terça-feira, julho 29, 2008
É cansativo ver
Conheci uma nova pessoa. Que legal é conhecer gente nova, e ainda mais sendo povo de além mar com suas impressões de cá. Eu fiz uma descoberta do sentido notável do olhar do outro diante da minha, da nossa realidade... Claro que é bem diferente se ler nos jornais, nos livros, na internet, algo sobre esses assuntos, assuntos da realidade, mas, mais ainda ao surgir como um ponto de vista expontâneo, numa conversa olhando olho no olho, é abrir sentimentos que são dificeis de esconder.
Nosso país, Brasil; como se apresenta ao estrangeiro, ao observador, que viaja para nos conhecer, estudar, desenvolver suas relações pessoais, encontrar pessoas interessantes, realizar transações de trabalho, sociais etc. Qual o sentimento de quem vem de fora, digamos da Alemanha, ela veio desse importante estado europeu; essa pessoa é de lá. Típica alemã, mesmo em sua estatura mediana, representante ariana, loura autêntica de olhos bem azuis.
Ainda que a banda oriental da Alemanha, digo “banda” porque a realidade social dessa banda fica ou se mantém piorando, em vários aspectos! Diferentemente da outra banda da Alemanha; diz-se “unificada”, após a queda do muro de Berlim.
O que me impressionou a resposta dela, sobre uma pergunta a mais trivial e rotineira de um curioso sobre as impressões de uma viajante estrangeira em solo brasileiro.
- O que você está achando do Brasil?
Ela prontamente respondeu, em um português esforçado mas ainda com uma certa insegurança em pronunciar o “verbo”:
- É cansativo ver tanta desigualdade entre as pessoas...no Brasil. Com o tempo a gente vai acostumando.
Diga-se: deixando de “perceber”, essa visão chocante; assim, como um ponto cego, talvez. Como um barulho chato que com o tempo vamos absorvendo aos poucos e terminamos nem sentindo-o audível (pura negação). Fica-se cego, com olhos vivos, sãos (será que continuamos?) e abertos.
Acredito que ela só faltou falar que, “mesmo a contragosto”, temos que “engolir” (talvez ela disse-se “entender” como uma autêntica cidadã do primeiro mundo, eu suponho), tudo isso.
quinta-feira, julho 24, 2008
Dançar
É uma vibração boa, de satisfação pela colheita das sementes plantadas... Sentir um tremor pelo momento feliz, um arrepio de energia gostosa combinado com o sabor de abraços quentes como chocolate, no inverno, em forma de gente! Ali no salão tudo pode acontecer, somos o que somos, todos se olham tem seu espelho, um lado assim e outro lado assado, se complementando e transbordando, nas suas superfícies e nas suas extremidades, nos seus planos e nos seus limites. Tudo pode no momento de transformação. É isso, chegamos a isso... Mas ainda vem mais por aí, por alí, acolá, comme ci comme çà.
quarta-feira, julho 23, 2008
Ouro Azul
Lucas Mendes - Colunista da BBC Brasil
Um homem na faixa dos 30, bem vestido, de boa aparência, entrou no escritório da Manchete em NY, se apresentou como engenheiro, abriu uma pasta e me disse: inventei o motor a água.
Como eu sei que jamais serei o jornalista que vai receber um furo destes de mão beijada, estas revelações não me animam. O primeiro pensamento é: "como tiro este maluco daqui".
-E como funciona seu motor?
-Isto eu não posso contar, porque se contar as multinacionais vão roubar.
-O sr. pode me mostrar o motor funcionando?
-Também não, porque ainda não está pronto.
Depois de mais de uma hora, finalmente, se mancou. Disse a ele: “quando ficar pronto não deixe de me procurar”. Isto foi há uns 30 anos. Vai ver que ele vendeu a invenção para o Clarity da Honda, movido a hidrogênio.
Há menos tempo um empresário rico e visionário me telefonou do Brasil. Precisava de tudo que a ONU tinha sobre água - tratados, pesquisas, vídeos. Urgente, para ontem.
Até minha amiga Sonia Nolasco, que trabalhava ONU, entrou na corrida da água. O material foi enviado via Fedex e até hoje nem um vapor de agradecimento. Sorry, Sonia.
Na beira de um precioso, transparente e histórico riacho - o Beaverkill River - a duas horas de Manhattan, eu e o cinegrafista Paulo Zero estávamos tentando pescar uma das enormes trutas perfeitamente visíveis a menos de dois metros de profundidade. Elas chegavam, davam voltas nas minhocas e nem beliscavam. Gordas e preguiçosas.
Apareceram quatro homens, nos deram boa tarde e um deles perguntou como ia a pescaria.
-Péssima.
-Ainda bem porque se vocês tivessem tirado uma truta iriam para a prisão. No mínimo pagariam uma multa. Este rio é meu e dos meus três sócios.
-Mesmo se vocês tivessem comprado licença de pescar, aqui é proibido. Não é público. Nós compramos não só o rio como colocamos as trutas.
-Somos hóspedes do dono da terra.
-A terra é dele, o rio é meu.
-E porque as trutas não comem as minhocas?
-Porque a época das minhocas já passou. Agora, só mordem isca artificial.
-Desculpem. No Brasil é diferente - e, sem argumentos, recolhemos a tralha.
Tanta história para dizer que água é o novo petróleo, o ouro azul, e T. Boone Pickens é o Rockefeller moderno. Ficou bilionário com petróleo, gás e comprando empresas que não estavam à venda. Mereceu capa do Time em 85 como mestre no jogo da pirataria empresarial, aquisições agressivas.
Em 71, Pickens tinha comprado um pedaço de terra no Texas para caçar codornas. Depois comprou tudo que estava em volta, comprou mais e mais e também o que estava embaixo da terra, sempre em busca de água numa região árida. Acumulou 275 mil quilômetros quadrados.
Hoje é o maior proprietário de água dos Estados Unidos, tem 280 bilhões de litros por ano para vender e negocia com Dallas, carente de água. Para Pickens, a era da energia fóssil chegou ao fim.
Um litro de água de torneira custa hoje 0.1 centavo de dólar no mercado, nas cidades onde é subsidiada pelas prefeituras, mas esta mamata vai acabar. Em Nova York já acabou.
A conta de água do meu prédio, uma cooperativa , era menos de 200 dólares por ano. A nova é de 1.600 e ainda está barata comparada com histórias da vizinhança. Os fiscais batem na porta, deixam avisos e ameaçam com multas. Vão instalar novos medidores.
T. Boone Pickens tem 80 anos, não tem pressa e nada a perder. O barril dele está cheio e vale ouro.
segunda-feira, julho 21, 2008
Impossível
O amor é impossível... Nem pense que no sentido de nunca acontecer, mas no de acontecer. Impossível em grandeza, em amplitude, inconfundível, incomparável, imperdível. Porque? Por que é impossível de contê-lo. Pará-lo. Como sentimento livre se transforma para continuar fluindo... Permanece em evolução. Abre horizontes, conduz ao acontecimento das mudanças necessárias, tanto internas como externas, racha as barreiras que pretendem estancá-lo desmanchando-as como sal na água. E sua força encontra as brechas do coração, se estabelece de outra maneira, com profundidade, com todas as cores, aromas, formas e em qualquer lugar e circunstancia; permitindo a eterna transformação que beneficia o ser que se abre para a iluminação da sua sabedoria.
Se em algum instante sentir o toque do amor, aceite-o com serenidade, ainda que não compreenda, vivencie, consinta entrar na evolução de sua presença. Há muita diferença entre desejo, paixão e amor. Em algum momento, alguma hora da vida alguém é capaz de descobrir o sentimento amoroso real, no entanto, muitos pensamentos negativos, sentimentos opostos, atitudes repressivas acontecerão. Nosso mundo é expert nisso, um mundo de guerras, violência, insensibilidade, impessoalidade, racionalista, cheio de “funcionários da técnica”. E a nossa vida nessa sociedade industrial e financeira, só nos leva a desacreditá-lo; a experiência de muitos pode até contribuir ou ajudar com essa realidade. O dia-a-dia insano, as relações sociais rotineiras, instintivas, repetitivas, a competição destrutiva, o império do ego, nossos desencontros; muito embora existam, sejam comuns, nada disso afasta novas outras experiências amorosas verdadeiras.
É assim que vivemos, em desencontros e encontros com o sentimento mais criativo e lindo do universo humano; o sentimento mais desejado e especial para cada um de nós, quando chega e nos ganha. E cada vez que acontece é eterno enquanto vivido; simultaneamente tão animal e tão humano, tão essencialmente divino. E assim permanece eterno. Certamente cada um de nós já viveu ou vive, e vai vivenciá-lo, mesmo que debaixo d’água. O amor é impossível.
sábado, julho 19, 2008
quinta-feira, julho 17, 2008
No Ritmo
Difícil de aceitar e de entender que "o que é bom sempre acaba". E devemos ir em frente, sempre.
Essa semana sem entender notei que fiquei com uma música na cabeça (a música anda me frequentando), quase que "martelando o metal" como um canto de uma ave lá das bandas das Alagoas que se chama Ferreiro.
Minha vontade foi de ouvi-la novamente. Corri para o computador e acessei a Internet, entrei no Youtube... e lá achei! A última vez que a tinha escutado e visto foi na TV, no canal da http://www.mundialcom.com.br/ e de modo subliminar, prá mim o clip passou batido, não percebi direito nem pude dar a mínima, ando muito atarefado por esses dias, trabalhando e estudando.
Meu interesse era mais pela melodia e o ritmo dançante; tinha me pegado pela vibração interior. Um som com um jeito de hit, com certeza, mas que me botou pra parar e escutar. Uma letra com alma teen e, no entanto, me trouxe uma reflexão diferente do que normalmente as músicas que se encontram entre as dez na parada me passam. Acredito que pelo swing da melodia... dancei literalmente! Fechei os olhos e fui na onda como um lobo uivando pra lua. Dancei junto em meu estado de felicidade imaginária mas com certeza nela.
A felicidade é um estado que vai e vem, nem pense que fica para semente. E esse momento quando o temos deve ser "experimentado até o final" quando o vivemos.
Deixei o link abaixo para quem quiser "navegar" e "dançar a vida", de olhos abertos:
http://www.youtube.com/watch?v=jxk95rZyKnI&NR=1
terça-feira, julho 15, 2008
Um Toque
Uma amiga que considero muito, conversando comigo, revelou que ficou tocada com uma frase de alguém, uma conhecida. Essa frase teve um significado muito especial para ela, que acabara de passar por uma cirurgia e se sentia um pouco triste, se sentia sem UP, sem "mostrar" a beleza feminina, coisa de mulher!
Toda mulher sente essa necessidade de se sentir bonita, renovada naturalmente; se enfeitam de todo jeito, e é bom que seja assim.
A frase que a tocou, é simplesmente "um toque":
"Fique bonita com o que você tem".
segunda-feira, julho 14, 2008
Falando Sério
Olhar e Movimento
[Trechos de uma entrevista do psicanalista J. A. Gaiarsa]
“A gente só consegue mexer com as idéias na cabeça, do mesmo jeito e na mesma medida que a gente consegue mexer os objetos (com as mãos), quem nunca juntou nada não pode saber o que é dizer juntar, quem nunca separou nada não pode saber o que é dizer separar. Então há uma ligação profundíssima entre a versatilidade dos movimentos e a versatilidade da inteligência”.
“O cérebro humano possui entre 70 bilhões a 100 bilhões de neurônios. E 2/3 do cérebro é ligado ao movimento e 1/3 ao visual – essencialmente somos “visual-motoro”. O cérebro é olhar e movimento. O aprendizado é imitação.
Na criança de 0 a 6 anos acontece imitação de tudo em volta.
Como se forma um adulto?
Forma-se adultos pelas mentiras do adulto; O que é educar uma criança?
Oferecer as melhores condições possíveis para que ela desenvolva todas as suas aptidões (?). Como é que se faz isso: a palavra que as crianças mais ouvem é NÃO.
Eu não sei como é que a gente desenvolve uma criança dizendo não.
Não pode isso, não pode aquilo, não corra, não mexa nisso, não pegue naquilo, fique quieto.
O que a gente consegue é fazer a criança ficar cada vez mais parecida com a gente.
Adultos pasmados, sem movimento e acomodados”.
domingo, julho 13, 2008
O Corpo e o Inconsciente
Observar as expressões (do rosto, do corpo) significa se conhecer melhor; “conhecer a própria cara” é conhecer os próprios movimentos, as expressões do corpo nos revela, nos desnuda.
“Eu não conheço a minha cara”. Isso significa 2/3 de desentendimento humano. Conhecer a própria cara é conhecer o próprio inconsciente; ninguém conhece a própria cara; não se conhece a própria cara (só) falando coisas, falando com o outro" [Gaiarsa].
“O Freud não olhava pro paciente, dizia senta lá e fala. Negou a relação visual. O Reich começou a olhar pro cara. Tudo que o Freud dizia que era inconsciente estava nas expressões corporais que a pessoa ignora. E o inconsciente é inconsciente pra pessoa, mas não pra quem olha pra ela. Você vê o inconsciente das pessoas. É um pouco a estória do reizinho nu. Se a pessoa achar que está bem vestida, e muito bem defendida, escondendo seus ”podrinhos”, tá nada; se você olhar bem você percebe todos eles”. [Gaiarsa]
No Joost
- “Vivemos e desejamos nos reintegrar internamente, juntar os pedacinhos internos.”
- “É uma luta constante para se manter inteiro. Nós somos capazes de adoecer só com a nossa imaginação.”
- "Ao invés de porque sobrevivemos fica a pergunta: Como sobrevivemos?"
- “A psicanálise explica porque se enlouquece, mas não porque se sobrevive”. [Bruno Bettelhein]
Esse são trechos do texto de um filme documentário sobre a vida de várias pessoas que experimentaram a experiência de viver pela transformação do mundo, na época da pior repressão as liberdades de expressão humana no Brasil (1968/1974).
O nome do filme para quem ousar ver é: “How nice to see you alive”, é apresentado pelo Joost – programa que após instalado no computador passa filmes de várias nacionalidades, com uma seleção de bons filmes, é excelente e FREE - na Internet.
sexta-feira, julho 11, 2008
Mente Aberta
quinta-feira, julho 10, 2008
segunda-feira, julho 07, 2008
Notas Musicais II
Ao olhar para alguém, e querer conhecer, ouça seu sentimento batendo no seu peito, escute o som que vem lá do fundo, o que parece começar a fazer sentido tornar-se uma melodia, uma sinfonia ainda incompleta. Nessa imensidão incerta de sons e sentimentos, vá ao som do coração!
Sem procurar saber onde começa ou finda a letra na harmonia, nesse momento, sinta somente o prazer começar a lhe transformar, o prazer de viver, a vida com prazer; da música no vento, do movimento da água, da luz da alma do mundo, do calor latente e selvagem da gente.
Arrepie-se como um violino, num passo; num toque, case o marfim e o ébano interior como faz um piano, deixe-se abalar com a percussão da atmosfera eterna da paixão, e dance.
Compor a dança da vida é ir abraçar o outro, buscar juntar-se e se sentir ainda livre. Se mova, siga em frente. Vá ao encontro sem esperar.
Permita-se amar, presenteie a você mesmo; depois vá “explodir no espaço” com seu amor no fogo da criação da vida; despertando seu ser natural descobrindo sua terra, ser da natureza de novo, ser em vivência permanente. Em concerto, doravante, és uma sinfonia (per)feita.
domingo, julho 06, 2008
No Momento
Pensando bem, nessa estória de estarmos conectados... Ignorar ou querer ignorar esse fato, para começar, é um grave erro para quem não se permite, ou não se deixa perceber, nessa relação de mão dupla, relação múltipla, em geral relações biunívocas pela própria necessidade da existência, da alteridade, uma conexão dialética, permanente e universal entre os seres vivos sencientes, no atar dos laços afetivos, criativos, produtivos, sociais, e dos muitos vínculos associativos entre eles próprios e entre eles e as demais coisas existentes no universo.
Nada existe verdadeiramente sem a presença e manutenção dessa relação, sem o parâmetro, o contraponto, a referência ou medida, a comparação ou reflexão, o Um sem o Outro e vice e versa. Digamos: nós somos o outro, o outro é você mesmo. A interferência é vital, no sentido de inter-relação, interação, desenvolvimento, evolução, e se faz necessária para uma consciência em si e para si. O ser sem esse fundamento está isolado ou perdido no espaço infinito, sem consciência do real significado da vida e dos desdobramentos das relações que mantém ou alteram a cada momento os padrões e as estruturas da sociedade, da cultura, do conhecimento, do trabalho, das relações sociais em todos os sentidos que elas possam se realizar.
Mas, o ponto aqui, é essa conectividade, esse vínculo bastante evidente, que muitas vezes nos parece inexistente, complexo e sem pé nem cabeça. Ledo engano. Como foi dito antes, “o outro é você mesmo”. E essa comprovação se expressa nos sentimentos e negação dos sentimentos que temos quando nos damos conta da realidade em que vivemos, e a que o outro vive também. Negar essa percepção é o ponto chave da inconsciência da vida plena, da alienação de si mesmo enquanto ser humano, do desenraizamento de sua natureza; seres humanos, que em sua maioria estão "sobrevivendo" na modernidade. Uma modernidade globalizada, técnica, impessoal, segregada, condicionada psicológicamente ao "irracional", especista e sem rumo. Quase um corpo sem alma.
Se junta a esse quadro o desconhecimento do verdadeiro papel que o avanço tecnológico está desempenhando nas mudanças que presenciamos no mundo, nem se sabe mesmo, nem os mais entendidos do assunto, aonde nos levará efetivamente esse modelo adotado de progresso técnico, seja agora ou daqui a uma ou mais gerações. Ainda mais que, mais agora do que nunca, os novos desafios colocados para a produção de alimentos para a população mundial e suas outras necessidades essenciais, mostrando-se cada vez mais prementes, exigentes na urgência, de serem atendidos. E podemos crer que por uma pequena parcela de atenção que fosse dada, aos grandes problemas que ainda temos, já seria o necessário, não sabemos se o suficiente, serviria pelo menos para começar a enxergarmos se temos uma solução.
Os recentes acontecimentos que andam botando lenha na fogueira das intenções políticas e dos interesses particulares dos grandes investidores, dos mercados, das economias desenvolvidas e em desenvolvimento, demonstram e provam as tendências para onde estão convergindo os movimentos dos capitais e as conversações entre os líderes das nações dominantes. Só se fala em produção de alimentos, biocombustíveis, biodiversidade, recursos renováveis escassos, substituição de combustíveis fósseis, energias alternativas, desenvolvimento sustentável etc. E é muito oportuno e justo se tratar a essa altura do campeonato sobre esses temas, pois para alguns deles o prazo se encontra esgotado há algum tempo.
A fome é um flagelo com que convivemos desde que nos conhecemos nesse velho e novo mundo, que se reforça historicamente por gerações mesmo sob uma realidade em que temos feito os maiores avanços em tecnologia e riqueza acumulada da civilização humana. O presente nos pertence, o futuro também, mesmo que propositadamente escolha-se o caminho fácil e errado, ainda que não se considere que o universo em seu movimento de transformação tenha as suas surpresas e respostas diante do descaso e truculência com que se trata o próprio ser humano, “criador e criatura”, o meio ambiente, a natureza, nossa morada, o planeta Terra.
sábado, julho 05, 2008
Um e Outro
Em primeiro lugar quero dizer que estou com saudades,
do seu olhar de criança, sonho, esperança...
do teu jeito irmão, atenção,
do teu abraço de amigo,
do pai, do filho.
Seu texto foi fundo na minha alma, na minha história, me emocionei.
Ele fala um pouco de mim, das minhas preces, conexões, pedidos sem forma, sem palavras, sem consciencia, mas com muita intensidade e êxito.
Verdadeiros pedidos que vêm do fundo do ser, cheios de desejos e força e
que fazem a diferença. É a vinculação nunca perdida, mesmo que, momentaneamente não entendida e até transparente para a mente racional e cansada.
Sim, nós todos somos seres divinos e PODEROSOS!
Seu texto chegou na hora certa, para ativar em mim a fé que preciso, a esperança, um pouco desbotada pelos medos da criança escondida num meu corpo de "gente grande", num coração "meio escondido" num dos cantos dessa grande sala que é a vida.
Amigo, sentir com intensidade o pulsar dessa engrenagem, querendo transformar raios de tempestades em raios de luz não é muito fácil, mas tem que continuar fazendo parte de nós, dos seres, como meta, energia impulsionadora e prazerosa, pra valer a pena estar aquí!!!!
Fica aquela frase, curta porem com muito significado: " O outro é você mesmo!"
Estejamos atentos a isso!
bjs
Ana Tereza
O Aprendizado
Absolutamente verdadeira essa frase que leio e releio... Ainda sinto o perfume que exalava das flores, testemunhas lindas e vivas, que me mostravam suas cores, de graça, cores da manhã que trazia junto a ajuda que precisava; e a recebi de coração limpo, pulsando leve, sem ter a menor certeza que ela havia chegado.
Eu havia pedido a ajuda. Foi no vento, sem nenhuma voz audível, mas o Universo a ouviu! Mesmo que tenha realizado um movimento sem tanta clareza, tinha havido um contato muito forte vindo do interior da minha alma de menino, menino que "filosofava" sozinho, sem mestre, tinha tudo de uma vontade infinita e uma razão indubitável.
Uma vez, num tarde ensolarada, olhava através de uma grade em uma área de um circo que havia chegado em meu bairro, e esse meu olhar carregava uma ânsia de dar a impressão que tinha toda fome do mundo em realizar um desejo de criança: ganhar uma bola bem arco-íris de colorida, daquelas que qualquer criança ficaria bem alegre ao tocar, como seu brinquedo, de presente.
Mas, aquela bola ficava lá atrás daquela grade, sem querer me fazer feliz. Uma atitude odiosa para um objeto sem vida, inerte sem minha gravidade. Até pensei em trocar as minhas crenças de família, de formação católica, por outra qualquer que fosse desde que pudesse alcançar logo a graça de poder brincar com aquela beleza de brinquedo. Uma bola colorida, com estrelas e lua.
Daí, ainda com meus pensamentos flutuando entre a força da fé divina e as tentações diabólicas que me faziam crer que após consentir a minha pequena alma de criança se deixar levar ao seu dispor, que poderia alcançá-la, aquela inalcançável bola paixão, bolha de ilusão, balão mágico. Facilmente, e sairia dali sem nenhuma dificuldade bailando sobre meus pés, sobre minhas pernas magras de pequeno anjo, de posse daquela linda coisa redonda, maravilhosa aos olhos febris. Meus pais jamais souberam desse grandioso dilema que só muito depois pude perceber ser parte de nós permanentemente, um maniqueísmo cultural da civilização ocidental, não podendo se considerado um impulso apenas infantil.
Tudo passou num relampejo de consciência que com um sacudir de cabeça abandonei definitivamente, pelo menos naquele dia, e por muitos, a idéia impulsiva, a gana de possuir sob qualquer preço, agarrar a varinha, ter o condão, aquele objeto do desejo, ainda que custasse muito de mim, numa violenta alteração de meu ser. Depois, continuei meu caminhar ainda alegre, mesmo sem ter entregado minha pura alma de menino ao diabo.
Muitos anos depois a minha conversa com Deus, pelo Universo que habito, continuou cheia de diálogos e monólogos, às vezes sem fala nenhuma, ouvindo a ajuda do silêncio, quando sim na energia da sabedoria do amor, algumas vezes através da maestria da dor, noutras vindo por "coincidências" quanto ao atendimento de sonhos repetidamente sonhado, mesmo acordado.
O aprendizado é um rio, perene, mas sempre renovado, basta se dispor a estar aberto a ajuda do Deus interior, que sempre pode estar por perto; um pedido, uma oração, é só o que precisamos.
segunda-feira, junho 30, 2008
Padrão do Modelo
China já é o 2º maior mercado de luxo global
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. Dom, 29 Jun, 09h21
Mergulhados em um igualitarismo forçado há pouco mais de 30 anos, os chineses de hoje querem ficar ricos e garantir que todos conheçam essa condição. Para isso, nada melhor do que ostentar poderosos símbolos de status, como bolsas Louis Vuitton, relógios Rolex ou sapatos Ferragamo. A tendência colocou a China em segundo lugar no mercado de luxo global, atrás apenas do Japão.
A estimativa de diferentes consultorias é de que os chineses assumirão a liderança desse ranking em 2015, quando devem responder por algo entre 29% e 32% das vendas mundiais, com gastos próximos de US$ 24 bilhões. No ano passado, os habitantes do antigo Império do Meio desembolsaram US$ 8 bilhões em jóias, roupas, produtos de couro, acessórios e perfumes de grifes de luxo internacionais, o equivalente a 18% do mercado global, segundo a consultoria Li & Fung Group, com sede em Hong Kong.
Por trás dessa explosão está o rápido crescimento do poder de compra e do número de milionários no país governado pelo mais poderoso Partido Comunista do mundo. Com uma renda per capita de US$ 2,5 mil - comparada a US$ 6,9 mil no Brasil - a China está longe de ser um lugar rico. Mas a expansão econômica de quase dois dígitos ao ano das últimas três décadas levou ao surgimento de uma poderosa elite endinheirada e a um dramático aumento da desigualdade social.
domingo, junho 29, 2008
"Freud Explica" (?)
Muitas vezes isso é tão forte quanto mesquinho; e essa ação egoísta da objeção do desejo do outro, do maravilhar-se do próximo, que o universo em interação "se afasta", "não gosta" e permite tal movimento, pára de conspirar naquele sentido anterior, no bom sentido, “autorizando” o “sentido do não acontecer”, só para pregar uma peça nos atores da história, uma boa lição, tanto para o “ego ladrão”, como para o outro, o próximo, que contraditoriamente cede diante da força da energia negativa, e termina sendo “tragado pela onda” dessa energia, pelo impedimento catalisador e infeliz, que na verdade vem trazido na ponta do iceberg (do ego) da inveja profunda, que teme o sucesso do outro, e o que é pior: o próprio.
Deixar Ser
Notas Musicais I
Ouço as notas musicais na sua gravidade e calibre
Uma atração parecida vem do mar e me desafoga
Como a respiração dos pássaros migrando em vôo livre
Estórias de rio e lugarejos sempre me acompanham
Gente mudando de lugar a lugar constantemente
Indo a cada virada ver-se em correntes que banham
Tanta sonoridade em seus meandros num crescente
Caudalosamente soltas me bebem no gargalo
Dança de espumas me revira os órgãos inteiramente
Conheço os perigos dessa viagem nas curvas e calor
Mas o que mais interessa é perceber-se estar sendo
Deixar-se enquanto a paisagem se modifica a favor
Íntima confissão que repassa me revelando calmo e só
Corpo em gozo raso entrando na terra como água bruta
No livro de minhas asas subo direto ébrio para o Sol
segunda-feira, junho 23, 2008
Para Todos
Se sustenta em uma gaiola erguida para os céus
Cada pingo de estrela desconhecida vem lhe visitar
Apenas olha um horizonte sem cercas num vazio
Os tijolos do sol fazem quebrar suas dores no ar
Os ventos tocam a sua alegria feito chuva na vidraça
Sente os pés andarem apressados sobre dias em brasa
Num calor que sobe alto até onde sua vida demora
Como se precipitasse a dizer que logo o sempre acaba
Ainda que ouça o som do rio que passa na avenida
As suas horas nem chegam ao brilho daquela tarde
Vai embora pressentindo o que durou da partida
E deixa na alma uma realidade como ferida que arde
Onde procura a morada entra por mais um labirinto
Quebra-cabeças de uma sinuosa compreensão
Construído sobre pedaços de toscas experiências
Sem qualquer referencia nem simples conexão
Procuras uma foz embora nem saíste da semente
Até pode encontrar a atenção da beleza de uma revoada
Se seu coração beber da real essência de sua nascente
Ainda num caminho de muitos passos para a chegada
sábado, junho 21, 2008
O Recado do Rio
O CONHECIMENTO NÃO É O RESULTADO DE UM ACÚMULO DE INFORMAÇÕES; NÃO É FRUTO EXCLUSIVO DA VONTADE HUMANA, É UMA BENÇÃO DADA ÀQUELE QUE ESTÁ EM CONSONÂNCIA COM O SAGRADO, RECEPTIVO AOS SINAIS DA NATUREZA E SOLIDÁRIO À VIDA SEM SUAS MÚLTIPLAS MANIFESTAÇÕES.
O ENCANTO PERMEIA A DIMENSÃO DO REAL. A “DIVINA RADIÂNCIA” (QUE) “EXTINGUIU-SE NA HISTÓRIA DO MUNDO” [HEIDEGGER], É A MORADA, O ABRIGO DO EXTRAORDINÁRIO, CUJA IRRADIAÇÃO O SER HUMANO VÊ SOMENTE QUANDO HABITA A MORADA QUE CORRESPONDE À SUA NATUREZA MAIS ESSENCIAL.
A NATUREZA É TAMBÉM A AMBIÊNCIA DO ENCANTO, DO MISTÉRIO, DO EXTRAORDINÁRIO. ESTA SENSIBILIDADE PARA FAZER UMA LEITURA SIMBÓLICA DO COSMO, DOS FENÔMENOS DA NATUREZA E DOS RITMOS DA VIDA É UMA DIMENSÃO CONSTITUTIVA DO HOMEM, MESMO QUANDO É NEGADA, COMO O FOI E AINDA É NAS SOCIEDADES MODERNAS. SEU DISCURSO REALIZA UM CONSTANTE VAI-E-VEM ENTRE O SENTIMENTO DO SAGRADO, A AMIZADE COM OS SERES DA NATUREZA E A SOLIDARIEDADE AO OUTRO SER HUMANO. NESTE MODO DE SER, A SOLIDARIEDADE TEM UM SENTIDO NÃO SOMENTE ÉTICO, MAS COGNITIVO. ESSE DIÁLOGO PRESUPÕE A RELAÇÃO ENTRE UM EU E UM TU; NÃO PODE ACONTECER ENTRE UM SUJEITO E UM OBJETO.
DESENRAIZAMENTO NÃO SÓ CAUSADO POR FATORES EXTERNO NEM COMO EFEITO DA NEGLIGÊNCIA HUMANA, MAS DO ESPÍRITO DA ÉPOCA. APRENDER A LIDAR COM ESSE PODER TECNOLÓGICO É CUIDAR SEMPRE PARA QUE ESSA REALAÇÃO SEJA DE INDEPENDÊNCIA [HEIDEGGER]. VIVER ENTRE AS COISAS DO MUNDO TECNOLÓGICO, MAS SEM SER DOMINADO POR ELAS, E ACEITAR O FATO DE QUE DESCONHECEMOS O SENTIDO PROFUNDO DESSE MOMENTO. ACEITAR ESSE PENSAMENTO TECNOLÓGICO COMO ÚNICO MODO DE PENSAMENTO ALIENARIA O HOMEM DE SUA NATUREZA ESSENCIAL.
quinta-feira, junho 19, 2008
Desertos
Amados e amadas biodançantes, essa pequena frase título acima é emblemática da crise que vivemos no nosso planeta; tirei um trecho do livro que estou lendo e destaquei, vai abaixo, e está aqui para uma reflexão de todos:
"A gravidade da situação que hoje atravessamos não se deve unicamente ao fato de que temos de lidar com a ameaça da destruição de nossos recursos mais vitais: da água, do ar, das espécies vegetais e animais. O momento é grave, de modo mais essencial, porque o homem esqueceu a riqueza do que pode significar ser um ser humano. A tentativa de afirmar um poderio sem limites sobre as coisas - o projeto de estabelecer-se como tirano da vida - redunda em seu isolamento, em rompimento do diálogo com a natureza, em perda da referência da terra como abrigo." [Unger, Nancy Mangabeira. Da Foz a Nascente: O Recado do Rio]
Ser amigo é acolher o Mundo, o Outro.
Um abraço da Terra,
Afranio
terça-feira, junho 03, 2008
Escrevendo
Fiquei preso a uns pensamentos ao ler um desses livros de auto-ajuda, e por um instante, me senti motivado, com a vontade louca de ir logo escrevê-los, para registrar a sua passagem por aqui, a minha cabeça parecia feita por eles e sã (ainda), criativa, mesmo que ultimamente ande carecendo um pouco de rumo, voando sem pára-quedas precisando de "parte" do elemento terra (segundo a amiga Neila), aparentemente sem uma rota bem definida, acredito que (procurando a minha bússola) o exercício de escrever, o que se passa no meu interior, intensamente, em meio a tantas mudanças e processos desordenados, me mantém vivo. Vivo em um pendulo do caos e da ordem, nesse movimento, só enxergando uma luz, uma centelha distante, ainda que duvide que exista mesmo um túnel como saída. A saída será sempre uma chegada para outra partida, outra nova caminhada.
A minha conclusão, a questão que se torna cada vez mais premente é: tenho que escrever tudo, depois vou depurando! Cada linha da mínima criação da mente ávida em expor as subjetividades, os pensamentos soltos, coisas que logo se vão fugazes, desbotando pelos meandros dos recônditos neurônios maduros, se anunciam livres de amarras, como se acompanhadas da sorte do encontro de uma única pepita verdadeira após anos de garimpagem em solo bruto de rocha áspera, e apontam quase repetidamente, intuitivamente, para a vida que sempre quis e quero continuar construindo, escrevendo.
Pensei em adotar um método uma trilha segura, achar um jeito mais prático de obter sucesso, mas alguma reflexão sobre o impasse da difícil arte faz compreender melhor o que se passa, então decidi repisar as sensações da certeza que se tem quando começamos a fazer as coisas certas que precisam ser feitas, e me senti melhor.
Pode se fácil para alguns, entretanto é importante e necessário para todos nós, decidir o que fazer para ser integro realizando o que se quer da vida e vivê-la integralmente, como ser possuidor de alma, sentimento e razão. Mesmo que uma avaliação posterior nos reoriente no caminhar mais consciente, tranqüilo, vitorioso, ainda que se limpando da poeira dos erros ou do “cheiro e lama do mangue” que se tem de atravessar uma vez ou outra.
Nesse momento de criação, encontrei um mote, um simples motivo, que para mim serviu para provocar um tanto de idéias sobre a necessidade de liberdade de expressão que a gente tem todos os dias, que é vital, e que me trouxe uma lembrança de como transformar uma espécie de brincadeira inventada numa combinação puramente lúdica, para adultos e crianças, para que nós possamos aceitar o que o outro possa querer sem ter que dar razões ou explicações profundas de comportamento. Claro, que tal combinado deve ficar estabelecido entre pessoas que tenham um mínimo de civilidade ou bom senso, que se afirmam sem querer ferir sentimentos alheios com propósitos mesquinhos ou banais.
A minha proposta depois de um tempo de reflexão é de se criar um dia do “não quero”. Sendo assim, teremos instantes de um completo conhecimento do “não quero” de quem quer que seja, dos filhos, do irmão, dos pais, da namorada, do empregado, do vizinho, das pessoas do trabalho ou da sala de jantar. Mas não seria um dia do não quero só por que não quero, teria que ir além de somente não querer, mas, sobretudo fazer o querer, ser o querer, pois tudo que se quer, quando se quer tem o outro lado da moeda, tem o não querer, e está claro na escolha do que se quer, querer beltrano é não querer sicrano, abrir uma outra porta é entrar por ela e não por outra, ver uma outra cor dá um tom diferente as coisas vistas, ter uma outra via a outro modo de vida muda tudo. Daí, o “não quero” esse político corrupto, esse emprego, essa salada roxa, esse programa de TV, essa roupa fashion do desfile de moda, essa comida pouco saudável etc então, todo o leque de escolhas estaria em alto e bom som pronunciados, recusados, com nossa opinião decisiva sendo apresentada finalmente, publicamente, seja pelos meios dos canais de informação possíveis existentes de onde se tiraria uma estatística, se adotaria uma certa “norma constitucional”, uma proposição ou mesmo uma postura, atitude, diretamente frente ao objeto do “não quero”, diante dos presentes na circunstância que fosse, suficiente e necessária para o que se propõe a consigna, podendo abalar alguns paradigmas, de forma que o dia do “não quero” passaria a se tornar o dia do grande ato, sendo manifestado com a maior amplitude social e toda representatividade de um movimento cívico, transformador e ao mesmo tempo provocador de questões sejam as quais fossem, ordinárias ou essenciais para cada um de nós.
domingo, junho 01, 2008
Código 46
“Se fôssemos mais informados...
Poderíamos prever as conseqüências de nossas ações.
Você gostaria de saber?
Se beijar aquela garota,
Se falar com aquele homem...
Se aceitar aquele emprego, casar com aquela mulher ou roubar aquele passe?
Se soubéssemos o que aconteceria no final...
Seríamos capazes de tomar a iniciativa, de dar o primeiro passo?
(...)
Todos nós temos problemas. É como lidamos com eles que mostra o nosso valor.”
Tudo isso tem haver essencialmente com a vida objetiva, prática, racionalista, das grandes metrópoles, que transforma o ser em algo estranho a ele mesmo, uma coisa sem sentimento humano, violento, frio, assombrado, cheio de “medos”, e os sentimentos humanos (empatia, amor – “no futuro... amar é um jogo perigoso”) são “codificados” como vírus que agride a ordem das coisas, ficam fora dos padrões regulamentados pelos códigos de comportamento, ou infecta o indivíduo causando males irreversíveis a sua vida dita organizada, definida, e a sua relação com os outros. São os reflexos de uma sociedade em processo de destruição ou “globalitarização” melhor dizendo nas palavras do professor Milton Santos.
Citando Brecht
Em 31 de maio de 2008
QUERIDO AFRÂNIO,
HOJE É DIA DE CELEBRAR A VIDA, A SUA VIDA! E PARA UM POETA SENSÍVEL, AS PALAVRAS SÁBIAS DE BERTOLT BRECHT:
"HAY HOMBRES QUE LUCHAN UN DIA Y SON BUENOS
HAY OTROS QUE LUCHAN UN AÑO Y SON MEJORES
HAY QUIENES LUCHAN MUCHOS AÑOS Y SON MUY BUENOS
PERO HAY LOS QUE LUCHAN TODA LA VIDA
ESOS SON LOS IMPRESCINDIBLES"
MUITA PAZ, ALEGRIAS, CONQUISTAS, VITÓRIAS E AMOR NO CORAÇÃO, SEMPRE!
Adriana Mello
Mais Carinho, mais Alegria
Para você...
Flores poéticas
Mudanças
Descobertas
Amigos
Amores
Noites estreladas
Dias de festa
Um oceano de novos caminhos
Toda a felicidade do mundo
Um beijo,
Raquel Besnosik
Amiga Presente
A criação da querida amiga Ana Tereza traduz outro lado, outra arte sua, originada da amizade real e do seu carinho. Apreciei o texto pela sua essência e suas coloridas "pétalas" de poesia. Obrigado Ana.
Vou ousar em versos meu olhar:
Criança, de sorriso aberto e puro.
Nos traz a luz da esperança,
Que brinca, percorre e dança,
Nos misteriosos salões da biodança.
Amigo, com seu jeitinho atencioso e terno,
Ouve, aconchega, acolhe,
Transformando em sol nascente,
Nossas queixas de adolescentes.
Colega que divide, soma, se integra,
Pelo que toca, abraça, se entrega,
Em corpo, verso ou contos,
Meu respeito e gratidão,
Meu olhar fraterno, meu irmão.
Artista, brilhante e talentoso,
Traduz com criatividade e emoção,
Os grandes e profundos vôos do coração.
A você poeta-esperança,
Muita luz pra sua criança
Muito amor no seu cantinho,
Overdose de carinho...
Sucesso e alegrias,
No seu longo e abençoado caminho!
sexta-feira, maio 30, 2008
Relação...
Esse é um diálogo que acredito exista entre muitos "biodançantes" e a Biodança... inclusive eu mesmo.
Biodança:
-Não vai se envolver comigo vai?
Vive protegido em sua armadura... não é assim?
Anjo:
-Não tenho mais armadura.
Você a arrancou de mim.
Do que sobrou de mim.
O que sobrou de mim...
O que eu sou.
na tela ou dvd
- 12 Horas até o Amanhecer
- 1408
- 1922
- 21 Gramas
- 30 Minutos ou Menos
- 8 Minutos
- A Árvore da Vida
- A Bússola de Ouro
- A Chave Mestra
- A Cura
- A Endemoniada
- A Espada e o Dragão
- A Fita Branca
- A Força de Um Sorriso
- A Grande Ilusão
- A Idade da Reflexão
- A Ilha do Medo
- A Intérprete
- A Invenção de Hugo Cabret
- A Janela Secreta
- A Lista
- A Lista de Schindler
- A Livraria
- A Loucura do Rei George
- A Partida
- A Pele
- A Pele do Desejo
- A Poeira do Tempo
- A Praia
- A Prostituta e a Baleia
- A Prova
- A Rainha
- A Razão de Meu Afeto
- A Ressaca
- A Revelação
- A Sombra e a Escuridão
- A Suprema Felicidade
- A Tempestade
- A Trilha
- A Troca
- A Última Ceia
- A Vantagem de Ser Invisível
- A Vida de Gale
- A Vida dos Outros
- A Vida em uma Noite
- A Vida Que Segue
- Adaptation
- Africa dos Meus Sonhos
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- Alice Não Mora Mais Aqui
- Amarcord
- Amargo Pesadelo
- Amigas com Dinheiro
- Amor e outras drogas
- Amores Possíveis
- Ano Bissexto
- Antes do Anoitecer
- Antes que o Diabo Saiba que Voce está Morto
- Apenas uma vez
- Apocalipto
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- Coisas Belas e Sujas
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