quarta-feira, julho 16, 2025

O domínio do imperialismo Chinês

O domínio do imperialismo Chinês 

Há uma relação histórica complexa e multifacetada entre imperialismo e internacionalismo, que pode ser analisada a partir de diferentes perspectivas, dependendo do contexto histórico, político e ideológico. 

A relação entre imperialismo e internacionalismo é dialética: o imperialismo, ao criar desigualdades e conflitos globais, frequentemente gerou movimentos internacionalistas como resposta, seja para combatê-lo (como no anticolonialismo) ou para disfarçá-lo (como em algumas formas de globalização). No entanto, o internacionalismo puro, que busca igualdade e cooperação genuína, tende a ser desafiado pelas dinâmicas de poder inerentes ao imperialismo.

O governo chinês combina elementos de imperialismo econômico e político com uma ideologia socialista que serve tanto como justificativa interna quanto como ferramenta de soft power global. Embora o discurso do PCC enfatize a solidariedade internacionalista e o anti-imperialismo (especialmente contra o Ocidente), suas práticas, como a BRI e a expansão de influência econômica, exibem traços imperialistas, como a exportação de capital e a criação de dependências nas relações econômicas. A tensão entre a retórica socialista e as ações capitalistas reflete a natureza híbrida do modelo chinês, que busca poder global enquanto mantém a fachada de um projeto emancipatório.

1. Imperialismo como obstáculo ao internacionalismo

O imperialismo se expressa na prática de dominação de um país ou povo sobre outros, geralmente por meio de conquistas territoriais, exploração econômica ou influência cultural e política.

O internacionalismo carrega a ideologia ou prática que promove a cooperação e solidariedade entre nações ou povos, muitas vezes com o objetivo de igualdade ou emancipação global.

Historicamente, o imperialismo frequentemente se opôs ao internacionalismo, especialmente em sua forma socialista ou proletária. Por exemplo: Durante o século XIX e início do século XX, potências imperiais (como Reino Unido, França e Alemanha) expandiram seus impérios explorando colônias, o que gerava desigualdades e conflitos que dificultavam a solidariedade global defendida por movimentos internacionalistas, como a Primeira e a Segunda Internacional (organizações socialistas).

O imperialismo, ao priorizar interesses nacionais ou de elites econômicas, frequentemente minava os ideais de igualdade e cooperação transnacional.

2. Internacionalismo como resposta ao imperialismo

O internacionalismo, especialmente o de cunho socialista ou anticolonial, surgiu muitas vezes como uma reação direta ao imperialismo. No século XX, movimentos como o leninismo e o internacionalismo proletário (Terceira Internacional, ou Comintern) viam o imperialismo como uma fase avançada do capitalismo, conforme descrito por Lenin em “Imperialismo, Fase Superior do Capitalismo" (1916). Esses movimentos buscavam unir trabalhadores e povos oprimidos globalmente contra as potências imperiais.

Movimentos anticoloniais, como a Conferência de Bandung (1955), promoveram um internacionalismo do Sul Global, unindo nações asiáticas e africanas contra o imperialismo ocidental, defendendo a soberania e a cooperação entre países recém-independentes.

3. Imperialismo disfarçado de internacionalismo

Em alguns casos, potências imperiais usaram a retórica do internacionalismo para justificar suas ações. Durante o século XIX, a "missão civilizatória" europeia era apresentada como uma forma de universalismo, mas na prática servia para justificar a colonização e a exploração de outros povos.

No século XX, tanto a Guerra Fria quanto iniciativas como a "globalização" liderada por potências ocidentais foram, em parte, promovidas como formas de cooperação internacional, mas frequentemente reforçavam a hegemonia de grandes potências, como os EUA, sobre nações menos desenvolvidas.

4. Tensões e convergências

Tensões: O internacionalismo, em sua forma idealista (como o defendido por movimentos socialistas ou pela ONU), busca igualdade e cooperação, enquanto o imperialismo é inerentemente hierárquico, criando divisões entre dominadores e dominados.

Convergências: Algumas formas de internacionalismo, como o liberalismo globalizado, podem coexistir com práticas imperialistas, como quando instituições internacionais (FMI, Banco Mundial) impõem políticas econômicas que favorecem países ricos em detrimento de nações periféricas.

5. Exemplos históricos concretos

Primeira Guerra Mundial (1914-1918): A rivalidade imperialista entre potências europeias destruiu os ideais da Segunda Internacional, que pregava a solidariedade entre trabalhadores, mas viu socialistas de diferentes países apoiarem suas nações na guerra.

Descolonização (século XX): Movimentos internacionalistas, como o pan-africanismo e o pan-arabismo, uniram povos contra o imperialismo, resultando na independência de muitas nações.

Guerra Fria: A URSS promoveu um internacionalismo socialista, enquanto os EUA defendiam um internacionalismo liberal, mas ambos usaram essas ideologias para expandir sua influência, muitas vezes com práticas imperialistas.

O “Imperialismo socialista”

O papel do governo chinês e seu modelo de capitalismo de Estado pode ser analisado sob a lente de práticas que evocam características imperialistas, mesmo que embaladas em uma retórica de ideologia socialista. Essa relação é complexa e envolve tensões entre os princípios declarados do socialismo chinês e as ações práticas do Estado em âmbito doméstico e internacional. 

Capitalismo de Estado chinês e socialismo

O que é o capitalismo de Estado chinês? O modelo chinês, frequentemente descrito como "socialismo com características chinesas", combina controle estatal centralizado com elementos de economia de mercado. Empresas estatais (SOEs) dominam setores estratégicos (energia, infraestrutura, tecnologia), enquanto o setor privado opera sob forte regulação do Partido Comunista Chinês (PCC).

A ideologia socialista é usada para justificar o controle estatal, com a narrativa de que o objetivo é o bem-estar coletivo e a construção de uma "sociedade harmoniosa". No entanto, na prática, o sistema permite acumulação de capital e desigualdades significativas.

O socialismo e sua retórica

O PCC mantém a retórica socialista, inspirada em Marx, Lenin e Mao, enfatizando a "luta de classes" e a liderança do proletariado. Contudo, desde as reformas de Deng Xiaoping (1978 em diante), o foco passou a ser o crescimento econômico e a estabilidade, mesmo que isso signifique adotar práticas capitalistas.

6. Aspectos imperialistas do modelo chinês

Embora a China oficialmente rejeite o rótulo de imperialista, certas ações podem ser interpretadas como imperialistas, especialmente sob a definição leninista de imperialismo como a fase superior do capitalismo, marcada pela exportação de capital e influência global. 

A Iniciativa Cinturão e Rota (Belt and Road Initiative - BRI)

A BRI, lançada em 2013, é um projeto de infraestrutura global que conecta a China a dezenas de países por meio de investimentos em portos, estradas e ferrovias. Seus aspectos imperialistas são apontados por críticos que enfatizam que a BRI cria dependência econômica em países em desenvolvimento, como no caso de "armadilhas de dívida" (ex.: Sri Lanka, que cedeu o porto de Hambantota à China após dificuldades de pagamento). Isso ecoa práticas históricas de potências imperiais que usavam dívidas para exercer controle.

A China apresenta a BRI como uma forma de "cooperação Sul-Sul" e desenvolvimento mútuo, alinhada com o internacionalismo socialista, mas os benefícios frequentemente favorecem empresas chinesas.

Exportação de capital e influência

A China investe pesadamente em recursos naturais (ex.: mineração na África e América Latina) e tecnologia (ex.: Huawei e 5G). Esses investimentos muitas vezes vêm com condições que beneficiam interesses chineses, como acesso preferencial a mercados ou recursos. O controle de cadeias de suprimento globais (ex.: terras raras) e a expansão de empresas estatais ou semiestatais reforçam a influência econômica global da China, uma característica típica do imperialismo econômico.

Soft power e influência cultural/política

Institutos Confúcio, mídia estatal global (CGTN) e diplomacia econômica promovem a narrativa chinesa de um "mundo multipolar" e de liderança benevolente. Isso pode ser visto como uma forma de imperialismo cultural, pois busca moldar percepções globais e legitimar o modelo político chinês, muitas vezes em oposição aos valores ocidentais.

7. Socialismo como justificativa ideológica das ações 

O governo chinês utiliza a retórica socialista para legitimar suas ações, tanto internamente quanto no exterior.

Internamente, o PCC apresenta o capitalismo de Estado como uma etapa necessária para alcançar o socialismo pleno, justificando desigualdades e repressão (ex.: controle sobre minorias como uigures em Xinjiang) como medidas para "estabilidade social".

Externamente, a China se posiciona como líder do Sul Global, promovendo um internacionalismo anti-hegemônico (contra o domínio ocidental, especialmente dos EUA). Isso ressoa com a retórica socialista de solidariedade entre povos oprimidos, mas na prática serve aos interesses estratégicos chineses.

Críticas e contradições

Críticas ao "imperialismo chinês"

Países ocidentais e alguns do Sul Global acusam a China de práticas neocoloniais, especialmente em nações africanas e asiáticas, onde os investimentos chineses muitas vezes beneficiam mais a China do que os países hospedeiros. A exploração de recursos naturais e a falta de transparência em acordos comerciais reforçam essa percepção.

O socialismo, em teoria, rejeita a exploração de classe e a dominação de nações. No entanto, o capitalismo de Estado chinês permite a acumulação de riqueza por elites (muitas ligadas ao PCC) e a exploração de trabalhadores, tanto na China quanto em projetos internacionais.

A repressão interna (ex.: censura, vigilância em massa) e a busca por hegemonia regional (ex.: disputas no Mar do Sul da China), contradizem as narrativas da ideologia socialista.

8. A Iniciativa Cinturão e Rota (BRI)

 A BRI foi lançada pela China em 2013, tem como objetivo promover a conectividade global por meio de investimentos em infraestrutura, comércio e cooperação econômica. 

No Brasil, a BRI tem se manifestado de maneira significativa em projetos como a Ferrovia Bioceânica, que busca conectar o Oceano Atlântico ao Oceano Pacífico, integrando portos e ferrovias para facilitar o comércio, especialmente com a Ásia. Este projeto, que envolve o Porto de Ilhéus (BA) e o Porto de Chancay (Peru), reflete tanto oportunidades econômicas quanto mudanças nas relações de poder, com impactos regionais e geopolíticos. A seguir, detalho como a BRI está impactando o Brasil, focando na Ferrovia Bioceânica, seus investimentos e as dinâmicas de poder envolvidas.

A Ferrovia Bioceânica e sua relevância no contexto da BRI

A Ferrovia Bioceânica é um projeto ambicioso que visa criar um corredor logístico transcontinental, conectando o Porto de Ilhéus, na Bahia, ao Porto de Chancay, no Peru, com cerca de 3.000 km de extensão, atravessando Brasil, Bolívia e Peru. O projeto integra as Rotas de Integração Sul-Americana do governo brasileiro e está alinhado com os objetivos da BRI de fortalecer a conectividade global.

Objetivos econômicos

Redução de custos logísticos: A ferrovia promete reduzir em até 20% os custos de transporte e em cerca de 10 dias o tempo de viagem de cargas para a Ásia, em comparação com rotas marítimas tradicionais via Canal do Panamá. Isso beneficia especialmente a exportação de commodities (grãos, minérios) do Centro-Oeste e Nordeste brasileiro.

Integração multimodal: O projeto combina ferrovias (como a Ferrovia de Integração Oeste-Leste – FIOL e a Ferrovia de Integração Centro-Oeste – FICO) com rodovias e hidrovias, aproveitando infraestruturas existentes, como as rodovias BR-364 e BR-317 no Brasil e a IIRSA Sur no Peru.

O acesso aos mercados asiáticos: O Porto de Chancay, financiado pela China e inaugurado em 2024, é projetado para receber navios de grande porte, servindo como ponto estratégico de entrada de mercadorias asiáticas na América do Sul e de escoamento de produtos sul-americanos para a China.

O desenvolvimento regional: A ferrovia atravessará regiões como o Matopiba (fronteira entre Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), Goiás, Mato Grosso, Rondônia e Acre, promovendo desenvolvimento em áreas historicamente menos favorecidas. Estimativas indicam que o PIB dessas regiões pode crescer até 3% ao ano com os investimentos em infraestrutura, comércio e serviços. Cidades como Corumbá (MS) e Porto Velho (RO) podem se tornar centros logísticos, atraindo indústrias e empregos.

9. Investimentos chineses e sua implementação no Brasil

A China tem desempenhado um papel central no financiamento e na expertise técnica para a Ferrovia Bioceânica, embora o Brasil ainda não tenha aderido formalmente à BRI. Os investimentos chineses no Brasil, que já ultrapassam US$ 70 bilhões desde 2005, são o maior destino de capital chinês no Sul Global, e a Ferrovia Bioceânica é um dos projetos prioritários.

Acordos e negociações: 

Em 2015, durante o governo Dilma Rousseff, a China aprovou financiamento inicial via Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (AIIB) para estudos de viabilidade da ferrovia, embora o projeto não tenha avançado na época devido a instabilidades políticas no Brasil.

Desde 2023, sob o governo Lula, as negociações foram retomadas. Em julho de 2025, um memorando de entendimentos foi assinado entre a Infra S.A. (Brasil) e a China Railway Economic and Planning Research Institute. Esse acordo prevê estudos aprofundados para integrar a ferrovia a um sistema multimodal. A China State Railway Group realizou visitas técnicas a Brasília, Mara Rosa (GO) – entroncamento entre FIOL, FICO e Ferrovia Norte-Sul – e aos portos de Ilhéus e Santos, sinalizando forte interesse no projeto.

Empresas chinesas envolvidas:

Empresas como a BYD, que possui uma fábrica de veículos elétricos próxima ao Porto de Aratu (BA), e a NIO (outra montadora chinesa) se beneficiarão diretamente da infraestrutura da ferrovia para exportação e importação.

A estatal China Merchants Group, que opera o Porto de Chancay, é um exemplo de como empresas chinesas controlam pontos estratégicos da cadeia logística.

Investimentos financeiros:

O projeto da Ferrovia Bioceânica está estimado em cerca de €12 bilhões (aproximadamente R$ 60 bilhões). O governo brasileiro destinou R$ 120 milhões para estudos de viabilidade técnica e ambiental até 2025, com licitações previstas para 2026 e início das obras em 2027. A primeira fase (Brasil-Bolívia) tem previsão de conclusão até 2032.

A China oferece financiamento via empréstimos e parcerias público-privadas, complementando a falta de capital privado nacional suficiente para projetos dessa magnitude.

9. Relações de poder e implicações geopolíticas

A implementação da Ferrovia Bioceânica no contexto da BRI reflete dinâmicas de poder complexas, tanto no âmbito doméstico quanto internacional, com implicações para o Brasil, a China e outros atores globais.

Implicações para o Brasil

Desigualdades regionais: Há um lobby para redirecionar a rota da ferrovia para os estados do Sudeste e Sul (Santos/SP e Paranaguá/PR), utilizando portos chilenos como Iquique ou Antofagasta, em vez do Porto de Ilhéus. Isso poderia marginalizar o Nordeste e o Centro-Oeste, aprofundando desigualdades regionais, já que a rota atual aproveita investimentos existentes na FIOL e na Transnordestina, além da presença da BYD na Bahia.

O Itamaraty parece expressar ceticismo sobre os benefícios adicionais de aderir formalmente à BRI, mas não esboça resistência, dado que o Brasil já recebe significativos investimentos chineses. Há preocupações sobre possíveis represálias dos EUA, que veem a BRI como uma ferramenta de expansão do poder global chinês, embora a aproximação dos governos Brasil-China se acentue com celeridade.

A integração regional: 

O projeto está inserido no Plano de Integração Sul-Americana do governo Lula, que inclui cinco rotas de integração, como a Rota Bioceânica de Capricórnio (ligando Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina a Paraguai, Argentina e Chile) e a Rota Quadrante Rondon (Acre, Rondônia, Mato Grosso com Bolívia, Peru e Chile). Isso fortalece a liderança brasileira na América do Sul, mas exige coordenação com países vizinhos.

Relações Brasil-China:

A China é o maior parceiro comercial do Brasil desde 2009, com exportações brasileiras (31,7% destinadas à China em 2024) focadas em commodities como soja e minério de ferro. A Ferrovia Bioceânica reforça essa relação, mas também aumenta a dependência econômica do Brasil em relação à China. O projeto é visto como uma forma indireta de integrar o Brasil à BRI, mesmo sem adesão formal, já que a ferrovia se conecta ao Porto de Chancay, um dos maiores projetos da BRI na América Latina.

O impacto da BRI no Brasil, com foco na implementação do modal ferrovia-portos da Ferrovia Bioceânica, se expressa nos seus investimentos e nas dinâmicas de poder envolvidas.

A China apresenta a BRI como uma iniciativa de cooperação Sul-Sul, mas críticos apontam que ela reforça uma lógica centro-periferia, com o Brasil fornecendo matérias-primas e a China controlando cadeias logísticas e tecnológicas.

A Iniciativa Cinturão e Rota (BRI), lançada pela China em 2013, é um projeto global de infraestrutura que busca fortalecer a conectividade econômica entre continentes, com investimentos estimados em mais de US$ 1 trilhão em 148 países. No Brasil, a BRI tem se manifestado significativamente por meio de projetos como a Ferrovia Bioceânica, que visa conectar o Porto de Ilhéus (BA) ao Porto de Chancay (Peru), integrando portos e ferrovias para facilitar o comércio, especialmente com a Ásia. 

Benefícios e desafios:

Benefícios

Competitividade - Redução de custos e tempo no comércio com a Ásia, beneficiando o agronegócio e a indústria.

Sustentabilidade - A ferrovia emite até 60% menos CO2 por tonelada transportada em comparação com caminhões, alinhando-se a metas ambientais.

Desenvolvimento local - Criação de empregos, atração de indústrias e crescimento econômico em regiões menos desenvolvidas.

Desafios

Riscos de endividamento - Exemplos como o Sri Lanka geram temores de dependência financeira.

Impactos ambientais e sociais - A construção da ferrovia exige estudos ambientais rigorosos e pode afetar comunidades locais, especialmente em áreas indígenas.

Coordenação internacional - A necessidade de alinhamento com Bolívia e Peru pode gerar atrasos e custos adicionais.

segunda-feira, julho 14, 2025

A irresponsabilidade moral da ideologia sem reflexão

 A irresponsabilidade moral da ideologia sem reflexão

No início dos anos 90 encontrei e levei para casa a edição, com licença editorial para o Círculo do Livro por cortesia da Editora Nova Fronteira mediante acordo com Éditions Gallimard, do “O Livro do Riso e do Esquecimento” do Milan Kundera. Ainda não havia lido “A Insustentável Leveza do Ser" que logo depois busquei para juntar à pilha de livros que me interessava sobre a mesa do escritório. Era imprescindível a leitura desse exemplar que também reforçava aquela reflexão e tratava com primazia literária o entusiasmo das ideias absolutas, expondo a irresponsabilidade moral das ideologias que matam sem reflexão nenhuma.

'O Livro do Riso e do Esquecimento', de Milan Kundera, denuncia os perigos do entusiasmo da cegueira ideológica. A reflexão que está colocada se desdobra em paralelo com outras obras do autor, especialmente 'A Insustentável Leveza do Ser', e que também é enriquecida com contribuições de pensadores como Albert Camus e Hannah Arendt. 

Milan Kundera aborda, com amargura e lucidez, o papel dos "entusiastas" na construção dos regimes comunistas da Europa Central. Ele rejeita a visão simplista de que tais regimes foram frutos de criminosos perversos. Pelo contrário: surgiram de idealistas sinceros, convencidos de estarem abrindo caminho para o paraíso na Terra. Esses idealistas, ao aceitarem prisões, perseguições e assassinatos como etapas justificáveis da construção utópica, tornaram-se assassinos em nome do bem. E quando o "paraíso" mostrou-se ilusório, os mesmos defensores apelaram à ingenuidade: "Fomos enganados! Acreditávamos!" Kundera denuncia aqui a irresponsabilidade moral camuflada pela fé política, que pode ser também uma desculpa para uma pura covardia. A sinceridade de uma crença não absolve a participação nos crimes que ela desencadeia. 

Em 'A Insustentável Leveza do Ser', Kundera retrata os efeitos humanos dessa repressão. O personagem Tomas perde sua profissão por manter sua integridade moral diante do regime. A obra sugere que a leveza de não se comprometer é ilusória, pois também implica custos éticos. A filósofa Hannah Arendt, em 'As Origens do Totalitarismo', também tratou da banalização da maldade, onde indivíduos comuns, sem maldade pessoal, tornam-se cúmplices de sistemas destrutivos. Para Arendt, o perigo está em obedecer cegamente, sem refletir.

Albert Camus, em 'O Homem Revoltado', alerta que o homem que mata em nome da justiça transcendente acaba por instaurar novos infernos na Terra. A revolta legítima, segundo ele, deve ser limitada pela consciência.

Kundera se alinha a essa visão crítica: os horrores da História não vieram apenas da crueldade consciente, mas também da paixão cega por ideias absolutas.

O alerta de Kundera é claro: toda ideologia que se propõe absoluta, que dispensa o indivíduo e o espírito crítico, pode gerar tragédias, e a história, os fatos, comprova a sua repetição - mesmo quando nasce de corações "inocentes".



Um passo maior que as pernas

 Um passo maior que as pernas

O decreto de reciprocidade que o Ministro da Casa Civil anunciou para breve é certamente uma das mais perigosas demonstrações do baixo conhecimento histórico e geopolítico dessa gente para governar o país.

No calor de anacrônica motivação ideológica que mais parece impulso de estudantes representantes de um grupo de esquerda radical dos anos 60, tomam uma decisão de enfrentamento direto com o governo americano, provocando o imprevisível rumo para o qual nenhum deles sabe nem teria vara racional, dão um passo maior que as próprias pernas, segue adiante ignorando a onça que estão cutucando. As consequências disso não interessa a eles mesmo que machuque o cidadão brasileiro. Tentarão aproveitar o sabor dos ventos até não sobrar nada de pé, pois no caos se sairão como salvação, o Estado será o pai dos pobres humilhados. O embate por soberania como argumento, só comprova a falta de substrato analítico para entender e assumir a responsabilidade que lhe foi atribuída, ainda que de maneira obscura. Nada parece fazer acordar essa trupe, perceber e respeitar o povo em sua espectativa, apreensivo por melhoras, e por descobrir que foi enganado por quem ficou de promover a condução dos rumos da vida dos brasileiros: a dignidade do emprego, assegurar liberdade de expressão, manter a segurança, melhor saúde e educação, o desenvolvimento da economia do Brasil, questões constitucionais e fundamentais.

O que demonstra essa facção no poder, com as ações e intenções até agora, é tão somente responder a tudo e a todos conforme seus interesses e dos que os sustentam no esquema sem limites de um regime autoritário, sem projeto, mas com o óbvio desejo de nunca largar o osso do tesouro tomado. Para tanto, quebrar a economia, subjugar adversários enquanto tentam mais um arranjo político que os preseve aninhados com uma elite de tônus intelectual corrompido, os parceiros da Faria Lima que a qualquer susto podem arribar com seu capital para qualquer país com democracia, um bonde de malucos desprovidos de substrato ético, que ruminan montando e desenhando como milícia um circo de ilusão maior, reunidos no gabinete do ódio em função do "nós contra eles". Com olhos famintos no erário, a grande fonte para a implantação do sistema amplo de dominação orquestrado pelo Foro de São Paulo vão dobrando a aposta e o mundo em volta vai girando sem querer, porém vai sendo empurrado em direção a um futuro assombroso.

sábado, julho 12, 2025

Rir da realidade sem noção do que diz ou faz...

 Quem acha que ocorre uma intervenção americana no Brasil são os mesmos que riram e fizeram chacota antevendo a necessidade da presença de um porta aviões dos EUA no lago Paranoá para parar o avanço da sanha persecutória da oposição e autoritária no país. Com a possibilidade de aplicação de sanções do governo americano contra personalidades do regime STF/PT, passam a temer o que fizeram crer como ponto ridículo. 

Rir da realidade sem noção do que diz ou faz, sempre retorna uma punição consequente. Rir de uma situação somente representa a uma condição apropriada aos que fazem uma leitura correta dela, porque possue uma posição mais segura e equilibrada, temporária, na avaliação do contexto em questão, o que pode se tornar mais complexo mesmo porque não tem algum controle dentro de um sistema corrompido e aparelhado.

A Miséria de um debate

 A Miséria de um debate

Por Fernando Schuler

Revista Veja - 12/07/2025

Lula resolveu dividir o país com sua campanha ricos contra pobres. É um teste para 2026. Discurso fácil, agita a militância, a turma invade o Itaú na Faria Lima, e gera algum frisson nas redes. O truque parece óbvio. A pauta dos últimos meses foi a crise fiscal. O ministro Haddad atrás de impostos, a dívida pública crescendo, o Instituto Fiscal Independente mostrando que o arcabouço fiscal é insustentável. E aí vem o troco: não há nenhuma crise fiscal, apenas ricos fugindo dos impostos. Mas não dava para fazer uma reforma na máquina pública? Cortar os supersalários, fazer reforma administrativa, rever incentivos? Esquece. É complicado, mexe com corporações, ninguém entende. O ex-presidente Michel Temer inventou essas reformas e saiu com 80% de rejeição. Melhor simplificar: a turma da Faria Lima não quer pagar mais IOF. Ponto. A guerra política expulsa a complexidade. Se vai funcionar, o futuro dirá.

Sejamos claros: a pauta de xingar os mais ricos e pedir mais impostos soa perfeita para a militância, embora seja eventualmente vazia, em sentido mais amplo, na sociedade. Para começar: de que ricos estamos falando? Quem ganha o teto do funcionalismo, no Brasil, está entre o top 1% da renda. E há muita gente ganhando acima disso. O custo é coisa de 10 bilhões de reais ao ano só em extrateto. Alguma palavra sobre isso? Os bobinhos vão invadir alguma repartição ou tribunal, pedindo para cortar penduricalhos? O.k., cortar gastos não tem graça nenhuma. Os ricos malvados seriam empresários que faturam com benesses públicas? Ou quem fez seu dinheiro no mercado, gerando valor para as pessoas? Tipos como Jeff Bezos, que dias atrás casou em Veneza e teve que aturar uma turba de delirantes tentando estragar sua festa.

O fiasco de Veneza ilustra a patetice disso tudo. O sujeito ganhou seu dinheiro por mérito, vendendo livros a menor custo. Foi casar em Veneza, doou dinheiro para a cidade, gerou negócios, mas não há o que baste. É rico, portanto malvado, logo tem que pagar mais. O curioso foi ver a reação. Enquanto a turba ativista passava vergonha, o resto da cidade, como garçons, comerciantes, motoristas e gondoleiros, ficava tremendamente irritado. Pois aquilo tudo era o seu negócio. Era um ganha-ganha, onde o rico ganha, gastando seu dinheiro, e os demais também ganham, fazendo o seu serviço. E não jogo de soma zero, como o ativista típico parece ver o mercado.

A narrativa antirricos é sedutora. Mexe com a inveja e apela para um tipo de pensamento mágico. Algo como: esqueçam os incentivos. Há uma quantidade relativamente fixa de riqueza em qualquer lugar, de modo que, se alguém tem muito, vai faltar do outro lado. O ponto é que a superação real da pobreza se dá pelo dinamismo econômico. O Banco Mundial fez um estudo analisando o recuo da pobreza na América Latina entre 2009 e 2014. A redução foi de 7,4%, sendo 6,2% por causa do crescimento da renda média e apenas 1,2% resultado da redistribuição. O que reduz a pobreza, de modo sustentável, é boa regulação econômica, ambiente favorável a investimento, educação de qualidade e não dependência em relação ao Estado. Não é por outro motivo que países oferecem incentivos para atrair pessoas com dinheiro. Estratégia para atrair investimento, consumo e dinamismo econômico. Em vez de brincar de ricos contra pobres, a pergunta que o Brasil deveria fazer é sobre como melhorar a produtividade e inserir as pessoas no mercado.

Dias atrás lia uma matéria sobre o boom de investimento provocado na área do saneamento, nos anos recentes, com a aprovação do nosso novo marco regulatório. Mistério nenhum. Segurança jurídica, competição de mercado, ambiente favorável ao investimento. Até o fim do ano que vem, metade de nossas cidades terá gestão privada do saneamento. Vai ter muito rico nesse setor. E muito, mas muito mais gente com esgoto tratado. E muita gente tomando banho na Praia do Flamengo, antes contaminada. De novo, o ganha-ganha, capaz de melhorar de verdade a vida das pessoas. Isso ao invés de retórica vazia, do nós contra eles, para ganhar uma eleição.

Um ponto curioso dessa retórica é a ideia de que mais recursos nas mãos do Estado brasileiro produzirão justiça social. O Brasil tem a maior carga tributária do continente e uma incrível ineficiência governamental. Em trinta países, numa pesquisa do IBPT, somos o que menos entrega desenvolvimento humano (IDH). E ainda agora o BID mostrou que, entre 55 nações, somos a segunda menos eficiente em serviços públicos, perdendo apenas para a Venezuela. Resumo da ópera: não basta extrair mais dinheiro da sociedade, é preciso aumentar a eficiência e reduzir o custo do Estado. O Tesouro Nacional mostrou que somos o segundo país com o sistema de Justiça mais caro, 1,33% do PIB, entre cinquenta nações avaliadas. Temos o Legislativo mais caro, relativamente à renda média, e somos a democracia que mais distribui dinheiro para partidos e campanhas eleitorais. Teimamos em sustentar estatais que geram bilhões de prejuízo, pagamos jatinho grátis para dezenas de autoridades, distribuímos coisa de 7% do PIB em incentivos fiscais sem lá muito critério e temos um sistema previdenciário inviável. Os militantes podem até comprar a ideia de que cobrar mais impostos vai resolver o problema. Mas não penso que a sociedade, de um modo geral, vai cair nessa.

O próprio PT fez uma pesquisa anos atrás, com moradores da periferia de São Paulo, que mostrou que as pessoas, em geral, não acham que “o principal confronto na sociedade é entre ricos e pobres”, mas é “entre Estado e cidadãos”. E que “todos são ‘vítimas’ do governo, que cobra impostos excessivos, impõe entraves burocráticos, gerencia mal o crescimento e acaba por ‘sufocar’ a atividade das empresas”. Está tudo lá, em uma pesquisa com pessoas que vivem no mundo real, e não em uma bolha política. São cidadãos que acreditam no valor do mérito, querem ser “reconhecidos dentro da competitividade capitalista”, desejam colocar os filhos em uma escola particular e ter um convênio de saúde. Por que, “quando você está pagando, você pode exigir”. E boa parte sonha em ser empreendedora, quem sabe com uma “franquia da Cacau Show”. Tudo na contramão da distopia em que os marqueteiros da velha esquerda parecem acreditar.


São essas questões que estarão em jogo nas eleições do ano que vem. No fundo, é um velho debate. A Instituição Fiscal Independente projeta uma dívida pública acima de 100% do PIB, em 2030. Nos tornamos um país em que a minoria, com maior renda, compra serviços no mercado, enquanto apostamos em aumentar mais e mais a dependência que os mais pobres têm do Estado. Podemos fazer de conta que nada disso existe, que não temos um problema de produtividade, que responsabilidade fiscal é discurso da Faria Lima, que tudo ficará bem se aumentarmos os impostos e os ricos pagarem mais IOF. A política, como disse antes, expulsa a complexidade. A retórica artificial criada por bons marqueteiros por vezes funciona. Alegra o ativismo digital e até pode gerar algum ganho eleitoral. Mas não resolve nenhum dos desafios que o Brasil, no mundo real, precisa enfrentar.

quinta-feira, julho 10, 2025

O processo autoritário do governo no Brasil

O processo autoritário do governo no Brasil: uma análise crítica institucional e geopolítica

Nos últimos anos, o Brasil tem atravessado uma fase de profunda instabilidade institucional, em que os pilares democráticos do Estado de Direito vêm sendo progressivamente enfraquecidos. A promiscuidade entre os poderes da República, a censura de opiniões divergentes e o uso seletivo da máquina estatal para perseguir adversários políticos são sintomas de um processo de autoritarismo que avança sob a retórica da defesa da democracia. Este artigo propõe uma análise crítica desse processo, examinando os aspectos institucionais e geopolíticos que o caracterizam, com base em dados, relatórios e análises internacionais.

1. A captura dos poderes e o colapso da separação institucional

A democracia pressupõe a independência entre os Três Poderes. No entanto, o atual governo brasileiro promove uma configuração de simbiose funcional entre o Executivo e o Judiciário, especialmente através do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ambas as cortes têm agido, em diversas situações, como instrumentos de legitimação de interesses governistas, através de decisões polêmicas que criminalizam o dissenso político.

Gráfico 1: Número de decisões monocráticas do STF com impacto sobre o Legislativo e o Executivo (2016–2024)

Fonte: Dados compilados do Diário da Justiça Eletrônico, Instituto Millenium.

Casos emblemáticos incluem o Inquérito das Fake News e as ordens de censura a plataformas de redes sociais, que resultaram em bloqueios de perfis e a desmonetização, remoção de conteúdo e ameaças judiciais a jornalistas e cidadãos. Essas medidas têm sido criticadas por organizações internacionais como a Human Rights Measurement Initiative e a Repórteres sem Fronteiras (RSF), que apontam declínio da liberdade de expressão e ameaças à imprensa livre.

2. O ativismo judicial como instrumento de repressão política

Sob o pretexto de combater a desinformação, o Judiciário brasileiro passou a adotar um ativismo inédito, com poderes amplos e muitas vezes sem contraditório ou devido processo legal. O ministro Alexandre de Moraes é figura central desse processo, sendo simultaneamente vítima, investigador e julgador em diversas ações. Tal concentração de poder viola princípios básicos do Estado de Direito, como imparcialidade e ampla defesa.

Gráfico 2: Escalada de inquéritos e medidas cautelares determinadas pelo STF (2018–2024)

Fonte: Conselho Nacional de Justiça (CNJ), relatórios técnicos compilados.

Glenn Greenwald, jornalista internacionalmente reconhecido, afirmou que "o que se passa no Brasil hoje em nome da defesa da democracia é uma distorção perigosa, em que os fins justificam os meios, mesmo que estes violem os direitos fundamentais".

3. Aparelhamento da mídia e supressão do contraditório

A grande mídia brasileira passou a operar em consonância com a narrativa oficial do governo, reproduzindo sem crítica os discursos do poder e demonizando opositores. Jornalistas e canais independentes têm sido alvos frequentes de retaliações, perdendo espaço e financiamento enquanto conglomerados simpáticos ao governo recebem generosos contratos publicitários.

A narrativa dominante constrói a imagem de que toda crítica é "golpismo" ou "extremismo", reduzindo o espaço do debate público e aprofundando a polarização.

4. O alinhamento internacional com regimes autoritários

No campo geopolítico, o Brasil abandonou o histórico alinhamento com democracias liberais e se aproximou de regimes autocráticos como China, Rússia, Irã e Venezuela. A hostilidade contra os Estados Unidos e Israel, a tentativa de substituir o dólar por moedas alternativas no comércio internacional, e o apoio declarado a movimentos terroristas como o Hamas são posicionamentos que despertam preocupação em capitais e lideranças ocidentais.

Nos EUA, setores republicanos consideram aplicar sanções ao Brasil sob legislação como o International Emergency Economic Powers Act (IEEPA), caso se comprove que há tentativa deliberada de prejudicar interesses econômicos e estratégicos norte-americanos.

5. O papel das narrativas e a deslegitimação da oposição

Todo esse processo é envolto em uma retórica que tenta deslegitimar a crítica política. A oposição é tratada como "antidemocrática" ou "fascista", enquanto medidas autoritárias são justificadas como necessárias para proteger a democracia. O resultado é a construção de um simulacro democrático: uma democracia apenas formal, relativa, mas que opera com lógica de controle e perseguição.

O Brasil de hoje atravessa um momento de grave fragilidade institucional, em que o discurso democrático é instrumentalizado para justificar atos autoritários. A centralização de poder no Judiciário, o uso político da mídia, a repressão ao contraditório e o alinhamento com regimes antidemocráticos traçam um quadro preocupante.

Caso esse processo se consolide, estará em curso uma mudança de regime, silenciosa e disfarçada de legalidade. Resta à sociedade civil, às vozes independentes e à comunidade internacional permanecer vigilantes e atuar pela restauração plena da democracia no país.

Referências

The New Yorker: The Brazilian Judge Taking On the Digital Far Right, 2025.

AP News: With Trump returning to the White House, Brazil displays a judicial path not taken by the US.

Financial Times: Brazil judge who battled Elon Musk says social media poses risk to democracy.

Human Rights Measurement Initiative, 2022.

Reporters Without Borders (RSF), relatórios sobre liberdade de imprensa no Brasil.

Declarações de Glenn Greenwald em redes sociais e entrevistas.

BTI Transformation Index, 2022.

International Emergency Economic Powers Act (IEEPA), legislação norte-americana.

Instituto Millenium: Levantamento de dados sobre decisões do STF.

CNJ: Painel de Dados sobre Ações Judiciais (2018–2024).



Os que abrem a boca por que tem boca

Os que abrem a boca por que tem boca

Como tudo tem que virar narrativa nesse momento, para o desgoverno qualquer um que interprete o pior aspecto das tratativas do Trump contra o regime de exceção no Brasil, tomando seu início pela tarifação de 50%, será mais uma brazinha para a sardinha da ditadura PT/STF. Por enquanto é só uma prova, vem mais! Os especialistas que por preguiça mental ou mesmo falta de cabedal analítico vem dizendo que é burrice, que será pior pra os EUA, essa tal falação é enganosa para si e para os demais que acha pouco e desdenham; o fato terá o impacto de um coice nos fundilhos de um desavisado, e não será contra uma ditadura aberta à seus comparsas de decadência, mas em toda teimosia de ilegalidades praticadas por togados sem votos, nos aliados da oportunidade da boquinha Rouanet, em todos os aventureiros pelo poder sem consequência. 

Qualquer replica oficial do desgoverno às ações do Trump será a prova cabal da sua posição de fraqueza em defesa do indefensável: o terrorismo, a violência endêmica, a corrupção normalizada, a imposição da censura, a incapacidade de governar sem o descontrole de gastos, ávido por mais impostos, a repressão do pensamento contraditório e plural em benefício dos aliados da manutenção desse regime. Tudo com o objetivo de se livrar dos incômodos da existência de opositores legais e de lideranças que ofereça o perigo de serem eleitas através de eleições transparentes com voto impresso e contagem pública.



Debandada

É cada vez mais claro o desespero da esquerda que ainda quer ser a elite intelectual, pensadores de boutique com privilégios, e muitos encarnam com obviedade um esforço em descolar da gravidade de suas escolhas, embora a história os tenha, por infelicidade, reservado um lugar público de memória sem perdão. No discurso de posse do descondenado temos o registro, não por inocência, da desonestidade intelectual da esquerda, e que após todos esses anos querem vir com pose moral fazer a crítica do caos instalado. Portanto, nunca irão assumir de verdade seus erros no propósito de ter o poder, toda ação que causou o mal maior, o totalitarismo existente no país.



A hora da verdade chegando junto

 A hora da verdade chegando junto

A brincadeira de fazer o Brasil virar uma Venezuela tornou-se uma tarefa complexa para os jumentos que tomaram o poder, acharam que seria fácil, deram um passo maior que as pernas, para uns, muitos arranjos que requerem inteligência fora da alçada de analfabetos funcionais, pensar é esforço em excesso, para outros, incompetentes para o cargo ocupado e desonestos demais da conta em gestão pública e de negócios com o privado. Para quem apostou no sistema corrupto, uma tragédia anunciada, e aos responsáveis pelo narcoestado que montaram, certamente virá a pior fatura em décadas de mumunhas, mentiras e arrogância, serão punidos em condenação dada pelo povo numa renovação do Congresso, e para tanto terão de pagar um preço muito alto. O Brasil merece um governo, nos seus três pilares de sustentação, democrático e de envergadura moral, com ética na política e governança, no qual haja segurança jurídica, respeito aos direitos humanos e a garantia de dignidade para sua população em sua formas mais transparentes, do livre mercado, emprego, segurança e liberdade de expressão.



quarta-feira, julho 02, 2025

A IA e a ética na busca do conhecimento

A IA e a ética na busca do conhecimento 

Acordei com uma dúvida e quis assim que terminasse meu café colocar como uma questão para a IA, que então ela se dedicasse a me responder nos poucos segundos que lhe daria para pensar no assunto. Eu poderia escrever e esclarecer a moral, como antigamente, em que ao concluir uma estória com o objetivo da sua leitura propor extrair uma razão ou lição para a curiosidade e o espanto do leitor. Então logo que deixei a mesa do desjejum fui direto para o escritório e de pensamento leve, sentado na cadeira defronte a tela ativa do laptop digitei o curto texto da frase que tem origem em uma tira de Maquiavel, mas que teve vários usos objetivos nos tempos do Getúlio. No campo de entrada da página da IA, reservado as solicitações e dúvidas de qualquer incauto internauta coloquei literalmente a frase na sua forma mais conhecida: "Aos amigos a lei, aos inimigos o rigor da lei". A resposta imediata, nem durou dois segundos foi a esperada, definição e contexto histórico segundo o que já conhecia.

Gostei da entrega do produto. No entanto, como minha curiosidade não se espanta com o trivial avancei e fiz uma alteração com a mesma informação contida na frase supostamente atribuída ao pensador florentino renascentista, e digitei o texto de outra maneira: "Aos amigos a lei, aos inimigos nem o rigor da lei". E o retorno me trouxe outras questões. Colo aqui um trecho do texto pensado e montado pela IA: "A frase "Aos amigos a lei, aos inimigos nem o rigor da lei" é uma expressão que reflete uma visão corrupta e injusta de como as relações sociais e o sistema legal podem ser manipulados. Essa frase significa que, para aqueles que são considerados amigos ou aliados, as leis podem ser flexibilizadas ou ignoradas, enquanto que para os inimigos, a lei, ou mesmo o seu rigor, é aplicada de forma implacável.

Essa ideia não é apenas antiética, mas também prejudicial à construção de uma sociedade justa e igualitária. A aplicação seletiva da lei mina a confiança na justiça e no estado de direito, criando um ambiente de privilégios e desigualdades. Em vez de ser um instrumento de proteção e igualdade para todos, a lei se torna uma ferramenta de poder e controle. 

A frase reflete uma visão de mundo onde a lealdade pessoal e os laços de amizade têm mais peso do que a justiça e a imparcialidade da lei. Essa mentalidade pode levar a situações em que pessoas com poder e influência conseguem escapar das consequências de suas ações, enquanto outros são punidos severamente por crimes menores ou até mesmo por serem considerados inimigos. 

Em resumo, a frase "Aos amigos a lei, aos inimigos nem o rigor da lei" é uma expressão de um sistema corrupto e injusto, onde a lei é aplicada de forma desigual e seletiva, favorecendo alguns e prejudicando outros."

O conteúdo apanhado pela IA trouxe a força da reflexão por agregar a nota seguinte: "As respostas de IA podem incluir erros. Para receber aconselhamento jurídico, consulte um profissional". O que me deu uma visão diferente do que é tido como crítica em boa parte de posts dos usuários de IA, e do que se observa dela, em ter um viés ideológico sobre temas relativos a costumes e ideias. Para minha surpresa, o que obtive foi mais que uma simples nota, uma descrição formal, uma pesquisa enciclopédica, sua autoria e notório significado. Por certo veio com uma exposição literalmente bem pensada com substrato. A IA além de mostrar o usual do saber histórico expôs suas observações de natureza ética, o que me deixou mais confortável em confiar no uso e combinação com os conhecimentos conquistados nos meus sessenta e poucos anos de vida criativa, de estudos, curiosidades e espantos.

A IA me provocou em continuar nessa jornada de trabalho própria de quem quer fazer alguma coisa que não seja só puro egoísmo, na proveitosa companhia da IA, enquanto ferramenta técnica e escalabilidade de resultados, deixou claro que veio para mudar a relação potencial com a internet, na criação e obtenção de produtos e serviços em mercados viciados no efeito tesoura de oferta e demanda. A IA em sua onipresença e onipotência vai exigir propósitos de qualidade com ética e transparência na produção de conhecimento. A IA carregará o impacto disruptivo para a ciência, as artes e oxalá dos valores democráticos no comportamento da humanidade.

terça-feira, julho 01, 2025

O Espantalho e a Toga

 O Espantalho e a Toga

*Alex Pipkin

Quase sessenta anos de vida e, sinceramente, eu nunca imaginei que defender a liberdade — essa senhora discreta, já um tanto enrugada, que costumava ser unanimidade nas rodas da razão — me transformaria num perigoso membro da tal “extrema-direita”. Sim, aos olhos dos novos sacerdotes da moral ilustrada — armados de hashtags, códigos penais subjetivos e juízes messiânicos —, virei um extremista. E não por portar tochas ou pregar teorias conspiratórias, mas por cometer a heresia de pensar com a própria cabeça, de desconfiar do Estado-paizão, de preferir mérito à militância e de recusar ajoelhar diante dos novos totens ideológicos. Hoje, basta discordar de um dogma progressista — qualquer um, mesmo o mais delirante — e o veredicto vem automático, como notificação de banco: “extrema-direita detectada”. Não importa se você se ancora na ciência, na lógica, na história ou simplesmente no bom senso. O carimbo vem antes do argumento.

A expressão “extrema-direita” virou a Minancora do progressismo brasileiro: serve pra tudo. Dói o orgulho? Passa extrema-direita. Cai a popularidade do descondenado? Algoritmo fascista. Jovens começam a desertar do identitarismo e a pensar por conta própria? Radicais em formação. Tudo é extremismo. Exceto, é claro, o apoio à censura, à ditadura da toga, a grupos terroristas e ao culto a regimes bolivarianos. Isso, para eles, é democracia vibrante.

Mas vamos ao que realmente importa. Etimologicamente, “extremo” vem do latim extremus — aquilo que está no limite, que rejeita o equilíbrio, que repele qualquer meio-termo. E, ao longo da história, quem ocupou os extremos? 

Quem promoveu purgas, paredões, guilhotinas, campos de reeducação, expurgos culturais e censuras travestidas de justiça? A resposta é clara: a esquerda extremada. Foi ela que, desde a Revolução Francesa até os regimes do século XXI, se especializou em levar ideias “bonitas” às suas consequências mais nefastas. Trocaram liberdade por igualdade à força. Trocaram a crítica pela ortodoxia. E agora, com nova maquiagem e apoio de ONGs internacionais, repetem o padrão: quem ousa pensar fora do script é, por definição, um perigo.

E aqui estamos. A esquerda que antes recitava Voltaire, hoje recorre ao STF para silenciar o dissenso. A esquerda que gritava “é proibido proibir” agora celebra inquéritos secretos e censura prévia. Trocaram Marx por Barroso. Trocaram a fábrica pelo tribunal. Trocaram o operário pelo influencer que nunca trabalhou, mas fala em “lugar de fala” com a mesma autoridade de quem nunca lavou um prato.

O que mais me espanta é ver jovens, muitos dos quais votaram em Lula por puro nojinho estético do adversário — o fenômeno Cubom Solaro, essa criatura que prefere a pose ao conteúdo — agora se contorcendo de arrependimento. E o que fazem para não encarar o erro? Apegam-se, com unhas, dentes e tweets, ao velho espantalho: “cuidado com a extrema-direita!”. Mas não percebem que o espantalho já está nu. E o povo não é pombo.

O cidadão comum, esse herege perigoso que só quer trabalhar, criar os filhos e dormir em paz sem ser chamado de opressor estrutural, já entendeu a farsa. E esse é o verdadeiro pavor dos iluminados do atraso: o povo está acordando. E acordando da maneira mais subversiva possível: pensando.

A esquerda atual, dita progressista, é, na prática, profundamente conservadora. Conserva o discurso vitimista, conserva o estatismo, conserva a velha e malcheirosa fórmula da dependência emocional do cidadão em relação ao Estado. E ainda tem a petulância de se autodeclarar guardiã da democracia, mesmo enquanto destrói seus pilares, ou seja, o pluralismo, a liberdade de expressão, a crítica e o debate. Na falta de argumentos, apelam à intimidação. Na ausência de legitimidade, recorrem ao rótulo. E na iminência de perderem o poder, gritam: “fascismo!”.

Mas fascismo, meus caros, não é o nome de quem defende a liberdade. Fascismo é a criminalização do pensamento divergente. É o culto à autoridade sem limite. É a tentativa de fundir moral de partido com Constituição. É o STF de toga ideológica — não o sujeito comum que carrega a Constituição no bolso e o terço na mão.

A verdade, essa senhora incômoda que volta e meia reaparece, é que o rótulo “extrema-direita” virou a desculpa moral de quem não quer admitir o próprio fracasso político, econômico e narrativo. É a bengala dos vencidos, o fôlego dos manipuladores, a última arma retórica de quem já perdeu a batalha da realidade.

E por isso tremem. Porque sabem que 2026 está logo ali. E o Brasil — esse país visceral, intuitivo e teimosamente livre — está voltando a ser… brasileiro.

Então, me digam: se defender a liberdade, criticar tiranetes de toga e recusar dobrar os joelhos para o deus-Estado é ser extrema-direita…

…o que, afinal, restou da esquerda que dizia lutar por liberdade?

A resposta é singela: quase nada.

_______

*Alex Pipkin possui graduação em Comércio Exterior e Administração de Empresas pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos. É pós-graduação em Comércio Internacional pela Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro; em Marketing pela Escola Superior de Propaganda e Marketing de São Paulo; em Gestão Empresarial pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. É Doutor e Mestre em Administração - Marketing pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PPGA).

A fraqueza do Estado Democrático de Direito fortalece o governo do crime

 A fraqueza do Estado Democrático de Direito fortalece o governo do crime

O crescimento do crime organizado em Salvador, particularmente nas áreas suburbanas, tem se tornado um problema significativo de governança, uma situação recorrente, afetando diretamente a vida da população soteropolitana. Os confrontos entre a polícia e grupos de narcotraficantes são recorrentes na periferia da cidade, com destaque para o subúrbio ferroviário e seu entorno, onde facções criminosas dividem territórios e impõem suas próprias regras, ignorando o poder público mesmo diante da presença ostensiva ocasional da polícia.

Essas facções têm um controle visível sobre as comunidades, manipulando e oprimindo famílias residentes, sem temor da repressão por parte das autoridades. A violência e o poder desses grupos, tornou-se um governo paralelo, afetando inclusive, projetos públicos. Um exemplo disso se deu com a paralisação de um projeto de saneamento, urbanização e educação ambiental executado pela prefeitura financiado pelo BID, voltado para a revitalização da bacia do rio Mané Dendê no Parque São Bartolomeu, e que nessa ocasião foi temporariamente interrompido após uma decisão comunicada via whatsapp por uma facção do narcotráfico, criminosos ativos e instalados na comunidade. A expansão dos trabalhos com a continuidade da obra teve de ser suspensa ao tentar entrar em áreas controladas por facções rivais, demonstrando a força e a influência de uma das facções do crime organizado na região favorecida pelo projeto de requalificação urbana.

Com o domínio de facções sobre muitas áreas da RMS, até mesmo o Estado se vê obrigado a negociar e adaptar suas diligências de segurança em certas localidades da cidade. A exigência de demissões de trabalhadores que não pertençam ou não residam na área de territórios dominados por grupos rivais evidencia o quanto o poder público está em cheque de suas atribuições de manutenção da segurança e do bem estar da população. Essa realidade de interferência e controle por parte do crime organizado vem se repetindo em outros bairros da cidade: no Vale das Pedrinhas, Nordeste de Amaralina, Calabar, Tancredo Neves, Baixa do Bujão, Vale da Muriçoca na Av. Vasco da Gama, Cabula, Narandiba, Pernambués, Santo Inácio, Alto do Coqueirinho, Cajazeiras, Graça, Canela, Solar do Unhão e Gamboa de Baixo na Contorno.

As feridas criadas pelo crime organizado no tecido social provocada ao longo dos anos se alastra e se enraíza nas grandes localidades tradicionais de população de baixa renda, conhecidas pelos baianos que sobrevivem na carência de atenção de serviços essenciais oferecidos pelo Estado, e que nos últimos dezesseis anos do governo do PT e seus puxa-sacos da esquerda, sentem na pele e presencia uma clara combinação de piora da vida sem segurança combinada com a ineficácia do enfrentamento policial ao crime organizado. 

Essa ausência efetiva de segurança para a sociedade condiz com a fragilidade da precariedade de ações e a presença inepta do Estado nas comunidades populares e carentes, notadamente na sua função da segurança; o que tem facilitado a expansão de facções e o controle de bairros inteiros com o fortalecimento dessas organizações criminosas, dos seus negócios fomentados pela voz de ordem do narcotráfico em suas relações de ocupação de territórios rivais que caem sob duras regras extensivas ao controle das vidas dos moradores e do comércio das comunidades, fatos atuais publicados diariamente no noticiário das TVs e nas rádios, deixando a população de Salvador aterrorizada, colocando a RMS à mercê de uma visível escalada da violência brutal de facções contra a população em geral, vê-se uma guerra diária e descontrolada praticada pelo rigor do pulso armado e a ousadia sem limites da “lei do tráfico”, imposições de um governo do terror assumido pelo poder do narcotráfico sobre a população.



sexta-feira, junho 13, 2025

A gangrena empoderada

 A gangrena empoderada 

Ainda que pareça distante, a gangrena empoderada pelo Consórcio terá um fim, a verdade e a justiça são matemáticas para o mentiroso e o vagabundo. O butim, o desprezo pela lei, vindos na onda da organização do crime instalada, se mostra por demais torpe, hediondo, vingativos, vil de propósito, também escorralho, ranho de inconsequência, incompetentes nos atos, crassos nas palavras; tiranos que pela causa atacarão tanto o imbecil, o vilão na sua má hora, o juiz ativista cairá, matarão com fogo amigo o isento, esquecerão o trouxa que se cala, ficarão com o convicto na defesa burra que sustenta o regime com o bode na sala. Todos vão se revelando em seu intento de permanecer no círculo do poder, no circo do conforto  protegidos numa zona mantida por mil favores em corrupção e as benesses sem o menor valor moral. Estão durando por bens estraidos do esforço de quem trabalha, roubam dos que pagam os impostos e vivem sem garantia da sua liberdade nem esperança de futuro com dias melhores.

quinta-feira, junho 05, 2025

STF e governo Lula preparam-se para colocar em vigor censura mais dura que a dos militares

STF e governo Lula preparam-se para colocar em vigor censura mais dura que a dos militares

Por J.R. Guzzo

O Brasil está prestes a se afundar no momento mais baixo jamais vivido pela liberdade de expressão em toda a sua história. O STF e o governo Lula, em parceria fechada, preparam-se para colocar em vigor um sistema de censura mais extenso, pervertido e violento de tudo o que já se fez neste país para impedir que o público diga, leia e ouça o que o Estado não quer que seja dito, lido e ouvido. É disso que se trata, e exclusivamente disso. Todo o resto é um oceano de mentiras, de hipocrisia e de trapaça com os fatos.

O período mais infame de censura que o Brasil já sofreu até agora foi o da ditadura militar encerrada 45 anos atrás. Este jornal, naqueles dias de treva, foi um dos mais agredidos pela violência do estado policial então em vigor. O atual regime STF-Lula pretende fazer pior. A censura dos militares visava apenas os jornalistas. A censura que querem agora se destina a calar a voz de dezenas de milhões de brasileiros que se manifestam e se informam nas redes sociais – a maior conquista que a tecnologia já ofereceu para a livre circulação da palavra ao longo da história humana.

A censura do regime ora em vigência se fundamenta numa mentira visceral e hipócrita – a de que as redes sociais são uma “terra de ninguém”, sem leis e sem regras, entregue à desordem e à exploração de multinacionais que visam “apenas o lucro”. A internet, de fato, é operada por companhias estrangeiras privadas que buscam o lucro. E daí? O que o STF e a AGU de Lula queriam – que elas buscassem o prejuízo? Mas é uma falsificação em estado bruto dizer que a internet é um território sem lei e que precisa, assim, submeter-se à regulamentação por parte do poder público.

O que ocorre no mundo dos fatos é exatamente o contrário. As redes sociais no Brasil estão perfeitamente sujeitas a regras legais há onze anos, desde 2014, pelo Marco Civil da Internet – por sinal, um dos mais respeitados do mundo. Lei existe, portanto, e lei muito boa. O que não existe é disposição do STF, de Lula e da extrema esquerda de obedecer ao que está escrito ali. Eles não gostam da lei; como não gostam dessa, querem outra. “Regulamentar para preencher vazios”? Já há regulamento. Não há vazio nenhum a ser preenchido. 

Se a mudança fosse uma decisão do Congresso Nacional, tudo bem. Mas não é. Aliás, o Congresso não quer mudar a lei que está valendo. O que estão querendo, na verdade, é passar por cima dos representantes do povo e escrever, eles próprios e do jeito que querem, a sua lei. Isso é contra a Constituição Federal; normalmente chama-se “desordem”, ou “golpe”. Mais ainda, se os deputados e senadores não estão aprovando uma nova lei para a internet é porque não querem; eles não têm a menor obrigação de fazer as coisas na hora que o regime escolhe.

A falsificação master, entretanto, está na desculpa jurídica que estão usando para aprovar a regulamentação das redes. O que estão pedindo, e que o STF está querendo, é que o artigo 19 do Marco Civil da internet seja declarado “inconstitucional” pela “suprema corte”, como diz Lula quando se imagina na Casa Branca. E o que diz o artigo 19? Que as plataformas só estão legalmente obrigadas a retirar coisas postadas nas redes quando uma decisão judicial ordenar que retirem. De que jeito poderia ser “inconstitucional” um artigo de lei como esse? Como poderia ser contrário à Constituição estabelecer que casos de litígio ou discordância devem ser decididos pela justiça brasileira? 

É uma aberração. Ao declarar o artigo 19 como inconstitucional, o Supremo Tribunal do país estará dizendo, na prática, que no Brasil há casos, como a retirada de conteúdos da internet, que não podemser submetidos à sentença judicial. Quem vai decidir a questão é alguma das muitas polícias que o PT e seus agregados mantêm de alto a baixo no aparelho estatal. Quando quiserem retirar uma postagem do ar, porque alguém no governo não gostou dela, vão mandar que as plataformas retirem - se não obedecerem no ato, vão ser multadas pelo PT, e não por um membro do sistema judicial brasileiro.

Isso se chama censura; podem passar o resto da vida dizendo que é “regulamentação das redes sociais”, “defesa da verdade” ou “avanço do progresso civilizatório”, mas é censura das brabas. Claro que é. Ninguém acredita que o novo “marco civil” do STF tenha o propósito, como dizem Lula, Janja e etc., de “salvar as crianças” dos males da internet – nem as crianças. Por que eles todos e a AGU nunca, jamais, em tempo algum, acionaram a Justiça para pedir que fossem retiradas do ar, por exemplo. postagens feitas por pedófilos, ou outros malfeitores abjetos? 

Também não há nenhuma preocupação, como falam o tempo todo, em coibir o “discurso do ódio”, as fake news ou a circulação de mentiras. Como alguém poderia levar a sério essa conversa se o próprio Lula é hoje, pelo mero exame do que ele fala, quem mais odeia, espalha notícia falsa e mente neste país? Ninguém, nem no governo, nem no STF e nem no PT, está interessado em proteger criança nenhuma. 

O que eles querem é que não falem na internet da infame tentativa de policiar o Pix, que foi a pique quando a indignação da massa explodiu nas redes – só um vídeo do deputado Nikolas Ferreira teve 300 milhões de acessos. Não querem que se fale que Janja viajou para a Rússia, sozinha, num avião da FAB com capacidade para 200 pessoas. Não querem que se fale do roubo no INSS, nem nos Correios, nem na Lei Rouanet.

O ministro Haddad, inclusive, já disse que divulgar notícias capazes de desmoralizar “atos do Estado” é “crime”. A cada escândalo, a AGU sai atrás de quem está falando do assunto nas redes; já virou uma atividade de tempo integral. Janja pediu que presidente da China ordenasse alguma punição ao TikTok – não por matar crianças, mas por ser, segundo ela, “de direita”. Lula, por sua vez, quer que Xi Jin Ping mande “um funcionário de sua confiança” ao Brasil para ajudar o governo na “regulamentação” das redes sociais. É esse o “modelo democrático” que Lula tem para a internet brasileira – o modelo chinês. 

Como alguém pode falar a palavra democracia e, ao mesmo tempo, propor que as redes sociais no Brasil façam como se faz na China? É nisso que eles estão pensando o tempo todo – falam em Alemanha, França e outras miragens, mas o que gostam, mesmo, é de uma boa China. Tudo só fica pior quando alegam que a liberdade de expressão está sendo preservada, porque a censura (“controles”, dizem no eixo STF-Lula) não vai se estender ao que chamam de “imprensa regular”, ou “tradicional”. Não existe palavra livre se a liberdade é para uns e não para outros. Ou é para todos – ou não é nada.

quarta-feira, junho 04, 2025

O Brasil está sendo governado pelo crime organizado

O Brasil está governado pelo crime organizado

O medo nos impõe a espiral do silêncio, a percepção de impunidade dos agentes da ditadura, a arrogância dos seus apoiadores viceja, e os que sentados em suas cadeiras bem remunerados com suas posições de observadores dentro da estrutura burocrática de poder, se situam com status de protegidos do pior cenário, cúmplices; a censura, a ilegalidade de decisões do judiciário por pura perseguição e vingança aplicadas aos opositores do regime confere o descaso com as leis, sob a vista grossa de todos que sabem da corrupção e vêem claro os autores como amigos do butim, garantia de algo nas suas vidas que tira muito dos milhões de cidadãos que deveriam viver com os mesmos direitos fundamentais e liberdade de expressão firmados na Constituição. A incompetência de gestão da economia, truculência dos ativistas com sua Gestapo federal, a corrupção latente dos mandantes e parceria de colaboradores do desgoverno, vê-se, acabaram por obrigatoriedade dos fatos, publicados na mesma mídia militante, que até ontem passava pano em todas as arbitrariedades do consórcio $TF/PT, através de atos que também vem bater nos fundos sujos de suas mentiras. 

Tudo nesse tempo sombrio de opressão está emaranhado, e apesar do caos, do país cada dia sendo levado para o maior abismo em décadas, os simpatizantes de ditadores insistem, tem coragem de apostar no caminho da destruição, da piora da economia e o esgarçar do tecido social, das relações econômicas e liberdades individuais, apostam em favor da sua minoria na morte dos direitos humanos. 

Esse é o ritual odioso e genocida, método histórico, ideológico, por demais conhecidos pela história da humanidade, o manual da revolução permanente da esquerda, os vetores totalitários que tentam afogar as democracias há tempo, seja através de golpes, da violência contra o pensamento e pela manipulação da verdade. Uma escolha cada vez mais desacreditada pela população de países realizados na força da livre economia, com comportamento e valores democráticos.

sábado, maio 24, 2025

Brazuela, uma nação de mendigos

 Em pouco tempo quando não tiverem mais "como pungar a quem produz para custear esta farra de compra de votos", o país já será uma Brazuela.

 “UMA NAÇÃO DE MENDIGOS

LULA está criando um país de MENDIGOS dependentes de um ESTADO FALIDO: 

• 55 milhões no Bolsa Família

• 16 milhões no Auxílio Gás

• 60 milhões sem pagar energia (novo)

• 2,6 milhões no FIES (dívida de R$115 bilhões com 80% de inadimplência em algus estados)

• 4 milhões no programa Pé de Meia

• 10 milhões no Bolsa Escola (estamos nos últimos lugares do índice PISA, um ranking mundial de aprendizado na educação básica e temos 30% dos nossos adultos alfabetizados classificados como analfabetos funcionais)

• 1,7 milhão no PRONAF (programa para agricultura familiar, 30% de inadimplência)

• 8,5 milhões de casas no Minha Casa Minha Vida (45% de inadimplência)

• 70 milhões de pessoas negativadas (o que significa 42% da população adulta do Brasil)

• 32% dos CNPJs do país estão negativados (R$170 bilhões de dívida)

• 40 milhões de trabalhadores informais

• 15 milhões de MEIs precárias, que não contribuem para o sistema previdenciário (uma bomba relógio para explodir no futuro)

• 39 milhões pendurados na Previdência (sendo 13 milhões de aposentados e o restante dependentes de auxílios diversos. Rombo de R$328 bilhões para 2025).

• 13 milhões de funcionários públicos”. 

Dados recebidos no ZAP e que mostram o tamanho da nossa tragédia. O Brasil já é uma Venezuela, com alimentos nas prateleiras dos supermercados, mas que o brasileiro não pode comprar." (Claudia Wild, X, 23/05/2025).

sexta-feira, fevereiro 21, 2025

Os impostos, taxas de juros e o discurso do desgoverno

 A verdadeira desinformação chega aos olhos e ouvidos da população atrelada aos pronunciamentos e declarações da ditadura PT/STF e seus acessórios dependentes da esquerda.

Está semana conversando com um cliente de um sistema que desenvolvi para pequenas e médias empresas do segmento de assistência de eletro eletrônicos pude sentir como os discursos e narrativas da esquerda tem sua presença maliciosa e indutiva com impactos na compreensão e defesa por empresários dessa parcela de negócios. Em que pese as idiossincrasias e deficiência de formação, cognitiva, desses empreendedores, que mesmo sofrendo o peso dos impostos e o desempenho crítico da economia, que chegam contra suas expectativas obviamente negativas, ao falar a respeito das taxas de juros, como fator de agravante de obrigações de crédito e inflação sobre insumos e peças na maioria importadas, ainda entendem e tendem a culpar os problemas da economia jogando a responsabilidade unicamente sobre o Banco Central, salientando os aumentos das taxas de juros desconectados dos erros da condução dos gastos do governo federal em um caminho, proposital, de grave crise fiscal. O que está sendo apontado como uma dominância fiscal.

Infelizmente temos de pagar pelo pior governo e sua incapacidade de gestão da economia, pagar com mais impostos que está levando a uma previsível situação de descontrole, financeiro, uma consequência da política econômica, e indiferença ao evidente problema fiscal que se acentua a cada mês desde o início de 2023. Nesse cenário de tendência de recessão resta a esses picaretas do desgoverno distorcer através de discursos, propagandas em mídias da militância paga, desorientar a realidade para sua platéia repetindo mentiras ao convencimento de muito mais pessoas, de estarem fazendo o melhor para o país e para a democracia relativa.

domingo, fevereiro 16, 2025

Fernanda e Waltinho mentiram

Fernanda e Waltinho mentiram

Por Silvia Gabas, 16 fev 2025.

Mentiram com gosto.

Mentiram despuradoramente.

Por qual motivo só eles mesmos podem responder.

Fato é que estando os dois reunidos para uma entrevista no programa da CNN americana, sob o comando de Christiane Amanpoor, aproveitaram para deitar e rolar, talvez tentando conquistar mais adeptos para seu filme, o que significa mais votos, mais prêmios, que se traduzem em seu sonhado Oscar americano capitalista, numa estranha contradição que nem Satanás pode dar conta.

E lá estavam eles, combinadinhos, discursos prontos na ponta da língua para causar as sensações de indignação, revolta e adesão imediata à causa do filme que apresentam ao público no momento, objetivando ganhar a estatueta dourada, o que me soa patético para a dupla de socialistas amantes da Revolução Socialista fracassada de 64.

Entre as pérolas que soltaram na entrevista, estão frases como essas:

"Não faríamos o filme com Bolsonaro na presidência"

"Filme só foi possível porque tentativa de golpe em 2022 não se efetivou".

"Filme é produto da volta da democracia, com a eleição de Lula e seu retorno ao poder."

"o filme demorou a ser concluído porque a extrema-direita governava o Brasil e o país não vivia uma democracia."

Me digam uma coisa:

Vocês, que estavam no país neste período mencionado por eles, sentiram o peso da censura por parte do presidente daqueles anos, ou por parte de um poder judiciário autoritário e persecutório em relação a essa "extrema-direita", sob a justificativa que defendiam a "democracia"?

Fato é que as nomenclaturas foram totalmente distorcidas e já não valem mais nada no cenário político nacional e mundial.

Os ditadores se nomeiam valorosos democratas e os calados e perseguidos são chancelados como golpistas reacionários.

Quanto a isso, novos ares sopram no momento no mundo e muitas mudanças já podem ser sentidas no ar.

A conferir.

Mas, voltando para nossa dupla, Fernanda e Waltinho, que inicialmente pediram que as diferenças ideológicas fossem aplainadas, e que todos os brasileiros fossem assistir o filme em que atuaram e dirigiram, agora, movidos por interesses econômicos e também, por óbvio, movidos por vaidade e ambição, rasgaram a fantasia, apagaram o discurso inicial, deram uma banana para uma boa parte de seu possível público, e partiram para uma apelação vexatória, em que tentam atrair audiência, palmas, prêmios e dinheiros para sua película que tanto sofreu nas mãos de uma ditadura brasileira insana imposta pelo terrível Bolsonaro.

Sendo assim, após tão oportunista fala, caso a campanha da dupla em busca da estatueta ambicionada resulte em sucesso, e por aqui, em êxtase, manchetes romantizadas sejam escritas, lágrimas sejam derramadas, festividades sejam anunciadas, todos em êxtase porque, finalmente, este nosso pobre país tão carente de reconhecimento cultural, tenha conhecido, enfim, um leve afago da indústria do cinema, eu permanecerei firme em minha percepção do oportunismo barato que se esconde, sorrateiro, por detrás de uma história real contada a partir da perspectiva de um grupo ideológico, que se nega a conceder igual importância, igual número de lágrimas e indignação por aqueles que neste exato momento estão presos, perseguidos, exilados, mortos por censura idêntica àquela que tanto condenam.

Ditaduras são infames, seja lá de que maneira se apresentem.

Farsas comovidas não me compram nem me dobram.

Fernanda e Walter, que papelão!



quarta-feira, janeiro 29, 2025

ChatGPT X DeepSeek

ChatGPT X DeepSeek 

Por ser um curioso sobre as transformações digitais ocorridas desde os anos 80, hoje resolvi fazer uma avaliação das IAs que mais tenho usado, com mais interesse entre elas o ChatGPT, fiz uma comparação com o hype, a onda do momento que tanto estão falando, a DeepSeek, usei para a minha percepção de respostas entre elas alguns fatores que implicam em desempenho, segurança, confiança no retorno, escalabilidade etc etc e depois de bater um papo sobre um tema bastante estudado e debatido desde a última grande crise financeira de 2008, pude constatar pelo menos pontos que deixaram a desejar quanto a confiabilidade e tempo de respostas da DeepSeek.

Primeiro, a pergunta que fiz estava relacionando a crise de 2008 e a organização global dos movimentos ambientalistas frente a questão ambiental. Sabendo que o tema é importante entre estudiosos da questão ambiental, dos que são destacados por ambientalistas, o Joan Martínez Alier é um deles, chequei as respostas que obtive do ChatGPT e do DeepSeek. 

Segundo, com base nos critérios que estabeleci pude notar que o DeepSeek levou muito mais tempo para responder a questão, mas intuitivamente atribui o delay ao fator processamento, pois uma das vantagens alegadas pelo DeepSeek seria o menor uso de processadores para operações da IA, porém me pareceu que com a escalabilidade dos processos globais isso se torna obviamente uma desvantagem. E a NVidia já está refazendo as espectativas de sua carteira de ações após o mercado avaliar como uma bolha a alavancagem do DeepSeek.

Terceiro ponto, as respostas do DeepSeek apresentar uma seletividade, que me indicou mais um critério de natureza política que técnica. Numa simples verificação do conteúdo e do número de intens de informações sobre a questão ambiental, o DeepSeek resumiu e retirou pontos importantes de sua lista quanto ao pontos negativos sobre o meio ambiente como consequência da crise financeira de 2008: eliminou de sua resposta, um fator que está diretamente dependente da redução de investimentos nos projetos relacionados ao meio ambiente. E tomando o que o ChatGPT informou, um desses fatores seria a redução de fiscalização e mitigação de riscos e impactos ambientais, mas o DeepSeek sequer mencionou na sua curta referência de pontos negativos decorrente das circunstâncias de redução de recursos financeiros durante o período da crise global ocorrida de 2008.

Conclusão, é uma bolha, existe uma forte tendência de concorrência entre as IAs, dos EUA e China sendo observada e com preferências de especulação política e de investidores. Veremos em breve como isso se desenvolverá, pois já está sendo possível e disseminada uma nova guerra fria, e essa está no mundo digital, a das IAs.

terça-feira, janeiro 14, 2025

A síndrome de liberdade

 A síndrome* de liberdade.

O Supremo falou sobre a permissão? Então podemos pensar, falar, criticar e ter opinião sobre o que quisermos, mas só quando for autorizado.

Parte do Congresso, passivamente, apoia a decisão de ativistas do Supremo, criativos que interpretam a Constituição, nunca escolhidos pelo voto da população, invadem funções de outros poderes e chegam a legislar, querem governar sem terem tais atribuições legais.

Mas chegou a hora de removermos o estigma, definido pelo Sistema, de que a liberdade é um mal causado desnecessariamente por algumas opiniões, frases ditas discriminatórias no acordo de conveniência entre o Supremo e o Executivo em exercício para a manutenção do poder. Os critérios e limites para a existência da oposição foram decididos pelo Foro de São Paulo, que é a voz da lei instituída pela ditadura da esquerda e sua organização colocada no poder.

Tem uma teoria sobre o que causa essa “síndrome”. No momento a grande maioria foi acometida pelo que está praticamente sendo tipificado como “síndrome”, a “síndrome da liberdade” pelo ativismo do judiciário, pelo regime do Supremo/PT, pelo Consórcio da militância de redação e um punhado de frouxos, políticos que se vendem e fazem eco no Congresso a orquestração da ditadura. Os que lutam pela liberdade, os que querem retomar o direito de opinião, querem a liberdade de expressão, as liberdades democráticas, segundo a ditadura, passam a ser portadores da síndrome de liberdade. E o Sistema apesar de negar suas ações de censura, ações persecutórias contra adversários, porém, na hipocrisia de defesa da “democracia relativa”, a democracia Maduro, exercem a censura, tentam impedir a existência e até extirpar qualquer oposição ao regime. 

Buscar a liberdade passou a ter o significado ou condição de portar uma doença, deficiência cognitiva ou virar um marginalizado por atentar contra o “estado de dinheiro”, qualquer ideia, opinião e publicação contrária ao regime feitos pela direita vira “ato antidemocrático”. O que é apenas uma reação humana natural a uma situação que não é natural tornou-se uma coisa perigosa aos olhos dos agentes do regime, do seu Ministério da Verdade. A reação à censura, à ausência de liberdades democráticas, ao cerceamento de direitos fundamentais e conquistas há muito consolidados numa democracia, passou a requerer coragem, resiliência, recursos legais que ficam cada vez mais difíceis de serem alcançados, e a organização, mobilização permanente também. 

 Não nascemos para viver debaixo do tacão do autoritarismo, de ordens abusivas de títeres, ninguém vive dignamente sob ditaduras. 

Nenhum de nós anda ou andou em linha reta ao seguir na vida por coação, imposição de regras absurdas, por mais de dias, meses, anos, caminhou subjugados ao que seja determinado em estado de exceção. Com exceção dos que se entregam e se submetem a regimes crueis, foras da lei, ajoelhados para doutrinas que roubam a individualidade, pois requer compromisso com o mal e pensamento único, são todos os que cerceiam a reflexão e a possibilidade de ter opinião sobre os fatos, a realidade.

Antes você não sabia o que acontecia, os fatos podiam ser alterados por narrativas de conveniência ao jogo de partidos da esquerda, ao poder instalado e mantido sem questionamentos, porque não tinha como saber. Agora, após a revolução da internet, a expansão das relações e dimensão das redes sociais, a democratização da informação, todos podem, devem, se quiserem, saber sobre os fatos e sua origem. Antes a mentira era o normal. O sistema sabia das coisas, sabia manipular a informação e dados, e conseguia. Pagavam, subornavam, e as mídias que antes podiam fazer um certo jornalismo, passaram a assumir que são militantes, canais que obedecem ao poder que lhes sustentam e a quem subsidia seu trabalho de fazer propaganda oficial, sustentam e defendem ideias e projetos do governo, com claro viés ditatorial.


*A palavra síndrome vem do grego συνδρομή, que significa "concurso, afluência".

As síndromes provocam um conjunto de sinais e sintomas que ocorrem ao mesmo tempo e que podem ter causas variadas, assemelhando-se a uma ou a várias doenças. Costuma-se denominar também de síndrome uma condição que ainda não tem uma causa bem definida.

As síndromes podem ter origens diversas, e por isso, pode ser difícil fechar um diagnóstico sobre as causas desse quadro vulnerável.

quarta-feira, janeiro 08, 2025

O que significa viver numa ditadura

Fernanda Torres manda indireta a Bolsonaro na Globo, passa vergonha e vira meme!

Por Luiz Galeazzo, Oi Luiz, 10/12/2024.

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Algumas coisas não mudam nunca, por exemplo, pegue 10 filmes nacionais, três serão sobre a polícia matando os heróis traficantes, outros três sobre a ditadura militar, dois sobre a perseguição a minorias, um será uma comédia de um ex Global, um será um infantil com alguma apresentadora de TV, os 10 filmes terão muita gente pelada e beijos LGBT e terão reunido um total de 318 espectadores no Brasil inteiro, 250 pagando meia entrada ocupando o lugar de filmes verdadeiramente rentáveis. 

A Fernanda Torres está se destacando agora num filme da Globo filmes sobre ditadura militar bem na época em que a Globo acusa Bolsonaro de tentar dar um golpe e instalar uma ditadura militar. Ou seja, é óbvio que a Fernanda seria chamada para falar na Globo. O resultado é a entrevista mais sem noção da história de aquela do jogador Marcinho, “você sentiu alguma coisa Marcinho”... eu tô debilitado, comecei o jogo, a tarde toda tive caganeira, cagando pura água, eu muito debilitado. Falei professor, falei que não dá, porque eu tô tremendo”. Beleza valeu Marcinho, debilitado, acredita, é pior que isso.

A artista petista e dependente química da Lei Rouanet, Fernanda Torres, deu um novo passo entre as grandes premiações do cinema nessa segunda-feira ao conquistar uma indicação de melhor atriz em filme dramático do Globo de Ouro, por sua atuação em “Ainda estou aqui”, também nomeado na categoria de filme estrangeiro. O filme é só mais um numa pilha interminável de mais ou menos uns 850.000 filmes brasileiros falando sobre a ditadura militar, ele é baseado no livro autobiográfico do escritor petista Marcelo Rubens Paiva sobre a luta de sua mãe Eunice Paiva, após os problemas que o marido teve com os milico. Como já era de se esperar o filme foi abraçado, mimado, e lambido pelos inteligentinhos de todos os cantos do mundo, ganhou prêmio de roteiro no festival de Veneza, foi o filme escolhido no Brasil para tentar a sorte no Oscar, e muita gente já fala numa indicação pelo menos de melhor atriz para a Fernanda Torres. Nada impossível dada a infestação de esquerdistas em Hollywood e o lobby forte do diretor Walter Salles Júnior e sua família por lá, também basta lembrar que em 2019 Democracia em Vertigem, um documentário pró Dilma, tão mentiroso e mal feito, que parecia ter sido dirigido por uma criança de 7 anos que caiu 72 vezes de cabeça do berço, concorreu ao prêmio, mas só prêmio não enche barriga nem bolso, e por isso a Fernanda Torres provavelmente a pedido de seus patronos Lula e Janja começou a fazer o circuito de entrevistas repetindo feito um papagaio que “democracia é bom, viva democracia, ditador é ruim”, esquecendo que o Brasil é uma ditadura do Judiciário, que censurou, mandou para o exílio, prendeu e até matou gente que discorda desses líderes. Dessa vez, ela mostrou como está com a narrativa decorada e ensaiadinha para jornalista e assistente de palco do Lula, Andreia Sagui, digo Sadi… Fernanda: “E aí Sadi, tô aqui em Londres, hoje tem uma sessão do filme, e aí meio-dia, ali veio a indicação com meu nomezinho no meio de tantas mulheres incríveis, realmente devo muito a Eunice Paiva, e essa indicação significa um trabalho imenso e eu acho que é um resultado também do que o filme é no Brasil, sabe, eh o impacto do filme no Brasil também cria uma ideia da importância desse filme, eh não só no nosso país mas no mundo, que impulsiona as indicações, não só minha como do filme, então eu e Walter ali, 25 anos depois da mamãe com ele, isso é, ainda estamos aqui. O DNA pelo menos continua, do Walter, o meu, o meu eu peguei aquele DNA e tô levando um pouquinho mais para a frente, eh mas é resultado, acho, de um livro, é resultado eh dessa família incrível que são os Paiva, que sofreram uma brutalidade do Estado, um assassinato, assassinaram o Rubens, da mulher que é Eunice, é da forma como ela ela dizia uma coisa incrível, eu não sou vítima, vítima é o país, e a maneira como ela lutou pelo reconhecimento do que fizeram com Rubens Paiva, da maneira como essa mulher lutou pelo reconhecimento de reservas e indígenas no Brasil, depois da maneira como ela participou da Constituição de 88, a Eunice e o Brasil são quase sinônimos, e aí esse filme ganhar essa repercussão por causa dessa mulher, por causa dessa mulher que criou o Marcelo e toda a família, todos os Paivas são incríveis, mas o Marcelo que escreve esse livro e a literatura inspira o Walter a finalmente fazer um filme sobre uma casa que ele conheceu, que ele viveu, uma casa que transformou ele, então é tudo tão bonito, assim, é tudo tão bonito, e num ano muito difícil com filmes incríveis é uma safra de performances de atrizes e de filmes, muito difícil, então a gente tá ali no meio de tanta gente incrível e a gente tá por causa da honestidade dos Paiva, desse filme, dessa mulher extraordinária chamada Eunice Paiva, tô muito feliz, muito feliz que muita gente muita gente nova esteja pensando o que significa viver numa ditadura através desse filme, muita gente nova pensando ah era assim, porque não entendia, cresceu na democracia e acha que aquilo é de graça, ditadura é um negócio pesado, é um negócio muito ruim, então tô muito feliz, muito orgulhosa, e assim, muito orgulhosa de ter da cultura do Brasil e da arte no Brasil, das pessoas estarem tão orgulhosas da nossa cultura, da nossa música, da nossa literatura, do nosso cinema, e dos atores, entendeu, nós, o Brasil vale muito a pena, beijo grande, tchau”. 

Muita gente nova está pensando no que significa viver numa ditadura através desse filme… Não Fernanda, os jovens não precisam desse filme para saber o que significa viver numa ditadura, é só botar a cara para fora de casa ou tentar postar algo contra o STF, você acha que as filhas do Clesão, morto na prisão por ter participado de uma manifestação não sabem o que viver numa ditadura, você acha que o seu filmeco tem algo a ensinar sobre a ditadura para os filhos de seis e 9 anos da cabeleireira Débora dos Santos, que pode ficar 30 anos na cadeia por ter escrito “perdeu mané” com batom numa estátua, eu conto ou vocês contam, a inteligentinha pagando diante da ditadura, enquanto o regime que ela tanto lambe prende manifestantes por 17 anos, encarcera donas de casa, persegue padres e mata um pai de família, o Clesão, do mesmo jeito que mataram o pai do Marcelo Rubens Paiva no filme. 

Depois que a esquerda passou a defender prisões ilegais, mortes em cadeias, prisão de ambulantes e de mendigos, qualquer choro sobre a ditadura de 64 não pode ser levado a sério. Perderam toda a moral e provaram que na época só não fizeram o mesmo que os militares porque não podiam. Agora que podem estão fazendo. A falta de vergonha na cara de Marcelo Rubens Paiva e da Fernanda Torres é mais evidente do que a falta de testosterona do Felipe Neto, eles falam bonito sobre justiça e memória, quando o assunto é a ditadura que levou o pai de Marcelo, mas quando toca em feridas abertas hoje, como a repressão aos presos do 8 de janeiro, que aliás já levou a vida de Clériston, a voz some, ficam quietinhos, eles se beneficiam das leis de incentivo à cultura, mas quando é hora de criticar o abuso de poder da esquerda que financia suas performances, o silêncio é ensurdecedor. Olha só com quem a Fernanda tava outro dia em Nova York; Lula ao celular: “olha o prazer ter te ouvido hoje lá Fernanda, você diz que é a favor da democracia e que a ditadura é uma coisa ruim”. Então, como é que você é amiguinha desse casal que quer censurar as pessoas, desse casal que tem amizade com ditadores como Maduro, Ortega, Putin, Xi Jinping, como é que você anda com esse sujeito, que tem parceria com a ditadura de Cuba, que já dura mais de 60 anos, e com o Irã que prende e mata mulheres que não usam hijab. A moral que defendem é só um teatrinho, uma peça mal ensaiada com um roteiro sem coerência e cheio de furos. É fácil posar de heroína em filme, mas quando se trata de lutar pelas causas que não lhes abrem as portas dos cofres públicos, eles tiram a máscara de herói e vestem a carapuça do conveniente. Claro, Lula já deu um jeito de pegar carona na indicação da Fernanda na torcida Golden Globes, é a refilmagem da Noiva Cadáver. Nossa que trio, perfeito para um filme de terror, mas até isso foi zoado, atores, atrizes e similares são uma classe de pessoas que não tem uma personalidade definida. Talvez isso aconteça devido à profissão, já que passam a vida toda fingindo serem outras pessoas, muitas vezes nem eles mesmos sabem direito quem são, não é à toa que essa classe de profissionais é sempre muito requisitada por governos totalitários quando precisam dos cidadãos, no caos e o fracasso do seu governo. Enquanto a patota dos viva cultura brasileira usa técnicas de repetição e manipulação psicológica para criar no imaginário público uma ameaçadora ditadura cenográfica, o estado totalitário que está sendo construído no Brasil com o apoio total desses mesmos artistas ricos, segue jogando senhoras de idade, mães e pais de família nos calabouços da polícia política a favor do regime. A Fernanda e seus coleguinhas são colaboracionistas do Estado de exceção, narcisistas patológicos beirando a sociopatia, criando as condições totalitárias que no mundo fictício fingem combater. Fernanda Torres desfilando no tapete vermelho e fazendo discurso político pela democracia, enquanto trabalhadores apodrecem na cadeia por terem se manifestado contra um governo é um deboche perverso contra todas as vítimas reais da tirania em andamento no Brasil. Faça um filme sobre as ditaduras venezuelana e Cubana, Fernanda, você bem que podia colher uma entrevista com o Lula para enriquecer o roteiro do Foro de São Paulo, o nove dedos entende como poucos, Fernanda. Quando você interpretar a viúva do Clesão num filme sobre a ditadura de hoje, você me avisa tá, até lá, eu vou continuar preferindo ver o filme do do Pelé: “Eu comia calango quando era menino, a gente saía correndo atrás dos calanguinho, calanguinho, calanguinho, pegava o calanguinho e comia com ovo. Eu sou analfabeto, minha mãe era analfabeta, meus irmãos tudo analfabeto, meus primo analfabeto, meus cunhados era analfabeto, meu cachorro analfabeto, meu gato analfabeto, e eu me orgulho disso” (Lula).

domingo, janeiro 05, 2025

A ditadura petista/$TF

 A ditadura petista/$TF nos empurra para uma situação de instabilidade jurídica, econômica, social e política mais e mais extrema. Todos os esforços realizados até agora só criaram, em escala, novos e graves problemas para o exercício da liberdade de expressão e à necessária estabilidade jurídica das instituições, que organiza as relações, contratos e dão segurança as expectativas do mercado de produtos, serviços e financeiro. Com uma visão canhestra e numa clara insistência em atos de vingança contra os seus opositores, o regime petista revela sua indisfarçavel indiferença ao que a Constituição, em suas mais básicas obrigações de convivência, nos guiaria como sendo os princípios democráticos a serem respeitados. Portanto, o que significam os avanços de função de uma instituição sobre outras, o abuso de poder do ativismo, político e policial, da toga sobre o Legislativo, com o apoio tácito do Executivo, senão uma verdadeira guerra aos cidadãos de bem, aos que tem opiniões sinceras sobre a realidade e aos empreendedores pagadores de impostos, que em suas funções e demandas, uma maioria, que luta por restaurar direitos fundamentais que estão sendo retirados por um regime abertamente comprometido com o viés autoritário.

Como não pensar no estado atual das coisas que nesse momento vivemos uma guerra declarada para cada dia nos impor o pior, o caldo de cultura de terror vivido pro uma Venezuela. É, em uma guerra, é preciso descobrir se aceitaremos a situação em que nos encontramos. Ou deixamos isso virar o novo normal, ou agimos e, assim, arriscamos tudo.



sexta-feira, janeiro 03, 2025

Estamos em uma ditadura

 Estamos em uma ditadura, e os intocáveis do regime, tal qual a militante de redação da Globolule, Natuza Nery, são prontamente defendidos e estão protegidos pelas asas da Corte em seu ativismo. Os comparsas "iluminados" do PT tocam suas ações conforme um rito de abuso de poder e a truculência mais que verbal, contam com a força de sua Gestapo particular para extirpar qualquer um que os desafie. E tudo isso é tomado como natural por quem os suporta com um sorriso nos dentes.



quinta-feira, janeiro 02, 2025

Expressando a minha repulsa

 De uma coisa preciso expressar a minha repulsa, e faço minhas as palavras de Rodia Raskólnikov, em Crime e Castigo: "É esta a explicação do mistério... Vendem toda a vida! Oh! Nesse caso violenta-se o senso moral: leva-se ao mercado a liberdade, o repouso, a própria consciência, tudo! (...) transige-se com os próprios escrúpulos, chegamos mesmo a persuadir-nos de que é preciso proceder assim, visto a utilidade do fim justificar o meio". As pessoas e grupos vinculados a ideologia do petismo, progressistas, wokismo, da esquerda no poder, conseguiram se mostrar adictos, a hipocrisia e tudo que juntam em seus compromissos, a falsa moral e a inexistência de quaisquer princípios democráticos. Digo, até mesmo de profundidade da natureza humana, em direitos há muito primados. Não são, nem nunca foram formados para a convivência com qualquer discussão, aceitação, alteração em nenhum dos seus desejos e propósitos de manutenção no poder, objetam as críticas, censuram os argumentos não entendidos, cancelam as ideias da oposição. Os trabalhos e objetivos deles são contraditórios na essência, na verdade seus interesses já estão aparentes, conhecidos por alguns, hoje adversários, a direita, mas ignorados por conivência por muitos. Os beneficiários do assalto aos cofres públicos.



na tela ou dvd

  • 12 Horas até o Amanhecer
  • 1408
  • 1922
  • 21 Gramas
  • 30 Minutos ou Menos
  • 8 Minutos
  • A Árvore da Vida
  • A Bússola de Ouro
  • A Chave Mestra
  • A Cura
  • A Endemoniada
  • A Espada e o Dragão
  • A Fita Branca
  • A Força de Um Sorriso
  • A Grande Ilusão
  • A Idade da Reflexão
  • A Ilha do Medo
  • A Intérprete
  • A Invenção de Hugo Cabret
  • A Janela Secreta
  • A Lista
  • A Lista de Schindler
  • A Livraria
  • A Loucura do Rei George
  • A Partida
  • A Pele
  • A Pele do Desejo
  • A Poeira do Tempo
  • A Praia
  • A Prostituta e a Baleia
  • A Prova
  • A Rainha
  • A Razão de Meu Afeto
  • A Ressaca
  • A Revelação
  • A Sombra e a Escuridão
  • A Suprema Felicidade
  • A Tempestade
  • A Trilha
  • A Troca
  • A Última Ceia
  • A Vantagem de Ser Invisível
  • A Vida de Gale
  • A Vida dos Outros
  • A Vida em uma Noite
  • A Vida Que Segue
  • Adaptation
  • Africa dos Meus Sonhos
  • Ágora
  • Alice Não Mora Mais Aqui
  • Amarcord
  • Amargo Pesadelo
  • Amigas com Dinheiro
  • Amor e outras drogas
  • Amores Possíveis
  • Ano Bissexto
  • Antes do Anoitecer
  • Antes que o Diabo Saiba que Voce está Morto
  • Apenas uma vez
  • Apocalipto
  • Arkansas
  • As Horas
  • As Idades de Lulu
  • As Invasões Bárbaras
  • Às Segundas ao Sol
  • Assassinato em Gosford Park
  • Ausência de Malícia
  • Australia
  • Avatar
  • Babel
  • Bastardos Inglórios
  • Battlestar Galactica
  • Bird Box
  • Biutiful
  • Bom Dia Vietnan
  • Boneco de Neve
  • Brasil Despedaçado
  • Budapeste
  • Butch Cassidy and the Sundance Kid
  • Caçada Final
  • Caçador de Recompensa
  • Cão de Briga
  • Carne Trêmula
  • Casablanca
  • Chamas da vingança
  • Chocolate
  • Circle
  • Cirkus Columbia
  • Close
  • Closer
  • Código 46
  • Coincidências do Amor
  • Coisas Belas e Sujas
  • Colateral
  • Com os Olhos Bem Fechados
  • Comer, Rezar, Amar
  • Como Enlouquecer Seu Chefe
  • Condessa de Sangue
  • Conduta de Risco
  • Contragolpe
  • Cópias De Volta À Vida
  • Coração Selvagem
  • Corre Lola Corre
  • Crash - no Limite
  • Crime de Amor
  • Dança com Lobos
  • Déjà Vu
  • Desert Flower
  • Destacamento Blood
  • Deus e o Diabo na Terra do Sol
  • Dia de Treinamento
  • Diamante 13
  • Diamante de Sangue
  • Diário de Motocicleta
  • Diário de uma Paixão
  • Disputa em Família
  • Dizem por Aí...
  • Django
  • Dois Papas
  • Dois Vendedores Numa Fria
  • Dr. Jivago
  • Duplicidade
  • Durante a Tormenta
  • Eduardo Mãos de Tesoura
  • Ele não está tão a fim de você
  • Em Nome do Jogo
  • Encontrando Forrester
  • Ensaio sobre a Cegueira
  • Entre Dois Amores
  • Entre o Céu e o Inferno
  • Escritores da Liberdade
  • Esperando um Milagre
  • Estrada para a Perdição
  • Excalibur
  • Fay Grim
  • Filhos da Liberdade
  • Flores de Aço
  • Flores do Outro Mundo
  • Fogo Contra Fogo
  • Fora de Rumo
  • Fuso Horário do Amor
  • Game of Thrones
  • Garota da Vitrine
  • Gata em Teto de Zinco Quente
  • Gigolo Americano
  • Goethe
  • Gran Torino
  • Guerra ao Terror
  • Guerrilha Sem Face
  • Hair
  • Hannah And Her Sisters
  • Henry's Crime
  • Hidden Life
  • História de Um Casamento
  • Horizonte Profundo
  • Hors de Prix (Amar não tem preço)
  • I Am Mother
  • Inferno na Torre
  • Invasores
  • Irmão Sol Irmã Lua
  • Jamón, Jamón
  • Janela Indiscreta
  • Jesus Cristo Superstar
  • Jogo Limpo
  • Jogos Patrióticos
  • Juno
  • King Kong
  • La Dolce Vitta
  • La Piel que Habito
  • Ladrões de Bicicleta
  • Land of the Blind
  • Las 13 Rosas
  • Latitude Zero
  • Lavanderia
  • Le Divorce (À Francesa)
  • Leningrado
  • Letra e Música
  • Lost Zweig
  • Lucy
  • Mar Adentro
  • Marco Zero
  • Marley e Eu
  • Maudie Sua Vida e Sua Arte
  • Meia Noite em Paris
  • Memórias de uma Gueixa
  • Menina de Ouro
  • Meninos não Choram
  • Milagre em Sta Anna
  • Mistério na Vila
  • Morangos Silvestres
  • Morto ao Chegar
  • Mudo
  • Muito Mais Que Um Crime
  • Negócio de Família
  • Nina
  • Ninguém Sabe Que Estou Aqui
  • Nossas Noites
  • Nosso Tipo de Mulher
  • Nothing Like the Holidays
  • Nove Rainhas
  • O Amante Bilingue
  • O Americano
  • O Americano Tranquilo
  • O Amor Acontece
  • O Amor Não Tira Férias
  • O Amor nos Tempos do Cólera
  • O Amor Pede Passagem
  • O Artista
  • O Caçador de Pipas
  • O Céu que nos Protege
  • O Círculo
  • O Circulo Vermelho
  • O Clã das Adagas Voadoras
  • O Concerto
  • O Contador
  • O Contador de Histórias
  • O Corte
  • O Cozinheiro, o Ladrão, Sua Mulher e o Amante
  • O Curioso Caso de Benjamin Button
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