A Centelha
Numa vontade de sede entorno a voz calma no ar
Os gestos das mãos se repetem a chamarem as suas
Na imaginação tomo conta de cada gota da música
Faço silencio de corais que ignoram o caos das ruas
Entre as nuvens de origame volteiam nossos olhos
Mais abaixo descubro meus pés ardendo nos sapatos
Após uma caminhada por algum espinheiro salgado
Abro mão das receitas e bulas das quais estou farto
Quero a atenção do céu modificado que contemplo fiel
Num olhar perpétuo de abelhas na direção do ninho
Que assim me preenche ao arranhar a centelha da vida
E bebo do amor que preservo puro como um bom vinho
------------------------------------------------------
Querido Afrânio, Continuando o seu poema ....
e como bom vinho, embriago de amor
e sutileza quem por mim passa,
abrindo ao mundo o melhor que vibra
no meu ser de criança,
e sem sentir, planto o futuro em linhas
como sonhos em taças,
que celebrantes colhem, a cada lua,
como flores de esperança.
Isto é o que faz conosco, a cada poesia que exala da alma
bj
Ana
terça-feira, setembro 25, 2007
quinta-feira, setembro 20, 2007
No Livro
Superação
Minhas raízes ficaram cobertas de folhas secas
Com o coração batendo com seu interior ferido
Partes que sentem seguem em direções opostas
Quase desabam outras que desejam os sentidos
Numa dessas folhas que cai explodem os desatinos
Toda seiva contrariada escorre para fora do corpo
Dói a maneira como as reações se esboçam insanas
A crua realidade de seus fios revela meus cortes
Quero tintas para colorir a árvore de meus desejos
Vejo ela e provo doces pelos dedos ousando crescer
Numa esperança vindo carregada de cestas de frutos
Perfumes e enfeites que florescem ao entardecer
Minhas raízes ficaram cobertas de folhas secas
Com o coração batendo com seu interior ferido
Partes que sentem seguem em direções opostas
Quase desabam outras que desejam os sentidos
Numa dessas folhas que cai explodem os desatinos
Toda seiva contrariada escorre para fora do corpo
Dói a maneira como as reações se esboçam insanas
A crua realidade de seus fios revela meus cortes
Quero tintas para colorir a árvore de meus desejos
Vejo ela e provo doces pelos dedos ousando crescer
Numa esperança vindo carregada de cestas de frutos
Perfumes e enfeites que florescem ao entardecer
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sexta-feira, setembro 14, 2007
Na Janela
Sentidos
Transparências me apresentam o seu íntimo olhar
Sorteiam minhas roupas que brilham dançantes
Meus anseios acreditam nos sorrisos presentes
E abrem pacotes especiais para me desacostumar
Descarto velhos paradigmas num cesto trançado
Por um lugar casualmente visitado e anormal
Na troca de carinhos formamos mais que pares
Uma festa de belos que buscam o menos usual
Chego a uma janela para te ver subindo nos ares
De repente ages como se notasses te aconchegando
E coubesses em meu pensamento com sutil delicadeza
Adivinhando meus passos indo ao seu encontro
Transparências me apresentam o seu íntimo olhar
Sorteiam minhas roupas que brilham dançantes
Meus anseios acreditam nos sorrisos presentes
E abrem pacotes especiais para me desacostumar
Descarto velhos paradigmas num cesto trançado
Por um lugar casualmente visitado e anormal
Na troca de carinhos formamos mais que pares
Uma festa de belos que buscam o menos usual
Chego a uma janela para te ver subindo nos ares
De repente ages como se notasses te aconchegando
E coubesses em meu pensamento com sutil delicadeza
Adivinhando meus passos indo ao seu encontro
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sentidos
domingo, setembro 09, 2007
Destino
Mudança
Continuo indo e sinto as diferenças do que vivia antes
Quedas de rio interior assumem corredeiras no peito
Meu choro já não tem a tristeza de loucos remoinhos
Novos sentimentos molham de jarros os espaços refeitos
Quero toda saúde existente das coisas que renascem
Sendo outro diante da completa natureza em fúria
Preciso de minha identidade para criar novas páginas
Passeando nas palavras que me lançam fora de angústias
Percebo como os beijos quebrados saem da dor imensa
E aceito o sentimento que descubro ser insuportável
Quero continuar amando minha vida mais que antes
Sei como se trinca o coração por um instante inevitável
Continuo indo e sinto as diferenças do que vivia antes
Quedas de rio interior assumem corredeiras no peito
Meu choro já não tem a tristeza de loucos remoinhos
Novos sentimentos molham de jarros os espaços refeitos
Quero toda saúde existente das coisas que renascem
Sendo outro diante da completa natureza em fúria
Preciso de minha identidade para criar novas páginas
Passeando nas palavras que me lançam fora de angústias
Percebo como os beijos quebrados saem da dor imensa
E aceito o sentimento que descubro ser insuportável
Quero continuar amando minha vida mais que antes
Sei como se trinca o coração por um instante inevitável
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quinta-feira, agosto 30, 2007
Elos
Somos uma corrente que se aquece em elos
Como grãos unidos formando um círculo mágico
Nessa roda lúdica que decifra os nossos desejos
Nossos narizes resvalam bem perto dizendo algo
Sentados restamos na respiração do outro
Gestos suaves acordam nossos olhos meados
Uma canção de ninar nos consola em repouso
Obras criadas por horas de amor revirado
Somos a imensidão do movimento que pulsa
Querendo conhecer todo processo e retorno
Ainda que dure um pouco no tempo suspenso
Contínua busca do que se renova no outro
Nós pertencemos ao colo afetuoso do universo
Basta aceitar numa oração o que é todo nosso
Querendo ser feliz como de fato é uma estrela
Dignos dessa passagem que se abre para o novo
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roda
terça-feira, agosto 21, 2007
Partida
Minha Viagem
Estou entre limites que rasgam o coração
Já não sou o mesmo de quando te conheci
Alguma química mudou o humor dos dias
Reparo no encanto das palavras ao seguir
Agora como os sonhos chegam bem perto
Velejo desgarrado de todo peso do passado
Costurando uma roupa que cai bem em mim
Pois é leve o ar puro das mudanças que trago
Uma paixão inflamada conta outra história
Em vôo rasante minha sorte está batendo
Repetindo o tom de uma idéia desenhada
Dispo-me do que não cabe mais aqui dentro
Solto um suspiro de prazer pela minha viagem
Quero alcançar aquela torre que me espera
Avanço com todo espírito que me preenche
Num reflexo rumo ao horizonte feito flecha
Estou entre limites que rasgam o coração
Já não sou o mesmo de quando te conheci
Alguma química mudou o humor dos dias
Reparo no encanto das palavras ao seguir
Agora como os sonhos chegam bem perto
Velejo desgarrado de todo peso do passado
Costurando uma roupa que cai bem em mim
Pois é leve o ar puro das mudanças que trago
Uma paixão inflamada conta outra história
Em vôo rasante minha sorte está batendo
Repetindo o tom de uma idéia desenhada
Dispo-me do que não cabe mais aqui dentro
Solto um suspiro de prazer pela minha viagem
Quero alcançar aquela torre que me espera
Avanço com todo espírito que me preenche
Num reflexo rumo ao horizonte feito flecha
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quinta-feira, agosto 02, 2007
Indo
Permanecer
Até onde nosso olhar se estende
Inesperada dança viva de entregas
Ainda que pareça simples e singela
Vamos em passos que se aprende
Mãos entreabrem visões distintas
Nossos rostos se mostram profundos
Risos nascem de nossa cara criança
Por alguns minutos recriamos tudo
Somos transformação seguida em vida
Queremos limpar o musgo das unhas
Brilhar livres às intimas galáxias
Que permanecem internamente juntas
Até onde nosso olhar se estende
Inesperada dança viva de entregas
Ainda que pareça simples e singela
Vamos em passos que se aprende
Mãos entreabrem visões distintas
Nossos rostos se mostram profundos
Risos nascem de nossa cara criança
Por alguns minutos recriamos tudo
Somos transformação seguida em vida
Queremos limpar o musgo das unhas
Brilhar livres às intimas galáxias
Que permanecem internamente juntas
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permanecer
Em Gotas
Diga a Quem Ama
Uma vez você me disse
Outra você que me ouviu
Olhei o nosso movimento
Como amei a nossa dança
Penso que tudo parece belo
Até o que não é nem tanto
Você é parte da paisagem
Graça sedenta em degelo
Traz uma grande mudança
Nada de dúvida nem sombra
Leva uma guia desse novelo
É uma fibra de esperança
Uma vez te surpreendi
E quero assim fazer de novo
Seu olhar de gotas de mel
Reflete mais um desejo
Que diz que me espera
E é perfeito como é
Uma vez você me disse
Outra você que me ouviu
Olhei o nosso movimento
Como amei a nossa dança
Penso que tudo parece belo
Até o que não é nem tanto
Você é parte da paisagem
Graça sedenta em degelo
Traz uma grande mudança
Nada de dúvida nem sombra
Leva uma guia desse novelo
É uma fibra de esperança
Uma vez te surpreendi
E quero assim fazer de novo
Seu olhar de gotas de mel
Reflete mais um desejo
Que diz que me espera
E é perfeito como é
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quarta-feira, julho 04, 2007
Prefaciando
É extremamente prazeroso ler poesias, especialmente quando o livro retrata a biodança, um sistema terapêutico maravilhoso que concebe o homem como uma totalidade, colocando-o no centro do universo.
Tal como a poesia, a biodança, vai além das palavras porque envolve o ser humano num redemoinho de sensações conduzindo-o a um universo de harmonia interna, desfazendo construções defensivas calcadas na lógica verbal.
A poesia nos leva a uma viagem, a um mundo de sonhos, enquanto a biodança nos convida a dançar a vida.
Através de sua poesia, Afrânio Campos, traz ricas informações sobre a vida mostrando-nos o seu lado mais belo, convida-nos de forma poética e vivencial a preservar a vida e evoluir de maneira participativa no cosmo.
Seus poemas falam do amor com tal intensidade que nos coloca a refletir sobre a sua importância no nosso cotidiano e o quanto esse sentimento tem sido negligenciado.
Tal como a poesia, a biodança, vai além das palavras porque envolve o ser humano num redemoinho de sensações conduzindo-o a um universo de harmonia interna, desfazendo construções defensivas calcadas na lógica verbal.
A poesia nos leva a uma viagem, a um mundo de sonhos, enquanto a biodança nos convida a dançar a vida.
Através de sua poesia, Afrânio Campos, traz ricas informações sobre a vida mostrando-nos o seu lado mais belo, convida-nos de forma poética e vivencial a preservar a vida e evoluir de maneira participativa no cosmo.
Seus poemas falam do amor com tal intensidade que nos coloca a refletir sobre a sua importância no nosso cotidiano e o quanto esse sentimento tem sido negligenciado.
O convite é resgatar o amor trilhando o caminho da poesia e dançando a vida.
Marisa Santiago
Integrante do Grupo de Biodança Abraçando a Vida
Marisa Santiago
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prefácio
terça-feira, julho 03, 2007
Criança Feliz

No Circo
Uma energia origina-se do corpo que propõe o vôo
Outra recebe o que seu conteúdo tem de sincero
Andam por relâmpagos pontilhados de trovões
Em traços conhecidos que riscam corações de ferro
Um dia iluminado descobre a surpresa de um circo
Apresentando cambalhotas e repentinas gargalhadas
Para recriar sonhos que disputam olhares curiosos
Mostrando os saltimbancos transformados em fadas
Pelos saltos percebem a insegurança das cordas da fama
Quando as vozes gritam mais alto após um golpe falso no ar
Montam e pulam as alturas em um corcel negro domado
Tentando viver uma peça incrível que suscite as palmas
De lágrima no rosto o palhaço nos desmancha em risos
Acrobatas fantásticos sustam soluços que rasgam a lona
Nas cenas são meninos e meninas crepitando como pipocas
Eternos em cada face de criança feliz e brincalhona
Uma energia origina-se do corpo que propõe o vôo
Outra recebe o que seu conteúdo tem de sincero
Andam por relâmpagos pontilhados de trovões
Em traços conhecidos que riscam corações de ferro
Um dia iluminado descobre a surpresa de um circo
Apresentando cambalhotas e repentinas gargalhadas
Para recriar sonhos que disputam olhares curiosos
Mostrando os saltimbancos transformados em fadas
Pelos saltos percebem a insegurança das cordas da fama
Quando as vozes gritam mais alto após um golpe falso no ar
Montam e pulam as alturas em um corcel negro domado
Tentando viver uma peça incrível que suscite as palmas
De lágrima no rosto o palhaço nos desmancha em risos
Acrobatas fantásticos sustam soluços que rasgam a lona
Nas cenas são meninos e meninas crepitando como pipocas
Eternos em cada face de criança feliz e brincalhona
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sexta-feira, junho 29, 2007
Toques
Fogo Espontâneo
Sou como um telhado sob uma nuvem de chuva ácida
Esperando sua ternura chegar em um toque único
Com medidas de lucidez súbita justa como uma luva
De certa maneira corro para uma entrega combinada
Nos pingos de uma necessidade de cruzamento de rios
Entre correntes de amores transpirando sem domínio
Agora temos uma gota de orvalho nas mãos inquietas
Pelos lábios calados rompem-se palavras coradas
Sinto uma sede que me arrebata diante do que ofereces
O impossível se torna fato nos meus dias criados do nada
Faço isso numa nítida condição de quem ama sem pedir
Abro as velas da pele para colher rosas na caminhada
Quero a perfeição nascida de raízes que florescem
Cuidadosamente planto nessa rica terra da emoção
Sinto uma sensível força de um sentimento que cresce
Sou como um telhado sob uma nuvem de chuva ácida
Esperando sua ternura chegar em um toque único
Com medidas de lucidez súbita justa como uma luva
De certa maneira corro para uma entrega combinada
Nos pingos de uma necessidade de cruzamento de rios
Entre correntes de amores transpirando sem domínio
Agora temos uma gota de orvalho nas mãos inquietas
Pelos lábios calados rompem-se palavras coradas
Sinto uma sede que me arrebata diante do que ofereces
O impossível se torna fato nos meus dias criados do nada
Faço isso numa nítida condição de quem ama sem pedir
Abro as velas da pele para colher rosas na caminhada
Quero a perfeição nascida de raízes que florescem
Cuidadosamente planto nessa rica terra da emoção
Sinto uma sensível força de um sentimento que cresce
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sexta-feira, junho 22, 2007
Vivência Prolongada
Entrega
Conheci uma nova dança que inova minhas sensações
Por vestir outro modelo entro no baile perfumado
Experimento o sabor quente dos cheiros dessa hora
Mar e brisa transpiram no movimento de minha vida
Juntos nos servimos das noites percorrendo a cidade
Pois o nosso amor faz essa entrega ser bem-vinda
Faço esse caminho a cada passo num caminhar ciente
Com cartas que precisam ser escritas como lembranças
Até ouço canções românticas vindo de dentro da gente
Meu espírito fica perfeito como bandeiras ao vento
Guardando uma imagem que recebo sorrindo sem ressalvas
Enquanto desmancho um véu molhado coberto pelo tempo
Faço o retorno pelas vias de uma conquista declarada
Afago seus seios em voltas tontas de tantas revoadas
Desfiando a grave rotina do dia a dia em finitas camadas
De um modo incerto acabo me vendo pequeno então
Mas cresço ao me doar para o seu fugaz acolhimento
E meus desejos ou anseios são consumidos em reação
Do meu coração puro bebo meu próprio licor de ferro
Que transborda uma beleza não descoberta por fora
Pois quero viver o imprevisto sopro de sua atmosfera
Conheci uma nova dança que inova minhas sensações
Por vestir outro modelo entro no baile perfumado
Experimento o sabor quente dos cheiros dessa hora
Mar e brisa transpiram no movimento de minha vida
Juntos nos servimos das noites percorrendo a cidade
Pois o nosso amor faz essa entrega ser bem-vinda
Faço esse caminho a cada passo num caminhar ciente
Com cartas que precisam ser escritas como lembranças
Até ouço canções românticas vindo de dentro da gente
Meu espírito fica perfeito como bandeiras ao vento
Guardando uma imagem que recebo sorrindo sem ressalvas
Enquanto desmancho um véu molhado coberto pelo tempo
Faço o retorno pelas vias de uma conquista declarada
Afago seus seios em voltas tontas de tantas revoadas
Desfiando a grave rotina do dia a dia em finitas camadas
De um modo incerto acabo me vendo pequeno então
Mas cresço ao me doar para o seu fugaz acolhimento
E meus desejos ou anseios são consumidos em reação
Do meu coração puro bebo meu próprio licor de ferro
Que transborda uma beleza não descoberta por fora
Pois quero viver o imprevisto sopro de sua atmosfera
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sexta-feira, junho 08, 2007
Vitoriosos
Presentes
Uma provocação temporária inovou tempo e espaço
Para responder aos olhares nitidamente luminosos
Com emoções transparentes em felicidade de fato
Nossas vozes recebiam presentes de verbos consoantes
Com forças nos unindo por pontes de percepções
Do interior para o exterior sem existir mais como antes
Desejos insanos dançaram em nossas bocas úmidas
Para recortar melodias respirando vitalidade de anjos
E entender de portas que abririam volumes e dúvidas
Fomos ao encontro de sentidos adormecidos pela espera
Tateando todos os contornos de sua energia delicada
Como rosa despida ao toque por seu aroma dissipado
Sonhamos juntos numa mandala retocada de vitórias
Nos doando espreguiçados em terno aperto de mãos
Para abrir trancas de um cofre de segredos revelados
Uma provocação temporária inovou tempo e espaço
Para responder aos olhares nitidamente luminosos
Com emoções transparentes em felicidade de fato
Nossas vozes recebiam presentes de verbos consoantes
Com forças nos unindo por pontes de percepções
Do interior para o exterior sem existir mais como antes
Desejos insanos dançaram em nossas bocas úmidas
Para recortar melodias respirando vitalidade de anjos
E entender de portas que abririam volumes e dúvidas
Fomos ao encontro de sentidos adormecidos pela espera
Tateando todos os contornos de sua energia delicada
Como rosa despida ao toque por seu aroma dissipado
Sonhamos juntos numa mandala retocada de vitórias
Nos doando espreguiçados em terno aperto de mãos
Para abrir trancas de um cofre de segredos revelados
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sexta-feira, junho 01, 2007
Pêndulo
Coração que Dança
Percebo ao longe a luz dada do seu olhar
Quando sou pêndulo o seu corpo me alcança
É como o farol acariciando o dorso do mar
Caminho como se dançasse sempre acompanhado
E meus joelhos tremem tendo motivos demais
Querendo mais uma volta em passos inventados
Gosto do que sou buscando meus horizontes
Com o coração em calma por contar os meus sonhos
Um tanto motivado quero me sentir gigante
Faço gestos de amor em cortina de espelhos
Abro cadernos de estrelas e me entrego em saltos
De frente tão intenso sendo alvo de mim mesmo
Percebo ao longe a luz dada do seu olhar
Quando sou pêndulo o seu corpo me alcança
É como o farol acariciando o dorso do mar
Caminho como se dançasse sempre acompanhado
E meus joelhos tremem tendo motivos demais
Querendo mais uma volta em passos inventados
Gosto do que sou buscando meus horizontes
Com o coração em calma por contar os meus sonhos
Um tanto motivado quero me sentir gigante
Faço gestos de amor em cortina de espelhos
Abro cadernos de estrelas e me entrego em saltos
De frente tão intenso sendo alvo de mim mesmo
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domingo, maio 27, 2007
Homo
Sábios e Doentes
Quando um dia sequer sem ameaças,
Se dor e fome ainda morrem no corpo ?
Mais caminhos demonstra violências
E ainda impunes se entrelaçam.
As mesmas promessas arrastam-se
Anos a fio cortando no osso.
Sem panacéias que satisfaçam,
É navalha o mais provido esboço.
Mesquinharias de ambições e lucros
Impedem as necessidades da gente.
Propiciam as cicatrizes nos sonhos,
Assim como as repetições dementes.
Folias, más políticas, bravatas
Nos queima a todos através dos anos.
Suja-se o bom gosto das almas
Que ainda acreditam nos planos.
A hora de consertos nos chega e se vai
Pelos filhos que tateiam esperanças,
Mas de vendas manchadas por dias e noites
Até se acudir no balanço das mudanças.
Ainda pisamos no olho da água doce,
O mineral com vigor ainda borbulha
Espelho da natureza sem rancor se derrama,
E nos alimenta com manancial ternura.
Vale mais os valores da sabedoria
Em cascatas reviradas por letras e danças,
Numa verdade com gosto de ruptura
Que no peito do ser humano se balança.
Quando um dia sequer sem ameaças,
Se dor e fome ainda morrem no corpo ?
Mais caminhos demonstra violências
E ainda impunes se entrelaçam.
As mesmas promessas arrastam-se
Anos a fio cortando no osso.
Sem panacéias que satisfaçam,
É navalha o mais provido esboço.
Mesquinharias de ambições e lucros
Impedem as necessidades da gente.
Propiciam as cicatrizes nos sonhos,
Assim como as repetições dementes.
Folias, más políticas, bravatas
Nos queima a todos através dos anos.
Suja-se o bom gosto das almas
Que ainda acreditam nos planos.
A hora de consertos nos chega e se vai
Pelos filhos que tateiam esperanças,
Mas de vendas manchadas por dias e noites
Até se acudir no balanço das mudanças.
Ainda pisamos no olho da água doce,
O mineral com vigor ainda borbulha
Espelho da natureza sem rancor se derrama,
E nos alimenta com manancial ternura.
Vale mais os valores da sabedoria
Em cascatas reviradas por letras e danças,
Numa verdade com gosto de ruptura
Que no peito do ser humano se balança.
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sábado, maio 26, 2007
Em Tempo
Este Amor
De curiosidades semeadas por cristais de luz matutina
Mais um dia corria solto entre gorjeios de passarinhos
Notas se soltavam pelos ares através de trino afinado
Indo compor cenários retratados em flores e sons de sinos
Passando as mãos pela noite senti a voz líquida da lua
E medi seus compassos riscando no chão raras nuanças
Renovando espaços internos alarguei ruas e casas
Compreendi o frio na procura do cobertor que faltava
Muitas vezes não revelava quantos medos me escondia
Longe dessa verdade não encontrava vontade de mudar
Agora acordo cedo como um grão gerando ramos e folhas
E exploro a imensa força que antes não podia enxergar
Vivenciei o novo amor falando de palavras que queria
E parei nos traços de sua boca que ocupava um sorriso
Não saberia contar quantas letras teria essa arquitetura
Percorri curvas sem acidentes atrás desse outro abrigo
Hoje o que sou não se traduz em milhares de palavras
Pelos mesmos motivos ainda visto as cores da vida
Como no momento em que me molho de vez na chuva
Na esteira de muitas delicias ela é a minha preferida
De curiosidades semeadas por cristais de luz matutina
Mais um dia corria solto entre gorjeios de passarinhos
Notas se soltavam pelos ares através de trino afinado
Indo compor cenários retratados em flores e sons de sinos
Passando as mãos pela noite senti a voz líquida da lua
E medi seus compassos riscando no chão raras nuanças
Renovando espaços internos alarguei ruas e casas
Compreendi o frio na procura do cobertor que faltava
Muitas vezes não revelava quantos medos me escondia
Longe dessa verdade não encontrava vontade de mudar
Agora acordo cedo como um grão gerando ramos e folhas
E exploro a imensa força que antes não podia enxergar
Vivenciei o novo amor falando de palavras que queria
E parei nos traços de sua boca que ocupava um sorriso
Não saberia contar quantas letras teria essa arquitetura
Percorri curvas sem acidentes atrás desse outro abrigo
Hoje o que sou não se traduz em milhares de palavras
Pelos mesmos motivos ainda visto as cores da vida
Como no momento em que me molho de vez na chuva
Na esteira de muitas delicias ela é a minha preferida
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segunda-feira, maio 21, 2007
Tororó

Mar e Brisa
A praia exibia montinhos de areia fina e branca
De repente uma onda derramou-se em espuma
Os pinceis da natureza misturaram os horizontes
O mar fez-se céu e o sólido chão moveu-se em dunas
Mergulhamos em ângulos feito gaivota abrindo as asas
As cores de nosso sol reviraram arco-íris em calda
Nossa pele cochichava em línguas soltas e variadas
Nos movimentos do sexo nossos corações cavalgavam
Gostosuras em criar formas de navegar sem regras
Entrelaçados no prazer de remar com as mesmas mãos
E fincar os pés nos próprios pés para deslizarmos tortos
Nos vários naufrágios resgatados por insaciável paixão
Como aguardamos por essa brisa de manhã despertada
Desconhecendo para onde corria nosso perpetuo balão
Acordando trôpegos por planos de querer viver o agora
De certezas nos enchemos em uma mutua admiração
Vivendo mudanças sobre trilhos como vagões alados
Brincamos na superfície de uma lamina da vida
Para comer e beber das horas de nosso trabalho
Nos achamos numa estrada de viagem indefinida
A praia exibia montinhos de areia fina e branca
De repente uma onda derramou-se em espuma
Os pinceis da natureza misturaram os horizontes
O mar fez-se céu e o sólido chão moveu-se em dunas
Mergulhamos em ângulos feito gaivota abrindo as asas
As cores de nosso sol reviraram arco-íris em calda
Nossa pele cochichava em línguas soltas e variadas
Nos movimentos do sexo nossos corações cavalgavam
Gostosuras em criar formas de navegar sem regras
Entrelaçados no prazer de remar com as mesmas mãos
E fincar os pés nos próprios pés para deslizarmos tortos
Nos vários naufrágios resgatados por insaciável paixão
Como aguardamos por essa brisa de manhã despertada
Desconhecendo para onde corria nosso perpetuo balão
Acordando trôpegos por planos de querer viver o agora
De certezas nos enchemos em uma mutua admiração
Vivendo mudanças sobre trilhos como vagões alados
Brincamos na superfície de uma lamina da vida
Para comer e beber das horas de nosso trabalho
Nos achamos numa estrada de viagem indefinida
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tororó
quinta-feira, maio 17, 2007
Meu Tigre
Pelo Avesso
Descobri um sentimento que ainda permanece
Seja ao lado numa música que sintonize no rádio
Talvez oculto na sorte diferente de uma escolha
No prazer de uma dança que suspira descompasso
Como tigre se movendo em ataques sublimes
Que rodeia sua presa de maneira a respeitá-la
Cravo minhas garras em ataques de surpresa
Depois afloro em carinhos bem mansos ao abraçá-la
Toco os avessos fazendo coisas e descobertas
Quando eu quero segredo mostro-me expressão
Perco todo o curso ao dançar fechando os olhos
As dobras e costuras esvaem-se sem significação
Por cuidar do outro aprendo de novo a respirar
Refaço todo o corpo para provar outra roupagem
Os sentidos se orientam todos para renovar a vida
Repetindo que te amo como se fosse novidade
Descobri um sentimento que ainda permanece
Seja ao lado numa música que sintonize no rádio
Talvez oculto na sorte diferente de uma escolha
No prazer de uma dança que suspira descompasso
Como tigre se movendo em ataques sublimes
Que rodeia sua presa de maneira a respeitá-la
Cravo minhas garras em ataques de surpresa
Depois afloro em carinhos bem mansos ao abraçá-la
Toco os avessos fazendo coisas e descobertas
Quando eu quero segredo mostro-me expressão
Perco todo o curso ao dançar fechando os olhos
As dobras e costuras esvaem-se sem significação
Por cuidar do outro aprendo de novo a respirar
Refaço todo o corpo para provar outra roupagem
Os sentidos se orientam todos para renovar a vida
Repetindo que te amo como se fosse novidade
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segunda-feira, maio 14, 2007
Carrossel
Crianças Sãs
Nós andamos com a alegria de receber um brinquedo
Voltamos ao garrafão de giz como antigamente
Dando pulos num ensaio de gritos em férias passadas
Resgatando uma criança viva em tempos de verão
Fez-se uma disputa de forças sem propor conflitos
Reunimos sensibilidades de gênero face a face
Em revelações de cristal e adrenalina desperta nas mãos
Abraçamos um ao outro sem nenhuma mascara
Pela pele nós e fios de uma tensão não regulada
Saiam em sísmica tremulação por causas duras
Eram espasmos de puras emoções acumuladas
Que nos davam presentes em tramas de ternura
Todo espaço poderia ser alinhado com o nosso céu
E nessa identidade que superviveríamos como somos
Sentimos vibrações poderosas num louco carrossel
Antecipando gratidão pela vivencia que provamos
Nós andamos com a alegria de receber um brinquedo
Voltamos ao garrafão de giz como antigamente
Dando pulos num ensaio de gritos em férias passadas
Resgatando uma criança viva em tempos de verão
Fez-se uma disputa de forças sem propor conflitos
Reunimos sensibilidades de gênero face a face
Em revelações de cristal e adrenalina desperta nas mãos
Abraçamos um ao outro sem nenhuma mascara
Pela pele nós e fios de uma tensão não regulada
Saiam em sísmica tremulação por causas duras
Eram espasmos de puras emoções acumuladas
Que nos davam presentes em tramas de ternura
Todo espaço poderia ser alinhado com o nosso céu
E nessa identidade que superviveríamos como somos
Sentimos vibrações poderosas num louco carrossel
Antecipando gratidão pela vivencia que provamos
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sexta-feira, maio 11, 2007
Por Você

Vazão e Remanso
Quero algo muito simples na hora da chegada
Uma chuva sem motivos achará o fluxo da emoção
Serei folhas e ervas no preparo de um banho
Pelos seus devaneios navegarei sem qualquer proteção
No momento certo estarei livre de minhas bagagens
Aguardando sua passagem numa parada do relógio
Marcas e sinais de uma viagem combinada há tempos
Como gotas de seiva escorrerei leite no seu colo
Cartas perfumadas espalharão permissões em rabiscos
Que por si só firmará um cruzeiro em ondas de chama
Em imprevisível amor e desvelo até um curto remanso
De vazão incontrolável ainda assim nos aproximando
Quero algo muito simples na hora da chegada
Uma chuva sem motivos achará o fluxo da emoção
Serei folhas e ervas no preparo de um banho
Pelos seus devaneios navegarei sem qualquer proteção
No momento certo estarei livre de minhas bagagens
Aguardando sua passagem numa parada do relógio
Marcas e sinais de uma viagem combinada há tempos
Como gotas de seiva escorrerei leite no seu colo
Cartas perfumadas espalharão permissões em rabiscos
Que por si só firmará um cruzeiro em ondas de chama
Em imprevisível amor e desvelo até um curto remanso
De vazão incontrolável ainda assim nos aproximando
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remanso
segunda-feira, maio 07, 2007
Convites

Cachos de Carinho
Seguindo os laços de um convite afetuoso em sua voz
Um motivo inspirava algo incomum para esse dia
Entre nós haviam ramos de trevos da sorte enfileirados
Nenhuma adversidade em desacordo aparecia
Copas verdes estampavam os lados de um longo caminho
O que escolheríamos não mudaria em nada aquela tarde
Só um amor vulcânico derramado fez-se incandescente
Algumas carícias em marolas e antecipações de saudade
Uma intuição sorridente morava em seu olhar imaterial
Verde intocável como um por do sol riscando o cenário
Acasos nos levavam a um terraço suspenso até o mar
Um almoço combinava boa música com o sabor imaginário
Atiramos aos céus livros de desejos e aguardamos respostas
Detalhes costuravam brilhos de espelhos sobre a cidade
Por onde andávamos colhíamos mais cachos de carinho
Versos debruçados nos alçando ao patamar da paisagem
A vista alcançou um horizonte de onde viria a novidade
Saltitava no canto de um esperado fruto que logo chegaria
Para percorrer toda a casa sustentada em evidente emoção
Nos despedimos com abraços de jasmim pintados de poesia
Seguindo os laços de um convite afetuoso em sua voz
Um motivo inspirava algo incomum para esse dia
Entre nós haviam ramos de trevos da sorte enfileirados
Nenhuma adversidade em desacordo aparecia
Copas verdes estampavam os lados de um longo caminho
O que escolheríamos não mudaria em nada aquela tarde
Só um amor vulcânico derramado fez-se incandescente
Algumas carícias em marolas e antecipações de saudade
Uma intuição sorridente morava em seu olhar imaterial
Verde intocável como um por do sol riscando o cenário
Acasos nos levavam a um terraço suspenso até o mar
Um almoço combinava boa música com o sabor imaginário
Atiramos aos céus livros de desejos e aguardamos respostas
Detalhes costuravam brilhos de espelhos sobre a cidade
Por onde andávamos colhíamos mais cachos de carinho
Versos debruçados nos alçando ao patamar da paisagem
A vista alcançou um horizonte de onde viria a novidade
Saltitava no canto de um esperado fruto que logo chegaria
Para percorrer toda a casa sustentada em evidente emoção
Nos despedimos com abraços de jasmim pintados de poesia
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quinta-feira, maio 03, 2007
Aniversário
Em bom tempo e sonolento despertar,
Essa estória não é de pescador! No dia em que minha mãe Odete me pariu e a vovó Abigail estava presente oportunamente para impedir um drama anunciado, nascia um curioso e irrequieto menino que desde cedo passava a cumprir o traçado do seu mapa para a vida.
Chegando na Água
Quando o menino nasceu iluminou-se o pequeno quarto caiado
A parteira rodopiou com a energia de um “santo”
Que baixou na réstia da cumeeira ao entardecer
A água na bacia estava límpida e fresca
Naquele momento vital do nascimento aguardado
De um pequenino mensageiro dos deuses
A médium inusitadamente imergiu o rebento
Arrebatando-o dos braços da luz maternal
Banhando-o vezes seguidas em mergulhos pretensos
Num transe inesperado de insano corte
Como para caber na lâmina do fundo poço molhado
Preso ao colo pronunciado de uma estranha sorte
Entontecida transferência de energia
Nascimento e óbito
Com destino ao ventre da lâmina d’água fria
Uma fatalidade interrompida que faria
A vida continuar transbordando
E que não se saberia até quando
Essa estória não é de pescador! No dia em que minha mãe Odete me pariu e a vovó Abigail estava presente oportunamente para impedir um drama anunciado, nascia um curioso e irrequieto menino que desde cedo passava a cumprir o traçado do seu mapa para a vida.
Chegando na Água
Quando o menino nasceu iluminou-se o pequeno quarto caiado
A parteira rodopiou com a energia de um “santo”
Que baixou na réstia da cumeeira ao entardecer
A água na bacia estava límpida e fresca
Naquele momento vital do nascimento aguardado
De um pequenino mensageiro dos deuses
A médium inusitadamente imergiu o rebento
Arrebatando-o dos braços da luz maternal
Banhando-o vezes seguidas em mergulhos pretensos
Num transe inesperado de insano corte
Como para caber na lâmina do fundo poço molhado
Preso ao colo pronunciado de uma estranha sorte
Entontecida transferência de energia
Nascimento e óbito
Com destino ao ventre da lâmina d’água fria
Uma fatalidade interrompida que faria
A vida continuar transbordando
E que não se saberia até quando
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segunda-feira, abril 30, 2007
Entrega
As Chaves
O tempo anunciava gotas frias de uma chuva de vento
Aviamos todos os cuidados com o que devia estar por vir
Eram horas refeitas de fantasias e pequenas velas perfumadas
De um clima de entregas fazendo algo em nós se abrir
Nove profecias rodavam num painel de letras pequenas
Evoluções adolescentes surgiam do âmago de nossas almas
Acometidos de uma razão planejamos um pouco de tudo
Finalmente nos fundimos como esferas quentes cravejadas
Num início de entendimento em degraus de entradas e saídas
Misturamos inesquecíveis sabores salpicados sem sementes
Em doce caldo de lima derramado pelo canto das bocas
E irrequieto balanço de ventos de brincadeiras iminente
Estendi os segundos dobrados em minha vontade de ficar
Surpreso por conhecer o pulsar de seu satélite vermelho
Um coração aberto palpitando uma música em sintonia
Com acordes decifrando os detalhes de viver por inteiro
Admirei a textura da seda rendada delicada em alças
Sentado ao lado da sua silhueta renascentista recostada
Sem dúvidas perdurei na penumbra de seu planetário
Ao garimpar seguro suas chaves como valiosas esmeraldas
O tempo anunciava gotas frias de uma chuva de vento
Aviamos todos os cuidados com o que devia estar por vir
Eram horas refeitas de fantasias e pequenas velas perfumadas
De um clima de entregas fazendo algo em nós se abrir
Nove profecias rodavam num painel de letras pequenas
Evoluções adolescentes surgiam do âmago de nossas almas
Acometidos de uma razão planejamos um pouco de tudo
Finalmente nos fundimos como esferas quentes cravejadas
Num início de entendimento em degraus de entradas e saídas
Misturamos inesquecíveis sabores salpicados sem sementes
Em doce caldo de lima derramado pelo canto das bocas
E irrequieto balanço de ventos de brincadeiras iminente
Estendi os segundos dobrados em minha vontade de ficar
Surpreso por conhecer o pulsar de seu satélite vermelho
Um coração aberto palpitando uma música em sintonia
Com acordes decifrando os detalhes de viver por inteiro
Admirei a textura da seda rendada delicada em alças
Sentado ao lado da sua silhueta renascentista recostada
Sem dúvidas perdurei na penumbra de seu planetário
Ao garimpar seguro suas chaves como valiosas esmeraldas
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quinta-feira, abril 26, 2007
Panapaná
Borboletas
Na busca da vida encontrei uma pista em ampla clareira
No pisar corrente firmei minhas marcas sem espinhos
Nada pareceu normal como se dizia anteriormente
Só renovei-me num curso ainda sem padrão nem eira
Entreguei-me as marés ainda não acostumadas
À tábua de horas ou maneiras moldadas em areia
Atravessando do meu jeito ondas tracejadas de sal
Até conspirei para que as águas viessem numa cheia
Dadas as circunstancias movido pela emoção
Numa beleza de criança que nos mostra sua dança
Abri meu coração que transitava sem amarras
Em sintonia com a música revelei o que guardava
Réstias de festejos bem combinadas com maçãs
Encontrou-me vasto como uma grande estória
Que se ouve e nem que se tente tudo se lembra
Sustentada por pequenas hastes de giz da memória
Equilíbrio insano de uma revelação em labaredas
Cobri de expectativas meus passos na subida
Do íntimo em andamento escutei seu amor em poesia
Bela borboleta roxa graciosamente pela luz atraída
Aprendi como aceitar o encontro de certas mudanças
Pois achei um valioso selo guardado numa caixa
Uma inacessível frase que ficava na ponta da língua
Cores de um retrato guardado de lembranças decorado
Na busca da vida encontrei uma pista em ampla clareira
No pisar corrente firmei minhas marcas sem espinhos
Nada pareceu normal como se dizia anteriormente
Só renovei-me num curso ainda sem padrão nem eira
Entreguei-me as marés ainda não acostumadas
À tábua de horas ou maneiras moldadas em areia
Atravessando do meu jeito ondas tracejadas de sal
Até conspirei para que as águas viessem numa cheia
Dadas as circunstancias movido pela emoção
Numa beleza de criança que nos mostra sua dança
Abri meu coração que transitava sem amarras
Em sintonia com a música revelei o que guardava
Réstias de festejos bem combinadas com maçãs
Encontrou-me vasto como uma grande estória
Que se ouve e nem que se tente tudo se lembra
Sustentada por pequenas hastes de giz da memória
Equilíbrio insano de uma revelação em labaredas
Cobri de expectativas meus passos na subida
Do íntimo em andamento escutei seu amor em poesia
Bela borboleta roxa graciosamente pela luz atraída
Aprendi como aceitar o encontro de certas mudanças
Pois achei um valioso selo guardado numa caixa
Uma inacessível frase que ficava na ponta da língua
Cores de um retrato guardado de lembranças decorado
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quarta-feira, abril 25, 2007
Grãos de um Sábado

Segredos que Bastam
Achados em sonhos inúmeros segredos são contados
Os acontecidos por dentro viram manchas solares
Insistem em nos lançar sem pára-quedas ao vento
Grãos de suspiros por cima de um horizonte inflamado
As mínimas vontades parecem alimentar suspeitas
De anseios e palpites batem loucas em nosso peito
Nas voltas por praças a beira de penhascos e rios
Crespas e arriadas sobre selvagem montaria em pelo
Inebriados pelos cheiros bordados nos cabelos e panos
Por nossas roupas translúcidas admiramos seixos molhados
Somos clara imaginação aproximando-nos da tona
Que salta de um mar em gozo após mergulho cobiçado
Agora pisamos em terreno que conhecemos desde cedo
Mas desatentos acariciamos nossos rostos ao fim do dia
Quando as meninas da retina deitam em luzes de navios
Em direção a um balé primoroso de divino rebuscado
Sinestésico poder de nosso ser em outro movimento
Acaba e repõe suas formas e sons do jeito que são
Como vida que dá sentido ao que existe ao redor
Evoluindo a cada amor em perpétuo ponto de fusão
Achados em sonhos inúmeros segredos são contados
Os acontecidos por dentro viram manchas solares
Insistem em nos lançar sem pára-quedas ao vento
Grãos de suspiros por cima de um horizonte inflamado
As mínimas vontades parecem alimentar suspeitas
De anseios e palpites batem loucas em nosso peito
Nas voltas por praças a beira de penhascos e rios
Crespas e arriadas sobre selvagem montaria em pelo
Inebriados pelos cheiros bordados nos cabelos e panos
Por nossas roupas translúcidas admiramos seixos molhados
Somos clara imaginação aproximando-nos da tona
Que salta de um mar em gozo após mergulho cobiçado
Agora pisamos em terreno que conhecemos desde cedo
Mas desatentos acariciamos nossos rostos ao fim do dia
Quando as meninas da retina deitam em luzes de navios
Em direção a um balé primoroso de divino rebuscado
Sinestésico poder de nosso ser em outro movimento
Acaba e repõe suas formas e sons do jeito que são
Como vida que dá sentido ao que existe ao redor
Evoluindo a cada amor em perpétuo ponto de fusão
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segunda-feira, abril 23, 2007
Biodanza
Viva a Dança da Vida
Os efeitos da Biodança em mim tem sido surpreendentes ao longo desses quatro meses de vivências como integrante do grupo regular Abraçando a Vida, assistido pelo competente facilitador de biodança, Jailson Santana. Participei da Maratona do Renascimento na Fazenda Campo Verde, realizada de 13/04/07 a 15/04/07, e logo nos dias seguintes comecei a notar algumas alterações em meu ser vivente (corpo, mente, espírito), sobretudo no meu comportamento emocional e afetivo. E por que não dizer em minha saúde integral.
Quero deixar esse depoimento como alguém que passou a descobrir um novo caminho de reintegração da própria vida, um modo de ver-se transformar de simples inseto no casulo em um belo exemplar de linda borboleta com asas de arco-íris e daí desfrutar desse renascimento, num vôo com determinação e desejo certeiro de fazer o que quer, consciente, e amar sinceramente a própria vida em sua plenitude. Sei também, que é importante fazer o caminho tanto quanto conhecê-lo! Mas construí-lo é um movimento potencialmente criativo, intuitivo, ainda que detenha o conhecimento.
Durante muitos anos sofria de um processo alérgico do aparelho respiratório que suprimia meu sentido do olfato, e poucos dias após da Maratona do Renascimento acordei sentindo naturalmente, aos poucos, e nas horas seguintes à noite de um processo febril inusitado, os cheiros e perfumes do mundo ao meu redor, sem precisar medicamentos à base de cortisona ou tratamentos com spray alopáticos, que fazia uso nas crises de rinite crônica. Tenho percebido uma recuperação gradativa desse sentido e outras percepções sensoriais, como se meu corpo estivesse passando por uma transformação interior, se autocurando, tratando sozinho dos males, se depurando de antigas enfermidades que ainda não posso entender completamente ou até isoladamente. Esse ainda é o primeiro sintoma claramente explicito que posso acompanhar falando da restauração dele sem dúvida!
É fato. Com certeza meu metabolismo foi “despertado” por um toque diferenciado e tem apresentado mudanças sensíveis que pressinto por sintomas e sensações diferentes em diversos órgãos e partes do ser vivente, inclusive no plano psicológico, espiritual; acredito que provindo de uma sintonia cósmica. Sinto como se uma carga energética potencial suplementar em gestação estivesse ocorrendo e fosse entrar em erupção a qualquer instante. Para exemplificar isso tudo, veja: tive dores do estomago, flatulência, cólicas intestinais (intermitentes), febre de 38 graus centígrados por 24 horas (sem ser mais “uma virose”), sonhos incríveis e reveladores, sentimentos renovados de afetividade, um desejo de amar profundo, paixão essencial pela vida, quer mais?
Considero que algumas reações ainda me causam estranheza quanto as conseqüências que advirão, continuo extasiado com meu movimento que parece, em sentido figurado e exagerado, mais uma explosão do nascimento de um novo corpo celestial. Deixo de ser apenas uma partícula do pó das estrelas, solto no universo, e me desloco ao encontro de minha real identidade: Eu sou Afrânio Jorge Campos da Silva, o cidadão que luta pela dignidade humana, por espaço numa sociedade injusta que põe a maioria das pessoas obrigadas a manter seus medos sempre em dia, disputando apenas coisas de valores materiais, em suas duras superficialidades, atrás de mesquinharias seletivas, bugigangas maquiadas de boa aparência, futilidades da informação, ilusões de consumo, vícios degradantes. E nesse movimento de homem demente, desequilibrado nos paradigmas, sem referencial, adoecem violentos, violentado por suas escolhas, cegas para uma melhor qualidade de vida, sem compreender mesmo o que é importante para sua natureza, ignorando uma vida evolutiva, de pleno potencial humano criador, condutor de seu processo, não-destrutivo, saudável para si mesmo e para um mundo melhor, enquanto eco-sistema integrado, interdependente de todos os fenômenos. Somos parte de um todo como “componentes de um sistema vivente maior”, biocêntrico e universal. Afinal, tudo que existe depende da vida, seja atômico ou galáctico, a vida é que faz existir o universo.
Passo a aceitar que minha via de acesso ao aperfeiçoamento como ser humano é pelo amor e pela saúde abrangente da dança da vida. Na prática das vivências criativa, renovadora e transcendente, buscando a realização produtiva através do meu precioso trabalho que gosto de aperfeiçoar, e que também vai de encontro à transformação permanente do social e da preservação do meio ambiente e em que vivo.
Quero superviver com “todo amor que houver nessa vida” dançando com “a alegria de ser um eterno aprendiz” “... e não ter a vergonha de ser feliz”.
Os efeitos da Biodança em mim tem sido surpreendentes ao longo desses quatro meses de vivências como integrante do grupo regular Abraçando a Vida, assistido pelo competente facilitador de biodança, Jailson Santana. Participei da Maratona do Renascimento na Fazenda Campo Verde, realizada de 13/04/07 a 15/04/07, e logo nos dias seguintes comecei a notar algumas alterações em meu ser vivente (corpo, mente, espírito), sobretudo no meu comportamento emocional e afetivo. E por que não dizer em minha saúde integral.
Quero deixar esse depoimento como alguém que passou a descobrir um novo caminho de reintegração da própria vida, um modo de ver-se transformar de simples inseto no casulo em um belo exemplar de linda borboleta com asas de arco-íris e daí desfrutar desse renascimento, num vôo com determinação e desejo certeiro de fazer o que quer, consciente, e amar sinceramente a própria vida em sua plenitude. Sei também, que é importante fazer o caminho tanto quanto conhecê-lo! Mas construí-lo é um movimento potencialmente criativo, intuitivo, ainda que detenha o conhecimento.
Durante muitos anos sofria de um processo alérgico do aparelho respiratório que suprimia meu sentido do olfato, e poucos dias após da Maratona do Renascimento acordei sentindo naturalmente, aos poucos, e nas horas seguintes à noite de um processo febril inusitado, os cheiros e perfumes do mundo ao meu redor, sem precisar medicamentos à base de cortisona ou tratamentos com spray alopáticos, que fazia uso nas crises de rinite crônica. Tenho percebido uma recuperação gradativa desse sentido e outras percepções sensoriais, como se meu corpo estivesse passando por uma transformação interior, se autocurando, tratando sozinho dos males, se depurando de antigas enfermidades que ainda não posso entender completamente ou até isoladamente. Esse ainda é o primeiro sintoma claramente explicito que posso acompanhar falando da restauração dele sem dúvida!
É fato. Com certeza meu metabolismo foi “despertado” por um toque diferenciado e tem apresentado mudanças sensíveis que pressinto por sintomas e sensações diferentes em diversos órgãos e partes do ser vivente, inclusive no plano psicológico, espiritual; acredito que provindo de uma sintonia cósmica. Sinto como se uma carga energética potencial suplementar em gestação estivesse ocorrendo e fosse entrar em erupção a qualquer instante. Para exemplificar isso tudo, veja: tive dores do estomago, flatulência, cólicas intestinais (intermitentes), febre de 38 graus centígrados por 24 horas (sem ser mais “uma virose”), sonhos incríveis e reveladores, sentimentos renovados de afetividade, um desejo de amar profundo, paixão essencial pela vida, quer mais?
Considero que algumas reações ainda me causam estranheza quanto as conseqüências que advirão, continuo extasiado com meu movimento que parece, em sentido figurado e exagerado, mais uma explosão do nascimento de um novo corpo celestial. Deixo de ser apenas uma partícula do pó das estrelas, solto no universo, e me desloco ao encontro de minha real identidade: Eu sou Afrânio Jorge Campos da Silva, o cidadão que luta pela dignidade humana, por espaço numa sociedade injusta que põe a maioria das pessoas obrigadas a manter seus medos sempre em dia, disputando apenas coisas de valores materiais, em suas duras superficialidades, atrás de mesquinharias seletivas, bugigangas maquiadas de boa aparência, futilidades da informação, ilusões de consumo, vícios degradantes. E nesse movimento de homem demente, desequilibrado nos paradigmas, sem referencial, adoecem violentos, violentado por suas escolhas, cegas para uma melhor qualidade de vida, sem compreender mesmo o que é importante para sua natureza, ignorando uma vida evolutiva, de pleno potencial humano criador, condutor de seu processo, não-destrutivo, saudável para si mesmo e para um mundo melhor, enquanto eco-sistema integrado, interdependente de todos os fenômenos. Somos parte de um todo como “componentes de um sistema vivente maior”, biocêntrico e universal. Afinal, tudo que existe depende da vida, seja atômico ou galáctico, a vida é que faz existir o universo.
Passo a aceitar que minha via de acesso ao aperfeiçoamento como ser humano é pelo amor e pela saúde abrangente da dança da vida. Na prática das vivências criativa, renovadora e transcendente, buscando a realização produtiva através do meu precioso trabalho que gosto de aperfeiçoar, e que também vai de encontro à transformação permanente do social e da preservação do meio ambiente e em que vivo.
Quero superviver com “todo amor que houver nessa vida” dançando com “a alegria de ser um eterno aprendiz” “... e não ter a vergonha de ser feliz”.
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sexta-feira, abril 20, 2007
Maratona I-c

Renascimento
Dei uma pausa pensando mas não achei porquês
Saltei dos pensamentos e fui do sono acordando
Para escrever sobre emoções que nem sei dizer
Acendi a minha manhã ao puxar o cobertor do dia
E pintei um quadro imaginário sob os pés pousados
Com mãos de recém-nascido abri a página que queria
Quis mais da sobremesa que a vida me serviu
Uma vez provado os sabores nada mais seria igual
Saberia lamber cada gota sentindo o que evoluía
Minha percepção alimentou uma nova vibração
Por dentro e por fora partindo o que era rijo
Renovando cada célula em sua íntima relação
Fiz um instrumento mais prático para a viajem
Parecendo que conhecia os planos que perseguia
Mas sabia que tudo isso era mais que uma miragem
De frente a uma paisagem de céu azul e flores
Chorei ao olhar os quatro cantos do velho mundo
E a cada piscada via uma razão para onde ir
Senti o meu espaço interior em graus de febre
Arremessei fora o fardo das dores que me ardiam e
Amanheci em ares de desejos que não soariam breves
Dei uma pausa pensando mas não achei porquês
Saltei dos pensamentos e fui do sono acordando
Para escrever sobre emoções que nem sei dizer
Acendi a minha manhã ao puxar o cobertor do dia
E pintei um quadro imaginário sob os pés pousados
Com mãos de recém-nascido abri a página que queria
Quis mais da sobremesa que a vida me serviu
Uma vez provado os sabores nada mais seria igual
Saberia lamber cada gota sentindo o que evoluía
Minha percepção alimentou uma nova vibração
Por dentro e por fora partindo o que era rijo
Renovando cada célula em sua íntima relação
Fiz um instrumento mais prático para a viajem
Parecendo que conhecia os planos que perseguia
Mas sabia que tudo isso era mais que uma miragem
De frente a uma paisagem de céu azul e flores
Chorei ao olhar os quatro cantos do velho mundo
E a cada piscada via uma razão para onde ir
Senti o meu espaço interior em graus de febre
Arremessei fora o fardo das dores que me ardiam e
Amanheci em ares de desejos que não soariam breves
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segunda-feira, abril 16, 2007
Maratona I-b

Transcendência
Uma experiência surpreendente iniciava um ciclo
Pisamos o chão sem restrições ao tecido da terra
Os medos ficaram pelo mato afora espantados
Fizemos filhos lendo o verbo pelo espírito anunciado
Pelos Ingás, Umburanas e Palmeiras sagüis rodeavam!
Gado e bezerro assistiam nossa roda humana com asas
Que em rastejos no pó se aproximava da crua natureza
Onde de nós um grito visceral sem dimensão ecoava
Suspensos por mantras e levados pelo vento
Algo era avisado no canto permanente dos pássaros
Numa ousadia conivente com o nosso propósito
Que aprendia a lidar com o diverso coração atento
Desembaraçamos os sentimentos de teias aos pulos
Renascemos de um repentino e vigoroso útero
Passando pelas pétalas do brilho de nossos olhos
Enquanto as lágrimas enchiam o peito de bom orgulho
Um eu no outro eu corria desgarrado num curso...
Aliviados, tranqüilos, revigorados em estilo e emoção
Por uma vida merecedora de tudo o que queremos
Extasiados pela distância entre gesto e compreensão
Nascemos como frutos num parto com pais amorosos,
Possuídos por um amor sem trégua na expressão
Viva entrega em giros equilibrados por mãos cuidadosas
Revelando movimentos em sinceros prantos copiosos
Marcou-se um momento que durará sem noção de tempo
Tantas mudanças ainda por chegar em nossa porta
Que poderá numa onda até o último dia de vida
Nos transformar em seres humanos melhores que outrora
Uma experiência surpreendente iniciava um ciclo
Pisamos o chão sem restrições ao tecido da terra
Os medos ficaram pelo mato afora espantados
Fizemos filhos lendo o verbo pelo espírito anunciado
Pelos Ingás, Umburanas e Palmeiras sagüis rodeavam!
Gado e bezerro assistiam nossa roda humana com asas
Que em rastejos no pó se aproximava da crua natureza
Onde de nós um grito visceral sem dimensão ecoava
Suspensos por mantras e levados pelo vento
Algo era avisado no canto permanente dos pássaros
Numa ousadia conivente com o nosso propósito
Que aprendia a lidar com o diverso coração atento
Desembaraçamos os sentimentos de teias aos pulos
Renascemos de um repentino e vigoroso útero
Passando pelas pétalas do brilho de nossos olhos
Enquanto as lágrimas enchiam o peito de bom orgulho
Um eu no outro eu corria desgarrado num curso...
Aliviados, tranqüilos, revigorados em estilo e emoção
Por uma vida merecedora de tudo o que queremos
Extasiados pela distância entre gesto e compreensão
Nascemos como frutos num parto com pais amorosos,
Possuídos por um amor sem trégua na expressão
Viva entrega em giros equilibrados por mãos cuidadosas
Revelando movimentos em sinceros prantos copiosos
Marcou-se um momento que durará sem noção de tempo
Tantas mudanças ainda por chegar em nossa porta
Que poderá numa onda até o último dia de vida
Nos transformar em seres humanos melhores que outrora
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Maratona I-a

Escolha de Estrelas
A chegada a Campo Verde pareceu um sonho
Entrando nela descobria-se um universo paralelo
Onde a mãe natureza estendia seus elementos
Cachos de mangas, besouros, éramos gatos pardos!
Uma criança brincava com sua pura imaginação
Soltando sapos encantados pelos quartos
Apenas uma primeira impressão do que viria
Dos nossos movimentos quarado de constelações
Na intimidade do salão colorido de pétalas
Uma pintura surrealista e magia nos convidava
Para formar um roda sagrada por todos nós
E ali confidenciarmos em espírito nossas palavras
Cada pé lapidava um pouco uma surpresa
Acariciando a verde grama orvalhada de segredos
O campo descortinava bilhões de estrelas
Como uma benção de Deus posta na mesa
Mas uma força bruta que saía da terra
Numa catarse nos tornaria parte dela
Nos fundimos no seu leito em micro-tons
Sustentados pelos grãos e cerdas de suas células
Renascemos pela luz das estrelas escolhidas
Por pontos de nossa linda alma em repouso
Estavamos combinados e o plano era um rodopio
E num grito nos deixar brotar em um corpo novo
Passeamos pelo céu num risco de meteoro
Do nosso jeito agradecemos em meio à amplidão
Festejando essa dádiva pela qual alguns nem sonham
E por aqui acordamos com ela em nossas mãos
A chegada a Campo Verde pareceu um sonho
Entrando nela descobria-se um universo paralelo
Onde a mãe natureza estendia seus elementos
Cachos de mangas, besouros, éramos gatos pardos!
Uma criança brincava com sua pura imaginação
Soltando sapos encantados pelos quartos
Apenas uma primeira impressão do que viria
Dos nossos movimentos quarado de constelações
Na intimidade do salão colorido de pétalas
Uma pintura surrealista e magia nos convidava
Para formar um roda sagrada por todos nós
E ali confidenciarmos em espírito nossas palavras
Cada pé lapidava um pouco uma surpresa
Acariciando a verde grama orvalhada de segredos
O campo descortinava bilhões de estrelas
Como uma benção de Deus posta na mesa
Mas uma força bruta que saía da terra
Numa catarse nos tornaria parte dela
Nos fundimos no seu leito em micro-tons
Sustentados pelos grãos e cerdas de suas células
Renascemos pela luz das estrelas escolhidas
Por pontos de nossa linda alma em repouso
Estavamos combinados e o plano era um rodopio
E num grito nos deixar brotar em um corpo novo
Passeamos pelo céu num risco de meteoro
Do nosso jeito agradecemos em meio à amplidão
Festejando essa dádiva pela qual alguns nem sonham
E por aqui acordamos com ela em nossas mãos
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quinta-feira, abril 12, 2007
Sexto Movimento
Vez na Dança
Da primeira vez era simples passageira
Sem saber demais me tocou para ser ouvida
Tremi mudando no ar o corpo de posição
Vendo no olhar a cor da sua doce mensagem
Seu vestir negava parecer algo de padrão
Havia uma tendência de vida a lhe consumir
A aparência de seus movimentos eram lembranças
Um sincero sopro de verdadeira emoção
Tive de me atirar no chão prá pegar sorrisos
Um a um escorriam pelas mãos dormentes
Sem conter-me insisti ganhando alguns
Entregues por ela num paciente improviso
Despediu-se virando um anjo sem asas
Pensei que aguardasse o meu chamado
E voltasse passo a passo para nosso futuro
Quem sabe não estivéssemos longe de casa
Repeti meu gesto de pedido acostumado
Como desafinado cantor da esperança
Quando notei estar em breve instante
Ocupando um lugar definitivo em sua dança
Da primeira vez era simples passageira
Sem saber demais me tocou para ser ouvida
Tremi mudando no ar o corpo de posição
Vendo no olhar a cor da sua doce mensagem
Seu vestir negava parecer algo de padrão
Havia uma tendência de vida a lhe consumir
A aparência de seus movimentos eram lembranças
Um sincero sopro de verdadeira emoção
Tive de me atirar no chão prá pegar sorrisos
Um a um escorriam pelas mãos dormentes
Sem conter-me insisti ganhando alguns
Entregues por ela num paciente improviso
Despediu-se virando um anjo sem asas
Pensei que aguardasse o meu chamado
E voltasse passo a passo para nosso futuro
Quem sabe não estivéssemos longe de casa
Repeti meu gesto de pedido acostumado
Como desafinado cantor da esperança
Quando notei estar em breve instante
Ocupando um lugar definitivo em sua dança
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