vejo e escuto o canal Mundial (26) http://www.mundialcom.com.br/ e reparo que é uma má companhia musical (raramente passa cultura de boa qualidade) com uma enxurrada de músicas enlatadas do pop, rap, e hip-hop americanos, exibindo clips marcadamente produzidos por uma produção cultural geléia geral, ovo mexido, “massificante” e “idiotizante” (endosso o Julio Medaglia), volatilizando toda arrogância da estadounidense riqueza material e sua vaidade luxuriosa estampadas no rosto, na dança, e nos gestos dos negros, brancos e latinos forjados no enriquecimento american-way-of-life com seus carrões coadjuvantes, roupas estilizadas, correntes e pulseiras grossas de valor em peso, dentes de ouro (hê brega, ignorância de primeiro mundo na maré de uma economia em crise de “desaquecimento”), efeitos visuais e sonoros extravagantes, tipo os que a Madona, com volúpia, introduz aos montes em seus clips, tudo feito chantili saboroso em cakes caros para maquiar justamente a pobreza de seus conteúdos. Mas tem hora que descubro muito som legal, músicos e compositores e poetas com seus arco-íris sonoros, literários, abrindo horizontes para a galera dessa geração do “desenvolvimento sustentável”.

É no(as) Altas Horas e sua “vida inteligente” que me vejo vibrando na expectativa de uma coisa genial que impressione (e vira e mexe, acontece) ou que seja curiosamente informativa, e o Serginho Groisman “manda bala” mesmo, trazendo gente boa de fora (Cesaria Evora) e daqui também (Engenheiros do Hawaii, Mariana Aydar, Dominguinhos, Arnaldo Antunes). Sabe, chegou o sono, o que desejo agora, “o que eu (mais) quero: é sossego”, pô não é que chamei "o síndico”, Tim Maia. Fui.

Fala aí, minha gente bonita da música popular brasileira, do cinema, da literatura e das artes. Cantarolo com a Rita Lee e os Titãs (Acústico, em CD) em prosa e verso: a televisão deixou, deixa, a (muita) gente burra demais!

domingo, maio 18, 2008

Aonde vai?

Mariposa

É uma fome que morre no corpo
Ou uma visão que se põe presente
Abundância de vontades ou talvez
Seja uma percepção de calor ausente

Deve lhe tomar o corpo, para que...
O corpo e asas se tornem ardor
Insensatez na inspiração de uma sorte
Viagem decisiva no 'para seja o que for'

Vibração, paixão térmica, caos e reação
Lembranças de paisagens em músicas
Coisas da vida que lapidam emoções
E se vão como mariposa sedenta de luz

sábado, maio 17, 2008

Extraordinário

"É fácil ser realista quando se aceita tudo. É fácil ser visionário quando não se enfrenta nada." [Mangabeira Unger]

quinta-feira, maio 15, 2008

do Recôncavo Baiano

IX Bienal do Recôncavo, São Felix - Bahia, de 08 de novembro de 2008 a 08 de fevereiro de 2009.
.
Marepe, "A Virgem" - Premiado da I Bienal

quarta-feira, maio 14, 2008

Palavra Rica

M E R D A (Nem o Aurélio definiu tão bem)

A palavra mais rica da língua portuguesa é a palavra MERDA.

Esta versátil palavra pode mesmo ser considerada um coringa da língua portuguesa.
Vejam os exemplos a seguir:

1) Como indicação geográfica 1: Onde fica essa MERDA?
2) Como indicação geográfica 2: Vá a MERDA!
3) Como indicação geográfica 3: 17:00h - vou embora dessa MERDA.
4) Como substantivo qualificativo: Você é um MERDA!
5) Como auxiliar quantitativo: Trabalho pra caramba e não ganho MERDA nenhuma!
6) Como indicador de especialização profissional: Ele só faz MERDA.
7) Como indicativo de MBA: Ele faz muita MERDA.
8) Como sinônimo de covarde: Seu MERDA!
9) Como questionamento dirigido: Fez MERDA, né?
10) Como indicador visual: Não se enxerga MERDA nenhuma!
11) Como elemento de indicação do caminho a ser percorrido: Por que você não vai a MERDA?
12) Como especulação de conhecimento e surpresa: Que MERDA é essa?
13) Como constatação da situação financeira de um indivíduo: Ele está na MERDA...
14) Como indicador de ressentimento natalino: Não ganhei MERDA nenhuma de presente!
15) Como indicador de admiração: Puta MERDA!
16) Como indicador de rejeição: Puta MERDA!
17) Como indicador de espécie: O que esse MERDA pensa que é?
18) Como indicador de continuidade: Tô na mesma MERDA de sempre.
19) Como indicador de desordem: Tá tudo uma MERDA!
20) Como constatação científica dos resultados da alquimia: Tudo o que ele toca vira MERDA!
21) Como resultado aplicativo: Deu MERDA.
22) Como indicador de performance esportiva: Esse time não está jogando MERDA nenhuma!!!
23) Como constatação negativa: Que MERDA!
24) Como classificação literária: Êita textinho de MERDA!!!
25) Como qualificação de governo: O governo Bush só faz MERDA!
26) Como situação de 'orgulho/metidez' : Ela se acha e não tem 'MERDA NENHUMA!'
27) Como indicativo de ocupação: Leu tudo?
É sinal que não está fazendo MERDA nenhuma!!!

terça-feira, maio 13, 2008

Ditado Indígena

"Viver não é preciso, sem sonhos não é possível."
- ditado indígena brasileiro, segundo informação de Judith Cortesão - Interpretes do Brasil, programa de entrevistas e documentário da TVE, visto em 12/05/2008.

sábado, maio 10, 2008

A "barbárie está instalada"

Meirelles afirma que "barbárie está instalada" na sociedade
SILVANA ARANTES da Folha de S.Paulo
(O trecho de Fernando Meirelles eu selecionei e grifei)


Quando o cineasta Fernando Meirelles decidiu filmar uma versão cinematográfica do livro "Ensaio sobre a Cegueira", de José Saramago, em setembro de 2006, imaginou o ator norte-americano Sean Penn no papel do oftalmologista.

O personagem do médico é o que tenta conservar valores humanistas, num ambiente onde progride a barbárie, à medida em que uma epidemia de cegueira atinge toda a população, exceto a mulher do médico.
(..)
Fernando Meirelles - A cegueira é a protagonista, mas não a cegueira física, e sim a cegueira psicológica, ideológica. Há uma frase do livro que diz: "Não acho que ficamos cegos, acho que somos cegos. Cegos que podem ver, mas não vêem".

Diariamente, os limites do que chamamos civilização são rompidos, mas parece que não enxergamos isso. A barbárie está instalada e não vemos.

sexta-feira, maio 09, 2008

Contando Sonhos

Bom dia, amados e amadas biodançantes. Eu tive um sonho, não um sonho como o do Martin Luther King, hoje em dia esse tipo de sonho está cada vez mais raro, mas, um sonho desses que a gente sonha deitado, dormindo, e ao abrir os olhos pensa que até viveu, pois a emoção passou como se fosse! Vou contar prá vocês:

Sonhei com uma casa enorme, de altos e baixos, bonita por fora, cheia de compartimentos, várias janelas, portas, bem planejada. Entrei nela por curiosidade e também achar que podia encontrar alguém nela que podia ser interessante. Eu era um visitante que havia sido conquistado pelas nuançes e encantos de uma arquitetura misteriosa. Ao dar por mim, como ao procurar algo ou alguém e não encontrando saí e fiz um reconhecimento ladeando seus cantos externamente e, descobri com um outro olhar, ser um sobrado de telhado vistoso e jardim primaveril, um tom de noite logo caía, algo nela era imponente e repentinamente isso, algo impressionante como sua solidez, uma solidão anunciada, me deu um receio de voltar a entrar em suas sombras. Comecei a caminhar e me afastar dessa impressão que ela me causava, e daí me deparei, primeiro com uma rua asfaltada mas pouco iluminada e resolvi tomar outra direção, achei que seria mais seguro, fiquei com o coração acelerado, o caminho estava se tornando estranho com a noite que chegava espraiando, tomei uma estrada de areia e relva baixa que vinha se desenhando em minha frente, o horizonte aberto trazia uma visão mais ampla do que estava por vir. Era madrugada e ouvia passos de outras pessoas por perto, meu coração ainda continuava com aquele sentimento de insegurança, podia ser atacado estando naquele lugar deserto, estranho, o que estava fazendo por alí? Tem sonhos que significam algo prá gente. O sol raiou e o sentimento clareou! O dia nasceu e lá estava eu esperando por ele, lindo dia! Um bom dia!

segunda-feira, maio 05, 2008

O que é aprender?

- O que é aprender?
- Aprender é ... como quando papai me ensinou a andar de bicicleta. Eu queria
muito andar de bicicleta. Então ... papai me deu uma bici ... menor do que a
dele. Me ajudou a subir. A bici sozinha cai, tem que segurar andando...
- Dá um pouco de medo, mas papai segura a bici. Ele não subiu na sua bicicleta
grande e disse “ assim se anda de bici” ... não, ele ficou correndo ao meu lado
sempre segurando a bici ... muitos dias e, de repente, sem que eu me desse
conta disso, soltou a bici e seguiu correndo ao meu lado. Então eu disse: Ah!
Aprendi!
... - Ah! Aprender é quase tão lindo quanto brincar
(Fernandez, 2001, O Saber em jogo)

sábado, maio 03, 2008

O Importante

"A vida: mulher do lado, e seja o que Deus quiser." (Oscar Niemeyer)

Vitoriosa

Razões de uma mulher vitoriosa

Ainda se fala da “fragilidade” da mulher, de sua “delicadeza feminina” que para os mais rudes (ou menos) parece estar relacionada a determinadas características naturais (afetividade evidente, dedicação e sensibilidade no trato com as coisas), que não poderia "fazer" certas coisas como o homem, por exemplo, dirigir bem um carro, se envolver com tarefas estritamente vinculadas ao homem (seja pela exigência de força, até recentemente, seja pela falta de "habilidades masculinas"), que lugar de mulher é na cozinha, nesse ou naquele lugar, etc. Se formos observar bem o lado direito dessa estória, não está bem contada não! Vejamos.

A mulher tem se virado, em vários tipos de atividade, com competência, indo em busca de mais qualificação, entrando firme na competitividade – gerente, presidente de grandes companhias, piloto de carro de corrida, motorista de caminhão, taxista, policial, prefeita, governadora, ministra de estado etc -, e nessa competição profissional tem mandado muito bem até o momento pra qualquer opositor, crítico velado ou "macho" latino (ou não) de plantão.

Contribuiu com conquistas valorosas, que por tabela, também impactou o comportamento do homem. É certo que tem dado “seus pulos”, num salto significativo de feitos históricos, sociais, científicos, políticos, e olhe que tudo começou em pouco mais de um século, em alguns países até em menos tempo! Como o direito de ser cidadã, poder escolher os governantes através do seu voto, aqui mesmo no Brasil.

Na estrutura familiar que estamos acostumados, e conhecemos, durante gerações, ela, essa mulher dita “frágil” foi seguramente o “bastião” de todas as qualidades conquistadas, oferecidas na ambiência doméstica, na convivência e afetividades familiares. Os avanços que a tecnologia desenvolveu (lavadora de roupas e louças, microondas, liquidificador, processador, e por aí vai...) que o mercado de consumo através de seus mecanismos de pesquisa introduziu no dia-a-dia, se deu, graças a essa mulher, contribuindo para um melhor rendimento da economia doméstica e para as tarefas que o homem sempre “entregou” a sua responsável companheira e mãe de seus filhos.

A presença da mulher, seu papel, em qualquer estrutura seja familiar seja profissional ou de poder, mostrou-se sensivelmente importante e decisivo aos rumos da própria história da humanidade. Quem duvida que a interação e relação entre os indivíduos, mulher e homem, determinaram e determinarão os acontecimentos fundamentais e o curso de mudanças de paradigmas, de grandes transformações no mundo atual? Como se sabe, muitas mudanças se deram, apenas por um toque ou idéia dessa mulher!

Essa companheira tão essencial conseguiu manter seu papel, seu “domínio” de maneira forte e muitas vezes submetendo-se a relações impositivas, de submissão, mas se superou e estendeu sua identidade, sua presença diferenciada, a outros espaços que não só o lar-doce-lar. Passou a ocupar postos de trabalho com dignidade, se qualificando e alcançando poderes que só até então era da competência do homem.

As funções e especificidades naturais dessa mulher, que antes era reservada as tradicionais lides domésticas e as tarefas de menor remuneração, passou a ser sobrecarregada, portanto, com a acumulação de outras atividades agregadas da sua vida profissional. O que ela passou a ter foi uma jornada dupla de trabalho, um outro problema decorrente das transformações das relações de produção que exigiu a introdução maciça desse recurso humano, que se por um lado era um aspecto da conquista dessa mulher (seu lugar no mercado de trabalho), passava, sobretudo, a ser utilizado, comparativamente, por ser de menor custo em relação ao recurso da mão-de-obra masculina. Ainda assim ela topou a parada e chegou aonde chegou, mesmo tendo muito ainda a que se definir a seu favor. E tem mudado esse quadro positivamente.

Me parece que a mulher surpreende cada vez mais a todos nós, à nossa sociedade, que mesmo com sua modernidade e todos os seus avanços sócio-econômicos, tecnológicos, culturais e de comportamento, ainda preserva muitos preconceitos em relação a essa mulher verdadeiramente vitoriosa.

na tela ou dvd

  • 12 Horas até o Amanhecer
  • 1408
  • 1922
  • 21 Gramas
  • 30 Minutos ou Menos
  • 8 Minutos
  • A Árvore da Vida
  • A Bússola de Ouro
  • A Chave Mestra
  • A Cura
  • A Endemoniada
  • A Espada e o Dragão
  • A Fita Branca
  • A Força de Um Sorriso
  • A Grande Ilusão
  • A Idade da Reflexão
  • A Ilha do Medo
  • A Intérprete
  • A Invenção de Hugo Cabret
  • A Janela Secreta
  • A Lista
  • A Lista de Schindler
  • A Livraria
  • A Loucura do Rei George
  • A Partida
  • A Pele
  • A Pele do Desejo
  • A Poeira do Tempo
  • A Praia
  • A Prostituta e a Baleia
  • A Prova
  • A Rainha
  • A Razão de Meu Afeto
  • A Ressaca
  • A Revelação
  • A Sombra e a Escuridão
  • A Suprema Felicidade
  • A Tempestade
  • A Trilha
  • A Troca
  • A Última Ceia
  • A Vantagem de Ser Invisível
  • A Vida de Gale
  • A Vida dos Outros
  • A Vida em uma Noite
  • A Vida Que Segue
  • Adaptation
  • Africa dos Meus Sonhos
  • Ágora
  • Alice Não Mora Mais Aqui
  • Amarcord
  • Amargo Pesadelo
  • Amigas com Dinheiro
  • Amor e outras drogas
  • Amores Possíveis
  • Ano Bissexto
  • Antes do Anoitecer
  • Antes que o Diabo Saiba que Voce está Morto
  • Apenas uma vez
  • Apocalipto
  • Arkansas
  • As Horas
  • As Idades de Lulu
  • As Invasões Bárbaras
  • Às Segundas ao Sol
  • Assassinato em Gosford Park
  • Ausência de Malícia
  • Australia
  • Avatar
  • Babel
  • Bastardos Inglórios
  • Battlestar Galactica
  • Bird Box
  • Biutiful
  • Bom Dia Vietnan
  • Boneco de Neve
  • Brasil Despedaçado
  • Budapeste
  • Butch Cassidy and the Sundance Kid
  • Caçada Final
  • Caçador de Recompensa
  • Cão de Briga
  • Carne Trêmula
  • Casablanca
  • Chamas da vingança
  • Chocolate
  • Circle
  • Cirkus Columbia
  • Close
  • Closer
  • Código 46
  • Coincidências do Amor
  • Coisas Belas e Sujas
  • Colateral
  • Com os Olhos Bem Fechados
  • Comer, Rezar, Amar
  • Como Enlouquecer Seu Chefe
  • Condessa de Sangue
  • Conduta de Risco
  • Contragolpe
  • Cópias De Volta À Vida
  • Coração Selvagem
  • Corre Lola Corre
  • Crash - no Limite
  • Crime de Amor
  • Dança com Lobos
  • Déjà Vu
  • Desert Flower
  • Destacamento Blood
  • Deus e o Diabo na Terra do Sol
  • Dia de Treinamento
  • Diamante 13
  • Diamante de Sangue
  • Diário de Motocicleta
  • Diário de uma Paixão
  • Disputa em Família
  • Dizem por Aí...
  • Django
  • Dois Papas
  • Dois Vendedores Numa Fria
  • Dr. Jivago
  • Duplicidade
  • Durante a Tormenta
  • Eduardo Mãos de Tesoura
  • Ele não está tão a fim de você
  • Em Nome do Jogo
  • Encontrando Forrester
  • Ensaio sobre a Cegueira
  • Entre Dois Amores
  • Entre o Céu e o Inferno
  • Escritores da Liberdade
  • Esperando um Milagre
  • Estrada para a Perdição
  • Excalibur
  • Fay Grim
  • Filhos da Liberdade
  • Flores de Aço
  • Flores do Outro Mundo
  • Fogo Contra Fogo
  • Fora de Rumo
  • Fuso Horário do Amor
  • Game of Thrones
  • Garota da Vitrine
  • Gata em Teto de Zinco Quente
  • Gigolo Americano
  • Goethe
  • Gran Torino
  • Guerra ao Terror
  • Guerrilha Sem Face
  • Hair
  • Hannah And Her Sisters
  • Henry's Crime
  • Hidden Life
  • História de Um Casamento
  • Horizonte Profundo
  • Hors de Prix (Amar não tem preço)
  • I Am Mother
  • Inferno na Torre
  • Invasores
  • Irmão Sol Irmã Lua
  • Jamón, Jamón
  • Janela Indiscreta
  • Jesus Cristo Superstar
  • Jogo Limpo
  • Jogos Patrióticos
  • Juno
  • King Kong
  • La Dolce Vitta
  • La Piel que Habito
  • Ladrões de Bicicleta
  • Land of the Blind
  • Las 13 Rosas
  • Latitude Zero
  • Lavanderia
  • Le Divorce (À Francesa)
  • Leningrado
  • Letra e Música
  • Lost Zweig
  • Lucy
  • Mar Adentro
  • Marco Zero
  • Marley e Eu
  • Maudie Sua Vida e Sua Arte
  • Meia Noite em Paris
  • Memórias de uma Gueixa
  • Menina de Ouro
  • Meninos não Choram
  • Milagre em Sta Anna
  • Mistério na Vila
  • Morangos Silvestres
  • Morto ao Chegar
  • Mudo
  • Muito Mais Que Um Crime
  • Negócio de Família
  • Nina
  • Ninguém Sabe Que Estou Aqui
  • Nossas Noites
  • Nosso Tipo de Mulher
  • Nothing Like the Holidays
  • Nove Rainhas
  • O Amante Bilingue
  • O Americano
  • O Americano Tranquilo
  • O Amor Acontece
  • O Amor Não Tira Férias
  • O Amor nos Tempos do Cólera
  • O Amor Pede Passagem
  • O Artista
  • O Caçador de Pipas
  • O Céu que nos Protege
  • O Círculo
  • O Circulo Vermelho
  • O Clã das Adagas Voadoras
  • O Concerto
  • O Contador
  • O Contador de Histórias
  • O Corte
  • O Cozinheiro, o Ladrão, Sua Mulher e o Amante
  • O Curioso Caso de Benjamin Button
  • O Destino Bate a Sua Porta
  • O Dia em que A Terra Parou
  • O Diabo de Cada Dia
  • O Dilema das Redes
  • O Dossiê de Odessa
  • O Escritor Fantasma
  • O Fabuloso Destino de Amelie Poulan
  • O Feitiço da Lua
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