Essa entrevista com o Jordan Peterson, ajuda a entender como o domínio da linguagem e de suas categorias concorre para refletir e responder, a partir de um conjunto de conhecimento adquirido, de forma clara e civilizada, questões construídas de maneira distorcida, deturpada, capciosa, politizada para fins específicos, e sobretudo oportunista, tendo como fonte o raciocínio desenvolvido pelo entrevistado. Aqui, o que a jornalista faz do que consegue captar das respostas é criar a seu modo a "falácia do espantalho" (Schopenhauer), aquele a ser desmoralizado, destruído. E porque não diante das câmeras para muitos, milhares, milhões de telespectadores!
Em certo momento, a jornalista Cathy Newman insiste numa agressiva defesa da política identitária, chegando a acusações levianas ao posicionamento conservador recente do entrevistado a respeito de uma lei referente a indivíduos trans, então, ficando evidente sua postura ostensiva, articuladora, por vezes ao dar em cima da fala do psicólogo, ela continua inquirindo a ressaltar o tema que trata a lei, provocativa, para chegar a um objetivo intrigante, que leva ao clima inquietante de tentativa de constrangimento, apenas impedido pela reação inteligente, madura e pacífica do psicológo apontando a clara ofensa dirigida nas ilações da jornalista, o que a "pega na volta" do seu limitado jogo de palavras em busca da verdade dela. Nesse ponto, o Jordan Peterson coloca no contexto a importância da liberdade de expressão, dela, que é o que a permite ser ofensiva em determinadas circunstâncias, óbvio, e a dele, respeitando o contraditório; ela ao descobrir a falha de atitude, e virtude dele em "pegá-la" sem a julgar, ri do próprio tropeço após rápida reflexão, o que pareceu ridículo, típico dos lacradores que não pensam apenas caçam a quem cancelar no debate. Nisso a grande mídia, os jornalistas ativistas, a banda intelectual, cultural e política da esquerda, ruído de uma nota só, atualmente oposição, todos atualmente são bem semelhantes em todo lugar.
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