Achados em sonhos inúmeros segredos são contados
Os acontecidos por dentro viram manchas solares
Insistem em nos lançar sem pára-quedas ao vento
Grãos de suspiros por cima de um horizonte inflamado
As mínimas vontades parecem alimentar suspeitas
De anseios e palpites batem loucas em nosso peito
Nas voltas por praças à beira de penhascos e rios
Crespas e arriadas sobre selvagem montaria em pelo
Inebriados pelos cheiros bordados nos cabelos e panos
Pelas roupas translúcidas admiramos seixos molhados
Braços rasos e imaginação nos aproxima da tona
Saltando de um mar em gozo após mergulho cobiçado
Agora pisamos em terreno que conhecemos desde cedo
Mas desatentos acariciamos nossos rostos no fim do dia
Quando as ondas da retina se deitam em luzes de navios
Em direção a um balé primoroso de divino rebuscado
Sinestésico poder de nosso ser em outro movimento
Acaba e repõe suas formas e tons do jeito que são
Como a vida que dá sentido ao que existe ao redor
Evoluindo a cada dor em perpétuo ponto de fusão
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