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quinta-feira, fevereiro 24, 2011

crescimento do rombo vai sendo facilmente compensado com capitais que entram (!)

Cresce o rombo externo

por Celso Ming
O déficit nas contas externas (déficit em Conta Corrente) vai se alargando e poucos analistas apostam em que vá parar nos US$ 64 bilhões, ou 35% acima do registrado ao final do ano passado, como está nas projeções do Banco Central. Por enquanto, esse rombo está sendo coberto com certa facilidade. Mas ele reflete distorções que precisam de correção para não criarem problema depois.
Saldo em Conta Corrente é o resumo de todas as operações com o exterior (com exceção dos fluxos de capital). É o total de receitas e pagamentos no comércio (exportações e importações), serviços (juros, transportes, turismo, etc.) e as transferências unilaterais (o dinheiro recebido ou mandado pelas famílias a parentes do/no exterior). Se o saldo é negativo (déficit) tem de ser coberto ou com entradas de capitais ou com reservas.
Os levantamentos da Pesquisa Focus feitos semanalmente apontam para um déficit em Conta Corrente em 2011 de US$ 67,5 bilhões, ou 5,5% maior do que as projeções do Banco Central. Mas esta é uma avaliação que sobe todas as semanas.
O déficit crescente em Conta Corrente reflete dois problemas. O primeiro deles, mais citado, é o câmbio baixo, ou seja, a forte valorização da moeda brasileira ante o dólar, que barateia em reais os produtos importados e encarece em dólares a mercadoria nacional.
O enorme salto do déficit na conta de turismo, de US$ 1,1 bilhão apenas em janeiro (ou 76% mais alto do que o de janeiro de 2010), é uma boa ilustração desse fato. Hotéis, passagens aéreas, tarifas, refeições estão mais baratos no exterior do que por aqui. Fica mais em conta passar uma semana em Buenos Aires ou em Santiago do que no Rio ou em Salvador.
Mas a valorização do real não explica tudo e aí chegamos ao segundo problema. Como ensina a macroeconomia, expansão do déficit reflete aumento do consumo. Assim, boa parte desse saldo negativo se deve à disparada das importações em 2010, que foram 42% mais altas do que em 2009 e continuam crescendo em torno dos 30%. E essa aceleração tem a ver com o consumo interno turbinado pelo crescimento das despesas públicas em 2010.
O governo federal bem que gostaria de conter as importações. O ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, já fez inúmeras promessas de que tomaria providências enérgicas para barrar a entrada predatória de produtos estrangeiros. Mas vai engolindo de volta seu discurso porque as importações de produtos mais baratos têm de continuar fortes para controlar a inflação.
Por enquanto, o crescimento do rombo vai sendo facilmente compensado com capitais que entram em duas portas: Investimentos Estrangeiros Diretos (IED), que foram de US$ 45 bilhões em 2010 e podem passar dos US$ 50 bilhões em 2011; e tomada de empréstimos externos, que somaram US$ 34,6 bilhões em 2010 e podem chegar aos US$ 35 bilhões em 2011.
Por enquanto, há uma enorme disponibilidade de recursos no mercado internacional porque os bancos centrais dos países ricos estão emitindo moeda como nunca, alegadamente para financiar a retomada. Mas a volta da inflação pode mudar rapidamente essas condições e o que hoje abunda pode escassear.
Fonte: Estadão |Economia, 23/02/2011 | 19h12

segunda-feira, janeiro 24, 2011

"Inside Job": o comportamento criminoso de agentes políticos e econômicos

A história de um crime de 20 trilhões de dólares
Documentário que será lançado em fevereiro no Brasil mostra o comportamento criminoso de agentes políticos e econômicos que conduziu à crise mundial de 2008. Essa conduta criminosa provocou a perda do emprego e da moradia para milhões de pessoas. "Inside Job" (que ganhou o título de "Trabalho interno" em português) conta um pouco da história que Wall Street e seus agentes pelo mundo querem que seja esquecida o mais rápido possível. Documentário resultou de uma extensa pesquisa e de uma série de entrevistas com políticos e jornalistas, revelando relações corrosivas e promíscuas entre autoridades, agentes reguladores e a Academia.

Como causar uma quebradeira de 20 trilhões de dólares, por meio de uma farra de negócios especulativos, e cobrar a conta de milhões de pobres mortais que não participaram da festa? O documentário Inside Job (“Trabalho interno”, em português) responde essa pergunta mostrando o comportamento criminoso de agentes políticos e econômicos que conduziu à crise econômica mundial de 2008. Essa conduta criminosa provocou a perda do emprego e da moradia para milhões de pessoas. 
Dirigido por Charles Ferguson (mesmo diretor de No End in Sight) e narrado por Matt Damon, o documentário conta um pouco da história que Wall Street e seus agentes pelo mundo querem que seja esquecida o mais rápido possível. Para repeti-la, provavelmente.
O documentário resultou de uma extensa pesquisa e de uma série de entrevistas com políticos e jornalistas, revelando relações corrosivas e promíscuas entre autoridades, agentes reguladores e a Academia. 
Em No End in Sight, Ferguson faz uma análise sobre o governo de George W, Bush e sua conduta em relação à Guerra do Iraque e a ocupação do país, questionando as mentiras utilizadas pelas autoridades norte-americanas para sustentar a ocupação. Agora, em Inside Job, mais uma vez o diretor expõe uma teia de mentiras e condutas criminosas que prejudicaram seriamente (e seguem prejudicando) a vida de milhões de pessoas. Agende-se: a estreia do documentário no Brasil está prevista para o dia 18 de fevereiro. 
“Se você não ficar revoltado ao final do filme, você não estava prestando atenção” – diz uma das frases promocionais do documentário. Uma revolta necessária, pois, neste exato momento, muitos dos agentes causadores da crise (do roubo, seria melhor dizer) voltaram a dar “conselhos” para governos e sociedades. Algumas das mais novas vítimas são gregos, irlandeses, espanhóis, portugueses e outros povos europeus que estão sendo “convidados” a “aceitar a ajuda do FMI”. 
Os arautos das privatizações e da desregulamentação seguem soltos como se nada tivesse ocorrido. Inside Job mostra as entranhas deste mundo de cobiça, cinismo e mentira. São estes criminosos, no frigir dos ovos, que seguem dando as cartas no planeta. Preparem o estômago, abram os olhos e ouvidos e não deixem de ver esse filme.
Fonte: Carta Maior, 23/01/2011

sexta-feira, novembro 26, 2010

quando a bolha estoura, o refúgio é o Estado

A RAIVA MAL DIRIGIDA NOS EUA
Tomando emprestadas as palavras de Fritz Stern, o famoso estudioso da história alemã: tenho idade suficiente para lembrar-me daqueles dias ameaçadores nos quais os alemães despencaram da decência para a barbárie nazista. Em um artigo de 2005, Stern indica que tem o futuro dos EUA em mente quando repassa um processo histórico no qual o ressentimento contra um mundo secular desencantado encontrará a liberação no êxtase da fuga da razão. O mundo é demasiado complexo para que a história se repita, mas de todo modo há lições que devem ser relembradas.
Nunca havia testemunhado tamanho grau de irritação, desconfiança e desencanto como o que presenciamos nos Estados Unidos por ocasião das eleições de metade de mandato. Desde que os democratas chegaram ao poder, estão tendo que lidar com nosso monumental incômodo pela situação social, econômica e política do país. Em uma pesquisa da empresa Rasmussen Records, realizada em outubro, mais da metade da cidadania americana assegura ver com bons olhos o movimento Tea Party: esse é o espírito do desencanto.
Os motivos de queixa são legítimos. Nos últimos 30 anos, os salários reais da maioria da população estancaram ou diminuíram, enquanto que a insegurança trabalhista e a carga de trabalho seguiram aumentando, do mesmo modo que a dívida. Acumulou-se riqueza, mas só em alguns bolsos, provocando desigualdades sem precedente.
Estas são as consequências derivadas da financeirização da economia, que vem se desenvolvendo desde os anos 70, e do correspondente abandono da produção doméstica. Recordando esse processo: a mania da desregulamentação defendida por Wall Street e apoiada por economistas fascinados pelos mitos da eficiência do mercado.
O público adverte que os banqueiros, responsáveis em boa parte pela crise financeira e que tiveram que ser salvos da bancarrota, estão desfrutando de lucros recordes e suculentas bonificações, enquanto os índices do desemprego continuam em torno de 10%. A indústria encontra-se em níveis similares aos da Grande Depressão: um de cada seis trabalhadores está desempregado, e o cenário indica que os bons empregos não vão voltar.
O povo, com razão, quer respostas e ninguém as dá, com exceção de umas poucas vozes que contam histórias com certa coerência interna: desde que se suspenda a incredulidade e se adentre em seu mundo de disparate e engano.
Mas ridicularizar as travessuras do Tea Party não é o mais acertado. Seria muito mais apropriado tentar compreender o que sustenta o encanto desse movimento popular e nos perguntar por que uma série de pessoas irritadas estão sendo mobilizadas pela extrema direita e não pelo tipo de ativismo construtivo que surgiu nos tempos da Depressão (como, por exemplo, o Congresso das Organizações Industriais, CIO).
Neste momento, o que os simpatizantes do Tea Party ouvem é que todas instituições (governo, corporações e corpos profissionais) estão apodrecidas e que nada funciona. Entre o desemprego e outros inúmeros problemas, os democratas não têm tempo para denunciar as políticas que conduziram ao desastre. Pode ser que o presidente Ronald Reagan e seus sucessores republicanos tenham sido os grandes culpados, mas essas políticas iniciaram já com o presidente Jimmy Carter e se intensificaram com o presidente Bill Clinton. Durante as eleições presidenciais, entre o eleitorado principal de Barack Obama estavam as instituições financeiras, que afiançaram sua primazia sobre nas últimas décadas.
Aquele radical incorrigível do século XVIII, Adam Smith, referindo-se a Inglaterra, diria que os principais arquitetos do poder eram os donos da sociedade (naqueles dias, os mercadores e industriais), e estes se asseguravam que as políticas do governo se ativessem religiosamente a seus interesses, por mais penoso que fosse o impacto sobre a população inglesa, ou pior, sobre as vítimas da “selvagem injustiça dos europeus” em outros países.
Uma versão mais moderna e sofisticada da máxima de Smith é a teoria do investimento em partidos políticos, do economista político Thomas Ferguson, que considera as eleições como eventos nos quais grupos de investidores se unem para poder controlar o Estado, selecionando para isso os arquitetos daquelas políticas que atendem aos seus interesses.
A teoria de Ferguson é útil para antecipar as estratégias políticas para longos períodos de tempo. Isso não é nenhuma surpresa. As concentrações de poder econômico procurarão de maneira natural estender sua influência sobre qualquer processo político. O que ocorre é que, nos Estados Unidos, essa dinâmica é extrema.
E ainda assim pode-se argumentar que os desperdícios empresariais têm uma defesa válida frente às acusações de avareza e desprezo pelo bem comum. Sua tarefa é maximizar os lucros e o “bem-estar” do mercado. De fato, esse é seu dever legal. Se não cumprissem essa obrigação, seriam substituídos por alguém que o fizesse. Também ignoram o risco sistemático: a possibilidade que suas transações prejudiquem a economia em seu conjunto. Esse tipo de externalidade não é de sua incumbência, e não é por que sejam más pessoas, mas sim por razões de tipo institucional.
Quando a bolha estoura, os que correram os riscos correm para o refúgio do Estado. As operações de resgate, uma espécie de apólice de seguro governamental, constituem um dos perversos incentivos que magnificam as ineficiências do mercado. 
Cada vez está mais ampliada a ideia de que nosso sistema financeiro percorre um ciclo catastrófico, escreveram, em janeiro deste ano, os economistas Peter Boone e Simon Johnson, no Financial Times. Toda vez que ele sucumbe, confiamos que seja resgatado por políticas fiscais e dinheiro fácil. Esse tipo de reação mostra ao setor financeiro que ele pode fazer grandes apostas, pelas quais será generosamente recompensado, sem ter que se preocupar com os custos que possa vir a ocasionar, porque será o contribuinte quem acabará pagando por meio de resgates e outros mecanismos. E, como consequência, o sistema financeiro ressuscita outra vez, para apostar de novo e voltar a cair.
O dia do juízo final é uma metáfora que também se aplica fora do mundo financeiro. O Instituto do Petróleo Americano, respaldado pela Câmara de Comércio e outros grupos de pressão, intensificou seus esforços para persuadir o público a abandonar sua preocupação com o aquecimento global provocado pelo homem e, segundo mostram as pesquisas, obteve bastante êxito nesta tarefa. Entre os candidatos republicanos ao Congresso nas eleições de 2010, praticamente todo mundo rechaça a ideia de aquecimento global.
Os executivos responsáveis pela propaganda sabem de sobra que o aquecimento global é verídico e nosso futuro incerto. Mas o destino das espécies é uma externalidade que os executivos têm que ignorar, pois o que se impõe é o sistema de mercado. E o público não poderá sair em operação de resgate quando finalmente se confirme o pior dos cenários possíveis.
Tomando emprestadas as palavras de Fritz Stern, o famoso estudioso da história alemã: tenho idade suficiente para lembrar-me daqueles dias ameaçadores nos quais os alemães despencaram da decência para a barbárie nazista. Em um artigo de 2005, Stern indica que tem o futuro dos EUA em mente quando repassa um processo histórico no qual o ressentimento contra um mundo secular desencantado encontrará a liberação no êxtase da fuga da razão.
O mundo é demasiado complexo para que a história se repita, mas de todo modo há lições que devem ser relembradas quando verificamos as consequências de outro ciclo eleitoral. Não é pequena a tarefa diante de quem deseje apresentar-se como uma alternativa à indignação e à fúria enlouquecida, ajudando a organizar os não poucos descontentes e sabendo liderar o caminho para um futuro mais próspero.
Tradução: Marco Aurélio Weissheimer
Fonte: Carta Maior, 25/11/2010

domingo, novembro 14, 2010

distribuição de renda e força geopolítica

Mudança nos termos de intercâmbio, desocidentalização e sustentabilidade ambiental

por José Eustáquio Diniz Alves*

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Estamos assistindo atualmente a uma guerra cambial entre os diversos países do mundo, mas com os Estados Unidos e a China no centro da disputa. Esta guerra cambial reflete mudanças mais amplas que estão ocorrendo no mundo.
Enquanto o século XIX foi considerado um século inglês, o século XX foi considerado um século americano. Os Estados Unidos (EUA) aproveitaram os seus enormes recursos naturais, baixa densidade demográfica e grande vantagem comparativa na produção industrial e se tornaram uma potência mundial. A posição privilegiada dos EUA criou uma situação internacional em que os preços dos produtos industriais sempre se valorizavam em relação ao preço das matérias-primas (ou commodities, como se costuma dizer atualmente). Sem considerar outras injunções, a riqueza do país foi, em grande parte, o resultado do aproveitamento desta situação favorável.
Analisando o quadro econômico do século passado, Raul Prebisch e a escola cepalina consideravam que os países “periféricos”, ou do Terceiro Mundo, sofriam com a evolução desfavorável dos termos internacionais de troca, pois a baixa elasticidade renda da demanda de produtos primários por parte dos países desenvolvidos deprimia o preço das commodities, enquanto o aumento da produtividade do setor exportador transferia para o exterior o fruto do progresso técnico das economias periféricas.
Arghiri Emmanuel, de uma perspectiva teórica um pouco diferente, considerava que a deterioração do preço das mercadorias transacionadas entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos era decorrente do baixo valor da força de trabalho periférica. Assim, os diferenciais de remuneração da mão-de-obra possibilitavam apropriações diferenciadas do lucro nos dois polos do sistema internacional. A baixa taxa de crescimento populacional nos países desenvolvidos e o alto crescimento populacional nos países periféricos reforçava a apreciação do valor da força de trabalho, nos primeiros, e uma depreciação, nos segundos.
O fato é que durante o século XX os países centrais apresentaram maior crescimento econômico do que os países periféricos, elevando as desigualdades internacionais da renda per capita. Desta forma, mesmo apresentado menor crescimento demográfico, os países desenvolvidos apresentaram grande crescimento do consumo de produtos de todos os tipos. Já os países subdesenvolvidos apresentavam alto crescimento demográfico e baixo crescimento do consumo. Portanto, o impacto ambiental foi maior nos países desenvolvidos, pois a pegada ecológica dos países mais ricos é cerca de 6 vezes superior à dos países mais pobres. Ou seja, o impacto ambiental do consumo dos ricos foi superior ao crescimento populacional dos pobres.
Contudo, este padrão começou a mudar a partir do ano 2000. Dados do FMI mostram que os países subdesenvolvidos e emergentes (cerca de 83% da população mundial) representavam apenas 38% do PIB mundial (em poder de paridade de compra – ppp), em 2000. Já em 2010, os países subdesenvolvidos representam 47% do PIB e devem ultrapassar 50% a partir de 2013. Isto é, no século XXI, os países do Terceiro Mundo estão apresentando maiores taxas de crescimento econômico. Nos dois últimos anos, os países industrializados passaram por severos surtos de instabilidade financeira. Assim com a Grécia, outros países avançados enfrentam problemas graves de dívida soberana e alto desemprego. Mas as economias emergentes, no passado consideradas como mais vulneráveis, provaram-se notavelmente resistentes.
A China é a grande responsável pela mudança e pelo alto desempenho. Em primeiro lugar, o país apresenta baixo crescimento demográfico (o país possui uma política draconiana de controle populacional) e alto crescimento econômico. Embora ainda não possa ser considerada uma nação desenvolvida, a China avança rapidamente no aumento do seu padrão de consumo e já é o país com maior impacto total sobre o meio ambiente e o maior emissor de gases do efeito estufa.
Mas o impacto maior tem sido a mudança nos termos internacionais de intercâmbio, pois a China tem conseguido ampliar a produção de bens industriais a preços declinantes, garantido uma demanda crescente de commodities a preços ascendentes. Ou seja, possuindo uma força de trabalho numerosa e barata, a China consegue incorporar, além de inovações tecnológicas, capital humano e físico para produzir bens e serviços de baixo custo.
Nos últimos 20 anos, a China tem conseguido desinflar o preço dos produtos industriais, permitindo que as companhias possam rebaixar custos e preços, garantindo uma oferta quase ilimitada à crescente demanda de consumo da classe média mundial. O envelhecimento populacional e as recentes greves acontecidas em fábricas do sul da China podem colocar em xeque este esquema de mão-de-obra abundante e barata.
Concomitantemente à alta demanda chinesa por matérias-primas, que fez aumentar o preço das commodities no plano internacional, o alto superávit comercial com os países desenvolvidos possibilitou que a China acumulasse altas reservas cambiais que estão sendo investidas nos países do Terceiro Mundo, para garantir o suprimento de insumos industriais. Isto ficou claro em 2009 e 2010, quando os EUA e a Europa entraram em crise econômica, mas os países em desenvolvidos tiveram bom desempenho e sofreram pouco os efeitos e recessão acontecida nos países desenvolvidos.
A China colocou mais de US$ 50 bilhões na América Latina nos últimos 18 meses. Companhias estatais e bancos chineses estão investindo pesado na região, especialmente por meio de créditos garantidos com entrega de petróleo. Os objetivos são garantir matérias-primas, vender produtos e diversificar suas reservas internacionais. A Venezuela lidera com US$ 28 bilhões em créditos chineses. Depois vêm Brasil e Argentina, com US$ 10 bilhões cada. Muitos bancos e empresas chinesas são estatais ou contam com apoio do governo. Por isso, não se guiam só por lucro, mas também por decisões políticas, o chamado “capitalismo de Estado”. De certa forma, estas mudanças refletem a perda de influência do “Consenso de Washington” e mostram a crescente presença do chamado “Consenso de Beijing”.
Desta maneira, a China – que deve ser o país economicamente hegemônico do século XXI – está liderando uma grande transformação internacional que, do ponto de vista econômico, tende a favorecer os países em desenvolvimento. Isto quer dizer que são os países de maior crescimento demográfico que vão apresentar as maiores taxas de crescimento econômico. Portanto, enquanto o grupo desenvolvido – que mais poluiu no passado – tende a reduzir sua pegada ecológica no século XXI, os países subdesenvolvidos tendem a aumentar muito seus impactos ambientais.
A Índia, por exemplo, desde 2005, deve ter um aumento de 500 milhões de habitantes, chegando a 1,6 bilhão em 2050 (cerca de 1% ao ano). Mas em termos econômicos tem apresentado taxas de crescimento acima de 7% ao ano. Isto quer dizer que o crescimento do consumo indiano será enorme nas próximas décadas, como aponta a produção do carro Nano, da Tata Motors, que deverá custar módicos US$ 2,5 mil e deverá estar presente em todas as ruas da Índia e do mundo.
Segundo o relatório “Perspectivas sobre o Desenvolvimento Mundial 2010 – Deslocamento da Riqueza” (divulgado em 16/06/2010), da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico, os 30 países da OCDE representavam 62% do PIB mundial, no ano 2000. Porém, os países subdesenvolvidos, ou emergentes (não pertencentes à OCDE) vêm apresentando um crescimento mais acelerado no século XXI e passaram de 38% do PIB, em 2000, para 49%, em 2010, e devem atingir 57% do PIB mundial, em 2030.
Ou seja, o centro de gravidade econômica do planeta tem caminhado em direção ao leste e ao sul do globo – isto é, dos países ricos que integram a OCDE para os países emergentes – fenômeno que o referido relatório chama de “deslocamento da riqueza”. Isto representa um processo de desocidentalização da economia internacional. Este processo de desocidentalização do mundo não significa que o Ocidente vá declinar em termos absolutos, mas significa uma perda relativa. Já os países não-ocidentais irão crescer em termos absolutos e relativos. A novidade é que, a partir de 2011, a participação da economia dos países ocidentais deixará de ser superior a 50% do PIB mundial (em valores ppp). A valores de mercado, as economias emergentes devem superar as economias avançadas antes do fim desta segunda década do século XXI.
Evidentemente, a perda de posição dos países “avançados” e o aumento absoluto e relativo dos países “emergentes” é uma boa noticia do ponto de vista da distribuição de renda e da força geopolítica dos países que não pertencem ao “Ocidente do Norte” (OCDE). A própria mudança da “governança global” do G-8 para o G-20 já reflete um certo peso das principais economias “emergentes”, como China, Índia, Indonésia, Brasil, África do Sul, etc. Mas ainda falta se atingir uma maior representatividade das economias emergentes no FMI, Banco Mundial e instâncias de deliberação da ONU, como o Conselho de Segurança.
Porém, o crescimento econômico dos países mais populosos – que estão mimetizando o padrão de consumo dos países ocidentais – vai provocar um enorme stress sobre o meio ambiente. O grande desafio das próximas décadas será: a) garantir a capacidade de regeneração da Terra; b) mitigar o aquecimento global; e, c) garantir a sobrevivência da biodiversidade do Planeta. Assim, mais do que nunca é preciso discutir a alternativa do modelo do “decrescimento sustentável”, especialmente a redução das atividades mais poluidoras, com mudança no padrão de consumo e o avanço da sociedade do conhecimento e da produção de bens imateriais e intangíveis.
Referências:
ALVES, J.E.D. O Consenso de Beijing e a mudança de hegemonia. Aparte, IE/UFRJ, 05/02/2010
(*)José Eustáquio Diniz Alves, colunista do Ecodebate, é Doutor em demografia e professor titular do mestrado em Estudos Populacionais e Pesquisas Sociais da Escola Nacional de Ciências Estatísticas – ENCE/IBGE. As opiniões deste artigo são do autor e não refletem necessariamente aquelas da instituição. E-mail: jed_alves@yahoo.com.br
Fonte: EcoDebate, 21/10/2010

segunda-feira, agosto 23, 2010

globalización, financiarización y mercado de trabajo

Reformas laborales: salida de la crisis (por la puerta falsa)
por Fernando Luengo - 01/08/10



Parece mentira, pero es cierto, la reforma del mercado de trabajo ocupa un lugar estelar en el debate sobre las estrategias para la superación de la crisis económica. Poco importa que ésta se haya incubado en el sector financiero del mundo capitalista desarrollado, propagándose con rapidez al tejido productivo y causando una profunda contracción del producto y del empleo. Una crisis global que apuntaba al corazón mismo del proceso de acumulación invitaba, casi obligaba, a un debate sobre los modelos de crecimiento inspirados en la globalización y la financiarización de los procesos económicos. Pues no, mientras que “el casino” sigue prácticamente intacto –la distribución de la renta y la riqueza que lo alimenta, los beneficios extraordinarios y la opacidad de los mercados donde operan los grandes jugadores-, el mercado de trabajo centra la atención. Como si la consolidación del todavía magro crecimiento económico y, más aún, la mejora de la competitividad de las empresas y las naciones dependiera de su reforma.
Dos son los argumentos que respaldan este planteamiento. En primer lugar, la “rigidez” del mercado laboral es un lastre que dificulta la adaptación de las empresas a un entorno cambiante que exige dosis crecientes de flexibilidad. En segundo lugar, el aumento de los costes laborales presiona sobre los precios, en un contexto donde la competencia global y de manera muy especial la procedente de los países de bajos salarios es cada vez más intensa, al tiempo que merma los márgenes de beneficio, comprometiendo la viabilidad del proyecto empresarial.
De este tronco argumental se derivan sendas conclusiones. La primera apunta a la necesidad de liberalizar las relaciones laborales, convertir los costes fijos (salariales) en variables, reducir o incluso eliminar las interferencias administrativas de manera que los procesos de contratación y despido se gestionen con la mayor autonomía y flexibilidad entre las partes afectadas, trabajadores y empresarios. La segunda plantea moderar el comportamiento de las retribuciones de los trabajadores con el objeto de que su nivel y evolución sean compatibles con la recuperación de los beneficios, pues éstos son el motor del proceso de acumulación y, en esa medida, de la reestructuración competitiva de las empresas. Si, como resultado de todo ello, la actividad económica se dinamiza y desaparecen las “trabas” a la contratación, aumentarán el empleo y los salarios. En definitiva, todos ganan.
Una pregunta, quizás ingenua: ¿por qué razón cabe esperar que ahora funcione lo que antes no ha dado resultados? Por un lado, la mayor parte de los gobiernos europeos han introducido a lo largo de las dos últimas décadas diferentes reformas encaminadas a la desregulación del mercado de trabajo; por otro, el ritmo de crecimiento de los salarios ha sido inferior al de la productividad del trabajo. La dinámica laboral ha contribuido así al aumento de los beneficios y a la mejora de la competitividad de las empresas,… sin que a cambio haya mejorado el balance ocupacional y se hayan obtenido buenos registros en materia de crecimiento.
¡¡Un momento!! Puede que lo anterior sea cierto, pero, se nos dice, la razón estriba en que el paquete de reformas no se ha aplicado con la suficiente profundidad, amplitud y contundencia. Pero ¿hasta dónde deben llevarse esas reformas? ¿en qué espejo debe mirarse una Europa que pretende alcanzar altas cotas de competitividad y al mismo tiempo avanzar en la cohesión social y en los derechos laborales y civiles, personales y colectivos?
Ambas preguntas nos introducen en el debate sobre el contenido y los confines de los cambios que deberían aplicarse en el mercado laboral. Antes de realizar algunas consideraciones sobre el particular, conviene precisar que el mercado de trabajo no sólo es un espacio singular – muy diferente de cualquier otro mercado - sino que además es una de las piedras angulares de las políticas sociales. La obtención de un empleo digno, con derechos y adecuadamente remunerado, el reconocimiento de la negociación colectiva, la prestación de un subsidio del que se puedan beneficiar los trabajadores que pierden su ocupación y la existencia de un salario mínimo constituyen componentes básicos de las políticas de cohesión social.
Así pues, las reformas laborales que debilitan la presencia de las instituciones, otorgan espacios crecientes al mercado y refuerzan la posición del capital frente al trabajo representan una carga de profundidad dirigida a la línea de flotación de los estados de bienestar europeos. Estamos ante una batalla de gran recorrido donde el objetivo es ampliar los espacios de negocio del sector privado, batalla que, por cierto, también se está librando en otros frentes, como el de las pensiones, la educación o la sanidad.
Más allá de estas consideraciones, la concepción dominante de la reforma laboral permanece anclada en la geografía, a todas luces insuficiente, de la competitividad-coste, omitiendo asimismo el hecho de que los costes laborales representan una parte – variable según empresas e industrias - pero relativamente reducida de los costes totales que enfrenta la firma. Se ignoran así otros factores de mayor calado estratégico, distintos del coste y del precio, que desbordan con mucho la esfera laboral; entre otros, la cultura empresarial, el entorno institucional, la calidad de las infraestructuras, el entramado educativo o el sistema de ciencia y tecnología. Pero solo desde un planteamiento capaz de integrar esta complejidad y de detectar las interacciones y sinergias que existen entre planos tan diversos será posible elaborar diagnósticos adecuados, capaces de acometer con garantías el desafío competitivo.
Las políticas de moderación salarial, situadas en el corazón de las estrategias competitivas, además de traducir un diagnóstico de corto recorrido y, por esa razón, de efectos limitados, presentan, cuando menos, dos derivadas adicionales. La primera es su impacto restrictivo sobre la demanda agregada de la economía, forzando la instrumentación de políticas de signo exportador, acudiendo a espacios donde no ha dejado de intensificarse la presión competitiva. La segunda –acaso menos visible, pero no por ello de menor enjundia- es que las demandas o exigencias de contención salarial terminan por impregnar la cultura empresarial; hasta el punto de que se sigue apelando a esa “milagrosa” receta aún cuando el patrón dominante de las últimas décadas ha sido que los salarios han avanzado (cuando lo han hecho) por debajo de la productividad del trabajo.
Estamos ante un debate de mucha trascendencia que no cabe eludir, con implicaciones de gran calado para la política económica. En paralelo la crisis económica representa una oportunidad para alumbrar nuevas ideas y estrategias y Europa puede jugar un destacado papel en ese proceso renovador. Ójala la reflexión sobre las reformas laborales se integre en una más estratégica sobre los modelos productivos, sociales y medioambientales.
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Fernando Luengo es profesor de Economía Aplicada e investigador del Instituto Complutense de Estudios Internacionales (Universidad Complutense de Madrid).
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Fonte: www.sinpermiso.info, 1 agosto 2010.

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