em vivência
No começo da caminhada havia uma dolorosa necessidade de expor a tempestade, o vulcão, a paixão que sempre me contagia de dentro para fora e depois continua fazendo parte da respiração, naturalmente sem controle, como de fato acontece durante a criação dos meus poemas.
A biodança me deu (e dá) um banho de desafio e vitalidade em todos os momentos da criação dos meus textos, ora antes das vivências ora logo a seguir, re-significando, renascendo, regulando minhas energias e processos. Passarei à frente, em breve, essa arte nascida de uma fonte inesgotável de amor e vida em sua forma literária.
O sentimento amoroso é mais que fusão, dissolução, reintegração, tem haver com continuidade da vida, necessidade da fala e sopro compartilhados, livres em dois, constituindo-se três, cada um na sua individualidade, identidade, originando um terceiro ser numa aliança divina, seres “argilosos” em masculino e feminino, para daí se ter acesso à humanidade em sua plenitude.
Quero sim, esse momento de individuação, alteridade, de afeto ao outro, aceitando-se como ser e reconhecendo-se, que continue firme e possa fazer essa caminhada para um superviver, que colha muitos frutos da árvore da vida, dos desejos de transformação e transcendência no encontro da igualização, da liberdade como escolha, da solidariedade consciente e da cooperação espontânea vinda do coração.
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