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Quando um dia sequer sem ameaças Dor e fome ainda morrem no corpo
Os caminhos demonstram violências
E ainda impunes se entrelaçam noutros
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As mesmas promessas se arrastamAnos a fio cortando fundo no osso
Sem panacéias que satisfaçam nada
É uma navalha o mais provido esboço
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Mesquinharias, ambições e lucrosImpedem as necessidades da gente
Propiciam cicatrizes nos sonhos
Assim como as repetições dementes
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Folias insanas, maus políticos, bravatasNos queima a todos através dos anos
Suja-se o bom gosto das almas
Que ainda acreditam nos planos
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A hora dos consertos chega e se vaiPelos filhos que tateiam esperanças
Em vendas manchadas por interesses vis
Até se acudir no balanço das mudanças
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Ainda pisamos no olho da água doceO mineral com vigor ainda borbulha
Espelho natural sem rancor se derrama
E nos alimenta com manancial ternura
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Vale ainda os valores da sabedoriaEm cascatas reviradas por letras e lanças
Uma verdade com gosto de ruptura
No peito do ser que mantêm sua dança
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