domingo, agosto 31, 2008

Uma hora

Leia-me

Aprendemos a brilhar decorando o nosso sorriso
Os olhares nos lançam como estrelas no céu
Nos abraços lemos segredos viajados por anos
Algum convite se solta da alma de nossa boca

Numa transformação de vida uma carta diz a escolha
Uma hora chega o desejo para dançar nessa entrega
Girando o espírito que se debate enquanto caos
Dobrando a energia pura da vibração da criança

Passeamos pela música encontrando outros cantos
E o som do coração nos encanta ao nos tocar
Contornando nossa pele na dimensão dos sonhos
Dando aos movimentos do corpo o que explorar

Nossos sentidos soletram as folhas das mãos
Toda parte que somos retorna ao todo que somos
Em espaços que se presta a chão mudando seu rosto
Embaraçando os fios da vida em um único novelo

sábado, agosto 30, 2008

Alimente-se

Recebi por email... o título, deixei assim...
texto de Martha Medeiros
[Martha Medeiros é jornalista e escritora brasileira. É colunista do jornal Zero Hora de Porto Alegre, e de O Globo, do Rio de Janeiro]

Arroz, feijão, bife, ovo. Isso nós temos no prato, é a fonte de energia que nos faz levantar de manhã e sair para trabalhar. Nossa meta primeira é a sobrevivência do corpo. Mas como anda a dieta da alma?

Outro dia, no meio da tarde, senti uma fome me revirando por dentro. Uma fome que me deixou melancólica. Me dei conta de que estava indo pouco ao cinema, conversando pouco com as pessoas, e senti uma abstinência de viajar que me deixou até meio tonta. Minha geladeira, afortunadamente, está cheia, e ando até um pouco acima do meu peso ideal, mas me senti desnutrida. Você já se sentiu assim também, precisando se alimentar?

Revista, jornal, internet, isso tudo nos informa, nos situa no mundo, mas não sacia. A informação entra dentro da casa da gente em doses cavalares e nos encontra passivos, a gente apenas seleciona o que nos interessa e despreza o resto, e nem levantamos da cadeira neste processo. Para alimentar a alma, é obrigatório sair de casa. Sair à caça. Perseguir.

Se não há silêncio a sua volta, cace o silêncio onde ele se esconde, pegue uma estradinha de terra batida, visite um sítio, uma cachoeira, ou vá para a beira da praia, o litoral é bonito nesta época, tem uma luz diferente, o mar parece maior, há menos gente.

Cace o afeto, procure quem você gosta de verdade, tire férias de rancores e mágoas, abrace forte, sorria, permita que lhe cacem também.

Cace a liberdade que anda tão rara, liberdade de pensamento, de atitudes, vá ao encontro de tudo que não tem regras, patrulha, horários. Cace o amanhã, o novo, o que ainda não foi contaminado por críticas, modismos, conceitos, vá atrás do que é surpreendente, o que se expande na sua frente, o que lhe provoca prazer de olhar, sentir, sorver. Entre numa galeria de arte. Vá assistir a um filme de um diretor que não conhece. Olhe para sua cidade com olhos de estrangeiro, como se você fosse um turista. Abra portas. E páginas.

Arroz, feijão, bife, ovo. Isso me mantém de pé, mas não acaba com meu cansaço diante de uma vida que, se eu me descuido, torna-se repetitiva, monótona, entediante. Mas nada de descuido. Vou me entupir de calorias na alma. Há fartas sugestões no cardápio. Quero engordar no lugar certo. O ritmo dos dias é tão intenso que às vezes a gente esquece de se alimentar direito.

sexta-feira, agosto 29, 2008

Fotografia

The Holiday Picture of the Day
Essa foto é de uma tarde que passei no Solar do Unhão, quando fui ver Sombras de Goya no MAM. Um tempo atrás meu filho Igor fez uma bem parecida, durante as férias dele aqui em Salvador, e está aqui no blog é só pesquisar. Essa foto foi escolhida pelo site http://dailyholiday.yakohl.com/ especializado em publicar fotos de lugares do mundo... gostei de ver na internet meu sunset!

terça-feira, agosto 26, 2008

Entrevista

"Ex-amor não existe"

Fabrício Carpinejar aceitou o desafio de responder à seguinte entrevista por e-mail, com respostas breves sobre temas de seu livro: o amor e as formas de cantá-lo.

Zero Hora - Ama-se melhor em prosa ou poesia?

Fabrício Carpinejar - A poesia é mais música, fácil de despir. A prosa é mais conversa, fácil de vestir. Eu arrebento os botões da camisa com a poesia e os recolho com a prosa.

ZH - O que dói mais que dor de amor?

Carpinejar - A morte de um filho. Nem sai o grito de tanta dor. Um corpo não é suficiente para dar conta do sofrimento.

ZH - Qual o contrário do amor: ódio ou indiferença?

Carpinejar - Indiferença, que é a iniciação ao desprezo e arrogância. O ódio é um amor desorganizado, reprimido, infantil. A indiferença é a própria ausência de amor. Perde-se a vontade de se apaixonar pelo outro porque se perdeu antes a vontade de se apaixonar por si.

ZH - Existe um ex-amor ou o amor nunca esquece de terminar?

Carpinejar - O amor finge que morre para fazer escândalo. Ele separa para chamar atenção. Ex-amor não existe, o amor fica contigo, existe ex-marido ou ex-mulher, que são amores despersonalizados. Quem já se separou sabe bem o que é desencarnar.

ZH - Qual a melhor das pequenas coisas da vida a dois?

Carpinejar - As tampinhas de leite na pia da cozinha. Tocar os pés no meio da noite. Tomar sorvete sem colher. Pensar no varal fora de casa. Abraçar-se no corredor como uma porta do quarto. Encontrar um brinco no tapete. Brincar de casaco no frio do cinema. Arrumar as gavetas para reencontrar os bilhetes do namoro. Dizer "eu te amo" dormindo. Ir para o trabalho com os farelos do pão grudados no cotovelo. Sair sem querer sapecado de gloss nos lábios.

ZH - Como seria a primeira frase de uma crônica sobre como os homens vêem o amor hoje?

Carpinejar - Era para ser apenas um pote de requeijão. Custou R$ 2,98. Mas na primeira lavada o rótulo descolou. Aquele novo copo pedia mais uma boca na mesa.

Lembrando



Meus Pés


Por onde andastes pés doídos?
Quantos anos sem descanso ainda têm?
Quais veredas de pedras caminharam?
Gastando as paisagens com suas passadas

Boa água já provou em riachos limpos
Saltando cercas pontudas sem tinta
Topando em urtigas apimentadas
Chutando folhas de vento nas esquinas

Com passos ligeiros sobre a linha de ferro
Ia a bodega da vila beirando o capim-cidreira
Carregando o menino triste e sozinho
Que trazia para o pai os cigarros em carteira

Se contasse as topadas e piruetas
Seria pouca a gaze no novelo
Para sarar as cicatrizes das quedas
Dos dedos dos pés ao cotovelo

Foram pés engelhados em dia de praia
Brocados por areias mexidas por bicho de pé
Saindo dormentes dos banhos de piscina
Pés que lembro nunca cheirarem a chulé

Numa boa tarde, um ardeu no ferrão da abelha
Outro sucumbiu a um prego enferrujado
Arteiros derrubavam o esteio e o varal
Lançando abaixo os lençóis úmidos alvejados
.
Pisaram em ponta de bagana meio acessa
E na dor choraminguei baixo cada lágrima
Bem na calçada na frente de casa
Diante do portão forjado de entremeio

Naquele dia em que o trem descarrilou sem jeito
Nos calcanhares quis correr até a fumaça
Donde saía um bolero do rádio do maquinista
Sentado na férrea Maria com assovios de pingueiro

domingo, agosto 17, 2008

Alma Leve

Afrânio,
Senti leveza na alma com o que li abaixo. É assim que a alma reconhece o que vem do coração e simplesmente vibra o nosso ser.
Com afeto, Iône Fraga.
***
Afrânio, Leveza eu tb senti. E senti beleza, suavidade, delicadeza... Me fiz asas e voei por entre suas palavras... Um beijo, Raquel Besnosik.
________________________________________
Raízes e Asas
.
Justo agora sei as palavras que me fogem
Ouso ser mais forte por meio delas enfim
Mas sobram pensamentos curtos em laços
Letras em tranças calam o silencio em mim
.
Escrevo sobre algo que me trinca por dentro
Dias e noites moldam suas dores em repente
Quando menos se espera é o amanhecer que entra
Pela nova janela aberta me cobrindo sonolento
.
Passo em portas que ontem ainda nem existiam
Meu caminho é margem de uma grave descoberta
Como um peixe livre que pressente a piracema
Saio das raízes e abro passagem no que me cerca
.
Além do medo comum do animal com instintos
Algo me preserva das pedras e dos espinhos
Grito no ar rodando leve um carrossel de alegria
E ganho o dom de pousar como passarinho
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quinta-feira, agosto 14, 2008

Raizes e Asas

Raízes e Asas

Justo agora sei as palavras que me fogem

Ouso ser mais forte por meio delas enfim

Mas sobram pensamentos curtos em laços

Letras em tranças calam o silencio em mim


Escrevo sobre algo que me trinca por dentro

Dias e noites moldam suas dores em repente

Quando menos se espera é o amanhecer que entra

Pela nova janela aberta me cobrindo sonolento

Passo em portas que ontem ainda nem existiam

Meu caminho é margem de uma grave descoberta

Como um peixe livre que pressente a piracema

Saio das raízes e abro passagem no que me cerca


Além do medo comum do animal com instintos

Algo me preserva das pedras e dos espinhos

Grito no ar rodando leve um carrossel de alegria

E ganho o dom de pousar como passarinho

Compartilhando experiências

Nós escolhemos uma mulher acreditando que ela seja perfeita. As mulheres nos escolhem acreditando que podem nos tornar perfeitos.

domingo, agosto 10, 2008

No Limiar

A TERCEIRA GRANDE TRANSIÇÃO

Da era petrolífera para a biocivilização

Vistos com uma ampla perspectiva, o encarecimento do petróleo e a recuperação dos preços dos alimentos se mostrarão positivos se nos ajudarem a nos libertarmos da dependência do petróleo e a melhorar a vida dos pequenos agricultores em lugar de beneficiar as multinacionais da alimentação.

Ignacy Sachs (IPS)

PARIS – A prolongada evolução conjunta do gênero humano e da biosfera foi marcada no passado por duas grandes transições. A primeira, ao passar da coleta e da caça para a agricultura e criação de animais, ocorreu muitos milhares de anos atrás. A segunda, a era dos abundantes e baratos combustíveis de origem fóssil (carvão, petróleo e gás) começou há poucos séculos. Agora estamos no umbral da terceira grande transição, que deixará para trás a era do petróleo e, esperamos, de toda a energia de origem fóssil. A transição levará décadas, mas, segundo muitos indícios, já começou, empurrada pela alta espetacular dos preços do petróleo e pela recuperação dos preços dos alimentos.

Quando analisarem os acontecimentos de nosso tempo, os futuros historiadores verão a era da "energia fóssil" como um breve, mas acidentado, interlúdio que provocou um grande aumento da população mundial. Agora somos 6,7 bilhões de habitantes, e estima-se que seremos 9 bilhões em meados deste século, com a maioria da humanidade vivendo em áreas urbanas. Mas, apresentam-se dois grandes e iminentes desafios: o de uma potencialmente catastrófica mudança climática e o dilema de uma abismal desigualdade social, de mãos dadas com um crônico e severo déficit de oportunidades para a obtenção de trabalho decente.

Para evitar o aquecimento do clima, devido às excessivas emissões de gases causadores do efeito estufa, devemos modificar drasticamente nossas pautas de uso da energia. Para conseguirmos isso são necessárias três coisas: redução do consumo de energia por meio de uma mudança nos padrões de consumo e de estilos de vida; melhoria da eficiência energética; substituição dos combustíveis fósseis pelas diferentes energias renováveis (solar, eólica, hidráulica, marinha e biomassa).

Ao mesmo tempo, devemos reabrir a discussão sobre um novo ciclo de desenvolvimento rural para evitar o beco sem saída da excessiva e prematura urbanização, como aponta Mike Davis em seu livro "Planeta de bairros marginalizados". É fundamental criar oportunidades de trabalho decente para bilhões de pobres das áreas rurais.

Estes objetivos podem ser conciliados mediante a promoção de modernas biocivilizações que sejam baseadas na energia solar aproveitada através da fotossíntese e que explorem os múltiplos usos da biomassa (alimento para seres humanos, forragem para animais, fertilizantes orgânicos, bioenergias, materiais de construção, fibras, plástico e outros produtos de química orgânica elaborados por bio-refinarias, indústrias farmacêuticas e de cosméticos). Os biocombustíveis são apenas um segmento de um todo mais amplo. Todas as grandes civilizações da antiguidade foram "civilisations du vegetal" (Pierre Gourou). As civilizações que virão serão diferentes das antigas, já que a humanidade se encontra em um novo e superior ponto da espiral do conhecimento. Deste modo, as modernas biocivilizações não devem ser vistas de modo algum como uma regressão, mas como um salto para o futuro.

Para envolver os pequenos proprietários rurais na produção sustentável e no processamento de biomassa, deveremos recorrer a tecnologias que impliquem conhecimentos e trabalho intensivos e, ao mesmo tempo, economia de recursos. As soluções virão de sistemas integrados de produção de alimentos/energia agro-ecológicos adaptados aos diferentes biomas e realizados com os princípios da "revolução sempre verde", segundo as palavras de M. S. Swarninathan, também conhecidos como os da revolução duplamente verde. Trata-se de um difícil desafio, já que se pretende transformar as ameaçadoras crises dos alimentos e da energia em uma oportunidade para avançar para civilizações mais justas e sustentáveis.

Vistos com uma ampla perspectiva, o encarecimento do petróleo e a recuperação dos preços dos alimentos se mostrarão positivos se nos ajudarem a nos libertarmos da dependência do petróleo e a melhorar a vida dos pequenos agricultores em lugar de beneficiar as multinacionais da alimentação. Naturalmente, neste momento são necessárias medidas urgentes para ajudar os pobres urbanos afetados pelo atual encarecimento dos alimentos. As apostas são altas, mas o resultado está longe de ser garantido. Os capitalistas de risco são rápidos para aproveitar as ocasiões para fazer dinheiro com as novas tecnologias para produzir energia que estão surgindo graças ao petróleo caro e para explorá-las sem transformação séria do tecido social e econômico.

O começo da terceira grande transição coincide com o esgotamento dos mais importantes modelos de desenvolvimento, que dominaram o cenário desde o fim da Segunda Guerra Mundial. O comunismo se desmoronou com a queda do Muro de Berlim. O reformado capitalismo do pós-guerra deu lugar ao neoliberalismo. Mas, para alguns observadores, a recente crise financeira anuncia o início do fim do neoliberalismo. Por sua vez, a social-democracia está presa na situação de "sim à economia de mercado, não à sociedade de mercado". É por isso que, condenada a inventar novos modelos, a próxima geração se dirigirá a inexplorados e excitantes territórios.

Uma coisa é certa: a emergência de biocivilizações, quando ocorrer, mudará a geopolítica mundial, pois favorecerá os países tropicais, qualificados por Pierre Gourou como "Terras da boa esperança". Tanto mais se esses países conseguirem ampliar a vantagem que lhes dá o clima natural por meio da pesquisa, uma apropriada organização de sua produção e um efetivo desenvolvimento da cooperação Sul-Sul.

Ignacy Sachs é professor honorário na Escola de Altos Estudos em Ciência Sociais de Paris e na Universidade de São Paulo. Seu último livro é La troisième rive — à la recherche de l'ècodéveloppement (Paris, 2008).

P_ressa

Na pressa esqueci de você. Tudo ficou não natural.

sexta-feira, agosto 08, 2008

Literatura e Internet

Evento em SP discute relação entre internet e literatura
da Folha Online - 08/08/2008 - 09h46

O Sesc Consolação, em São Paulo, promove entre terça-feira (12) e sábado (16) da próxima semana o projeto Cartografia Web Literária. O objetivo é discutir as relações entre internet e literatura.

Nos cinco dias de evento, blogueiros, editores, pesquisadores e escritores vão analisar como a rede pode contribuir para o fortalecimento da literatura.

"As artes e a cultura em geral e, especificamente a literatura, já não podem virar as costas para a web e suas ferramentas de criação e interação", afirmam Francis Manzoni e Edson Cruz, curadores do evento, em nota.

Entre os convidados está a blogueira Clara Averbuck, cujos textos inspiraram o filme "Nome Próprio", que estreou recentemente. Também participam o poeta Fabrício Carpinejar e a pesquisadora Leda Tenório Motta, entre outros.

O projeto ocorre em paralelo à Bienal Internacional do Livro de São Paulo e faz parte da programação do evento, com duas mesas de discussão. O site Cronópios vai transmitir o evento ao vivo. A programação completa está no site.

Cartografia Web Literária
Quando: 12 a 16 de agosto
Onde: Sesc Consolação - Rua Dr. Vila Nova, 245
Tel: 3234-3000

terça-feira, agosto 05, 2008

Informação

Os negócios e a educação

Olho para tela de meu computador todos os dias. Leio as notícias primeiro, talvez como um hábito, aprendido, de muito anos atrás, em que os jornais impressos eram lidos por todos logo pela manhã, hábito que percebemos que está se perdendo ao longo do tempo sendo preterido pela leitura das “últimas notícias” na Internet.

Certa hora pego uma xícara de chá, maçã com canela, e volto para trabalhar e navegar. Nesse tempo administrado descubro os novos emails, de clientes e dos amigos. Ultimamente tenho atualizado meu blog semanalmente e essa prática me ajuda a refletir sobre uma pá de coisas.

Para quem vive a margem da vida que é “envolvida” pela tecnologia da informação e conseqüentemente pela Internet é, muito estranho, quando não difícil, entender os sentimentos que passam pelos “prismas” que filtram os mais variados assuntos lidos, lidos com atenção e certa descrença de quase tudo que se fala a respeito da pretensa imparcialidade da imprensa que reforça a ignorância passiva preservada pela educação pública e seu baixo padrão. Uma mídia, em geral, com um nível de informação deslocado da realidade das pessoas, com temas os mais chochos possíveis. E a responsabilidade é jogada na “mão invisível do mercado”, o consumo dita a oferta do que se publica, um referencial pouco ou nada pedagógico para um país que tem, ainda, milhões sem uma "boa" educação, analfabetos desprezados pelo mercado e a maior parte oriundos de e em escolas públicas que apresentam uma péssima estrutura (baixos salários e formação profissional) para oferecer uma boa educação. A nata dos profissionais que entram no mercado de trabalho é oriunda das escolas privadas. Essa é uma história longa e cansativa.

A época em que vivemos é completamente voltada para um consumo informativo, e a todo o momento nos aparece uma notícia “fresh”, como uma tragédia impensável, um “estouro” que parece mortal, mas, no entanto trata-se de mais um deslize da bolsa de Nova York. São os negócios norteadores do mundo, quem tem ações deve ter necessariamente um coração forte, os batimentos ficam a mercê dos altos e baixos das bolsas de negócios, valores voláteis circulam através de variadas cifras percentuais, que parecem pequenas, mas se referem a incontáveis muitos milhões e milhões de moedas que circulam o globo em segundos, investem e compram de tudo em qualquer lugar. Toda informação que nos cerca tem um sentido determinante na consciência e no comportamento humano. Quando não são as eficientes "tábuas de salvação" que a cada minuto são ofertadas na internet, nas bancas e livrarias. Best sellers, auto-ajuda, ficção, aventura, romance, sexo, popularizados através de preços e leituras fáceis, a maioria “pobre de conteúdo” e deseducadoras; em muitos casos estimulantes do vetor ser-objeto-sexual, quanto a imagem explicita, logo ao alcance da vista e aquisição de todos, indistintamente, sem respeitar a idade ou credo do pedestre passante.

Agora está “bombando” o comercio dos DVD’s "pirata". É, qualquer canto da cidade tem uma banca de DVD’s, tem até carimbos e garantia do camelô. Os filmes são lançamentos e coleções de qualquer assunto, som e imagem. Diversão para toda família a preço de banana. Quem pode com isso? É uma realidade, pegou na veia! O pessoal gostou feito uma moda, e que parece não ser passageira, é negócio rentável (para quem?) e em grande escala, só falta “legalizar” (prá que? tá funcionando!). Que acha? As gravadoras estão se abanando! Aí, nesse angú, tem caroço.

Entre essas informações encontram-se, também, os livros de bolso e revistas, em geral com uma estrela na capa, com estórias de fazer uma telenovela perder o ibope, as auto-ajudas, e as tradicionais com fofocas nacionais e internacionais, que espocam aos montes fazendo alguns editores milionários a custa da pouca instrução e carências referenciais das pessoas.

No mais, procuro uma posição confortável, mas critica, na minha cadeira com braços devido a anos de trabalho de digitação, e vou parar para escrever mais um texto e postá-lo para o meu Blog.

sábado, agosto 02, 2008

Gaia

Primavera em Gaia

Está no rosto de muita gente uma expressão de estar feliz, completo. Parece um retrato de paisagem em dia de primavera: o sol com a sua generosidade nos aquecendo na temperatura média de milhões de anos, alimentando de energia necessária a todos; o ar ainda com os eternos 21% de oxigênio no azul do céu, o nível de radiação das rochas e os campos eletromagnéticos em menor ou maior grau mostra respeito aos seres preservando o equilíbrio do sistema. O acolhimento da mãe Terra se revigora, se regenera. Todos estamos juntos, numa só “pele de energia”, numa grande teia de relações, uma cadeia cósmica, misteriosamente complexa; e necessitamos da companhia um do outro para saber continuar essa dança amorosa. Somos parte do todo e o todo da parte.

A efervescência dos sentimentos humanos evolutivos continua se mostrando a quem se propõe inclusivo, conjuntivo, holístico, em transformação, de mãos dadas com a dinâmica do universo em movimento, num caminhar de mudança entre caos e ordem, na pulsação que a vida se mantém.

Mantemos a disposição para elaborar uma aliança com a natureza, de integração e harmonia, com a consciência aberta e receptiva, capaz de ver o caráter sagrado das coisas, os acenos de valores e significados, buscamos os cursos da evolução (o originário e instintivo, e o da autoconsciência). Muitos querem entender a linguagem das coisas da natureza e decifrar o grande discurso do universo. Quem somos? De onde viemos? Para onde vamos?

terça-feira, julho 29, 2008

É cansativo ver

É cansativo ver a desigualdade entre as pessoas

Conheci uma nova pessoa. Que legal é conhecer gente nova, e ainda mais sendo povo de além mar com suas impressões de cá. Eu fiz uma descoberta do sentido notável do olhar do outro diante da minha, da nossa realidade... Claro que é bem diferente se ler nos jornais, nos livros, na internet, algo sobre esses assuntos, assuntos da realidade, mas, mais ainda ao surgir como um ponto de vista expontâneo, numa conversa olhando olho no olho, é abrir sentimentos que são dificeis de esconder.

Nosso país, Brasil; como se apresenta ao estrangeiro, ao observador, que viaja para nos conhecer, estudar, desenvolver suas relações pessoais, encontrar pessoas interessantes, realizar transações de trabalho, sociais etc. Qual o sentimento de quem vem de fora, digamos da Alemanha, ela veio desse importante estado europeu; essa pessoa é de lá. Típica alemã, mesmo em sua estatura mediana, representante ariana, loura autêntica de olhos bem azuis.

Ainda que a banda oriental da Alemanha, digo “banda” porque a realidade social dessa banda fica ou se mantém piorando, em vários aspectos! Diferentemente da outra banda da Alemanha; diz-se “unificada”, após a queda do muro de Berlim.

O que me impressionou a resposta dela, sobre uma pergunta a mais trivial e rotineira de um curioso sobre as impressões de uma viajante estrangeira em solo brasileiro.

- O que você está achando do Brasil?

Ela prontamente respondeu, em um português esforçado mas ainda com uma certa insegurança em pronunciar o “verbo”:

- É cansativo ver tanta desigualdade entre as pessoas...no Brasil. Com o tempo a gente vai acostumando.

Diga-se: deixando de “perceber”, essa visão chocante; assim, como um ponto cego, talvez. Como um barulho chato que com o tempo vamos absorvendo aos poucos e terminamos nem sentindo-o audível (pura negação). Fica-se cego, com olhos vivos, sãos (será que continuamos?) e abertos.
Acredito que ela só faltou falar que, “mesmo a contragosto”, temos que “engolir” (talvez ela disse-se “entender” como uma autêntica cidadã do primeiro mundo, eu suponho), tudo isso.

quinta-feira, julho 24, 2008

Dançar

Com mil brócolis...

É uma vibração boa, de satisfação pela colheita das sementes plantadas... Sentir um tremor pelo momento feliz, um arrepio de energia gostosa combinado com o sabor de abraços quentes como chocolate, no inverno, em forma de gente! Ali no salão tudo pode acontecer, somos o que somos, todos se olham tem seu espelho, um lado assim e outro lado assado, se complementando e transbordando, nas suas superfícies e nas suas extremidades, nos seus planos e nos seus limites. Tudo pode no momento de transformação. É isso, chegamos a isso... Mas ainda vem mais por aí, por alí, acolá, comme ci comme çà.

quarta-feira, julho 23, 2008

Ouro Azul

Pirata do Ouro Azul
Lucas Mendes - Colunista da BBC Brasil

Um homem na faixa dos 30, bem vestido, de boa aparência, entrou no escritório da Manchete em NY, se apresentou como engenheiro, abriu uma pasta e me disse: inventei o motor a água.
Como eu sei que jamais serei o jornalista que vai receber um furo destes de mão beijada, estas revelações não me animam. O primeiro pensamento é: "como tiro este maluco daqui".
-E como funciona seu motor?
-Isto eu não posso contar, porque se contar as multinacionais vão roubar.
-O sr. pode me mostrar o motor funcionando?
-Também não, porque ainda não está pronto.
Depois de mais de uma hora, finalmente, se mancou. Disse a ele: “quando ficar pronto não deixe de me procurar”. Isto foi há uns 30 anos. Vai ver que ele vendeu a invenção para o Clarity da Honda, movido a hidrogênio.
Há menos tempo um empresário rico e visionário me telefonou do Brasil. Precisava de tudo que a ONU tinha sobre água - tratados, pesquisas, vídeos. Urgente, para ontem.
Até minha amiga Sonia Nolasco, que trabalhava ONU, entrou na corrida da água. O material foi enviado via Fedex e até hoje nem um vapor de agradecimento. Sorry, Sonia.
Na beira de um precioso, transparente e histórico riacho - o Beaverkill River - a duas horas de Manhattan, eu e o cinegrafista Paulo Zero estávamos tentando pescar uma das enormes trutas perfeitamente visíveis a menos de dois metros de profundidade. Elas chegavam, davam voltas nas minhocas e nem beliscavam. Gordas e preguiçosas.
Apareceram quatro homens, nos deram boa tarde e um deles perguntou como ia a pescaria.
-Péssima.
-Ainda bem porque se vocês tivessem tirado uma truta iriam para a prisão. No mínimo pagariam uma multa. Este rio é meu e dos meus três sócios.
-Mesmo se vocês tivessem comprado licença de pescar, aqui é proibido. Não é público. Nós compramos não só o rio como colocamos as trutas.
-Somos hóspedes do dono da terra.
-A terra é dele, o rio é meu.
-E porque as trutas não comem as minhocas?
-Porque a época das minhocas já passou. Agora, só mordem isca artificial.
-Desculpem. No Brasil é diferente - e, sem argumentos, recolhemos a tralha.
Tanta história para dizer que água é o novo petróleo, o ouro azul, e T. Boone Pickens é o Rockefeller moderno. Ficou bilionário com petróleo, gás e comprando empresas que não estavam à venda. Mereceu capa do Time em 85 como mestre no jogo da pirataria empresarial, aquisições agressivas.
Em 71, Pickens tinha comprado um pedaço de terra no Texas para caçar codornas. Depois comprou tudo que estava em volta, comprou mais e mais e também o que estava embaixo da terra, sempre em busca de água numa região árida. Acumulou 275 mil quilômetros quadrados.
Hoje é o maior proprietário de água dos Estados Unidos, tem 280 bilhões de litros por ano para vender e negocia com Dallas, carente de água. Para Pickens, a era da energia fóssil chegou ao fim.
Um litro de água de torneira custa hoje 0.1 centavo de dólar no mercado, nas cidades onde é subsidiada pelas prefeituras, mas esta mamata vai acabar. Em Nova York já acabou.
A conta de água do meu prédio, uma cooperativa , era menos de 200 dólares por ano. A nova é de 1.600 e ainda está barata comparada com histórias da vizinhança. Os fiscais batem na porta, deixam avisos e ameaçam com multas. Vão instalar novos medidores.
T. Boone Pickens tem 80 anos, não tem pressa e nada a perder. O barril dele está cheio e vale ouro.

segunda-feira, julho 21, 2008

Impossível

Only Love Remain

O amor é impossível... Nem pense que no sentido de nunca acontecer, mas no de acontecer. Impossível em grandeza, em amplitude, inconfundível, incomparável, imperdível. Porque? Por que é impossível de contê-lo. Pará-lo. Como sentimento livre se transforma para continuar fluindo... Permanece em evolução. Abre horizontes, conduz ao acontecimento das mudanças necessárias, tanto internas como externas, racha as barreiras que pretendem estancá-lo desmanchando-as como sal na água. E sua força encontra as brechas do coração, se estabelece de outra maneira, com profundidade, com todas as cores, aromas, formas e em qualquer lugar e circunstancia; permitindo a eterna transformação que beneficia o ser que se abre para a iluminação da sua sabedoria.

Se em algum instante sentir o toque do amor, aceite-o com serenidade, ainda que não compreenda, vivencie, consinta entrar na evolução de sua presença. Há muita diferença entre desejo, paixão e amor. Em algum momento, alguma hora da vida alguém é capaz de descobrir o sentimento amoroso real, no entanto, muitos pensamentos negativos, sentimentos opostos, atitudes repressivas acontecerão. Nosso mundo é expert nisso, um mundo de guerras, violência, insensibilidade, impessoalidade, racionalista, cheio de “funcionários da técnica”. E a nossa vida nessa sociedade industrial e financeira, só nos leva a desacreditá-lo; a experiência de muitos pode até contribuir ou ajudar com essa realidade. O dia-a-dia insano, as relações sociais rotineiras, instintivas, repetitivas, a competição destrutiva, o império do ego, nossos desencontros; muito embora existam, sejam comuns, nada disso afasta novas outras experiências amorosas verdadeiras.

É assim que vivemos, em desencontros e encontros com o sentimento mais criativo e lindo do universo humano; o sentimento mais desejado e especial para cada um de nós, quando chega e nos ganha. E cada vez que acontece é eterno enquanto vivido; simultaneamente tão animal e tão humano, tão essencialmente divino. E assim permanece eterno. Certamente cada um de nós já viveu ou vive, e vai vivenciá-lo, mesmo que debaixo d’água. O amor é impossível.

sábado, julho 19, 2008

quinta-feira, julho 17, 2008

No Ritmo

É difícil, mas é como é!

Difícil de aceitar e de entender que "o que é bom sempre acaba". E devemos ir em frente, sempre.

Essa semana sem entender notei que fiquei com uma música na cabeça (a música anda me frequentando), quase que "martelando o metal" como um canto de uma ave lá das bandas das Alagoas que se chama Ferreiro.

Minha vontade foi de ouvi-la novamente. Corri para o computador e acessei a Internet, entrei no Youtube... e lá achei! A última vez que a tinha escutado e visto foi na TV, no canal da http://www.mundialcom.com.br/ e de modo subliminar, prá mim o clip passou batido, não percebi direito nem pude dar a mínima, ando muito atarefado por esses dias, trabalhando e estudando.

Meu interesse era mais pela melodia e o ritmo dançante; tinha me pegado pela vibração interior. Um som com um jeito de hit, com certeza, mas que me botou pra parar e escutar. Uma letra com alma teen e, no entanto, me trouxe uma reflexão diferente do que normalmente as músicas que se encontram entre as dez na parada me passam. Acredito que pelo swing da melodia... dancei literalmente! Fechei os olhos e fui na onda como um lobo uivando pra lua. Dancei junto em meu estado de felicidade imaginária mas com certeza nela.

A felicidade é um estado que vai e vem, nem pense que fica para semente. E esse momento quando o temos deve ser "experimentado até o final" quando o vivemos.

Deixei o link abaixo para quem quiser "navegar" e "dançar a vida", de olhos abertos:

http://www.youtube.com/watch?v=jxk95rZyKnI&NR=1

terça-feira, julho 15, 2008

Um Toque

Coisa de Mulher

Uma amiga que considero muito, conversando comigo, revelou que ficou tocada com uma frase de alguém, uma conhecida. Essa frase teve um significado muito especial para ela, que acabara de passar por uma cirurgia e se sentia um pouco triste, se sentia sem UP, sem "mostrar" a beleza feminina, coisa de mulher!

Toda mulher sente essa necessidade de se sentir bonita, renovada naturalmente; se enfeitam de todo jeito, e é bom que seja assim.

A frase que a tocou, é simplesmente "um toque":

"Fique bonita com o que você tem".

segunda-feira, julho 14, 2008

Falando Sério

"Psicanálise é uma defesa do não relacionamento pessoal". [Gaiarsa]

Olhar e Movimento

A nossa criança em movimento
[Trechos de uma entrevista do psicanalista J. A. Gaiarsa]

“A gente só consegue mexer com as idéias na cabeça, do mesmo jeito e na mesma medida que a gente consegue mexer os objetos (com as mãos), quem nunca juntou nada não pode saber o que é dizer juntar, quem nunca separou nada não pode saber o que é dizer separar. Então há uma ligação profundíssima entre a versatilidade dos movimentos e a versatilidade da inteligência”.

“O cérebro humano possui entre 70 bilhões a 100 bilhões de neurônios. E 2/3 do cérebro é ligado ao movimento e 1/3 ao visual – essencialmente somos “visual-motoro”. O cérebro é olhar e movimento. O aprendizado é imitação.
Na criança de 0 a 6 anos acontece imitação de tudo em volta.
Como se forma um adulto?
Forma-se adultos pelas mentiras do adulto; O que é educar uma criança?
Oferecer as melhores condições possíveis para que ela desenvolva todas as suas aptidões (?). Como é que se faz isso: a palavra que as crianças mais ouvem é NÃO.
Eu não sei como é que a gente desenvolve uma criança dizendo não.
Não pode isso, não pode aquilo, não corra, não mexa nisso, não pegue naquilo, fique quieto.
O que a gente consegue é fazer a criança ficar cada vez mais parecida com a gente.
Adultos pasmados, sem movimento e acomodados”.

domingo, julho 13, 2008

O Corpo e o Inconsciente

A força da expressão do corpo

Observar as expressões (do rosto, do corpo) significa se conhecer melhor; “conhecer a própria cara” é conhecer os próprios movimentos, as expressões do corpo nos revela, nos desnuda.

“Eu não conheço a minha cara”. Isso significa 2/3 de desentendimento humano. Conhecer a própria cara é conhecer o próprio inconsciente; ninguém conhece a própria cara; não se conhece a própria cara (só) falando coisas, falando com o outro" [Gaiarsa].

“O Freud não olhava pro paciente, dizia senta lá e fala. Negou a relação visual. O Reich começou a olhar pro cara. Tudo que o Freud dizia que era inconsciente estava nas expressões corporais que a pessoa ignora. E o inconsciente é inconsciente pra pessoa, mas não pra quem olha pra ela. Você vê o inconsciente das pessoas. É um pouco a estória do reizinho nu. Se a pessoa achar que está bem vestida, e muito bem defendida, escondendo seus ”podrinhos”, tá nada; se você olhar bem você percebe todos eles”. [Gaiarsa]

No Joost

Que bom te ver

- “Vivemos e desejamos nos reintegrar internamente, juntar os pedacinhos internos.”
- “É uma luta constante para se manter inteiro. Nós somos capazes de adoecer só com a nossa imaginação.”
- "Ao invés de porque sobrevivemos fica a pergunta: Como sobrevivemos?"
- “A psicanálise explica porque se enlouquece, mas não porque se sobrevive”. [Bruno Bettelhein]
Esse são trechos do texto de um filme documentário sobre a vida de várias pessoas que experimentaram a experiência de viver pela transformação do mundo, na época da pior repressão as liberdades de expressão humana no Brasil (1968/1974).

O nome do filme para quem ousar ver é: “How nice to see you alive”, é apresentado pelo Joost – programa que após instalado no computador passa filmes de várias nacionalidades, com uma seleção de bons filmes, é excelente e FREE - na Internet.

sexta-feira, julho 11, 2008

Mente Aberta

"A mente que se abre a uma nova idéia jamais volta ao seu tamanho original." [Albert Einstein]

quinta-feira, julho 10, 2008

segunda-feira, julho 07, 2008

Notas Musicais II

Mi, Fá, Sol, Lá, Si, Dó, Ré

Ao olhar para alguém, e querer conhecer, ouça seu sentimento batendo no seu peito, escute o som que vem lá do fundo, o que parece começar a fazer sentido tornar-se uma melodia, uma sinfonia ainda incompleta. Nessa imensidão incerta de sons e sentimentos, vá ao som do coração!

Sem procurar saber onde começa ou finda a letra na harmonia, nesse momento, sinta somente o prazer começar a lhe transformar, o prazer de viver, a vida com prazer; da música no vento, do movimento da água, da luz da alma do mundo, do calor latente e selvagem da gente.

Arrepie-se como um violino, num passo; num toque, case o marfim e o ébano interior como faz um piano, deixe-se abalar com a percussão da atmosfera eterna da paixão, e dance.

Compor a dança da vida é ir abraçar o outro, buscar juntar-se e se sentir ainda livre. Se mova, siga em frente. Vá ao encontro sem esperar.

Permita-se amar, presenteie a você mesmo; depois vá “explodir no espaço” com seu amor no fogo da criação da vida; despertando seu ser natural descobrindo sua terra, ser da natureza de novo, ser em vivência permanente. Em concerto, doravante, és uma sinfonia (per)feita.

domingo, julho 06, 2008

No Momento

Conectados Sempre

Pensando bem, nessa estória de estarmos conectados... Ignorar ou querer ignorar esse fato, para começar, é um grave erro para quem não se permite, ou não se deixa perceber, nessa relação de mão dupla, relação múltipla, em geral relações biunívocas pela própria necessidade da existência, da alteridade, uma conexão dialética, permanente e universal entre os seres vivos sencientes, no atar dos laços afetivos, criativos, produtivos, sociais, e dos muitos vínculos associativos entre eles próprios e entre eles e as demais coisas existentes no universo.

Nada existe verdadeiramente sem a presença e manutenção dessa relação, sem o parâmetro, o contraponto, a referência ou medida, a comparação ou reflexão, o Um sem o Outro e vice e versa. Digamos: nós somos o outro, o outro é você mesmo. A interferência é vital, no sentido de inter-relação, interação, desenvolvimento, evolução, e se faz necessária para uma consciência em si e para si. O ser sem esse fundamento está isolado ou perdido no espaço infinito, sem consciência do real significado da vida e dos desdobramentos das relações que mantém ou alteram a cada momento os padrões e as estruturas da sociedade, da cultura, do conhecimento, do trabalho, das relações sociais em todos os sentidos que elas possam se realizar.

Mas, o ponto aqui, é essa conectividade, esse vínculo bastante evidente, que muitas vezes nos parece inexistente, complexo e sem pé nem cabeça. Ledo engano. Como foi dito antes, “o outro é você mesmo”. E essa comprovação se expressa nos sentimentos e negação dos sentimentos que temos quando nos damos conta da realidade em que vivemos, e a que o outro vive também. Negar essa percepção é o ponto chave da inconsciência da vida plena, da alienação de si mesmo enquanto ser humano, do desenraizamento de sua natureza; seres humanos, que em sua maioria estão "sobrevivendo" na modernidade. Uma modernidade globalizada, técnica, impessoal, segregada, condicionada psicológicamente ao "irracional", especista e sem rumo. Quase um corpo sem alma.

Se junta a esse quadro o desconhecimento do verdadeiro papel que o avanço tecnológico está desempenhando nas mudanças que presenciamos no mundo, nem se sabe mesmo, nem os mais entendidos do assunto, aonde nos levará efetivamente esse modelo adotado de progresso técnico, seja agora ou daqui a uma ou mais gerações. Ainda mais que, mais agora do que nunca, os novos desafios colocados para a produção de alimentos para a população mundial e suas outras necessidades essenciais, mostrando-se cada vez mais prementes, exigentes na urgência, de serem atendidos. E podemos crer que por uma pequena parcela de atenção que fosse dada, aos grandes problemas que ainda temos, já seria o necessário, não sabemos se o suficiente, serviria pelo menos para começar a enxergarmos se temos uma solução.

Os recentes acontecimentos que andam botando lenha na fogueira das intenções políticas e dos interesses particulares dos grandes investidores, dos mercados, das economias desenvolvidas e em desenvolvimento, demonstram e provam as tendências para onde estão convergindo os movimentos dos capitais e as conversações entre os líderes das nações dominantes. Só se fala em produção de alimentos, biocombustíveis, biodiversidade, recursos renováveis escassos, substituição de combustíveis fósseis, energias alternativas, desenvolvimento sustentável etc. E é muito oportuno e justo se tratar a essa altura do campeonato sobre esses temas, pois para alguns deles o prazo se encontra esgotado há algum tempo.
.
E convenhamos, é muito óbvio que essas construções e toda teoria econômica, tendo por trás sua matemática, escondem as deficiências e as função principal de justificação das relações de produção capitalistas. O ecologismo e a ecologia política, bem como a noção de "desenvolvimento sustentável" para "salvar o planeta", nasceram no seio das instituições imperialistas; são meros instrumentos de permanência de destruição das forças produtivas em escala da humanidade. E os responsáveis pela crise de alimentos (que não são os povos trabalhadores, famintos, desterrados, assalariados e "escravos") e do alto preço do petróleo, continuam se beneficiando dessa tenebrosa realidade. O G8, as elites, só buscam um novo padrão de se manterem no poder.

A fome é um flagelo com que convivemos desde que nos conhecemos nesse velho e novo mundo, que se reforça historicamente por gerações mesmo sob uma realidade em que temos feito os maiores avanços em tecnologia e riqueza acumulada da civilização humana. O presente nos pertence, o futuro também, mesmo que propositadamente escolha-se o caminho fácil e errado, ainda que não se considere que o universo em seu movimento de transformação tenha as suas surpresas e respostas diante do descaso e truculência com que se trata o próprio ser humano, “criador e criatura”, o meio ambiente, a natureza, nossa morada, o planeta Terra.

sábado, julho 05, 2008

Um e Outro

Querido Afranio,
Em primeiro lugar quero dizer que estou com saudades,
do seu olhar de criança, sonho, esperança...
do teu jeito irmão, atenção,
do teu abraço de amigo,
do pai, do filho.

Seu texto foi fundo na minha alma, na minha história, me emocionei.
Ele fala um pouco de mim, das minhas preces, conexões, pedidos sem forma, sem palavras, sem consciencia, mas com muita intensidade e êxito.
Verdadeiros pedidos que vêm do fundo do ser, cheios de desejos e força e
que fazem a diferença. É a vinculação nunca perdida, mesmo que, momentaneamente não entendida e até transparente para a mente racional e cansada.
Sim, nós todos somos seres divinos e PODEROSOS!
Seu texto chegou na hora certa, para ativar em mim a fé que preciso, a esperança, um pouco desbotada pelos medos da criança escondida num meu corpo de "gente grande", num coração "meio escondido" num dos cantos dessa grande sala que é a vida.
Amigo, sentir com intensidade o pulsar dessa engrenagem, querendo transformar raios de tempestades em raios de luz não é muito fácil, mas tem que continuar fazendo parte de nós, dos seres, como meta, energia impulsionadora e prazerosa, pra valer a pena estar aquí!!!!
Fica aquela frase, curta porem com muito significado: " O outro é você mesmo!"
Estejamos atentos a isso!
bjs
Ana Tereza

O Aprendizado

"Peça ajuda quando precisar, e ela sempre virá. Mesmo que você não a reconheça à primeira vista."

Absolutamente verdadeira essa frase que leio e releio... Ainda sinto o perfume que exalava das flores, testemunhas lindas e vivas, que me mostravam suas cores, de graça, cores da manhã que trazia junto a ajuda que precisava; e a recebi de coração limpo, pulsando leve, sem ter a menor certeza que ela havia chegado.

Eu havia pedido a ajuda. Foi no vento, sem nenhuma voz audível, mas o Universo a ouviu! Mesmo que tenha realizado um movimento sem tanta clareza, tinha havido um contato muito forte vindo do interior da minha alma de menino, menino que "filosofava" sozinho, sem mestre, tinha tudo de uma vontade infinita e uma razão indubitável.

Uma vez, num tarde ensolarada, olhava através de uma grade em uma área de um circo que havia chegado em meu bairro, e esse meu olhar carregava uma ânsia de dar a impressão que tinha toda fome do mundo em realizar um desejo de criança: ganhar uma bola bem arco-íris de colorida, daquelas que qualquer criança ficaria bem alegre ao tocar, como seu brinquedo, de presente.

Mas, aquela bola ficava lá atrás daquela grade, sem querer me fazer feliz. Uma atitude odiosa para um objeto sem vida, inerte sem minha gravidade. Até pensei em trocar as minhas crenças de família, de formação católica, por outra qualquer que fosse desde que pudesse alcançar logo a graça de poder brincar com aquela beleza de brinquedo. Uma bola colorida, com estrelas e lua.

Daí, ainda com meus pensamentos flutuando entre a força da fé divina e as tentações diabólicas que me faziam crer que após consentir a minha pequena alma de criança se deixar levar ao seu dispor, que poderia alcançá-la, aquela inalcançável bola paixão, bolha de ilusão, balão mágico. Facilmente, e sairia dali sem nenhuma dificuldade bailando sobre meus pés, sobre minhas pernas magras de pequeno anjo, de posse daquela linda coisa redonda, maravilhosa aos olhos febris. Meus pais jamais souberam desse grandioso dilema que só muito depois pude perceber ser parte de nós permanentemente, um maniqueísmo cultural da civilização ocidental, não podendo se considerado um impulso apenas infantil.

Tudo passou num relampejo de consciência que com um sacudir de cabeça abandonei definitivamente, pelo menos naquele dia, e por muitos, a idéia impulsiva, a gana de possuir sob qualquer preço, agarrar a varinha, ter o condão, aquele objeto do desejo, ainda que custasse muito de mim, numa violenta alteração de meu ser. Depois, continuei meu caminhar ainda alegre, mesmo sem ter entregado minha pura alma de menino ao diabo.

Muitos anos depois a minha conversa com Deus, pelo Universo que habito, continuou cheia de diálogos e monólogos, às vezes sem fala nenhuma, ouvindo a ajuda do silêncio, quando sim na energia da sabedoria do amor, algumas vezes através da maestria da dor, noutras vindo por "coincidências" quanto ao atendimento de sonhos repetidamente sonhado, mesmo acordado.

O aprendizado é um rio, perene, mas sempre renovado, basta se dispor a estar aberto a ajuda do Deus interior, que sempre pode estar por perto; um pedido, uma oração, é só o que precisamos.

na tela ou dvd

  • 12 Horas até o Amanhecer
  • 1408
  • 1922
  • 21 Gramas
  • 30 Minutos ou Menos
  • 8 Minutos
  • A Árvore da Vida
  • A Bússola de Ouro
  • A Chave Mestra
  • A Cura
  • A Endemoniada
  • A Espada e o Dragão
  • A Fita Branca
  • A Força de Um Sorriso
  • A Grande Ilusão
  • A Idade da Reflexão
  • A Ilha do Medo
  • A Intérprete
  • A Invenção de Hugo Cabret
  • A Janela Secreta
  • A Lista
  • A Lista de Schindler
  • A Livraria
  • A Loucura do Rei George
  • A Partida
  • A Pele
  • A Pele do Desejo
  • A Poeira do Tempo
  • A Praia
  • A Prostituta e a Baleia
  • A Prova
  • A Rainha
  • A Razão de Meu Afeto
  • A Ressaca
  • A Revelação
  • A Sombra e a Escuridão
  • A Suprema Felicidade
  • A Tempestade
  • A Trilha
  • A Troca
  • A Última Ceia
  • A Vantagem de Ser Invisível
  • A Vida de Gale
  • A Vida dos Outros
  • A Vida em uma Noite
  • A Vida Que Segue
  • Adaptation
  • Africa dos Meus Sonhos
  • Ágora
  • Alice Não Mora Mais Aqui
  • Amarcord
  • Amargo Pesadelo
  • Amigas com Dinheiro
  • Amor e outras drogas
  • Amores Possíveis
  • Ano Bissexto
  • Antes do Anoitecer
  • Antes que o Diabo Saiba que Voce está Morto
  • Apenas uma vez
  • Apocalipto
  • Arkansas
  • As Horas
  • As Idades de Lulu
  • As Invasões Bárbaras
  • Às Segundas ao Sol
  • Assassinato em Gosford Park
  • Ausência de Malícia
  • Australia
  • Avatar
  • Babel
  • Bastardos Inglórios
  • Battlestar Galactica
  • Bird Box
  • Biutiful
  • Bom Dia Vietnan
  • Boneco de Neve
  • Brasil Despedaçado
  • Budapeste
  • Butch Cassidy and the Sundance Kid
  • Caçada Final
  • Caçador de Recompensa
  • Cão de Briga
  • Carne Trêmula
  • Casablanca
  • Chamas da vingança
  • Chocolate
  • Circle
  • Cirkus Columbia
  • Close
  • Closer
  • Código 46
  • Coincidências do Amor
  • Coisas Belas e Sujas
  • Colateral
  • Com os Olhos Bem Fechados
  • Comer, Rezar, Amar
  • Como Enlouquecer Seu Chefe
  • Condessa de Sangue
  • Conduta de Risco
  • Contragolpe
  • Cópias De Volta À Vida
  • Coração Selvagem
  • Corre Lola Corre
  • Crash - no Limite
  • Crime de Amor
  • Dança com Lobos
  • Déjà Vu
  • Desert Flower
  • Destacamento Blood
  • Deus e o Diabo na Terra do Sol
  • Dia de Treinamento
  • Diamante 13
  • Diamante de Sangue
  • Diário de Motocicleta
  • Diário de uma Paixão
  • Disputa em Família
  • Dizem por Aí...
  • Django
  • Dois Papas
  • Dois Vendedores Numa Fria
  • Dr. Jivago
  • Duplicidade
  • Durante a Tormenta
  • Eduardo Mãos de Tesoura
  • Ele não está tão a fim de você
  • Em Nome do Jogo
  • Encontrando Forrester
  • Ensaio sobre a Cegueira
  • Entre Dois Amores
  • Entre o Céu e o Inferno
  • Escritores da Liberdade
  • Esperando um Milagre
  • Estrada para a Perdição
  • Excalibur
  • Fay Grim
  • Filhos da Liberdade
  • Flores de Aço
  • Flores do Outro Mundo
  • Fogo Contra Fogo
  • Fora de Rumo
  • Fuso Horário do Amor
  • Game of Thrones
  • Garota da Vitrine
  • Gata em Teto de Zinco Quente
  • Gigolo Americano
  • Goethe
  • Gran Torino
  • Guerra ao Terror
  • Guerrilha Sem Face
  • Hair
  • Hannah And Her Sisters
  • Henry's Crime
  • Hidden Life
  • História de Um Casamento
  • Horizonte Profundo
  • Hors de Prix (Amar não tem preço)
  • I Am Mother
  • Inferno na Torre
  • Invasores
  • Irmão Sol Irmã Lua
  • Jamón, Jamón
  • Janela Indiscreta
  • Jesus Cristo Superstar
  • Jogo Limpo
  • Jogos Patrióticos
  • Juno
  • King Kong
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  • La Piel que Habito
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  • Las 13 Rosas
  • Latitude Zero
  • Lavanderia
  • Le Divorce (À Francesa)
  • Leningrado
  • Letra e Música
  • Lost Zweig
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  • Mar Adentro
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  • Maudie Sua Vida e Sua Arte
  • Meia Noite em Paris
  • Memórias de uma Gueixa
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  • Meninos não Choram
  • Milagre em Sta Anna
  • Mistério na Vila
  • Morangos Silvestres
  • Morto ao Chegar
  • Mudo
  • Muito Mais Que Um Crime
  • Negócio de Família
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  • Ninguém Sabe Que Estou Aqui
  • Nossas Noites
  • Nosso Tipo de Mulher
  • Nothing Like the Holidays
  • Nove Rainhas
  • O Amante Bilingue
  • O Americano
  • O Americano Tranquilo
  • O Amor Acontece
  • O Amor Não Tira Férias
  • O Amor nos Tempos do Cólera
  • O Amor Pede Passagem
  • O Artista
  • O Caçador de Pipas
  • O Céu que nos Protege
  • O Círculo
  • O Circulo Vermelho
  • O Clã das Adagas Voadoras
  • O Concerto
  • O Contador
  • O Contador de Histórias
  • O Corte
  • O Cozinheiro, o Ladrão, Sua Mulher e o Amante
  • O Curioso Caso de Benjamin Button
  • O Destino Bate a Sua Porta
  • O Dia em que A Terra Parou
  • O Diabo de Cada Dia
  • O Dilema das Redes
  • O Dossiê de Odessa
  • O Escritor Fantasma
  • O Fabuloso Destino de Amelie Poulan
  • O Feitiço da Lua
  • O Fim da Escuridão
  • O Fugitivo
  • O Gangster
  • O Gladiador
  • O Grande Golpe
  • O Guerreiro Genghis Khan
  • O Homem de Lugar Nenhum
  • O Iluminado
  • O Ilusionista
  • O Impossível
  • O Irlandês
  • O Jardineiro Fiel
  • O Leitor
  • O Livro de Eli
  • O Menino do Pijama Listrado
  • O Mestre da Vida
  • O Mínimo Para Viver
  • O Nome da Rosa
  • O Paciente Inglês
  • O Pagamento
  • O Pagamento Final
  • O Piano
  • O Poço
  • O Poder e a Lei
  • O Porteiro
  • O Preço da Coragem
  • O Protetor
  • O Que é Isso, Companheiro?
  • O Solista
  • O Som do Coração (August Rush)
  • O Tempo e Horas
  • O Troco
  • O Último Vôo
  • O Visitante
  • Old Guard
  • Olhos de Serpente
  • Onde a Terra Acaba
  • Onde os Fracos Não Têm Vez
  • Operação Fronteira
  • Operação Valquíria
  • Os Agentes do Destino
  • Os Esquecidos
  • Os Falsários
  • Os homens que não amavam as mulheres
  • Os Outros
  • Os Românticos
  • Os Tres Dias do Condor
  • Ovos de Ouro
  • P.S. Eu te Amo
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  • Parejas
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  • Password, uma mirada en la oscuridad
  • Peixe Grande e Suas Histórias Maravilhosas
  • Perdita Durango
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