Os isentos e os moderados
A redundância, termo intrínseco da autocorreção sistêmica, passou a fazer parte do mundo tensional do querer que parece ausente e crítico dos isentos e dos moderados. Alarmante na sua pequenez, porém ferino com ambos os pólos da manifestação de expressão, por um lado, o da militância ostensiva do esquerdismo, por outro da desorientada mas pequena parcela da direita, diferente da sua maioria que começa a pensar alternativas de participação e se organizar, todos aderentes à grupos nas redes sociais de uma nova política por conflitos de interesses com a prática corrupta debutante do governo petista.
A redundância ressoa no mantra dos moderados e dos isentos, alguns intelectuais de boa cepa, inteligência oriunda de educação qualificada e vida pessoal com experiência na militância na esquerda e outros vindos de uma miscelânea de fragmentos de grupos de democratas desiludidos, mas... em desencanto, com uma condição de preservar as suas trincheira de opiniões que aparentemente nutrem substrato político de uma compreensão deslocada, empoeirada por uma educação especializada fora da realidade, que os faz sentir capacitados nas suas avaliações e julgamento, certamente não por ser superior, porém acham-se suspensos, acima do bem e do mal, numa nuvem intocável de expertise de amargura portadora de uma cosmovisão da verdade, confortável, permanecendo e garantindo-se como observadores com pretensão a participantes. São assim vistos por suas trajetórias históricas de atores que antes ativos em processos que lhes credenciaram posicionamentos, confrontos e influência importantes, que por experiência própria tiveram expectativas, dores e alegrias de conquistas e fracassos semelhantes a muitos que apanharam em todo o processo de democratização marcas da história, na esteira oscilante das mudanças de rumo, ideológico e político, das bases da democracia no último século.
Que seja. Tanto por isso se debatem entre dois pontos, coexistem na polarização, não só se confrontam com o “ódio do bem”, mas também com o “ódio do mal”, percebem o estado isolado de seu esforço, do simulacro, negando, entretanto, o que fica cada vez mais evidente é que tornaram-se o “terceiro pino”. São postantes invariavelmente cínicos diante da realidade, dramáticos na afirmação de suas certezas, criando situações de conflito aberto sem a menor dúvida que arranjam, criam, um novo movimento, que reforça o movimento do reacionário ao definir e estabelecer bloqueios de e para pensamentos, leitores, escritores e simpatizantes.
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