A evolução da política e a perda dos instrumentos de expressão
Quando falamos da capacidade de pensar, formar o pensamento, organizar-se para a participação política, se trata mais que poder ver, sentir, de vivenciar e expressar com propriedade o sentido da vida que temos e tudo mais presente na nossa realidade, isso se perderia se nos faltasse os instrumentos expressivos e a liberdade de expressão. A dificuldade de acesso, o bloqueio ou cerceamento desses instrumentos nos tornam escravos da ideologia dominante, e é a essa a condição que o populismo, o autoritarismo, os ‘ismos da esquerda nos relegou, quando chegaram ao poder. E se pudessem nunca mais sairiam de lá.
Durante décadas a possibilidade de manifestação de opinião e utilização de instrumentos de expressão diverso da visão do pensamento único da esquerda tornou-se complicado, praticamente impossível, e para uma grande parte da sociedade ainda não-organizada, à direita, foi bastante significativo essa condição,no que se refere a difícil construção do contraponto, a expressão que não se fazia, e a hipocrisia dos iluminados sustentando a inexistência de autocrítica e crítica aos crimes e erros do governo populista, principalmente pela casta acadêmica nas universidades, pelos pelegos nos sindicatos e Centrais, pelos silenciosos aliados presos pelas boquinhas pagas pelo erário público, nem um canal de oposição organizada visível apontava nessa maré de cooptação desenvolvida pelo petismo. definitivamente, ninguém fez frente a censura do politicamente correto, a restrição ideológica dos guetos culturais e o evidente temor no ambiente de trabalho ou acadêmico que servia, qual a coragem de ser abertamente contra a orientação seletiva que a esquerda buscou imprimir com o aparelhamento das instituições, na educação, na cultura, na mídia e na prática política ao utilizar sua capilaridade da militância aprimorando o conhecimento do poder criminoso da arma da corrupção, e isso se deu durante todo o longo período de quase 16 anos do governo petista até o impeachment da Dilma em 2016, o que nos deixou o legado da maior crise econômica e política que o país já vivenciou desde a Constituição de 1988.
O fato é que nos encontramos diante de uma magnífica reflexão, da importância dos instrumentos de expressão, que é intrínseca a relevante presença de uma política de educação efetiva como base da verdadeira cidadania, do debate público sobre opiniões diferentes e conflitantes, a necessidade do resgate da ética na política. O debate democrático das ideias e a existência de instrumentos de expressão que estimule e propicie o confronto de pensamentos livres, fundamentados, reveladores da discussão essencial dos vários interesses da sociedade, de novas proposições e soluções decorrentes do convívio democrático na diversidade, e que se apresentem transparentes ao público, sinceros, conscientes, sem se perder na desorientação e cegueira que levou ao recurso limitado do emprego de estereótipos para definir, ofender, julgar os adversários, intelectuais medíocres, rasos de cultura diversa, condenados pela inexistência de instrumentos expressivos, pelo cerceamento do contraditório, o pensamento “politicamente correto” privando os opositores, tantos são ou fatores negativos que não contribui com a crescente influência das experiências individuais e de grupos independentes crescentes, o que foi facilitado pela expansão das redes sociais contribuindo no complexo processo de amadurecimento e evolução política do Estado democrático.
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