É cansativo ver a desigualdade entre as pessoas
Conheci uma nova pessoa. Que legal é conhecer gente nova, e ainda mais sendo povo de além mar com suas impressões de cá. Eu fiz uma descoberta do sentido notável do olhar do outro diante da minha, da nossa realidade... Claro que é bem diferente se ler nos jornais, nos livros, na internet, algo sobre esses assuntos, assuntos da realidade, mas, mais ainda ao surgir como um ponto de vista expontâneo, numa conversa olhando olho no olho, é abrir sentimentos que são dificeis de esconder.
Nosso país, Brasil; como se apresenta ao estrangeiro, ao observador, que viaja para nos conhecer, estudar, desenvolver suas relações pessoais, encontrar pessoas interessantes, realizar transações de trabalho, sociais etc. Qual o sentimento de quem vem de fora, digamos da Alemanha, ela veio desse importante estado europeu; essa pessoa é de lá. Típica alemã, mesmo em sua estatura mediana, representante ariana, loura autêntica de olhos bem azuis.
Ainda que a banda oriental da Alemanha, digo “banda” porque a realidade social dessa banda fica ou se mantém piorando, em vários aspectos! Diferentemente da outra banda da Alemanha; diz-se “unificada”, após a queda do muro de Berlim.
O que me impressionou a resposta dela, sobre uma pergunta a mais trivial e rotineira de um curioso sobre as impressões de uma viajante estrangeira em solo brasileiro.
- O que você está achando do Brasil?
Ela prontamente respondeu, em um português esforçado mas ainda com uma certa insegurança em pronunciar o “verbo”:
- É cansativo ver tanta desigualdade entre as pessoas...no Brasil. Com o tempo a gente vai acostumando.
Diga-se: deixando de “perceber”, essa visão chocante; assim, como um ponto cego, talvez. Como um barulho chato que com o tempo vamos absorvendo aos poucos e terminamos nem sentindo-o audível (pura negação). Fica-se cego, com olhos vivos, sãos (será que continuamos?) e abertos.
Acredito que ela só faltou falar que, “mesmo a contragosto”, temos que “engolir” (talvez ela disse-se “entender” como uma autêntica cidadã do primeiro mundo, eu suponho), tudo isso.
terça-feira, julho 29, 2008
É cansativo ver
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quinta-feira, julho 24, 2008
Dançar
Com mil brócolis...
É uma vibração boa, de satisfação pela colheita das sementes plantadas... Sentir um tremor pelo momento feliz, um arrepio de energia gostosa combinado com o sabor de abraços quentes como chocolate, no inverno, em forma de gente! Ali no salão tudo pode acontecer, somos o que somos, todos se olham tem seu espelho, um lado assim e outro lado assado, se complementando e transbordando, nas suas superfícies e nas suas extremidades, nos seus planos e nos seus limites. Tudo pode no momento de transformação. É isso, chegamos a isso... Mas ainda vem mais por aí, por alí, acolá, comme ci comme çà.
É uma vibração boa, de satisfação pela colheita das sementes plantadas... Sentir um tremor pelo momento feliz, um arrepio de energia gostosa combinado com o sabor de abraços quentes como chocolate, no inverno, em forma de gente! Ali no salão tudo pode acontecer, somos o que somos, todos se olham tem seu espelho, um lado assim e outro lado assado, se complementando e transbordando, nas suas superfícies e nas suas extremidades, nos seus planos e nos seus limites. Tudo pode no momento de transformação. É isso, chegamos a isso... Mas ainda vem mais por aí, por alí, acolá, comme ci comme çà.
quarta-feira, julho 23, 2008
Ouro Azul
Pirata do Ouro Azul
Lucas Mendes - Colunista da BBC Brasil
Um homem na faixa dos 30, bem vestido, de boa aparência, entrou no escritório da Manchete em NY, se apresentou como engenheiro, abriu uma pasta e me disse: inventei o motor a água.
Como eu sei que jamais serei o jornalista que vai receber um furo destes de mão beijada, estas revelações não me animam. O primeiro pensamento é: "como tiro este maluco daqui".
-E como funciona seu motor?
-Isto eu não posso contar, porque se contar as multinacionais vão roubar.
-O sr. pode me mostrar o motor funcionando?
-Também não, porque ainda não está pronto.
Depois de mais de uma hora, finalmente, se mancou. Disse a ele: “quando ficar pronto não deixe de me procurar”. Isto foi há uns 30 anos. Vai ver que ele vendeu a invenção para o Clarity da Honda, movido a hidrogênio.
Há menos tempo um empresário rico e visionário me telefonou do Brasil. Precisava de tudo que a ONU tinha sobre água - tratados, pesquisas, vídeos. Urgente, para ontem.
Até minha amiga Sonia Nolasco, que trabalhava ONU, entrou na corrida da água. O material foi enviado via Fedex e até hoje nem um vapor de agradecimento. Sorry, Sonia.
Na beira de um precioso, transparente e histórico riacho - o Beaverkill River - a duas horas de Manhattan, eu e o cinegrafista Paulo Zero estávamos tentando pescar uma das enormes trutas perfeitamente visíveis a menos de dois metros de profundidade. Elas chegavam, davam voltas nas minhocas e nem beliscavam. Gordas e preguiçosas.
Apareceram quatro homens, nos deram boa tarde e um deles perguntou como ia a pescaria.
-Péssima.
-Ainda bem porque se vocês tivessem tirado uma truta iriam para a prisão. No mínimo pagariam uma multa. Este rio é meu e dos meus três sócios.
-Mesmo se vocês tivessem comprado licença de pescar, aqui é proibido. Não é público. Nós compramos não só o rio como colocamos as trutas.
-Somos hóspedes do dono da terra.
-A terra é dele, o rio é meu.
-E porque as trutas não comem as minhocas?
-Porque a época das minhocas já passou. Agora, só mordem isca artificial.
-Desculpem. No Brasil é diferente - e, sem argumentos, recolhemos a tralha.
Tanta história para dizer que água é o novo petróleo, o ouro azul, e T. Boone Pickens é o Rockefeller moderno. Ficou bilionário com petróleo, gás e comprando empresas que não estavam à venda. Mereceu capa do Time em 85 como mestre no jogo da pirataria empresarial, aquisições agressivas.
Em 71, Pickens tinha comprado um pedaço de terra no Texas para caçar codornas. Depois comprou tudo que estava em volta, comprou mais e mais e também o que estava embaixo da terra, sempre em busca de água numa região árida. Acumulou 275 mil quilômetros quadrados.
Hoje é o maior proprietário de água dos Estados Unidos, tem 280 bilhões de litros por ano para vender e negocia com Dallas, carente de água. Para Pickens, a era da energia fóssil chegou ao fim.
Um litro de água de torneira custa hoje 0.1 centavo de dólar no mercado, nas cidades onde é subsidiada pelas prefeituras, mas esta mamata vai acabar. Em Nova York já acabou.
A conta de água do meu prédio, uma cooperativa , era menos de 200 dólares por ano. A nova é de 1.600 e ainda está barata comparada com histórias da vizinhança. Os fiscais batem na porta, deixam avisos e ameaçam com multas. Vão instalar novos medidores.
T. Boone Pickens tem 80 anos, não tem pressa e nada a perder. O barril dele está cheio e vale ouro.
Lucas Mendes - Colunista da BBC Brasil
Um homem na faixa dos 30, bem vestido, de boa aparência, entrou no escritório da Manchete em NY, se apresentou como engenheiro, abriu uma pasta e me disse: inventei o motor a água.
Como eu sei que jamais serei o jornalista que vai receber um furo destes de mão beijada, estas revelações não me animam. O primeiro pensamento é: "como tiro este maluco daqui".
-E como funciona seu motor?
-Isto eu não posso contar, porque se contar as multinacionais vão roubar.
-O sr. pode me mostrar o motor funcionando?
-Também não, porque ainda não está pronto.
Depois de mais de uma hora, finalmente, se mancou. Disse a ele: “quando ficar pronto não deixe de me procurar”. Isto foi há uns 30 anos. Vai ver que ele vendeu a invenção para o Clarity da Honda, movido a hidrogênio.
Há menos tempo um empresário rico e visionário me telefonou do Brasil. Precisava de tudo que a ONU tinha sobre água - tratados, pesquisas, vídeos. Urgente, para ontem.
Até minha amiga Sonia Nolasco, que trabalhava ONU, entrou na corrida da água. O material foi enviado via Fedex e até hoje nem um vapor de agradecimento. Sorry, Sonia.
Na beira de um precioso, transparente e histórico riacho - o Beaverkill River - a duas horas de Manhattan, eu e o cinegrafista Paulo Zero estávamos tentando pescar uma das enormes trutas perfeitamente visíveis a menos de dois metros de profundidade. Elas chegavam, davam voltas nas minhocas e nem beliscavam. Gordas e preguiçosas.
Apareceram quatro homens, nos deram boa tarde e um deles perguntou como ia a pescaria.
-Péssima.
-Ainda bem porque se vocês tivessem tirado uma truta iriam para a prisão. No mínimo pagariam uma multa. Este rio é meu e dos meus três sócios.
-Mesmo se vocês tivessem comprado licença de pescar, aqui é proibido. Não é público. Nós compramos não só o rio como colocamos as trutas.
-Somos hóspedes do dono da terra.
-A terra é dele, o rio é meu.
-E porque as trutas não comem as minhocas?
-Porque a época das minhocas já passou. Agora, só mordem isca artificial.
-Desculpem. No Brasil é diferente - e, sem argumentos, recolhemos a tralha.
Tanta história para dizer que água é o novo petróleo, o ouro azul, e T. Boone Pickens é o Rockefeller moderno. Ficou bilionário com petróleo, gás e comprando empresas que não estavam à venda. Mereceu capa do Time em 85 como mestre no jogo da pirataria empresarial, aquisições agressivas.
Em 71, Pickens tinha comprado um pedaço de terra no Texas para caçar codornas. Depois comprou tudo que estava em volta, comprou mais e mais e também o que estava embaixo da terra, sempre em busca de água numa região árida. Acumulou 275 mil quilômetros quadrados.
Hoje é o maior proprietário de água dos Estados Unidos, tem 280 bilhões de litros por ano para vender e negocia com Dallas, carente de água. Para Pickens, a era da energia fóssil chegou ao fim.
Um litro de água de torneira custa hoje 0.1 centavo de dólar no mercado, nas cidades onde é subsidiada pelas prefeituras, mas esta mamata vai acabar. Em Nova York já acabou.
A conta de água do meu prédio, uma cooperativa , era menos de 200 dólares por ano. A nova é de 1.600 e ainda está barata comparada com histórias da vizinhança. Os fiscais batem na porta, deixam avisos e ameaçam com multas. Vão instalar novos medidores.
T. Boone Pickens tem 80 anos, não tem pressa e nada a perder. O barril dele está cheio e vale ouro.
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segunda-feira, julho 21, 2008
Impossível
Only Love Remain
O amor é impossível... Nem pense que no sentido de nunca acontecer, mas no de acontecer. Impossível em grandeza, em amplitude, inconfundível, incomparável, imperdível. Porque? Por que é impossível de contê-lo. Pará-lo. Como sentimento livre se transforma para continuar fluindo... Permanece em evolução. Abre horizontes, conduz ao acontecimento das mudanças necessárias, tanto internas como externas, racha as barreiras que pretendem estancá-lo desmanchando-as como sal na água. E sua força encontra as brechas do coração, se estabelece de outra maneira, com profundidade, com todas as cores, aromas, formas e em qualquer lugar e circunstancia; permitindo a eterna transformação que beneficia o ser que se abre para a iluminação da sua sabedoria.
Se em algum instante sentir o toque do amor, aceite-o com serenidade, ainda que não compreenda, vivencie, consinta entrar na evolução de sua presença. Há muita diferença entre desejo, paixão e amor. Em algum momento, alguma hora da vida alguém é capaz de descobrir o sentimento amoroso real, no entanto, muitos pensamentos negativos, sentimentos opostos, atitudes repressivas acontecerão. Nosso mundo é expert nisso, um mundo de guerras, violência, insensibilidade, impessoalidade, racionalista, cheio de “funcionários da técnica”. E a nossa vida nessa sociedade industrial e financeira, só nos leva a desacreditá-lo; a experiência de muitos pode até contribuir ou ajudar com essa realidade. O dia-a-dia insano, as relações sociais rotineiras, instintivas, repetitivas, a competição destrutiva, o império do ego, nossos desencontros; muito embora existam, sejam comuns, nada disso afasta novas outras experiências amorosas verdadeiras.
É assim que vivemos, em desencontros e encontros com o sentimento mais criativo e lindo do universo humano; o sentimento mais desejado e especial para cada um de nós, quando chega e nos ganha. E cada vez que acontece é eterno enquanto vivido; simultaneamente tão animal e tão humano, tão essencialmente divino. E assim permanece eterno. Certamente cada um de nós já viveu ou vive, e vai vivenciá-lo, mesmo que debaixo d’água. O amor é impossível.
O amor é impossível... Nem pense que no sentido de nunca acontecer, mas no de acontecer. Impossível em grandeza, em amplitude, inconfundível, incomparável, imperdível. Porque? Por que é impossível de contê-lo. Pará-lo. Como sentimento livre se transforma para continuar fluindo... Permanece em evolução. Abre horizontes, conduz ao acontecimento das mudanças necessárias, tanto internas como externas, racha as barreiras que pretendem estancá-lo desmanchando-as como sal na água. E sua força encontra as brechas do coração, se estabelece de outra maneira, com profundidade, com todas as cores, aromas, formas e em qualquer lugar e circunstancia; permitindo a eterna transformação que beneficia o ser que se abre para a iluminação da sua sabedoria.
Se em algum instante sentir o toque do amor, aceite-o com serenidade, ainda que não compreenda, vivencie, consinta entrar na evolução de sua presença. Há muita diferença entre desejo, paixão e amor. Em algum momento, alguma hora da vida alguém é capaz de descobrir o sentimento amoroso real, no entanto, muitos pensamentos negativos, sentimentos opostos, atitudes repressivas acontecerão. Nosso mundo é expert nisso, um mundo de guerras, violência, insensibilidade, impessoalidade, racionalista, cheio de “funcionários da técnica”. E a nossa vida nessa sociedade industrial e financeira, só nos leva a desacreditá-lo; a experiência de muitos pode até contribuir ou ajudar com essa realidade. O dia-a-dia insano, as relações sociais rotineiras, instintivas, repetitivas, a competição destrutiva, o império do ego, nossos desencontros; muito embora existam, sejam comuns, nada disso afasta novas outras experiências amorosas verdadeiras.
É assim que vivemos, em desencontros e encontros com o sentimento mais criativo e lindo do universo humano; o sentimento mais desejado e especial para cada um de nós, quando chega e nos ganha. E cada vez que acontece é eterno enquanto vivido; simultaneamente tão animal e tão humano, tão essencialmente divino. E assim permanece eterno. Certamente cada um de nós já viveu ou vive, e vai vivenciá-lo, mesmo que debaixo d’água. O amor é impossível.
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sábado, julho 19, 2008
quinta-feira, julho 17, 2008
No Ritmo
É difícil, mas é como é!
Difícil de aceitar e de entender que "o que é bom sempre acaba". E devemos ir em frente, sempre.
Essa semana sem entender notei que fiquei com uma música na cabeça (a música anda me frequentando), quase que "martelando o metal" como um canto de uma ave lá das bandas das Alagoas que se chama Ferreiro.
Minha vontade foi de ouvi-la novamente. Corri para o computador e acessei a Internet, entrei no Youtube... e lá achei! A última vez que a tinha escutado e visto foi na TV, no canal da http://www.mundialcom.com.br/ e de modo subliminar, prá mim o clip passou batido, não percebi direito nem pude dar a mínima, ando muito atarefado por esses dias, trabalhando e estudando.
Meu interesse era mais pela melodia e o ritmo dançante; tinha me pegado pela vibração interior. Um som com um jeito de hit, com certeza, mas que me botou pra parar e escutar. Uma letra com alma teen e, no entanto, me trouxe uma reflexão diferente do que normalmente as músicas que se encontram entre as dez na parada me passam. Acredito que pelo swing da melodia... dancei literalmente! Fechei os olhos e fui na onda como um lobo uivando pra lua. Dancei junto em meu estado de felicidade imaginária mas com certeza nela.
A felicidade é um estado que vai e vem, nem pense que fica para semente. E esse momento quando o temos deve ser "experimentado até o final" quando o vivemos.
Deixei o link abaixo para quem quiser "navegar" e "dançar a vida", de olhos abertos:
http://www.youtube.com/watch?v=jxk95rZyKnI&NR=1
terça-feira, julho 15, 2008
Um Toque
Coisa de Mulher
Uma amiga que considero muito, conversando comigo, revelou que ficou tocada com uma frase de alguém, uma conhecida. Essa frase teve um significado muito especial para ela, que acabara de passar por uma cirurgia e se sentia um pouco triste, se sentia sem UP, sem "mostrar" a beleza feminina, coisa de mulher!
Toda mulher sente essa necessidade de se sentir bonita, renovada naturalmente; se enfeitam de todo jeito, e é bom que seja assim.
A frase que a tocou, é simplesmente "um toque":
"Fique bonita com o que você tem".
Uma amiga que considero muito, conversando comigo, revelou que ficou tocada com uma frase de alguém, uma conhecida. Essa frase teve um significado muito especial para ela, que acabara de passar por uma cirurgia e se sentia um pouco triste, se sentia sem UP, sem "mostrar" a beleza feminina, coisa de mulher!
Toda mulher sente essa necessidade de se sentir bonita, renovada naturalmente; se enfeitam de todo jeito, e é bom que seja assim.
A frase que a tocou, é simplesmente "um toque":
"Fique bonita com o que você tem".
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segunda-feira, julho 14, 2008
Falando Sério
"Psicanálise é uma defesa do não relacionamento pessoal". [Gaiarsa]
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Olhar e Movimento
A nossa criança em movimento
[Trechos de uma entrevista do psicanalista J. A. Gaiarsa]
“A gente só consegue mexer com as idéias na cabeça, do mesmo jeito e na mesma medida que a gente consegue mexer os objetos (com as mãos), quem nunca juntou nada não pode saber o que é dizer juntar, quem nunca separou nada não pode saber o que é dizer separar. Então há uma ligação profundíssima entre a versatilidade dos movimentos e a versatilidade da inteligência”.
“O cérebro humano possui entre 70 bilhões a 100 bilhões de neurônios. E 2/3 do cérebro é ligado ao movimento e 1/3 ao visual – essencialmente somos “visual-motoro”. O cérebro é olhar e movimento. O aprendizado é imitação.
Na criança de 0 a 6 anos acontece imitação de tudo em volta.
Como se forma um adulto?
Forma-se adultos pelas mentiras do adulto; O que é educar uma criança?
Oferecer as melhores condições possíveis para que ela desenvolva todas as suas aptidões (?). Como é que se faz isso: a palavra que as crianças mais ouvem é NÃO.
Eu não sei como é que a gente desenvolve uma criança dizendo não.
Não pode isso, não pode aquilo, não corra, não mexa nisso, não pegue naquilo, fique quieto.
O que a gente consegue é fazer a criança ficar cada vez mais parecida com a gente.
Adultos pasmados, sem movimento e acomodados”.
[Trechos de uma entrevista do psicanalista J. A. Gaiarsa]
“A gente só consegue mexer com as idéias na cabeça, do mesmo jeito e na mesma medida que a gente consegue mexer os objetos (com as mãos), quem nunca juntou nada não pode saber o que é dizer juntar, quem nunca separou nada não pode saber o que é dizer separar. Então há uma ligação profundíssima entre a versatilidade dos movimentos e a versatilidade da inteligência”.
“O cérebro humano possui entre 70 bilhões a 100 bilhões de neurônios. E 2/3 do cérebro é ligado ao movimento e 1/3 ao visual – essencialmente somos “visual-motoro”. O cérebro é olhar e movimento. O aprendizado é imitação.
Na criança de 0 a 6 anos acontece imitação de tudo em volta.
Como se forma um adulto?
Forma-se adultos pelas mentiras do adulto; O que é educar uma criança?
Oferecer as melhores condições possíveis para que ela desenvolva todas as suas aptidões (?). Como é que se faz isso: a palavra que as crianças mais ouvem é NÃO.
Eu não sei como é que a gente desenvolve uma criança dizendo não.
Não pode isso, não pode aquilo, não corra, não mexa nisso, não pegue naquilo, fique quieto.
O que a gente consegue é fazer a criança ficar cada vez mais parecida com a gente.
Adultos pasmados, sem movimento e acomodados”.
domingo, julho 13, 2008
O Corpo e o Inconsciente
A força da expressão do corpo
Observar as expressões (do rosto, do corpo) significa se conhecer melhor; “conhecer a própria cara” é conhecer os próprios movimentos, as expressões do corpo nos revela, nos desnuda.
“Eu não conheço a minha cara”. Isso significa 2/3 de desentendimento humano. Conhecer a própria cara é conhecer o próprio inconsciente; ninguém conhece a própria cara; não se conhece a própria cara (só) falando coisas, falando com o outro" [Gaiarsa].
“O Freud não olhava pro paciente, dizia senta lá e fala. Negou a relação visual. O Reich começou a olhar pro cara. Tudo que o Freud dizia que era inconsciente estava nas expressões corporais que a pessoa ignora. E o inconsciente é inconsciente pra pessoa, mas não pra quem olha pra ela. Você vê o inconsciente das pessoas. É um pouco a estória do reizinho nu. Se a pessoa achar que está bem vestida, e muito bem defendida, escondendo seus ”podrinhos”, tá nada; se você olhar bem você percebe todos eles”. [Gaiarsa]
Observar as expressões (do rosto, do corpo) significa se conhecer melhor; “conhecer a própria cara” é conhecer os próprios movimentos, as expressões do corpo nos revela, nos desnuda.
“Eu não conheço a minha cara”. Isso significa 2/3 de desentendimento humano. Conhecer a própria cara é conhecer o próprio inconsciente; ninguém conhece a própria cara; não se conhece a própria cara (só) falando coisas, falando com o outro" [Gaiarsa].
“O Freud não olhava pro paciente, dizia senta lá e fala. Negou a relação visual. O Reich começou a olhar pro cara. Tudo que o Freud dizia que era inconsciente estava nas expressões corporais que a pessoa ignora. E o inconsciente é inconsciente pra pessoa, mas não pra quem olha pra ela. Você vê o inconsciente das pessoas. É um pouco a estória do reizinho nu. Se a pessoa achar que está bem vestida, e muito bem defendida, escondendo seus ”podrinhos”, tá nada; se você olhar bem você percebe todos eles”. [Gaiarsa]
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No Joost
Que bom te ver
- “Vivemos e desejamos nos reintegrar internamente, juntar os pedacinhos internos.”
- “É uma luta constante para se manter inteiro. Nós somos capazes de adoecer só com a nossa imaginação.”
- "Ao invés de porque sobrevivemos fica a pergunta: Como sobrevivemos?"
- “A psicanálise explica porque se enlouquece, mas não porque se sobrevive”. [Bruno Bettelhein]
Esse são trechos do texto de um filme documentário sobre a vida de várias pessoas que experimentaram a experiência de viver pela transformação do mundo, na época da pior repressão as liberdades de expressão humana no Brasil (1968/1974).
O nome do filme para quem ousar ver é: “How nice to see you alive”, é apresentado pelo Joost – programa que após instalado no computador passa filmes de várias nacionalidades, com uma seleção de bons filmes, é excelente e FREE - na Internet.
- “Vivemos e desejamos nos reintegrar internamente, juntar os pedacinhos internos.”
- “É uma luta constante para se manter inteiro. Nós somos capazes de adoecer só com a nossa imaginação.”
- "Ao invés de porque sobrevivemos fica a pergunta: Como sobrevivemos?"
- “A psicanálise explica porque se enlouquece, mas não porque se sobrevive”. [Bruno Bettelhein]
Esse são trechos do texto de um filme documentário sobre a vida de várias pessoas que experimentaram a experiência de viver pela transformação do mundo, na época da pior repressão as liberdades de expressão humana no Brasil (1968/1974).
O nome do filme para quem ousar ver é: “How nice to see you alive”, é apresentado pelo Joost – programa que após instalado no computador passa filmes de várias nacionalidades, com uma seleção de bons filmes, é excelente e FREE - na Internet.
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sexta-feira, julho 11, 2008
Mente Aberta
"A mente que se abre a uma nova idéia jamais volta ao seu tamanho original." [Albert Einstein]
quinta-feira, julho 10, 2008
segunda-feira, julho 07, 2008
Notas Musicais II
Mi, Fá, Sol, Lá, Si, Dó, Ré
Ao olhar para alguém, e querer conhecer, ouça seu sentimento batendo no seu peito, escute o som que vem lá do fundo, o que parece começar a fazer sentido tornar-se uma melodia, uma sinfonia ainda incompleta. Nessa imensidão incerta de sons e sentimentos, vá ao som do coração!
Sem procurar saber onde começa ou finda a letra na harmonia, nesse momento, sinta somente o prazer começar a lhe transformar, o prazer de viver, a vida com prazer; da música no vento, do movimento da água, da luz da alma do mundo, do calor latente e selvagem da gente.
Arrepie-se como um violino, num passo; num toque, case o marfim e o ébano interior como faz um piano, deixe-se abalar com a percussão da atmosfera eterna da paixão, e dance.
Compor a dança da vida é ir abraçar o outro, buscar juntar-se e se sentir ainda livre. Se mova, siga em frente. Vá ao encontro sem esperar.
Permita-se amar, presenteie a você mesmo; depois vá “explodir no espaço” com seu amor no fogo da criação da vida; despertando seu ser natural descobrindo sua terra, ser da natureza de novo, ser em vivência permanente. Em concerto, doravante, és uma sinfonia (per)feita.
Ao olhar para alguém, e querer conhecer, ouça seu sentimento batendo no seu peito, escute o som que vem lá do fundo, o que parece começar a fazer sentido tornar-se uma melodia, uma sinfonia ainda incompleta. Nessa imensidão incerta de sons e sentimentos, vá ao som do coração!
Sem procurar saber onde começa ou finda a letra na harmonia, nesse momento, sinta somente o prazer começar a lhe transformar, o prazer de viver, a vida com prazer; da música no vento, do movimento da água, da luz da alma do mundo, do calor latente e selvagem da gente.
Arrepie-se como um violino, num passo; num toque, case o marfim e o ébano interior como faz um piano, deixe-se abalar com a percussão da atmosfera eterna da paixão, e dance.
Compor a dança da vida é ir abraçar o outro, buscar juntar-se e se sentir ainda livre. Se mova, siga em frente. Vá ao encontro sem esperar.
Permita-se amar, presenteie a você mesmo; depois vá “explodir no espaço” com seu amor no fogo da criação da vida; despertando seu ser natural descobrindo sua terra, ser da natureza de novo, ser em vivência permanente. Em concerto, doravante, és uma sinfonia (per)feita.
domingo, julho 06, 2008
No Momento
Conectados Sempre
Pensando bem, nessa estória de estarmos conectados... Ignorar ou querer ignorar esse fato, para começar, é um grave erro para quem não se permite, ou não se deixa perceber, nessa relação de mão dupla, relação múltipla, em geral relações biunívocas pela própria necessidade da existência, da alteridade, uma conexão dialética, permanente e universal entre os seres vivos sencientes, no atar dos laços afetivos, criativos, produtivos, sociais, e dos muitos vínculos associativos entre eles próprios e entre eles e as demais coisas existentes no universo.
Nada existe verdadeiramente sem a presença e manutenção dessa relação, sem o parâmetro, o contraponto, a referência ou medida, a comparação ou reflexão, o Um sem o Outro e vice e versa. Digamos: nós somos o outro, o outro é você mesmo. A interferência é vital, no sentido de inter-relação, interação, desenvolvimento, evolução, e se faz necessária para uma consciência em si e para si. O ser sem esse fundamento está isolado ou perdido no espaço infinito, sem consciência do real significado da vida e dos desdobramentos das relações que mantém ou alteram a cada momento os padrões e as estruturas da sociedade, da cultura, do conhecimento, do trabalho, das relações sociais em todos os sentidos que elas possam se realizar.
Mas, o ponto aqui, é essa conectividade, esse vínculo bastante evidente, que muitas vezes nos parece inexistente, complexo e sem pé nem cabeça. Ledo engano. Como foi dito antes, “o outro é você mesmo”. E essa comprovação se expressa nos sentimentos e negação dos sentimentos que temos quando nos damos conta da realidade em que vivemos, e a que o outro vive também. Negar essa percepção é o ponto chave da inconsciência da vida plena, da alienação de si mesmo enquanto ser humano, do desenraizamento de sua natureza; seres humanos, que em sua maioria estão "sobrevivendo" na modernidade. Uma modernidade globalizada, técnica, impessoal, segregada, condicionada psicológicamente ao "irracional", especista e sem rumo. Quase um corpo sem alma.
Se junta a esse quadro o desconhecimento do verdadeiro papel que o avanço tecnológico está desempenhando nas mudanças que presenciamos no mundo, nem se sabe mesmo, nem os mais entendidos do assunto, aonde nos levará efetivamente esse modelo adotado de progresso técnico, seja agora ou daqui a uma ou mais gerações. Ainda mais que, mais agora do que nunca, os novos desafios colocados para a produção de alimentos para a população mundial e suas outras necessidades essenciais, mostrando-se cada vez mais prementes, exigentes na urgência, de serem atendidos. E podemos crer que por uma pequena parcela de atenção que fosse dada, aos grandes problemas que ainda temos, já seria o necessário, não sabemos se o suficiente, serviria pelo menos para começar a enxergarmos se temos uma solução.
Os recentes acontecimentos que andam botando lenha na fogueira das intenções políticas e dos interesses particulares dos grandes investidores, dos mercados, das economias desenvolvidas e em desenvolvimento, demonstram e provam as tendências para onde estão convergindo os movimentos dos capitais e as conversações entre os líderes das nações dominantes. Só se fala em produção de alimentos, biocombustíveis, biodiversidade, recursos renováveis escassos, substituição de combustíveis fósseis, energias alternativas, desenvolvimento sustentável etc. E é muito oportuno e justo se tratar a essa altura do campeonato sobre esses temas, pois para alguns deles o prazo se encontra esgotado há algum tempo.
Pensando bem, nessa estória de estarmos conectados... Ignorar ou querer ignorar esse fato, para começar, é um grave erro para quem não se permite, ou não se deixa perceber, nessa relação de mão dupla, relação múltipla, em geral relações biunívocas pela própria necessidade da existência, da alteridade, uma conexão dialética, permanente e universal entre os seres vivos sencientes, no atar dos laços afetivos, criativos, produtivos, sociais, e dos muitos vínculos associativos entre eles próprios e entre eles e as demais coisas existentes no universo.
Nada existe verdadeiramente sem a presença e manutenção dessa relação, sem o parâmetro, o contraponto, a referência ou medida, a comparação ou reflexão, o Um sem o Outro e vice e versa. Digamos: nós somos o outro, o outro é você mesmo. A interferência é vital, no sentido de inter-relação, interação, desenvolvimento, evolução, e se faz necessária para uma consciência em si e para si. O ser sem esse fundamento está isolado ou perdido no espaço infinito, sem consciência do real significado da vida e dos desdobramentos das relações que mantém ou alteram a cada momento os padrões e as estruturas da sociedade, da cultura, do conhecimento, do trabalho, das relações sociais em todos os sentidos que elas possam se realizar.
Mas, o ponto aqui, é essa conectividade, esse vínculo bastante evidente, que muitas vezes nos parece inexistente, complexo e sem pé nem cabeça. Ledo engano. Como foi dito antes, “o outro é você mesmo”. E essa comprovação se expressa nos sentimentos e negação dos sentimentos que temos quando nos damos conta da realidade em que vivemos, e a que o outro vive também. Negar essa percepção é o ponto chave da inconsciência da vida plena, da alienação de si mesmo enquanto ser humano, do desenraizamento de sua natureza; seres humanos, que em sua maioria estão "sobrevivendo" na modernidade. Uma modernidade globalizada, técnica, impessoal, segregada, condicionada psicológicamente ao "irracional", especista e sem rumo. Quase um corpo sem alma.
Se junta a esse quadro o desconhecimento do verdadeiro papel que o avanço tecnológico está desempenhando nas mudanças que presenciamos no mundo, nem se sabe mesmo, nem os mais entendidos do assunto, aonde nos levará efetivamente esse modelo adotado de progresso técnico, seja agora ou daqui a uma ou mais gerações. Ainda mais que, mais agora do que nunca, os novos desafios colocados para a produção de alimentos para a população mundial e suas outras necessidades essenciais, mostrando-se cada vez mais prementes, exigentes na urgência, de serem atendidos. E podemos crer que por uma pequena parcela de atenção que fosse dada, aos grandes problemas que ainda temos, já seria o necessário, não sabemos se o suficiente, serviria pelo menos para começar a enxergarmos se temos uma solução.
Os recentes acontecimentos que andam botando lenha na fogueira das intenções políticas e dos interesses particulares dos grandes investidores, dos mercados, das economias desenvolvidas e em desenvolvimento, demonstram e provam as tendências para onde estão convergindo os movimentos dos capitais e as conversações entre os líderes das nações dominantes. Só se fala em produção de alimentos, biocombustíveis, biodiversidade, recursos renováveis escassos, substituição de combustíveis fósseis, energias alternativas, desenvolvimento sustentável etc. E é muito oportuno e justo se tratar a essa altura do campeonato sobre esses temas, pois para alguns deles o prazo se encontra esgotado há algum tempo.
.
E convenhamos, é muito óbvio que essas construções e toda teoria econômica, tendo por trás sua matemática, escondem as deficiências e as função principal de justificação das relações de produção capitalistas. O ecologismo e a ecologia política, bem como a noção de "desenvolvimento sustentável" para "salvar o planeta", nasceram no seio das instituições imperialistas; são meros instrumentos de permanência de destruição das forças produtivas em escala da humanidade. E os responsáveis pela crise de alimentos (que não são os povos trabalhadores, famintos, desterrados, assalariados e "escravos") e do alto preço do petróleo, continuam se beneficiando dessa tenebrosa realidade. O G8, as elites, só buscam um novo padrão de se manterem no poder.
A fome é um flagelo com que convivemos desde que nos conhecemos nesse velho e novo mundo, que se reforça historicamente por gerações mesmo sob uma realidade em que temos feito os maiores avanços em tecnologia e riqueza acumulada da civilização humana. O presente nos pertence, o futuro também, mesmo que propositadamente escolha-se o caminho fácil e errado, ainda que não se considere que o universo em seu movimento de transformação tenha as suas surpresas e respostas diante do descaso e truculência com que se trata o próprio ser humano, “criador e criatura”, o meio ambiente, a natureza, nossa morada, o planeta Terra.
A fome é um flagelo com que convivemos desde que nos conhecemos nesse velho e novo mundo, que se reforça historicamente por gerações mesmo sob uma realidade em que temos feito os maiores avanços em tecnologia e riqueza acumulada da civilização humana. O presente nos pertence, o futuro também, mesmo que propositadamente escolha-se o caminho fácil e errado, ainda que não se considere que o universo em seu movimento de transformação tenha as suas surpresas e respostas diante do descaso e truculência com que se trata o próprio ser humano, “criador e criatura”, o meio ambiente, a natureza, nossa morada, o planeta Terra.
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sábado, julho 05, 2008
Um e Outro
Querido Afranio,
Em primeiro lugar quero dizer que estou com saudades,
do seu olhar de criança, sonho, esperança...
do teu jeito irmão, atenção,
do teu abraço de amigo,
do pai, do filho.
Seu texto foi fundo na minha alma, na minha história, me emocionei.
Ele fala um pouco de mim, das minhas preces, conexões, pedidos sem forma, sem palavras, sem consciencia, mas com muita intensidade e êxito.
Verdadeiros pedidos que vêm do fundo do ser, cheios de desejos e força e
que fazem a diferença. É a vinculação nunca perdida, mesmo que, momentaneamente não entendida e até transparente para a mente racional e cansada.
Sim, nós todos somos seres divinos e PODEROSOS!
Seu texto chegou na hora certa, para ativar em mim a fé que preciso, a esperança, um pouco desbotada pelos medos da criança escondida num meu corpo de "gente grande", num coração "meio escondido" num dos cantos dessa grande sala que é a vida.
Amigo, sentir com intensidade o pulsar dessa engrenagem, querendo transformar raios de tempestades em raios de luz não é muito fácil, mas tem que continuar fazendo parte de nós, dos seres, como meta, energia impulsionadora e prazerosa, pra valer a pena estar aquí!!!!
Fica aquela frase, curta porem com muito significado: " O outro é você mesmo!"
Estejamos atentos a isso!
bjs
Ana Tereza
Em primeiro lugar quero dizer que estou com saudades,
do seu olhar de criança, sonho, esperança...
do teu jeito irmão, atenção,
do teu abraço de amigo,
do pai, do filho.
Seu texto foi fundo na minha alma, na minha história, me emocionei.
Ele fala um pouco de mim, das minhas preces, conexões, pedidos sem forma, sem palavras, sem consciencia, mas com muita intensidade e êxito.
Verdadeiros pedidos que vêm do fundo do ser, cheios de desejos e força e
que fazem a diferença. É a vinculação nunca perdida, mesmo que, momentaneamente não entendida e até transparente para a mente racional e cansada.
Sim, nós todos somos seres divinos e PODEROSOS!
Seu texto chegou na hora certa, para ativar em mim a fé que preciso, a esperança, um pouco desbotada pelos medos da criança escondida num meu corpo de "gente grande", num coração "meio escondido" num dos cantos dessa grande sala que é a vida.
Amigo, sentir com intensidade o pulsar dessa engrenagem, querendo transformar raios de tempestades em raios de luz não é muito fácil, mas tem que continuar fazendo parte de nós, dos seres, como meta, energia impulsionadora e prazerosa, pra valer a pena estar aquí!!!!
Fica aquela frase, curta porem com muito significado: " O outro é você mesmo!"
Estejamos atentos a isso!
bjs
Ana Tereza
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O Aprendizado
"Peça ajuda quando precisar, e ela sempre virá. Mesmo que você não a reconheça à primeira vista."
Absolutamente verdadeira essa frase que leio e releio... Ainda sinto o perfume que exalava das flores, testemunhas lindas e vivas, que me mostravam suas cores, de graça, cores da manhã que trazia junto a ajuda que precisava; e a recebi de coração limpo, pulsando leve, sem ter a menor certeza que ela havia chegado.
Eu havia pedido a ajuda. Foi no vento, sem nenhuma voz audível, mas o Universo a ouviu! Mesmo que tenha realizado um movimento sem tanta clareza, tinha havido um contato muito forte vindo do interior da minha alma de menino, menino que "filosofava" sozinho, sem mestre, tinha tudo de uma vontade infinita e uma razão indubitável.
Uma vez, num tarde ensolarada, olhava através de uma grade em uma área de um circo que havia chegado em meu bairro, e esse meu olhar carregava uma ânsia de dar a impressão que tinha toda fome do mundo em realizar um desejo de criança: ganhar uma bola bem arco-íris de colorida, daquelas que qualquer criança ficaria bem alegre ao tocar, como seu brinquedo, de presente.
Absolutamente verdadeira essa frase que leio e releio... Ainda sinto o perfume que exalava das flores, testemunhas lindas e vivas, que me mostravam suas cores, de graça, cores da manhã que trazia junto a ajuda que precisava; e a recebi de coração limpo, pulsando leve, sem ter a menor certeza que ela havia chegado.
Eu havia pedido a ajuda. Foi no vento, sem nenhuma voz audível, mas o Universo a ouviu! Mesmo que tenha realizado um movimento sem tanta clareza, tinha havido um contato muito forte vindo do interior da minha alma de menino, menino que "filosofava" sozinho, sem mestre, tinha tudo de uma vontade infinita e uma razão indubitável.
Uma vez, num tarde ensolarada, olhava através de uma grade em uma área de um circo que havia chegado em meu bairro, e esse meu olhar carregava uma ânsia de dar a impressão que tinha toda fome do mundo em realizar um desejo de criança: ganhar uma bola bem arco-íris de colorida, daquelas que qualquer criança ficaria bem alegre ao tocar, como seu brinquedo, de presente.
Mas, aquela bola ficava lá atrás daquela grade, sem querer me fazer feliz. Uma atitude odiosa para um objeto sem vida, inerte sem minha gravidade. Até pensei em trocar as minhas crenças de família, de formação católica, por outra qualquer que fosse desde que pudesse alcançar logo a graça de poder brincar com aquela beleza de brinquedo. Uma bola colorida, com estrelas e lua.
Daí, ainda com meus pensamentos flutuando entre a força da fé divina e as tentações diabólicas que me faziam crer que após consentir a minha pequena alma de criança se deixar levar ao seu dispor, que poderia alcançá-la, aquela inalcançável bola paixão, bolha de ilusão, balão mágico. Facilmente, e sairia dali sem nenhuma dificuldade bailando sobre meus pés, sobre minhas pernas magras de pequeno anjo, de posse daquela linda coisa redonda, maravilhosa aos olhos febris. Meus pais jamais souberam desse grandioso dilema que só muito depois pude perceber ser parte de nós permanentemente, um maniqueísmo cultural da civilização ocidental, não podendo se considerado um impulso apenas infantil.
Tudo passou num relampejo de consciência que com um sacudir de cabeça abandonei definitivamente, pelo menos naquele dia, e por muitos, a idéia impulsiva, a gana de possuir sob qualquer preço, agarrar a varinha, ter o condão, aquele objeto do desejo, ainda que custasse muito de mim, numa violenta alteração de meu ser. Depois, continuei meu caminhar ainda alegre, mesmo sem ter entregado minha pura alma de menino ao diabo.
Muitos anos depois a minha conversa com Deus, pelo Universo que habito, continuou cheia de diálogos e monólogos, às vezes sem fala nenhuma, ouvindo a ajuda do silêncio, quando sim na energia da sabedoria do amor, algumas vezes através da maestria da dor, noutras vindo por "coincidências" quanto ao atendimento de sonhos repetidamente sonhado, mesmo acordado.
O aprendizado é um rio, perene, mas sempre renovado, basta se dispor a estar aberto a ajuda do Deus interior, que sempre pode estar por perto; um pedido, uma oração, é só o que precisamos.
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