Problemas da zona do euro
Paul Krugman
Abaixo estão alguns gráficos de uma palestra que dei em Paris na
terça-feira. Eles não serão chocantes para os que leem esta coluna
regularmente, mas pode ser útil examiná-los todos de uma só vez.
Em primeiro lugar, defendo que a crise econômica, no geral, é
impelida pela dívida privada e não pela dívida pública.
Em seguida, aponto para a enorme movimento do setor privado no
sentido do superávit financeiro, o que exigiu enormes déficits públicos
para impedir um colapso ainda mais profundo.
E depois eu me volto para a Europa que tem um problema
adicional, que é uma bolha de fluxo de capital do norte para o sul,
induzida pelo euro, que precisa ser revertida.
A contraparte desses desequilíbrios de conta corrente foi uma
enorme divergência em níveis de preço relativos.
Implicitamente, a Europa está dependendo de uma “desvalorização
interna”, para reverter essa divergência. Mas a realidade é que isto é muito
difícil devido à rigidez nominal, mesmo na Irlanda, que erroneamente é
considerada um exemplo de ajuste bem sucedido.
Além disso, a Europa acreditou na ideia de que a
irresponsabilidade fiscal está no coração da crise, o que é verdade
somente no caso da Grécia, mas não dos países em dificuldade como um
grupo.
E mesmo o FMI avalia que nenhum dos países mais austeros está na
direção de uma situação fiscal tolerável.
Fonte: Estadão | Economia & Negócios | Blogs,
02/02/2012
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