Li o fragmento de pensamento apresentado em uma aula, o qual deixarei no final desse meu rascunho. O que podemos considerar é que mostra uma clara diferença, essencial, entre o capitalismo, enquanto sistema, e o ideal socialista-comunista. E está em que no sistema capitalista enquanto técnica de produção e relações sociais deve prevalecer a liberdade de mercado e a liberdade de pensamento, o que leva aos contratos que vigoram nas democracias.
A existência de grandes democracias estruturadas se deu em países onde floresceu e expandiu economias sustentadas por teorias econômicas de alma ética com objetivos na livre concorrência e elevada consciência por liberdade de ideias e o livre comércio. Não nos enganemos, porque quando algo pode dar errado, a técnica pode ser usada sem a preocupação com o tipo de ética e governança, e lá estará o cartel, o truste, o monopólio no controle pela vantagem aliado, parceiro de totalitarismos, assim como na ditadura chinesa e o "capitalismo canhoto" de organizações criminosas da Rússia. Não existe ciência economica comunista, ou socialista de fato. Daí podemos entender porque onde os ideais revolucionários de base socialista-comunista levam a ditaduras e ao poder do partido único, contra a liberdade de expressão, são haters das democracias, por adotar ideologias, pensamentos monolíticos, métodos que impõe modelos extremos de relações de imposição de poder e de dominação de comportamento da população negando-os (valores, religião, culturas, costumes etc) em troca de censura e perseguição dos adversários.
Os valores e projetos da democracia são bem diferentes dos desejos de controle e luta por poder dos esquerdistas. Todas as vezes que pudermos debater e argumentar sobre o propósito e a execução de planos de governo, políticas públicas, devemos ir nas memórias coletivas, nas entrelinhas das propostas, dos seus fundamentos, nas teorias de sua origem, das raízes históricas e políticas, principalmente os princípios que norteam os seus fins, e de quais fontes serão obtidos (impacto real ou gravame dos afetados) pelo Estado, os recursos para sua implementação, prevista em orçamento debatido e aprovado no parlamento, em benefício da sociedade.
Então vejamos o trecho apresentado pelo professor Olavo de Carvalho: “O capitalismo não é um corpo de valores, é uma técnica que pode ser utilizada como base de qualquer regime de governo. Até na União Soviética ele foi usado como instrumento na economia, que era parte privada, e sabiam disso, mas não podiam abandonar senão iriam fracassar economicamente. Portanto, você não pode partir do simples conceito de capitalismo e tirar definições da boa sociedade, e tirar nenhuma ética etc como fazem tantos liberais. Isso é fugir da realidade, você pegou um símbolo, e você espera que esse símbolo tenha o poder salvador por si, porque você quer analisar a coisa em todos os seus componentes. Esse irrealismo vem em todas as análises políticas no Brasil, e é claro que ele vem da decadência da cultura, você não tem modelos, não tem o número suficiente de intelectuais verdadeiros para que os outros possam se modelar.”
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