quarta-feira, outubro 05, 2011

não me sai da cabeça

Coisas de Ética Pequena ou Ética de Pequenas Coisas
A considerar pelo espaço que vejo reservado nas prateleiras de grandes livrarias, ética não deve ser do interesse de ninguém. Ou quase ninguém. Em exemplares, diria não passarem 30, em metros, nem um completo. É isto. Por aqui, ética não vale nem um metro. E, por aqui, não quero dizer na minha cidade, nem na citada livraria, nem nas suas prateleiras, quero dizer mesmo, neste país, em nossa cultura.
Quem sabe soframos de um mal congênito: nanismo ético. Provas não faltam e não vou cansar o leitor relembrando-o nem de 500 nem do último ano de nossa história. Bem informado, ou mesmo, ligeiramente informado, ele já deve ter notado: se não estamos no fundo do poço continuamos diligentemente a cavá-lo. Em breve, portanto, estaremos lá.
Nos últimos tempos, contrariando a aparente tendência coletiva de ignorar o tema, ele não me sai da cabeça. Ao ponto, de chegar a conclusão de ser ele a fonte principal dos inúmeros dissabores crônicos que nos afligem. Alguns deles há séculos. Cinco séculos, para ser exato. 
Questões como pobreza, desnutrição, baixo índice de qualidade de vida, analfabetismo total ou funcional (se faz alguma diferença), péssima distribuição de renda, ineficiência dos serviços públicos, corrupção generalizada, criminalidade exacerbada, violência (em casa, no trânsito, na empresa, na mídia), lentidão da justiça (por si só injusta), poluição (do ar, da água, do solo, visual, sonora), agressão à natureza, exploração de menores e mulheres, desrespeito ao idoso, ao deficiente, às minorias (e a maioria), sistema eleitoral desproporcional onde o voto do nordestino ou nortista que vota em São Paulo vale proporcionalmente muito menos do que o de seu irmão gêmeo que ainda mora no Norte ou Nordeste. 
E se estranhou de eu ter colocado todas estas questões no mesmo saco, repare no laço de fita que amarra o saco. Está escrito: coisas de ética pequena.
Para quem não é estudioso de ética – aliás, quem estudou ética na escola levante a mão! Alguém?... Alguém?... Ninguém!?.... Opa! Sim, tem um ali no fundo! Sim, o senhor mesmo de camisa listrada!... Ah, não?! Ah! só estava se espreguiçando!... Ok, ok, desculpe! – pois bem, como eu dizia, já que ninguém, ou quase ninguém, estudou o assunto, permitam-me repartir a minha ignorância.
Até onde já consegui simplificar, ética é aquilo que julgamos ser o certo. Note os termos, julgamos que é certo. Não o que é o certo, o que, convenhamos, é assunto um pouco mais complicado. 
Indo um pouco mais a fundo, eu diria que este é apenas um dos lados da moeda. É ética teórica. A que habita apenas nossa mente e coração. O outro lado da moeda é a ética prática. Aquela que se manifesta em nossos atos. Mais ou menos assim. O fumante diz para o filho que o fumo mata e até acredita nisto (ética teórica), mas continua fumando (ética prática). Deu para entender? Se deu, vamos em frente. Se não deu, volte duas casas, digo, dois parágrafos.
Integridade, que vem de inteiro, inteireza, tem tudo a ver com isto. Coerência entre discurso e prática. Entre ética teórica, filosófica e ética prática, cotidiana, tangível.
Ok, mas onde a ética pequena entra nesta história? 
Ética pequena é esta da boca para fora, pra inglês ver, boa para palanque, para discurso, para artigo, pra tese de mestrado, e para escrever livro, para ensinar pros filhos, para mostrar pros amigos, para se mostrar para namorada. Mas é ética oca. Só de cara, ou só de coroa. De um lado só da moeda. Vazia. Incoerente. Enfim, pequena.
É errado roubar? Todo mundo responde em coro: sim! É isto que você ensina para os seus filhos. Sim. É isto que você aprendeu do seu pai e da sua mãe. Sim. E se você recebe troco a mais no ônibus ou no supermercado, você devolve? E a sua declaração de imposto de renda? É a crônica da realidade do seu ano passado ou uma obra de ficção científica?
Em uma pesquisa apresentada em um programa de tv a pergunta era: você acha correto dar propina para um funcionário público resolver um processo emperrado? A resposta da expressiva maioria? Um sonoro: NÃO! A segunda pergunta: você daria propina para um funcionário público resolver um problema SEU? Adivinhe a resposta da maioria?
Esse é o primeiro sintoma da ética pequena. Vive-se de ilusão. Comendo alface e arrotando escargot, se achando. Achando que é, só porque acha que é. Mas não é. Só se acha.
O segundo, é a negligência das pequenas coisas. É, para ética pequena, todas as coisas são pequenas, como a ética pequena é. 
O exemplo mais simples: vaga para deficientes em estacionamento. O cara pára ali. Se você for perguntar para ele o porquê, a resposta padrão é? Adivinhão! 
É só um minutinho, só um minutinho!
Analisemos a situação. Primeiro. Se tivéssemos perguntado ontem ao mesmo cidadão (médio, porque cidadão é quem sabe viver em sociedade, este está mais para habitante apenas) se achava correto parar naquela vaga ele teria enérgica, valorosa, heróica, veemente e eticamente dito: NÃO! 
Ou seja, total incoerência.
Segundo. Se medirmos a permanência na vaga, vamos descobrir que nem de longe será de apenas 60 segundos, medida de tempo universalmente aceita como sendo “um minuto”. Terceiro. Descobriremos que “um minutinho” não significa nada. Nada. Pode ser 5 minutos, 10, 50. Pode durar toda a sessão de cinema que o fulano foi assistir, somada à passada na praça de alimentação, antes, depois ou antes e depois, mais a ida ao banheiro, antes, depois, ou antes e depois. Quarto. Se formos questioná-lo depois do assalto (desculpe, me empolguei), quis dizer, depois do ato. Adivinhe a justificativa? Adivinhão?
Resposta padrão número 1: “Sabi cume-qui-é.. foi rapidinho... tinha tanta vaga livre pra eles... e nem tem tanto deficiente assim, pode reparar... olha quanta vaga disponível!”.
Resposta padrão número 2: “Pô, cara, logo eu? E os outros? Todo mundo usa estas vagas quando tá com pressa!”.
Conclusão simples: os meus atos individuais não afetam o todo. Sou apenas um. Não faço diferença. Não faz diferença o que eu faço. Andorinha sozinha não faz verão. Minha ética é pequena. Não inflói, nem contribói.
Mentira. Ignorância. Falta de ética das pequenas coisas. Falta de agir acreditando que:
Um papelzinho no chão é lixo, sim. 
Uma garrafa pet, uma só, entope, sim, o bueiro e gera, sim, inundação. Um colchão, um pneu velho, um saco de lixo, fazem, sim, o córrego transbordar.
Uma árvore derrubada é desmatamento, sim.
Um animal silvestre abatido é ameaça, sim, à extinção de espécie (a nossa inclusive).
A fumaça de um cigarro afeta, sim, a saúde do outro.
Um sonzinho alto na minha casa perturba, sim, a soneca do vizinho. Assim como falar alto em celular, atender em espetáculo ou reunião, perturba, sim, todo mundo em volta. 
Um xingamento no trânsito agride, sim, a imagem da mãe do outro motorista, e dá, sim, vontade de ele também te agredir.
Aqueles gorós a mais, aquela saideira, te deixa bêbado, sim, e incapacitado para dirigir, e, assim como aquela ultrapassagenzinha na curva em faixa dupla, dirigir acima da velocidade permitida, vão, sim, te matar, aos demais ocupantes do teu carro, e ainda os ocupantes do carro que vem em sentido contrário.
Uma mentirinha magoa, sim, o amigo, a esposa, o filho. 
Um pequeno adiamento daquele caso prejudica, sim, os envolvidos. 
A falta de atenção com suas obrigações profissionais afeta, sim, o cliente, os fornecedores, seus colegas de trabalho, a sociedade como um todo, os resultados da sua organização e, sim, a sua chance de continuar empregado.
Fazer vistas grossas ao contrabandozinho na fronteira, ao pequeno tráfico nas ruas, ao excesso de velocidade, a documentação vencida, às pixações de propriedade privada e pública, ao direito do menos favorecido, e vender como favores o direito público é, sim, mal uso de autoridade.
Colocar um parentezinho só no gabinete, votar em lei sem saber no que vota, seguir a maioria em vez de sua consciência, esquecer a Constituição e a isonomia, e deixar que iguais sejam tratados como diferentes, tratar a coisa pública como coisa, e o erário como limite do cheque especial, é, sim, faltar com respeito ao voto de confiança recebido.
Chamar de preto, de quatro olhos, de baleia, de deixa que eu chuto, de furúnculo, de japona, de turco, de favelado, de pivete, não é engraçado, é um ato de violência. E violência, de qualquer tipo, gera, sim, mais violência.
Sentar em banco reservado para passageiros especiais no transporte coletivo é, sim, desrespeito com o mais necessitado. E não levantar do assento, qualquer que seja ele, para dar lugar a quem precisa mais do que você também é.
Não dar preferência ao idoso e não tratá-lo como se fosse seu pai ou avô, mãe ou avó, é a mesma falta de respeito que seu pai ou avô, mãe ou avó, sofrem e você vive, sim, reclamando.
Atraso de um minutinho é atraso, sim. E atrasa a vida de todo mundo. E ninguém quer pedido de desculpa, quer, sim, pontualidade.
Tapa na cabeça e chamar de burro, é agressão, sim, não é jeito de educar filho.
Temos que entender, e depois de entender, temos de aplicar a ética das pequenas coisas, já que ética é mesmo só das pequenas coisas. Em ética não há grandes coisas. Só pequenas.
Atos isolados. Individuais. Somando-se uns aos outros, formando o modelo ético de um indivíduo, depois de alguns, depois de todos, até ser uma cultura, a cultura de uma nação.
Ou isto, ou continuamos adeptos da ética pequena. Cegos, surdos, mudos e negligentes ao fato simples: basta um pouco de fermento para levedar toda a massa. Ética pequena é veneno. Poderoso. Em pequenas doses envenena. Mata. E tem nos envenenado. Toda nossa nação.
Enquanto não resolvermos ser éticos nas pequenas coisas, individualmente, cotidianamente, na prática, nosso país, nossa nação, nossa sociedade estará condenada a viver de ilusão. Ilusão de que o problema é us ómi, us cara lá di cima... tudu ladrão qui não simporta co’a genti. 
Fazendo de conta, fingindo que não é a mais pura e cristalina verdade que nós – também - não nos importarmos com mais ninguém. Nem com nosso vizinho. Nem com nossos filhos. Crentes que alguém, os outros, us ómi, us cara lá di cima, é que devem e que vão se importar.
Enfim. Precisamos acordar para a ética das pequenas coisas. Acreditar que uma andorinha faz verão, sim. E começar a fazer. Que um artigozinho faz diferença, sim. E que um tapinha... um tapinha dói. 
Dói, sim.
Eduardo Cupaiolo é escritor, conferencista internacional, especialista em desenvolvimento humano e organizacional. Fundador e presidente da PeopleSide, consultoria especial em programa educacionais corporativos e do The Coaching Office, consultoria especializada em programas de desenvolvimento humano e organizacional.. É autor de Contrate Preguiçosos - Conselhos pouco ortodoxos que tornam o ambiente de trabalho mais humano e produtivo.
Fonte: Artigos.com, publicado em 03/07/2009

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