MILAGRES APARECE
Um jovem casal havia comprado um apartamento e recém acabado de mudar. Ainda sem conhecer bem seus vizinhos, eles costumavam após o almoço do sábado fazer aquele amorzão, e na hora dos prazer e orgasmos da esposa, o maridão costumava falar propositadamente o seu belo nome porto-riquenho: MILAGRES, MILAGRES!!! Um show, invariavelmente em alto e bom som.
Eles só não sabiam que seus vizinhos do apartamento logo abaixo, eram um tanto religiosos, e realizavam cultos reunindo-se com outros irmãos. Claro que isso terminava em arroubos fervorosos, numa cantoria bastante animada, que geralmente dava numa catarse coletiva e gritos de aleluias ao som de um piano que ecoava por todo os andares próximos.
Num belo sábado enquanto o jovem casal estava naquele love, naquela empolgação gostosa, o maridão começou a chamar o nome da esposa, um tanto alto e, assim sem perceber, passaram a formar nada menos que um coro uníssono, quase afinado, com o coral do culto religioso que acontecia logo abaixo, disso então se ouvia:
MILAGRES, MILAGRES... - O marido gritava.
A esposa gostosamente soltava – SIM, SIM...
E no culto logo abaixo ouvia-se – ALELUIA, ALELUIA.
Nesse embalo harmonioso alguns dos religiosos ficaram curiosos pelo fervor dos vizinhos acima. Ao ouvirem os gritos do recém casal e achando aquilo muito em sintonia, um ato de verdadeira fé, então, resolveram fazer uma rápida visita. Subiram inesperadamente, todos juntos, de Bíblia na mão. Como em uma romaria uns seguiram pelo elevador, outros pelas escadas, e ao chegarem no andar pararam em frente ao apartamento do jovem casal tocando a campainha; fez-se silêncio, todos aguardavam, mas ninguém respondia a chamada. Então insistiram batendo na porta, num toc, toc, toc mais insistente. De repente a porta se abre e, o jovem marido aparece de camiseta suada deparando-se com aquela gente toda, uma “tropa enfatiotada”, séria, parecendo mensageiros chegados de uma travessia do Egito para nova Canaã. Olhando o grupo sem nada entender, perguntou-lhes então... O que desejam? O representante do grupo se pronuncia, com certa polidez, logo revelando o porque da inusitada aparição, e solicitam ao jovem marido e sua família para reunirem-se numa confraternização religiosa.
O jovem marido então com alguma cerimônia, embora ainda numa excitação aparente, chama da porta a sua esposa para apresentá-la ao inquieto povo de Deus. Então ela subitamente aparece, sem saber da situação presente na sala, e diante da porta ajeitando o babydoll fino, quase transparente, que inutilmente pretendia cobrir os fartos seios morenos, isso combinando com a minúscula calcinha tipo fio dental, que obviamente bem pequenininha só enfeitava seu corpo perfeito, robusto, sensual e de rico cofrinho. Ela estanca.
O marido meio tonto ainda quis lhe advertir da presença do grupo, mas já era tarde. Ele sem jeito, tenta remediar o clima geral provocado pela entrada da mulher, estonteantemente sensual. E assim quase cantando seu nome, fala silabicamente: MIII-LAAA-GREEEES!!! Ela com certo ar maroto nos olhos sorri, e com muita espontaneidade lhe responde: SIM, SIM!!!
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