sexta-feira, setembro 16, 2011

o homem tem uma consciência angustiada e trágica

A trágica e angustiante consciência da finitude da vida
José María Aguirre Oraá fala sobre o pensamento de autores como Miguel de Unamuno, Ortega y Gasset e José Luis Aranguren 
por Graziela Wolfart e Márcia Junges
Durante a primeira fase do Ciclo de Estudos Perspectivas do Humano, promovido pelo IHU, nos dias 16, 17 e 18 de agosto, esteve à frente dos debates o professor José María Aguirre Oraá, catedrático de Filosofia Moral da Universidade de La Rioja, Espanha. Na ocasião, ele apresentou o pensamento de Miguel de Unamuno, filósofo, reitor da Universidade de Salamanca, exilado da ditadura de Franco e morto na França. Depois, expôs o pensamento de José Ortega y Gasset, catedrático de filosofia de Madri; e por último apresentou o pensamento de José Luis Aranguren, que foi catedrático de ética na Universidade Complutense, Madri.
Sobre o pensamento desses autores, José María Aguirre Oraá concedeu uma entrevista pessoalmente à IHU On-Line, quando falou também sobre Ignacio Ellacuría. Aguirre explica que “a concepção do humano em Unamuno é a de que o homem tem uma consciência angustiada e trágica, porque realmente há o fim da vida. A vida acaba na morte, e o homem se rebela contra essa realidade. E o faz com razão, pois não pode encontrar uma resposta à morte, afinal a razão nos diz que começamos e acabamos”. O professor ainda destaca que “uma sociedade realmente humana é aquela em que é preciso construir não um estado de bem-estar, mas um estado de justiça”. E continua: “o fundamental não é construir um estado formalmente de direito, mas um estado de justiça no qual realmente a democracia política acompanhe a democracia econômica, cultural e social. Mais do que um sistema concreto de governo, a democracia deve ser composta por valores democráticos do povo, que devem ser soberanos, com participação política genuína, espaços de debate político, determinação de valores solidários e fraternos”.
José María Aguirre Oraá é professor de Filosofia Moral na Universidade de La Rioja desde 1996. Na Universidade de Lovaina, Bélgica, estudou Filosofia, doutorando-se em 1990. É autor de livros como La philosophie en Amerique Latine (Lovaina: Ciaco, 1986); Pensamiento crítico, ética y Absoluto (Vitoria: Eset, 1990); Filosofía: historia y presente (Vitoria: Eset, 1993); Raison critique ou raison herméneutique? Une analyse de la controverse entre Habermas et Gadamer (París; Cerf, 1998); e Pluralismo y tolerancia. Un desafío a las sociedades liberales (Logroño; Claridad, 2004). Seus campos de pesquisa estão centrados na Filosofia Moral, Filosofia Política, Filosofia da Religião e na Antropologia Filosófica. Confira a entrevista.
IHU On-Line – Qual é a concepção do humano em Miguel de Unamuno?
José María Aguirre Oraá – A concepção do humano em Unamuno  é a de que o homem tem uma consciência angustiada e trágica, porque realmente há o fim da vida. A vida acaba na morte, e o homem se rebela contra essa realidade. E o faz com razão, pois não pode encontrar uma resposta à morte, afinal a razão nos diz que começamos e acabamos. A razão questiona nossa existência e só nesse sentido a fé permite uma abertura ao mistério de Deus. Diante da situação trágica da existência humana, para querer crer em Deus, é preciso deixar que Deus seja importante em nossa vida.
IHU On-Line – Qual é a atualidade desse pensador para refletirmos sobre o humano em nosso tempo?
José María Aguirre Oraá – Talvez a concepção das pessoas anônimas, que são quem realmente constroem a história, é algo que continua sendo atual, apesar de tanto glamour e fachada política ou econômica. Menos mal que existem homens e mulheres que, todos os dias, vão para o trabalho e estudam. São os que sustentam a sociedade. As sociedades ocidentais, inclusive a América Latina, possuem um forte sentimento religioso, e Unamuno continua nos inquietando sobre essa situação humana de que somos limitados e finitos. E a questão de que sentido tem nossa existência diante da dor, da doença e da morte, continua sendo atual, apesar de que o estado de bem-estar nos permite que vivamos bem.
IHU On-Line – De que forma essa concepção dialoga e debate com o pós-humano que se delineia atualmente?
José María Aguirre Oraá – Sou um tanto crítico com relação a essa concepção de pós-humanismo, pós-modernidade. O positivo da crítica pós-moderna é que tem se dedicado a criticar as concepções totalizantes de visões como o hegelianismo, o marxismo, o cristianismo. No entanto, não podemos cair no relativismo de que “tudo vale” ou de que uma coisa é igual à outra. É preciso ter critérios de valor para que uma coisa valha mais do que outra. Nesse sentido, Unamuno pode continuar nos provocando a pensar que a partir da existência humana é preciso ter em conta as questões de vida, de mortalidade, de sentido. E essa pode ser uma questão de ontem, antes de ontem, que o homem está sempre a buscar e precisa encontrar uma resposta. Unamuno é muito crítico com o racionalismo e com a tecnologia desenfreada. Inclusive ele fala que na Europa se tem usado muito a “Kultura”, com “k”, no sentido de ser muito bárbara, muito forte, anulando essa inquietude humana e trágica de perguntar pelo sentido da existência. Ele não está contra a ciência, a técnica, mas contra essa absorção e essa anulação das questões vitais humanas.
IHU On-Line – Em que medida o sentimento trágico da vida ajuda a compreender nossa finitude e nossa importância cosmológica?
José María Aguirre Oraá – O sentimento trágico significa reconhecer duas coisas. Uma é nossa finitude, nossa limitação, nossa situação humilde como humanos no cosmos. E a outra é o potencial de superação que implica em querer viver ao máximo a vida, em querer ser imortal, a partir de um “prolongamento” por intermédio da fama, do poder, dos filhos, dos escritos, deixando algo para a história. No entanto, Unamuno aponta aqui o problema do “meu eu” e da minha consciência que se acaba na essência da imortalidade. Essa luta para o sustento da existência é algo que precisamos ter em conta. Entre nós há pessoas que sofrem muito durante a vida pensando nisso, pois não podem aspirar à fama, ao poder, refletindo o sentimento trágico da existência.
IHU On-Line – Como podemos compreender a perspectiva raciovitalista de Ortega y Gasset? 
José María Aguirre Oraá – Ortega y Gasset  insiste precisamente contra o racionalismo, o idealismo, e creio que às vezes de maneira um tanto parcial, mas escreve de maneira estupendamente bem do ponto de vista literário. Trata da insistência de que a filosofia que  parte da existência humana – um pouco como Unamuno, mas com outro sentido – significa partir da vida humana, no sentido de tudo o que a vida é. Para alguns, a existência está na circunstância de terminar. E daí temos a frase “eu sou eu e minhas circunstâncias”; “tenho uma vida, mas com uma circunstância cultural, social, econômica”. A partir disso, a razão começa a mobilizar e a perguntar, porque a vida necessita de explicações, de ciência, de sentido. Daí a expressão “raciovitalismo”: partir da vida para que a razão esclareça a quantidade de questões vitais que a nós surgem.
IHU On-Line – Em que medida esse raciovitalismo aponta para as possibilidades e as fronteiras do humano?
José María Aguirre Oraá – Essa é uma pergunta difícil, pois aponta para uma fronteira que se divide em dois pontos: a razão não é o fundamental no homem (nesse sentido, se critica Descartes , que diz “penso, logo existo”; não, não, não. O correto seria “existo, logo penso”); e em segundo lugar também a razão é uma doutrina do perspectivismo, ou seja, cada um tem uma perspectiva da realidade, e não a perspectiva da realidade. A realidade seria aquilo que atribuiríamos a Deus, porque Deus é aquele que vê tudo, mas o homem não. Talvez nós sejamos os diferentes olhos de Deus que veem a realidade. A razão tem muitas possibilidades: ciência, tecnologia, estética, ética, mas elas surgem da lógica da vida, ou seja, a razão não é o fundamental no homem; e ela tem seus limites enquanto cerceada do ponto de vista das diversas perspectivas. 
IHU On-Line – Como ética e política se unem no pensamento de José Luis Aranguren?
José María Aguirre Oraá – Aranguren é um estudioso da moral e, nesse sentido, da ética, de filosofia moral. Um descobrimento que ele faz a partir do que lhe foi transmitido por Xavier Zubiri  é que o homem é constitutivamente moral. A moral não é um ornamento da existência humana; não é um luxo. A existência humana não é como a existência animal. Podemos raciocinar de diferentes maneiras diante de uma mesma situação, porque não temos um comportamento determinado. Evidentemente o homem não é um indivíduo: é um ser social. Ao se comportar moralmente, deve justificar suas preferências. Ao desejar algo não basta dizer “porque sim”. Deve justificar por determinadas razões. E na lógica social e política do homem, enquanto ser social, entra a questão ética. É preciso ver que estruturas sociais e políticas são adequadas para a existência humana. Nesse sentido, surge a democracia e toda a lógica da sociedade. Por isso ética e política são diferentes, mas estão unidas.
IHU On-Line – Qual é o nexo entre esses dois aspectos e as perspectivas do humano nesse pensador?
José María Aguirre Oraá – Uma sociedade realmente humana é aquela em que é preciso construir não um estado de bem-estar, mas um estado de justiça. É preciso saltar de um estado de bem-estar, o que com frequência é defendido pelas perspectivas liberais. O fundamental não é construir um estado formalmente de direito, mas um estado de justiça no qual realmente a democracia política acompanhe a democracia econômica, cultural e social. Mais do que um sistema concreto de governo, a democracia deve ser composta por valores democráticos do povo, que devem ser soberanos, com participação política genuína, espaços de debate político, determinação de valores solidários e fraternos.
IHU On-Line – Esses valores surgem onde? O ser humano os aprende onde? 
José María Aguirre Oraá – São valores que os homens aprendem e desaprendem em todos os lugares onde se socializam: escola, bairro, família, meios de comunicação, igrejas, universidades. Tudo depende dos pontos de vista com os quais se depara. As boas famílias são aquelas onde se aprendem valores humanos importantes; o mesmo ocorre com as boas igrejas, boas escolas, boas sociedades. Os poderes econômicos dirigem e dominam nossas vidas e os poderes midiáticos também. Não acreditamos mais no que diz o pai, a mãe, a igreja, o governo, apenas por serem o que são. O sentido crítico e ético do ser humano avançou mais. Não somos mais ingênuos. O que temos é uma crise da autoridade moral das instituições.
IHU On-Line – Gostaria de acrescentar algum aspecto não questionado? 
José María Aguirre Oraá – Estou muito contente pela oportunidade de proferir palestras na Sala Ignacio Ellacuría, aqui na Unisinos, pois eu conheci Ellacuría. Estive com ele em dois congressos, já que ele era amigo do meu orientador de tese. Ellacuría me enviou um artigo, que publiquei num livro coletivo em 1989. Creio que foi o último artigo que ele escreveu antes de ser assassinado. Ellacuría conseguiu “latino-americanizar” Xavier Zubiri, seu orientador de tese, porque era seu discípulo. Zubiri dizia que o homem é um “animal de realidades”. Ele busca a realidade, que é complexa, afetiva, com sentido intelectivo. Ellacuría concordou, mas reelaborou a ideia de seu mestre. Para ele, primeiramente era preciso se dar conta da realidade; mas isso seria muito “externo”, como se a realidade estivesse lá e eu aqui. Além de se dar conta, seria preciso incorporar e internalizar essa realidade, afinal, essa realidade é minha. E, em terceiro lugar, colocar-se a serviço desta realidade, ou seja, o que eu posso fazer para modificá-la, no sentido de que essa realidade depende de mim para sua transformação. Ellacuría desenvolveu essas três lógicas de maneira muito criativa. Por isso também o assassinaram, porque ele estimulava as pessoas a se darem conta e a se comprometerem com a justiça e com os pobres.
Fonte: IHU On-line, 373 Ano XI 12.09.2011

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