O "Despiora" e o "desmelhora", desentenda!
Me parece que ao recorrer-se de discreto sarcasmo, de um disforme riso descarado do "passando o pano", poderia considerar o "despiorar" como verbo transitivo e intransitivo, "transitivo quando no sentido de impedir o melhoramento, intransitivo na acepção de tornar pior", e destes sentidos, mesmo não sendo usual, quase em desuso, mostrar a sua oportuna utilidade no que poderia ser um possível argumento para o "quando começar a desmelhorar" ser possível fazer mais para desacreditar na despiora do atual estado de coisas. O desespero do quanto desmelhor, a desorientação, impedir o melhoramento, despior!
Na real, por desconsiderar existir a boa fé do ativismo dos derrotados, percebendo a astúcia destilada dada a circunstância, do emprego descolado do verbo, posso entender como destrivial o emprego do "despiorar" e, ao desperder o gancho não desver o que "despiorar". Há no desafio do desejo de alguns em desmelhorar o momento, desver alguma desregrada razão para o apropriado uso da novilíngua, aqui, oportunamente bem definida na curta observação do Marco Frenette:
"Gente normal, melhora. Esquerdista, 'despiora'. As coisas são assim porque a canalhice não sobrevive sem a constante distorção da linguagem".
E disso tudo não desdigo, tem gente que quanto mais desvive, desmelhora! Aí está a "linguagem neutra" chegande.
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